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segunda-feira, fevereiro 17, 2014

Inovar o consumo de energia

UK: dos velhos contadores com moedas aos cartões recarregáveis


Cartões recarregáveis para a eletricidade e gás, porque não?

Portugal com segunda maior queda da UE no consumo de energia entre 2006 e 2012

Não é novidade que Portugal apresenta uma tendência de queda no consumo de energia. O que é novo é que o país marcou a segunda maior redução, em termos relativos, no consumo energético em toda a União Europeia entre 2006 e 2012. Pior, só mesmo a Lituânia.

Jornal de Negócios, 17 fevereiro 2014, 11:48.

Mais uma razão para todos percebermos que a construção de novas barragens, tal como antes a construção de novos aeroportos e cidades aeroportuárias são meros embustes e esquemas ordinários para aldrabar as contas públicas (assim foi no tempo do execrável governo 'socialista' de José Sócrates), roubar os contribuintes e empobrecer os portugueses.
Governo grego fornece luz grátis para lutar contra os 'Robin dos Bosques'

O Governo grego pretende fornecer energia grátis às famílias incapazes de a pagar, numa medida de combate aos movimentos sociais que estabelecem ligações ilegais e que agora desconfiam da nova iniciativa do executivo.

Com o frio do inverno a aproximar-se e ao fim de seis anos de crise, os problemas de milhares de famílias gregas para fazer face à factura de electricidade tornaram-se mais prementes.

Em 2013, segundo dados da operadora grega de distribuição de electricidade HEDNO citados pela agência EFE, concretizaram-se 350.000 interrupções de abastecimento por falta de pagamento pelos clientes.

Sol, 14 dezembro 2013.
Esta é uma situação bem provável em Portugal se o Bloco Central da Corrupção não for obrigado a renegociar todas as PPP, incluindo as PPP das barragens, além de todos os contratos de concessão abusivamente desenhados, e se não acabarmos de vez com os penduras atrelados às faturas da energia: RTP, regiões autónomas e municípios.

Esta fatura anuncia o colapso a prazo do atual modelo de produção/distribuição/consumo elétrico em Portugal

Nas nossas faturas de eletricidade, no verso, por baixo da linha da quantia Total, podemos ler, em letra pequena, quanto se paga de CIEG (Custos de Interesse económico geral). São rendas que já atingem, por ano, 2500 milhões de euros. Uma distorção do real preço da energia que é intolerável.

Na fatura da eletricidade exibida podemos confirmar que os CIEG atingem quase 69% da fatura paga: 43,46 €.

Temos vindo a reiterar que o modelo das rendas oportunistas e excessivas na energia, nas autoestradas e no fascismo fiscal em curso, está esgotado e, mais do que isso, que é explosivo, podendo arrastar sucessivos governos para a fossa, e até colocar em xeque o desmiolado e corrupto regime constitucional que nos trouxe até aqui.

O boom do gás e do petróleo de xisto é temporário, mas já deu cabo dos subsídios às eólicas nos Estados Unidos, em Espanha e, em breve, também em Portugal.

As outras energias supostamente limpas, como a hidroelétrica, estão igualmente sob pressão. Na realidade, tanto as turbinas como as barragens e respetivos acessos são sistemas de produção energética que consomen grandes doses de energia fóssil na fase de implementação e que, mesmo na fase de exploração, causam danos e custos ambientais que só por oportunismo e corrupção não são computados quando se avaliam os resultados.

As ventoinhas prejudicam os ecossistemas próximos, e as barragens são responsáveis por graves problemas de eutrofização das águas retidas nas albufeiras, pela destruição dos organismos vivos que são os rios, e pela retenção maciça de materiais orgânicos imprescindíveis à saúde das orlas marítimas.

Como se a soma de todos estes custos visíveis e escondidos não fosse já temível, acresce que a diminuição do consumo de energia, por causa da grave e prolongada recessão em curso, acaba por ser mais um custo, a prazo insuportável, no capítulo dos serviços das enormes dívidas de empresas como a EDP. Sem subsídios garantidos, sem rendas excessivas garantidas, empresas como a que o cabotino Mexia dirige verão agravados os seus problemas de insolvência anunciada. Numa primeira fase tentarão repercutir os custos das suas más decisões e da sua arrogância e cobiça financeira sobre os consumidores e sobre os contribuintes. Os governos, dominados por gentinha miserável a soldo dos grandes lóbis, tendem a deixar passar esta transferência ilegal de custos para os seus eleitores. Mas o embuste tem limites. Limites que já aí estão. E assim, mais cedo do que mais tarde a EDP e similares terão que recuar, a bem ou a mal. Talvez fosse bom, dadas as circunstâncias, que vieram para ficar, apostarem na busca de estratégias de mitigação criativas e socialmente civilizadas.

Eu vejo três:
  1. acabar com os oligopólios da produção e com o monopólio da distribuição da energia, nomeadamente da energia solar, da energia eólica, da energia resultante da reciclagem de resíduos e das mini-hídricas. O sistema energético deve ser simultaneamente centralizado e descentralizado. Qualquer indivíduo ou comunidade em condições de produzir energia para consumo próprio e para as suas atividades económicas deve poder fazê-lo sem entraves, observando naturalmente as regras de segurança, de concorrência livre e de sustentabilidade ecológica democraticamente consagradas em legislação simples e clara.
  2. adotar um plano nacional, mas descentralizado, de eficiência e inovação energética.
  3. introduzir sistemas tecnológicos que favoreçam a otimização dos consumos domésticos de energia, por exemplo, através de contadores de gás e de energia elétrica com dispositivos de pré-pagamento eletrónico.
Entretanto...

Associação exige IVA da eletricidade a 13%

A Associação Portuguesa de Direito do Consumo vai exigir ao Governo que baixe o IVA da eletricidade para o seu valor intermédio, 13%, e pedir também uma maior transparência nas faturas da luz. JN, 18/2/2014, 10:32.

Última atualização: 18/2/2014, 11:25

segunda-feira, agosto 08, 2011

Banco de Portugal, cadé o ouro?

Primeiro, precisamos de saber se o nosso ouro está em boas mãos, depois temos que proteger as reservas públicas e privadas deste metal precioso

Goldman Sachs Group Inc. (GS) raised its futures forecasts to $1,645 an ounce, $1,730 an ounce and $1,860 an ounce on a three- month, six-month and 12-month horizon as it expects real U.S. interest rates to stay lower for longer. The previous estimates were $1,565, $1,635 and $1,730 an ounce, it said in a report. “We continue to recommend long-trading positions in gold,” the bank said. (Bloomberg, 8-8-2011)

Arrecadas em filigrana de ouro. Foto: APTL


Compras de ouro para Dezembro realizadas hoje, depois do tombo na credibilidade financeira dos EUA, pagaram-se a $1,718.20 a onça. A Goldman Sachs prevê que o preço deste metal precioso chegue muito perto do 1900 dólares a onça (60,6 USD/grama) daqui a um ano. E a subir mais depresssa do que o ouro está a prata!

O BCP vende barras de ouro de 10 gramas, com pureza máxima (999), mas só a clientes, e a Caixa também vende, mas desconheço os pormenores.

Ao contrário das jóias, as barras e as moedas (libras inglesas, águias americanas, pandas chineses, krugers sul-africanos, violinos austríacos, etc.) são imediatamente convertíveis em dinheiro.

Comprar ouro virtual, i.e. investir em ouro meramente electrónico, mas pago por transferências bancárias de dinheiro efectivo, é um risco especulativo sujeito a todos os perigos inerentes.

Comprar ouro mesmo, e guardá-lo, é investir na segurança em tempos de grande volatilidade, como os de hoje, e que não vão sossegar nos próximos anos!

ATENÇÃO: o ouro e a prata das jóias portuguesas são em geral mais puros que os empregues por outros países na confecção de objectos decorativos e simbólicos. O nosso ouro e a nossa prata têm, no mínimo, 80% de metal precioso puro, e em média, 83%. Assim quando comprar/vender prata e/ou ouro tenha estes números presentes... para não ser enganado! E não se esqueça também de observar sempre à lupa os contrastes das peças em ouro e prata (ver informação importante da INCM).

E ainda: o Banco de Portugal tem que se por rapidamente em campo para supervisionar o negócio dos metais preciosos no nosso país, protegendo-os dos "raids" em curso para a sua captura e exportação para os países credores. As máfias do ouro, da prata e do cobre proliferam, e precisamos por isso de uma estreita colaboração entre o Banco de Portugal, a indústria e comércio portugueses de metais preciosos, e a polícia, para proteger activos realmente preciosos!

CONSULTAR:

Gráfico interactivo das cotações do ouro e prata no Bullion Vault

Cotações e outras informações no Goldprice


NOTAS E RECOMENDAÇÕES SOBRE COMPRA/VENDA DE METAIS PRECIOSOS (10-08-2011)
  1. Em primeiro lugar é preciso ter em conta que os metais preciosos podem ser vendidos na forma quase pura, normalmente em barras (com um grau de pureza de 999 milésimas), e como parte integrante de objectos decorativos ou de outro uso trabalhados pelo homem: moedas, jóias e componentes de máquinas e aparelhos (da electrónica às protecções para motores e sistema de escape de um McLaren!)
  2. Enquanto as barras de prata, ouro, platina, etc., valem de acordo com cotação diária dos metais preciosos determinada pelo jogo de mercado, i.e. em função da procura e da oferta, já as aplicações de metais preciosos dependem de outros factores, como sejam, o trabalho e a raridade. Uma filigrana de Gondomar, ou uma caixa de rapé valem não apenas pelo metal que contêm, mas também, e às vezes sobretudo, pelo trabalho acumulado nessas mesmas peças: o trabalho do artista, o trabalho social que lhe conferiu um determinado valor cultural subjectivo, o trabalho da sua conservação, da sua manutenção, a apreciação historiográfica, etc. Idem para as moedas, onde pesam sobretudo os catálogos de Numismática e o mercado muito especial dos coleccionadores de moedas.
  3. Logo comprar/vender barras de ouro ou prata e comprar/vender jóias, ou peças de um serviço de jantar, são operações muito diversas. As aplicações em ouro, prata e platina, sobretudo se em ouro e a prata portugueses, contêm no mínimo 80% de metal precioso (podendo, no caso da prata, chegar às 999 milésimas de pureza.)
  4. Assim recomendo que 1) para moedas, se comece por consultar a Imprensa Nacional Casa da Moeda e este sítio na Net: Moedas Portugal; 2) para objectos doméstico e jóias, se consultem ourivesarias certificadas para avaliação do valor real dos mesmos; 3) para a venda da chamada "sucata" de prata e ouro, isto é objectos em ouro e prata usados e sem valor artístico assinalável (nomeadamente objectos soltos e danificados pelo uso) há pelos menos dois concorrentes no mercado nacional muito activos: Valores e Ouroinvest. Enquanto a primeira é de evitar absolutamente no caso de venda de objectos em prata, pois subvalorizam escandalosamente o metal em mais de 85%!, já a Ouroinvest desvaloriza em cerca 56,5%. O motivo porque a sucata de prata é tão desvalorizada prende-se com os custos associados à logística da transacção (alugueres de espaço, contratações, gastos de energia e telecomunicações, etc.), ao transporte da sucata e aos custos da sua ulterior fundição. Dada a valorização muito superior do ouro, o preço pago pelo mesmo contido nos objectos colocados à venda fora do circuito do mercado das jóias e moedas, é bem mais próximo do valor das cotações oficiais do ouro.
  5. Para a compra de ouro, a opção das barras é mais clara: vale sempre a cotação diária no mercado global. As moedas, pelo contrário, além de conterem menos ouro por volume/peso, estão sujeitas ao jogo de mercado distinto da Numismática, e às jogadas, por vezes traiçoeiras, dos bancos emissores, que frequentemente inundam os mercados com moedas, destruindo-lhes o valor de raridade, ou escassez relativa. Ou seja, para os não-coleccionadores de moedas, a opção das barras é mais directa e fiável. No entanto quem conseguir comprar Pandas de ouro e de prata, sem ter que se deslocar à China, fará certamente um bom investimento em metais preciosos, e em peças de colecção cujo valor, se o Dragão do Oriente, vier a ser o que promete, subirá provavelmente muito para além do valor dos respectivos pesos em ouro e prata ;)
  6. Para compra de barras de ouro já não recomendo os bancos, pois cobram comissões demasiado altas. É preferível recorrer a boas ourivesarias, casas de moedas, ou à Ouroinvest, comparando as condições e as comissões oferecidas pelas diversas alternativas.