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sábado, junho 13, 2015

Partidos para quem?

Manuela Carmena Carmona, nova presidente da capital espanhola

Depois do Porto, Barcelona e Madrid apontam o caminho de uma democracia cidadã, sem a canga insuportável da corrupção partidária


Não precisamos dos partidos para nada. Precisamos, sim, de gente de confiança e de plataformas de ação e representação políticas democráticas!

Bom, foi preciso uma aliança de última hora com o PSOE. Mas o que importa neste momento realçar são os novos sinais da democracia que aí vem. Sabemos o que deixámos de querer, e é natural que levemos algum tempo mais a descobrir ou inventar a democracia qualitativa de que precisamos neste tempo de exigência e complexidade globais. Mas lá chegaremos.

Os sinais multiplicam-se. Em Portugal, depois da surpresa chamada Rui Moreira, talvez Henrique Neto seja a surpresa presidencial que merecemos.

Parabéns Manuela, alcaidina de Madrid!
Carmena: "Queremos gobernar escuchando, siempre en la línea que los ciudadanos digan"
Carmena, que ha rechazado hacer un discurso de investidura al uso porque cree que en el salón de plenos hay "demasiados discursos y pocas palabras", ha querido arrancar su mandato dando las gracias a la ciudadanía. "Me llena de ilusión y esperanza. Somos servidores de ciudadanos de Madrid, no podemos olvidar que estamos a su servicio", ha lanzado.

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quinta-feira, maio 21, 2015

As próximas democracias


A caminho da democracia qualitativa

Brazil iron ore output to pass Australia with Chinese investment in Vale mines
May 21 2015, 12:58 ET | About: Vale S.A. (VALE) | By: Carl Surran, SA News Editor | Seeking Alpha

China's commitment to invest in Brazil's iron ore sector puts the big Australian exporters on notice, as Vale (VALE +1.6%) is forecast to increase production from current levels of 330M metric tons of iron ore to 450M by 2018 - greater than the combined output of BHP Billiton (BHP +1.2%) and Rio Tinto (RIO +0.9%).
China, a nova locomotiva mundial, investe fortemente na indústria mineira do Brasil. Basta ver o meu mapa Tordesilhas 2.0, para perceber os movimentos em curso nas placas geoestratégicas mundiais.

O mundo unipolar morreu. Segundo o GEAB deste mês (edição 95), o euro regressará ao câmbio de 1,40 dólares antes do fim de 2017, as energias renováveis e (digo eu) o gás natural afastarão paulatinamente o petróleo da posição de fiel da balança energética global, e uma nova revolução tecnológica está a caminho. Chama-se Quantum Computer.

No continente da Política, o futuro passará pela expansão exponencial das redes sociais e pela emergência do que poderíamos chamar democracias qualitativas libertárias (1), geríveis a partir de mapas democráticos de decisão e liberdade racional.

Portugal poderá ser um dos vértices desta revolução.

Quando ouvimos os realejos programáticos da partidocracia, soprem eles da direita ou da esquerda, percebemos o quanto são cada vez mais iguais entre si: manhosos, populistas e inúteis. Não repetem apenas promessas grosseiramente falsas, mas também exibições penosas de falta de imaginação e de irremediável esclerose corporativa. Só deixando de ler o que escrevem e ouvir o que gritam, poderemos abrir as nossas mentes à novidade que espreita para lá do grande muro da crise.

Os partidos que hoje conhecemos são instituições caducas que sobrevivem como indigentes às portas da receita fiscal, dos orçamentos públicos e da corrupção. Deles já nada podemos esperar.

Desenganem-se, porém, aqueles que profetizam o caos, ou ditaduras, numa sociedade pós-partidária.

A verdade é que as sociedades pós-partidárias já existem e são cada vez mais representativas. Basta reparar na imparável rejeição dos sistemas eleitorais de representação política convencionais.

NOTAS
  1. Esta proposta é mais ampla e até distinta do ideário das chamadas democracias deliberativas, o qual se apresenta como um modelo de melhoria da qualidade democrática das decisões políticas, definindo para tal processos de deliberação alternativos aos das representações e delegações democráticas tradicionais. As democracias deliberativas, de que os orçamentos participativos em vários municípios portugueses são uma pequena amostra, defendem, ao contrário da visão que tenho para as democracias qualitativas, que todas as decisões importantes para a vida dos povos devem ser de natureza voluntarista, coletiva, representativa, direta ou semi-direta, e tutelando o máximo de realidade.

    A ideia que tenho de uma democracia qualitativa, porém, visa uma maior liberdade dos processos de decisão, apostando no efeito da informaçao sobre as pequenas decisões de cada um, de cada empresa, de cada decisor político, etc...; ou seja, aposta na recuperação construtiva da ideia de anarquia consciente. As assembleias de deliberação coletiva e as delegações democráticas de poder tradicionais seriam neste paradigma uma, e apenas uma, das muitas instâncias macrológicas, lógicas e micrológicas de liberdade e decisão democráticas.
    A intuição é esta. Falta agora desenvolvê-la nos planos da observação, da teoria e da experimentação.
Atualizado em 22/5/2015 14:47 WET

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