Mário Soares em quinta visita a José Sócrates. Correio da Manhã |
Quem vai pagar e como 10 mil milhões de euros/ano, nos próximos quatro anos? É esta a fatura do serviço da dívida e das PPP que Sócrates nos deixou.
Não liguem às sereias populistas do regime. Preparem-se!
Ou seja, as empresas produtivas e as famílias deixaram de poder endividar-se, nem que seja a taxas negativas, dado o passivo acumulado ao longo das duas últimas décadas.
Portanto, a destruição das taxas de juro e a guerra cambial apenas servem para continuar a inchar a bolha das dívidas públicas e a especulação financeira (1) alimentada pela expansão da massa monetária, ou seja, pela transformação do dinheiro que não existe em fichas de casino.
O mais lamentável de tudo, em Portugal, é que são sobretudo o PS e o resto da esquerda que, de uma maneira ou doutra, têm praticado, defendido e continuam a defender esta corrida de lémures para o precipício.
Bastou ouvir ontem, uma vez mais, o realejo de António Costa, para percebermos que só tem uma ideia na sua disléxica caixa de neurónios: pedir mais liquidez virtual emprestada ao BCE e aos mercados da especulação financeira, para assim continuar a alimentar os rendeiros, os devoristas e a casta burocrática de que a nomenclatura partidária do arco parlamentar é a expressão mais irresponsável e potencialmente criminosa.
Nós podemos corrigir esta desastrosa deriva, desincentivando o consumo não produtivo, diminuindo drasticamente a dimensão e custo do estado (tudo o que não é estritamente necessário, deve fechar portas), desfazendo todos os negócios leoninos entre os rendeiros do regime e o estado, e ainda, promovendo (sem captura oportunista dos processos) o fortalecimento de todos os mecanismo de solidariedade e organização social na base da pirâmide social. (2)
Last but not least, devemos colocar as nossas vozes e forças ao lado de quem denuncia e combate a especulação financeira desenfreada que nos trouxe até aqui. Segundo a ONU, entre cem a cento e cinquenta milhões de pessoas foram atiradas para a pobreza em consequência do maremoto financeiro. Destas, dez a quinze milhões terão morrido de fome, ou de ansiedade extrema, muita da qual conduzindo ao suicídio.
NOTAS
- David Stockman Sums It All Up In 3 Minutes
Stockman unleashes truthiness hell on Bloomberg TV: “Federal Reserve [actions] will have disastrous long-term consequences... when you deny price-discovery in the market for so long, it is a massive subsidy to speculation... In an era of peak debt, the only thing zero interest rates achieve is create an enormous incentive for Wall Street to gamble more and more recklessly...”
Zero Hedge, Submitted by Tyler Durden on 09/09/2015 19:00 -0400 - Resposta a uma pergunta no Facebook
Pergunta: “Pode especificar melhor isto: “desincentivando o consumo não produtivo” e isto: “tudo o que não é estritamente necessário”, para que não existam dúvidas e ainda comecem a queimar bibliotecas...”
Resposta: Incentivar o consumo de telemóveis e automóveis é errado, sobretudo num país com a pior 'intensidade energética' (i.e. custo de energia por unidade de PIB) da Europa; continuar a obrigar os alunos do primário e do secundário a pagar anualmente milhões de euros em manuais escolares, ou manter a frota automóvel (camuflada) do estado, são três dos muitos exemplos do que está ainda por cortar e corrigir na despesa inútil, pública e privada, e que será cortado e corrigido, quer queiram os políticos e a nomenclatura burocrática, quer não.
Atualizado em 10 set 2015, 16:53
3 comentários:
ACP, claro que tem toneladas de razão e não é só neste "post".
Mas " ... as coisas sendo o que são, a situação "ce que vous savez ..."" como dizia o General De Gaulle, se o Sr. A.Costa ganhar, se os funcionários públicos em Portugal se sentirem mais seguros (no pun intended) com Este Costa (o outro era o Ministro de Sócrates) só lhe resta uma hipótese:
Ou ir ao Rato buscar um cartãozinho ou, em certos casos, por as cotas em dia.
Ainda De Gaulle: " Como nenhum político acredita no que diz, fica sempre surpreso ao ver que os outros acreditam nele."
Notou o ar supreso dos artistas?. Como se tivessem ambos a dizer verdades e, consequentemente, a terem necessidade de se refutar (mutuamente) ?.
Nestes debates os intervenientes deveriam estar ligados a um detector de mentiras. Isso sim, era espetáculo.
Um desperdício brutal em Portugal está nas iluminações públicas.
Em Portugal a iluminação pode começar centenas de metros antes do início da localidade. Em Espanha, só começa com frequência exactamente na primeira moradia da localidade.
Em Portugal, iluminam toda a rotunda com vários candeeiros, e as saídas da rotunda. Em Espanha, com frequência há apenas um candeeiro central com duas ou quatro lâmpadas.
Em Portugal, iluminam estradas locais por vezes em dezenas de quilómetros por concelho. Em Espanha, isto não sucede.
Em Portugal, iluminam urbanizações e áreas industriais ao abandono. Quem paga?
Já agora. É necessário iluminar a totalidade da Ponte Vasco Gama com lâmpadas nos dois sentidos? Não seria mais barato ter reflectores laterais e apenas candeeiros centrais bem espaçados?
Vale a pena iluminar auto-estradas depois das 2h?
Que se investigue isto e muito mais.
Quem vai pagar? Nem parece teu... Vamos simplesmente emitir mais dívida para liquidar a que se vence, e por aí fora!
É aproveitar enquanto a deflação atinge as taxas de juro! Quando a palhaçada acabar em estouro então é que vai ser de RIR!
E tanto faz ser PS/CDS/PSD/PCP/BE/NÓS... Ou pagamos aos DONOS (são Rothschilds e Morgan e outras Famílias!) ou então temos de fazer um valente RESET ao nível de ilusão em que vivemos.
E para este RESET a MAIORIA não está nem consciente, muito menos preparada!
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