Mostrar mensagens com a etiqueta USD. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta USD. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, setembro 15, 2015

Que tal comprar uns dólares?

Se eu fosse um Panda, e não um Atum, ficarias mais preocupado?

Whatever it takes? This time is different!


Não há nenhum bilião de euros que resolva o esgotamento de um recurso natural do dia para a noite. Nem nenhuma monetização maciça que segure uma guerra cambial global.

Talvez seja de comprar alguns dólares e apostar nas empresas portuguesas e espanholas que mais exportam para os Estados Unidos, além de manter uma boa parte da poupança em moedas de ouro (Libras inglesas, violinos austríacos, Krugerrand sul-africanos, etc.), imobiliário nos centros urbanos e quintas com água e boa terra (são precisos uns seis a dez anos para eliminar os pesticidas e adubos químicos acumulados numa terra sobre explorada), ou ainda em obras de arte com valor de mercado estável (ou apostas informadas nos jovens talentos...). Afastem-se das bolsas e dos bancos!!! A dívida em dólares da EDP (em euros, ultrapassa os 17 mil milhões) poderá disparar de um dia para o outro, afugentando os chineses. Os espanhóis já fugiram...

Charles Hugh Smith
Of Two Minds, Monday, September 14, 2015
The Next Financial Crisis Won't be Like the Last One

The ocean's fisheries will not magically come back from being stripmined if a central bank prints $1 trillion. If the $1 trillion is spent wisely, perhaps in a decade or two fisheries can recover. But neither employment or ecosystems can be "saved" by printing money and throwing it at the usual vested interests.

So what else is beyond the easy fix of a quick $1 trillion printing/bailout? How about the foreign exchange (FX) market? Many a government and central bank has attempted to fix the foreign exchange market, but they fail for the simple reason that the FX market is too large to control for long.

$1 trillion just isn't that much in a market that trades $3 or $4 trillion per day.

It's not that difficult to predict that the next global financial crisis will arise not in the banking sector but in a market that's beyond the reach of central banks.That is, printing $1 trillion and promising to "do whatever it takes" won't fix what's broken.

One reason I have been focusing on the potential of the U.S. dollar (USD) to strengthen for the past four years is the potential for this dynamic to fatally disrupt the central bank-managed global "recovery." 

Could the U.S. Dollar Rise 50%? (January 12, 2011)


IMPORTANTE: Não se esqueça de votar na nossa sondagem (topodireito  do blogue) para nos ajudar a adivinhar o resultado das eleições de 4 de outubro. Obrigado ;)

terça-feira, fevereiro 25, 2014

China Starts To Make A Power Move Against The U.S. Dollar

A Chimerica (acrónimo criado por Niall Ferguson) tem os dias contados, na medida em que o pequeno veneno virtuoso da simbiose oportunista entre ambos os países atingiu já uma volume que tende a ser letal para ambos...

A China começou a comprar ouro em doses maciças, fabrica bitcoins em Hong Kong, estabelece acordos bilaterais em yuans por toda a parte e, last but not least, começou a desfazer-se do Evereste de papel higiénico verde que os americanos lá foram despejando ao longo dos últimos vinte anos.

A turbulência ao longo deste ano vai dar indicações preciosas sobre o próximo Tratado de Tordesilhas (2.0) em preparação....

China Starts To Make A Power Move Against The U.S. Dollar

quarta-feira, outubro 07, 2009

Ouro 2

Era uma vez o dólar...

The demise of the dollar

In a graphic illustration of the new world order, Arab states have launched secret moves with China, Russia and France to stop using the US currency for oil trading

By Robert Fisk
Tuesday, 6 October 2009 (The Independent)

In the most profound financial change in recent Middle East history, Gulf Arabs are planning – along with China, Russia, Japan and France – to end dollar dealings for oil, moving instead to a basket of currencies including the Japanese yen and Chinese yuan, the euro, gold and a new, unified currency planned for nations in the Gulf Co-operation Council, including Saudi Arabia, Abu Dhabi, Kuwait and Qatar.

Secret meetings have already been held by finance ministers and central bank governors in Russia, China, Japan and Brazil to work on the scheme, which will mean that oil will no longer be priced in dollars.

The plans, confirmed to The Independent by both Gulf Arab and Chinese banking sources in Hong Kong, may help to explain the sudden rise in gold prices, but it also augurs an extraordinary transition from dollar markets within nine years.

O Iraque foi invadido duas vezes depois de Saddam Hussein ter balbuciado a sua intenção de substituir o depauperado dólar americano por outra moeda qualquer nas transacções petrolíferas. A campanha contra o Irão tem a mesma origem, i.e. no facto de o Irão ter decidido vender petróleo a troco de euros e ienes (Global Research). Só que aqui a coisa tem-se tornado cada vez mais difícil para as intenções agressivas dos EUA, pois precisamente a China, o Japão e a Índia, já para não mencionar a França, Itália, Holanda, Grécia, Espanha e África do Sul, principais clientes do Irão (Iran Energy Data), não estão nada interessados em repetir na terra dos persas os desastres em curso no Iraque e no Afeganistão.

Daí que, ao que parece secretamente, alguns países importantes e/ou emergentes começaram a conspirar sobre uma maneira de acabar simpaticamente com a hegemonia da moeda americana nas trocas internacionais. Este abcesso criado em 1971, quando Richard Nixon rasgou abruptamente os acordos de Bretton Woods, que vinculavam as moedas de todo o mundo à moeda americana, mas na condição de esta ter uma paridade fixa com o ouro (1 onça de ouro fino valia então 35USD, hoje vale mais de 1000USD!), acabaria por rebentar por efeito das prolongadas e sucessivas crises financeiras e de endividamento do Japão (1990-2010?) e Estados Unidos (2001-2020?)

Ao contrário do que a propaganda político-financeira tem querido fazer crer, a crise de endividamento encadeado dos EUA, da Europa e do Japão não terminará tão cedo. Pelo contrário, poderá agravar-se de um momento para o outro, e de forma rápida e exponencial!

Os factores puramente financeiros que continuam a pesar sobre a actual crise são essencialmente quatro:
  1. a desvalorização constante da moeda americana,
  2. o endividamento profundo das economias mais desenvolvidas e a sua entrega irresponsável ao mundo onírico e puramente artificial do crédito barato e ilimitado,
  3. o insondável buraco negro dos produtos derivados,
  4. a falta de uma nova bolha especulativa credível, pois a das energias renováveis começou a esvaziar, e a do hipermercado dos futuros créditos de carbono poderá nem sequer levantar voo.
Nada, neste lado do problema pode sarar-se espontânea e rapidamente — como se vê. Quanto mais se endividam as economias maior será o peso das dívidas, do serviço das dívidas, e mais escasso e caro será o dinheiro no futuro. Se a resposta dos caloteiros for imprimir mais papel-moeda, ou digitar cifras num contador electrónico sem fim, as suas moedas desvalorizarão inexoravelmente (veja-se o que tem sucedido ao dólar americano e à libra inglesa.)

Por sua vez, os principais factores económicos que permanecem na origem profunda da crise, que não tem solução à vista, são os seguintes:
  1. a migração das indústrias para Oriente em busca de trabalho árduo e barato, com direitos sociais escassos e sem constrangimentos de segurança nem ambientais relevantes;
  2. a extinção e desmaterialização progressivas do trabalho, por efeito da incorporação crescente de novas tecnologias, nomeadamente electrónicas e de automação, com a consequente expansão do desemprego permanente e da falta de emprego;
  3. a substituição da lógica de acumulação/poupança por uma lógica de especulação/consumo, a qual só pode subsistir se assentar em formas de domínio imperial e/ou colonial (que tanto os EUA, como a Europa, deixaram de poder assegurar);
  4. o envelhecimento populacional, associado ao colapso anunciado dos sistemas de segurança social;
  5. a crise energética, para o que tardou, porventura irremediavelmente, a investigação e desenvolvimento atempados de novos paradigmas e/ou soluções de transição;
  6. a exaustão dos principais recursos em que assentou o desenvolvimento humano nos últimos 200 anos: água, carvão, petróleo, gás natural, terra arável, fauna, flora e biodiversidade;
  7. alterações climáticas provocadas por uma lógica de crescimento insustentável, cujos contornos foram precisamente detalhados em 1972 num célebre à época, mas rapidamente esquecido relatório do Clube de Roma, intitulado The Limits to Growth.
Finalmente, há uma conjuntura política internacional explosiva pairando em surdina sobre a Humanidade. A batalha mundial pelos recursos financeiros (i.e. fiduciários), energéticos, económicos e naturais já começou, ainda que sob a forma, aliás, clássica, dos conflitos periféricos e/ou vicariantes. Sabemos já que qualquer manobra militar, ou mesmo diplomática, corre o risco de fazer disparar os preços do petróleo, do gás natural e do ouro, a que se seguirão depois as subidas dos recursos alimentares. As perspectivas são muito preocupantes. Só não vê quem não quer.

As pessoas e os países devem pois preparar-se para o pior, e não adormecer nas cantigas de embalar dos especuladores de toda a espécie que inundam os canais de comunicação de massas. Antes de investir pense muito bem no que vai fazer. Persistir na lógica consumista e/ou especuladora do endividamento fácil, berrando por taxas de juros negativas, como fazem os populistas de todos os quadrantes, é pior do que dar um tiro na cabeça. Porque é convocar a tortura e a morte lenta da nossa civilização e da nossa cultura.

As fronteiras estarão de volta mais cedo do que agora conseguimos imaginar. Preparemos pois esse dia, e até lá, apliquemos parte das nossas poupanças nalgum ouro fino e em quintas e quintinhas com água potável e terra fértil.


OAM 634 07-10-2009 01:12