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sexta-feira, janeiro 27, 2023

Carvão—Sines e Pego—dois erros crassos

Central Elétrica do Pego - notícia

Em Portugal, o fecho das centrais a carvão de Sines e do Pego foi uma decisão precipitada e provavelmente um erro grande, provavelmente estimulada pelos defensosres vanguardistas do inicático e problemático hidrogénio.

Segundo Rui Rodrigues: 

— estas duas centrais a carvão produziam por ano 20% da electricidade consumida em Portugal. Em 2022, no mês de fevereiro, foi a importação de electricidade produzida pelas centrais a carvão reabertas e pelas centrais nucleares espanholas, assim como a importação de energia elétrica francesa que impediram os apagões no nosso país. Naquele mês as barragens não tinham água e não havia vento.

A decisão de fechar as centrais a carvão foi um erro histórico.

Galamba diz que a Barragem do Tâmega iria substituir as duas centrais a carvão, mas essa afirmação é falsa. Todas a novas barragens juntas produzem 3% da electricidade consumida em Portugal. A do Tâmega é uma parcela destes 3%.

Em 2022, o aumento da despesa com a importação de electricidade elevou-se a mais de mil milhões de euros. Importou-se diretamente mais eletricidade de Espanha e França, e comprou-se mais gás natural, responsável por 55% da eletricidade consumida no nosso país.

Ainda segundo RR, a nossa Imprensa é que está calada...

Entretanto na União Europeia...

EURACTIV — “In our forecast, despite the recent decline in gas prices, until 2025, coal is still more competitive than gas,” said Carlos Fernández Alvarez, who heads the IEA’s division on gas, coal and power markets.

Growing demand for coal was driven chiefly by the war in Ukraine and the need to reduce gas consumption following Russia’s decision to diminish supplies to Europe, according to the IEA’s 2022 coal report, published in December.

Alvarez said that the demand for coal in Europe was also pushed up by the decline in nuclear power generation coming from France, Germany, and Belgium.

“There is a gap [in power generation capacity] that needs to be filled. And with high gas prices, it’s coal” filling the gap, the IEA analyst said at a meeting organised by the industry association Euracoal.

As a result, coal demand in Europe is set to grow for the second year in a row in 2022, the IEA indicated in its December report.

With Russian gas gone, coal makes EU comeback as ‘traditional fuel’
By Frédéric Simon | EURACTIV.com
26 Jan 2023 (updated:  8:39)


quarta-feira, outubro 17, 2018

O que o Leslie nos mostrou

Furacão Leslie. Foto-galeira: Nelson Garrido/Público

Leslie. Lei prevê que consumidores paguem prejuízos mas EDP garante que vai tentar não imputar esses custos
 
A principal elétrica nacional está ainda a contabilizar a dimensão dos prejuízos, sendo estimado que cerca de 70 mil habitações não tenham acesso a eletricidade na região Centro do país. 
Observador, 15/10/2018, 22:04

O furacão deu cabo de umas centenas de postos de alta tensão. Resultado? A falha elétrica interrompeu as telecomunicações (rádio, televisão, telefones, internet e telemóveis!)

Mas mais: interrompeu o fornecimento de água!!! E porquê? A razão é simples, mas porventura invisível para a maioria de nós até à chegada do Leslie: a distribuição de água já não funciona por gravidade nos principais aglomerados urbanos do país, mas à força da energia elétrica...

Imaginem, agora, que as viaturas dos bombeiros, da proteção civil, do exército, e os nossos próprios carros eram já, na sua maioria, elétricos!!!

Tempestade Leslie provocou prejuízos superiores a 32 milhões de euros na Figueira da Foz
Observador, 17/10/2018, 0:23

quarta-feira, março 04, 2015

Iberian stream

Mariano Rajoy, Jean-Claude Juncker, François Hollande e Passos Coelho reúnem-se esta tarde em Madrid, numa cimeira que, se for bem-sucedida, poderá ser o primeiro passo concreto rumo à União Energética /
EMMANUEL DUNAND/AFP/Getty Images



Mini-cimeira europeia sobre o gás, em Madrid


A abertura do mercado elétrico além-Pirinéus é o preço que a França e a Alemanha terão que pagar por um novo corredor de gás vindo do Atlântico.

Passos, Rajoy e Hollande. Cimeira de Madrid discute fornecimento de gás e eletricidade à Europa

Expresso, Susana Frexes, correspondente em Bruxelas
11:11 Quarta, 4 de Março de 2015

Em cima da mesa está a utilização dos terminais de gás natural liquefeito (GNL) - como por exemplo o de Sines, em Portugal - para abastecer o resto da Europa, com gás vindo do norte de África.

Nas contas do Governo português, o projeto permitiria ao Velho Continente reduzir a dependência energética em relação à Rússia em cerca de 40%. O resultado poderia ser um "Iberian stream", um gasoduto semelhante ao que já existe a Norte, e que liga a Rússia e a Alemanha. Faltam, no entanto, as ligações quer entre a Península Ibérica e França, quer ao resto da Europa.

Ler mais

Iberian Stream? É uma forte possibilidade, para garantir mais redundãncia aos sistemas de abastecimento de gás natural à Europa. O belicismo americano e a indolência europeia atiraram a Ucrânia para o inferno de uma guerra civil de onde acabará por resultar a divisão do pais em dois, e forte instabilidade no abastecimento de gás à Europa pelo corredor ucraninao. Por outro lado, o belicismo americano na Líbia, e por todo o Mediterrâneo e Médio Oriente, acompanhado pela indolência europeia, poderá empurrar a Líbia (o petróleo mais fino do mundo) para os braços do Estado Islâmico, e redundar num condicionamento fortíssimo dos abastecimentos de gás natural à Europa oriundo daquela região, incluindo a Argélia.

Ou seja, tempo para ligar o gás da Nigéria, Angola, Venezuela, etc. ao porto de Sines, e daqui lançar um gasoduto até Berlim!

O mapa, que atualizámos, sobre a Guerra do Gás mostra claramente a importância da mini-cimeira que esta tarde terá lugar em Madrid. Sines é uma porta estratégica da Europa. Por algum motivo estão lá os chineses, de Singapura, claro.

Clique para ampliar o mapa

No que toca ao dossiê elétrico, digamos que é a moeda de troca que a França terá que dar a Espanha e Portugal (que, como sempre, foi apanhado com as calças na mão, e não levou nada preparado para Madrid). Portugal, enquanto não puser na ordem a EDP (passivo de 2014: 17 mil milhões de euros...), nada feito.

Temos a eletricidade mais cara da Europa (em paridade do poder de compra). No entanto, o cabotino Mexia passeia-se pelas televisões anunciando lucros de milhares de milhões, perante a passividade canina do governo e do seu falso ministro do ambiente.


ÚLTIMA HORA

O lançamento da União Energética Europeia é mais uma tentativa da Alemanha e da França de imporem uma hegemonia estratégica de sua estrita conveniência, passando por cima dos interesses e estratégias dos restantes estados membros. ATENÇÃO!!!

Ver este exclusivo do EurActiv:

Joint gas buying on EU leaders' summit agenda
EurActiv. Published: 04/03/2015 - 13:47 | Updated: 04/03/2015 - 15:58

EXCLUSIVE: EU leaders will discuss how best to strengthen the bloc’s bargaining power, including the collective buying of gas, when they debate the European Commission communication on Energy Union.

(...)
The Commission communication called for member states' energy deals with non-EU nations to be vetted by the executive, before being signed.  That is up for debate by heads of state and government.

(...)
Energy Union has five “dimensions”: Energy security, internal energy market, energy efficiency, climate and research and innovation. Although all five are important, the paper said. The European Council will focus on security, the internal energy market and climate diplomacy.

(...)
The summit will be dominated by the Energy Union, which was launched last week. The Energy Union is the EU’s response to its dependence on Russian gas, which was brutally exposed by the Ukraine crisis and when Russia turned off the taps in 2009, causing shortages in the EU. It has since developed beyond questions of just security of supply to encompass issues such as fighting climate change.

Mais sobre o Iberian stream neste blogue

Atualização: 7 mar 2015, 10:53 WET

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terça-feira, julho 01, 2014

Portugueses financiam a dívida da EDP

Lisboa tem a eletricidade mais cara da Europa depois de Berlim


Lisboa tem a eletricidade mais cara da Europa depois de Berlim, em paridade do poder de compra (PPS). Isto deve-se exclusivamente à desastrosa política energética do governo de José Sócrates, António Costa e similares, e à continuação da promiscuidade entre os governantes indígenas e os crápulas da EDP — uma empresa sobre endividada depois de ter engolido um negócio ruinoso que lhe foi impingido pela Goldman Sachs. Carlos Moedas, 'ex-empregado' da Goldman e assessore de pedro Pasos Coelho, e José Luís Arnaut, o novo boy indígena ao serviço da Goldman Sachs, são obviamente capachos desta expropriação ilegal da riqueza nacional. Não é uma questão de pintelhos!

segunda-feira, fevereiro 17, 2014

Inovar o consumo de energia

UK: dos velhos contadores com moedas aos cartões recarregáveis


Cartões recarregáveis para a eletricidade e gás, porque não?

Portugal com segunda maior queda da UE no consumo de energia entre 2006 e 2012

Não é novidade que Portugal apresenta uma tendência de queda no consumo de energia. O que é novo é que o país marcou a segunda maior redução, em termos relativos, no consumo energético em toda a União Europeia entre 2006 e 2012. Pior, só mesmo a Lituânia.

Jornal de Negócios, 17 fevereiro 2014, 11:48.

Mais uma razão para todos percebermos que a construção de novas barragens, tal como antes a construção de novos aeroportos e cidades aeroportuárias são meros embustes e esquemas ordinários para aldrabar as contas públicas (assim foi no tempo do execrável governo 'socialista' de José Sócrates), roubar os contribuintes e empobrecer os portugueses.
Governo grego fornece luz grátis para lutar contra os 'Robin dos Bosques'

O Governo grego pretende fornecer energia grátis às famílias incapazes de a pagar, numa medida de combate aos movimentos sociais que estabelecem ligações ilegais e que agora desconfiam da nova iniciativa do executivo.

Com o frio do inverno a aproximar-se e ao fim de seis anos de crise, os problemas de milhares de famílias gregas para fazer face à factura de electricidade tornaram-se mais prementes.

Em 2013, segundo dados da operadora grega de distribuição de electricidade HEDNO citados pela agência EFE, concretizaram-se 350.000 interrupções de abastecimento por falta de pagamento pelos clientes.

Sol, 14 dezembro 2013.
Esta é uma situação bem provável em Portugal se o Bloco Central da Corrupção não for obrigado a renegociar todas as PPP, incluindo as PPP das barragens, além de todos os contratos de concessão abusivamente desenhados, e se não acabarmos de vez com os penduras atrelados às faturas da energia: RTP, regiões autónomas e municípios.

Esta fatura anuncia o colapso a prazo do atual modelo de produção/distribuição/consumo elétrico em Portugal

Nas nossas faturas de eletricidade, no verso, por baixo da linha da quantia Total, podemos ler, em letra pequena, quanto se paga de CIEG (Custos de Interesse económico geral). São rendas que já atingem, por ano, 2500 milhões de euros. Uma distorção do real preço da energia que é intolerável.

Na fatura da eletricidade exibida podemos confirmar que os CIEG atingem quase 69% da fatura paga: 43,46 €.

Temos vindo a reiterar que o modelo das rendas oportunistas e excessivas na energia, nas autoestradas e no fascismo fiscal em curso, está esgotado e, mais do que isso, que é explosivo, podendo arrastar sucessivos governos para a fossa, e até colocar em xeque o desmiolado e corrupto regime constitucional que nos trouxe até aqui.

O boom do gás e do petróleo de xisto é temporário, mas já deu cabo dos subsídios às eólicas nos Estados Unidos, em Espanha e, em breve, também em Portugal.

As outras energias supostamente limpas, como a hidroelétrica, estão igualmente sob pressão. Na realidade, tanto as turbinas como as barragens e respetivos acessos são sistemas de produção energética que consomen grandes doses de energia fóssil na fase de implementação e que, mesmo na fase de exploração, causam danos e custos ambientais que só por oportunismo e corrupção não são computados quando se avaliam os resultados.

As ventoinhas prejudicam os ecossistemas próximos, e as barragens são responsáveis por graves problemas de eutrofização das águas retidas nas albufeiras, pela destruição dos organismos vivos que são os rios, e pela retenção maciça de materiais orgânicos imprescindíveis à saúde das orlas marítimas.

Como se a soma de todos estes custos visíveis e escondidos não fosse já temível, acresce que a diminuição do consumo de energia, por causa da grave e prolongada recessão em curso, acaba por ser mais um custo, a prazo insuportável, no capítulo dos serviços das enormes dívidas de empresas como a EDP. Sem subsídios garantidos, sem rendas excessivas garantidas, empresas como a que o cabotino Mexia dirige verão agravados os seus problemas de insolvência anunciada. Numa primeira fase tentarão repercutir os custos das suas más decisões e da sua arrogância e cobiça financeira sobre os consumidores e sobre os contribuintes. Os governos, dominados por gentinha miserável a soldo dos grandes lóbis, tendem a deixar passar esta transferência ilegal de custos para os seus eleitores. Mas o embuste tem limites. Limites que já aí estão. E assim, mais cedo do que mais tarde a EDP e similares terão que recuar, a bem ou a mal. Talvez fosse bom, dadas as circunstâncias, que vieram para ficar, apostarem na busca de estratégias de mitigação criativas e socialmente civilizadas.

Eu vejo três:
  1. acabar com os oligopólios da produção e com o monopólio da distribuição da energia, nomeadamente da energia solar, da energia eólica, da energia resultante da reciclagem de resíduos e das mini-hídricas. O sistema energético deve ser simultaneamente centralizado e descentralizado. Qualquer indivíduo ou comunidade em condições de produzir energia para consumo próprio e para as suas atividades económicas deve poder fazê-lo sem entraves, observando naturalmente as regras de segurança, de concorrência livre e de sustentabilidade ecológica democraticamente consagradas em legislação simples e clara.
  2. adotar um plano nacional, mas descentralizado, de eficiência e inovação energética.
  3. introduzir sistemas tecnológicos que favoreçam a otimização dos consumos domésticos de energia, por exemplo, através de contadores de gás e de energia elétrica com dispositivos de pré-pagamento eletrónico.
Entretanto...

Associação exige IVA da eletricidade a 13%

A Associação Portuguesa de Direito do Consumo vai exigir ao Governo que baixe o IVA da eletricidade para o seu valor intermédio, 13%, e pedir também uma maior transparência nas faturas da luz. JN, 18/2/2014, 10:32.

Última atualização: 18/2/2014, 11:25