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Este quase monopólio é um fator de atraso económico e cultural do país.
Tudo começou na forma precipitada como se apostou nas renováveis. O preço dos parques eólicos é uma canga pesada sobre a competitividade da nossa economia. Correu-se um risco sem discutir amplamente o problema. Como sempre, bastou propaganda e meia-bola e força! Os prejuízos estão à vista, pois, como todos sabemos, as centrais nucleares, o gás natural e o carvão continuam a gerar eletricidade muito mais barata do que a que sai do vento que sopra quando quer. A despesa foi feita, o risco foi corrido temerariamente. Mas então, há que repartir os sobrecustos da aventura pelos que decidem, os que fizeram ou se meteram no negócio, e os que pagam a fatura final. E não, como aconteceu até agora, empurrar todo o preço do desvario para a fatura que recebemos mensalmente em casa.
Apesar dos efeitos visíveis da pressão da Troika, e dos comportamentos exemplares do ex-ministro Álvaro Santos Pereira, e do ex-secretário de estado da energia Henrique Gomes, as rendas obtidas em Portugal, que o senhor Mexia exporta para a América, ou usa para reduzir a dívida descomunal da EDP, continuam a ser um escândalo que a omnipresença da empresa em acontecimentos desportivos e culturais está muito longe de compensar.
Os portugueses deveriam investir na eficiência energética da sua economia e não alimentar cabotinos que alegremente se fazem decorar com exercícios de arquitetura duvidosa e arte conceptual requentada.
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