Símbolo do partido Nós, Cidadãos! |
O que diz a mais recente micro-sondagem do António Maria
- PSD-CDS: 39,2% [34,8%*] [38%**]
- PS: 3,1% [36,3%*] [37%**]
- PCP-PEV: 6,1% [10,0%*] [10%**]
- BE: 7,7% [5,0%*] [8%**]
- NÓS, Cidadãos!: 32,3%
- PDR: 0,8% [2,3%*]
- Livre: 5,4% [1,7%*]
- Outros: 5,4% [9,9%*] [3%**]
- Abstenções: 10%
- Total de respostas obtidas: 145
- Total de intenções de voto em partidos: 130
**—resultados da sondagem da Universidade Católica para o DN, 19/06/2015
Uma sondagem propriamente dita obedece a regras extraídas da experiência e sobretudo de uma conjugação metódica de indicadores acumulados ao longo de sucessivos eventos similares ao que se pretende sondar. Desde logo é preciso identificar, classificar, segmentar e quantificar adequadamente as amostras a colher, para assim garantir uma razoável representatividade e fiabilidade das informações colhidas durante a sondagem. É igualmente necessário definir a maneira de chegar aos campos de sondagem de molde a não danificar ou diminuir a qualidade dos resultados (por exemplo, se faço sondagens de opinião usando exclusivamente o telefone fixo corro sérios riscos de obter maus resultados, pois a maioria das pessoas utiliza hoje telefones móveis). Finalmente, precisamos de boas fórmulas de compilação da informação e dedução de resultados.
Nada disto foi tido em conta na micro-sondagem deste blogue. O seu valor é, pois, meramente heurístico, e representa, em primeiro lugar, o universo de leitores deste blogue entre 8 e 14 de agosto de 2015.
O nosso inquérito sobre as próximas eleições legislativas é claro, embora pudesse incluir, e não incluiu, todos os partidos concorrentes. Mas a amostra considerada (145 respostas) é, por um lado, circunscrita aos leitores eventuais deste blogue e das página que O António Maria publica regularmente no Facebook e no Twitter e, por outro, aleatória, pois não considera a representatividade própria dos círculos eleitorais na organização das amostras.
Não deixa, no entanto, de ser extraordinária a sobre-representação das intenções de voto no Nós, Cidadãos!, em contraste com a humilhante sub-representação das intenções de voto no PS.
Este 'disparate' estatístico é tanto mais intrigante e sedutor quanto os 'resultados' da coligação PSD-CDS, do PCP e do Bloco estão perfeitamente em linha com o Barómetro Eurosondagem Agosto 2015 sobre o mesmo assunto.
De onde vêm as explosivas intenções de voto no Nós. Cidadãos!?
Vêm do próprio movimento, claro. Mas a quase ausência de intenções de voto no PS também tem algum significado, ou não?
Vai ser lindo comparar esta perlaboração estatística com os resultados de 4 de outubro!
POST SCRIPTUM
Na sondagem da Universidade Católica para o JN publicada em 19 de junho de 2015, o PS continua a cair aos trambolhões, embora não tão catastroficamente como opinam os leitores deste blogue, a coligação continua a recuperar, para um valor muito próximo da nossa sondagem de algibeira, nos dois inquéritos o Bloco sobe significativamente relativamente aos resultados da última Eurosondagem, os comunistas, por sua vez, parecem estabilizados nos 10%, 3,9% acima das respostas dadas ao António Maria. Por fim, os novos partidos continuam invisíveis, mais parecendo uma ocultação do que uma sondagem honesta das intenções de voto do eleitorado.
PSD/CDS-PP: 38%
PS: 37%
PCP-PEV: 10%
BE: 8%
Branco/nulo: 4%
Outros: 3%
Atualizado em 18/8/2015 16:28 WET
2 comentários:
Ou talvez os resultados permitam entender melhor quem são os leitores do blog e de que área provêm...
Já me tinha ocorrido tal explicação. Mas não chega...
Enviar um comentário