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sábado, maio 09, 2009

Portugal 103

Colocar a banca na ordem, assegurar Portugal!

Chávez nacionaliza 60 empresas do setor petrolífero

Os processos de nacionalização e controlo nacional dos sectores estratégicos da economia regressaram à ordem do dia. Não voltaremos tão cedo à ideologia das privatizações oportunistas e neoliberais. Isto é verdade para a China, Índia, Rússia, Venezuela, Líbia, Irão, Arábia Saudita, Emiratos Árabes Unidos, Angola..., mas também para a América de Barak Obama!

A emergência de novas formas de proteccionismo é igualmente inevitável.

Em suma, uma nova filosofia de delimitação dos sectores públicos e privados é a mais necessária e urgente das decisões a tomar em boa parte dos países ocidentais.

Se se estudar com atenção o desastre a que a cobiça, ganância e desprezo criminoso dos irresponsáveis económico-financeiros lusitanos da EDP, TAP, BCP, BPN, BPP, MOPCT e governo PS em geral, conduziram o país, perceberemos rapidamente que fará todo o sentido:
  1. parar imediatamente o uso de dinheiros públicos no salvamento dos accionistas da falida banca privada portuguesa, com particular destaque para o BPN, BPP, BCP e Finantia (1);
  2. retomar o controlo estratégico e a supervisão apertada da escandalosamente endividada EDP, bem como da GALP;
  3. estancar imediatamente as hemorragias da TAP, CP e Metro de Lisboa, pondo fim à libertinagem administrativa destas empresas públicas, e ao matrimónio que mantiveram durante décadas com o Bloco Central da Corrupção;
  4. reformular drasticamente o falacioso plano de construção de novas barragens, posto em marcha pela EDP, por iniciativa do seu feérico presidente, António Mexia;
  5. adiar a decisão de construção do novo aeroporto de Lisboa (NAL) até 2015, mantendo aberta a opção de Rio Frio-Alcochete;
  6. adaptar no prazo de 1-2 anos a Base Aérea do Montijo para as companhias Low Cost;
  7. avançar com o LAVE/AVE entre Pinhal Novo e Caia, para transporte rápido de pessoas e mercadorias entre as duas capitais ibéricas, como primeiro passo de ligação de Portugal à rede ferroviária europeia de Alta Velocidade/Velocidade Elevada;
  8. abandonar a ideia peregrina de construir a linha férrea Sines-Casa Branca-Évora-Elvas-Badajoz, uma opção redundante a partir do momento em que a linha AV/VE entre Pinhal Novo e Caia, para pessoas e mercadorias, esteja lançada;
  9. rever o traçado da linha ferroviária de AV/VE entre Lisboa, Porto e Valença;
  10. abandonar definitivamente a opção da TTT pelo corredor Chelas-Barreiro, e estudar uma solução mais racional e menos dispendiosa, articulada com um novo traçado da linha AV/VE entre Lisboa e Porto;
  11. desencadear os necessários processos-crime contra os piratas do BPN, do BPP e das demais entidades bancárias atoladas em dívidas e ludibrio de clientes;
  12. lançar um ambicioso plano de eficiência energética à escala nacional, do qual deverão fazer parte integrante programas de reabilitação urbana devidamente articulados com a prioridade que deve ser dada à eficiência energética do país (2) ;
  13. criar de uma vez por todas as regiões metropolitanas de Lisboa e Porto, conferindo-lhes as mesmas características institucionais e políticas das regiões autónomas insulares, associando a este projecto, com claras implicações constitucionais, a criação de duas grandes cidades-região eco-sustentáveis, onde a recuperação estratégica das respectivas cinturas agrícolas assuma máxima prioridade;
  14. manter e reforçar o Estado onde é efectivamente necessário, reforçando a liberdade cidadã e empresarial onde a mesma é muito mais eficaz que o Estado e pode contribuir decisivamente para libertar Portugal do pendor centralista, burocrático, clientelar e conservador que alimentou as preguiçosas nomenclaturas endogâmicas que há séculos sugam o país das suas evidentes potencialidades.
A melhor forma de forçar esta agenda começa na imprescindível derrota do Bloco Central da Corrupção nas eleições do ciclo eleitoral de 2009, o qual terá início já em Junho, com as eleições europeias.

A previsível perda de influência da nomenclatura que ao longo dos últimos 30 anos acabou por levar Portugal à cauda de todas as estatísticas, a ponto de objectivamente ameaçar a viabilidade do presente regime constitucional, é uma boa notícia!
  • Vote-se pois contra o populismo atroz da actual maioria e contra o Pinóquio que a protagoniza!
  • Vote-se contra quem defender o Bloco Central da Corrupção — Cavaco Silva, obviamente incluído!
  • Vote-se em Manuela Ferreira Leite, em Paulo Rangel e em Francisco Louçã (parece estranho mas não é; é um jogo de estratégia!)
  • Vote-se nas candidaturas independentes, contra as coligações autárquicas oportunistas
É fundamental derrotar José Sócrates e a tríade de Macau nas próximas eleições europeias!

NÃO DEIXES DE VOTAR!


NOTAS
  1. O financiamento encapotado (via BPN!!!) de empresas tecnicamente falidas do sector privado, e público, por parte da Caixa Geral de Depósitos (a mesma que executa hipotecas imobiliárias sem dó nem piedade a quem deixou de poder pagar as prestações de casa própria, leiloando os prémios da sua cobiça em sórdidos leilões de vampiros e hienas por esse país fora), é um escândalo que revela à evidência o irremediável cancro da corrupção que devora rapidamente Portugal. É preciso dizer basta à canalha que nos governa, e pôr na prisão todos os piratas! É preciso confrontar os partidos com assento parlamentar com as suas próprias responsabilidades democráticas. Ou fazem o que devem e aquilo para que foram eleitos, ou espera-os um fim inglório. O populismo não é mais do que a baba segregada pela própria indigência intelectual, cobardia moral e corrupção das democracias degeneradas.

    Construtoras inundam BPN com centenas de pedidos de financiamento nos últimos três meses

    08.05.2009 - 19h56 — Público
    Por Cristina Ferreira, Ana Brito
    Nos últimos três meses o Banco Português de Negócios (BPN) foi inundado de pedidos de financiamento (e algumas propostas de reavaliação de dívidas), por parte de empresas, muitas delas imobiliárias e de construção, ligadas aos grupos Mota Engil, Lena e Visabeira. Estes três grupos têm empréstimos a correr no BPN de 86,5 milhões de euros, 74 milhões de euros e 42 milhões de euros, respectivamente.

    Em causa estão centenas de pedidos de financiamento que também envolvem accionistas da SLN (que antes da nacionalização detinha o BPN) e até de entidades públicas, como a Parpública, a CP, o Metro do Porto a Empodef e a SPdH. Mas também de clubes de futebol e de autarquias.

  2. O grande problema da reabilitação urbana (fora do simples discurso retórico) é encontrar a rentabilidade da ideia, i.e. formas de convencer o Capital a investir num parque habitacional saturado, descompensado e onde as mais valias estão quase sempre na especulação imobiliária (dos terrenos e do mercado de compra-e-venda)

    No entanto, se atrelarmos a reabilitação urbana à prioridade energética (não à construção de mais barragens, parques eólicos e quintas solares — tudo isso já está feito q.b.), poderemos envolver uma apreciável parte da sociedade, e a vocação do Capital, numa vasta operação quinquenal (perdoem-me a graça ;-) destinada a baixar drasticamente a insustentável intensidade energética da nossa economia e da nossa cultura

    Colocar a intensidade energética do país na média europeia seria uma operação económica maior do que todas as grandes obras públicas juntas... e seria sobretudo uma disseminação sem precedentes de capital produtivo pelo conjunto da economia e da sociedade... Trata-se, de facto, de uma verdadeira Bala de Prata para a actual crise!

OAM 584 09-05-2009 02:41 (última actualização: 23:58)

quinta-feira, março 05, 2009

Portugal 88

BCP: falência ou nacionalização?

Acções do banco da tríade de Macau, como escrevia um amigo meu, ao preço da bica: 55 cêntimos!
Ferro Ribeiro (porta-voz de Stanley Ho): “Temos a melhor opinião do dr. Carlos Santos Ferreira e há que referir que nunca, em momento algum, fomos pressionados pelo Governo ou pelo Banco de Portugal para apoiar a sua candidatura à presidência do BCP”.

Há desmentidos que explicam tudo! Sabemos hoje que a OPA do BCP ao BPI (1) foi uma fuga em frente face aos problemas que ameaçavam a viabilidade a prazo do maior banco privado português. A operação não resultou, tendo o BCI contra-atacado com o reforço da sua importante posição accionista no BCP —de 7,238% para 8,51%— ao mesmo tempo que deixava no ar a possibilidade de comprar o BCP (2) Resultado: houve um alarme nacionalista sobre a possível passagem do centro de decisão financeira chamado BCP, de Lisboa para Barcelona, por via da presença forte que o La Caixa tem no BPI — quase 30% (3).

Eu próprio me perguntei se não seria uma acção virtuosa apoiar o populismo então fulgurante do comendador Berardo, verdadeira testa de ferro mediática do grupo de accionistas que saiu em defesa do BCP... mas com dinheiro da Caixa Geral de Depósitos!

A operação de salvamento foi cara (4) e os resultados, desastrosos para todos. Jardim Gonçalves deve estar a rebolar-se nos jardins de Colares!

Há ainda muito por saber. Mas o que parece é isto: a tentativa de assalto do BPI mostrou as fragilidades inesperadas do BCP. Para defender o BCP (com o pretexto de impedir a sua caída em mãos espanholas), a tríade de Macau, que domina o PS desde que António Guterres derrotou o clã de Mário Soares, viu no imbróglio gerado pela ousadia do novel presidente do BCP, Paulo Teixeira Pinto, uma oportunidade única (5) para se apoderar de uma ferramenta financeira de primeiro plano. Tocou a rebate e juntou testas de ferro e parceiros para a mudança da guarda: da Opus Dei para a tríade de Macau (6).

Tudo muito bonito se quem orquestrou a operação tivesse ouvido falar do Black Swan já em formação, mas ainda pouco visível, que viria a ser o colapso do incomensurável mercado de derivados que continua a engolir a economia global. As acções do BCP desvalorizaram, entre o ano 2000 e hoje, qualquer coisa como 89,7%. Hoje já não chega para beber uma italiana bem escaldada na esplanada do Tamariz!

Como diz uma amiga minha canadiana, perseguir os culpados —desporto que entretém muita gente por esse mundo fora—deixou de ser a tarefa mais produtiva de todas. O que urge mesmo é imaginação para reparar o desastre.


NOTAS
  1. 23-03-2007 - 23h47 — O Banco Comercial Português (BCP) apresentou esta noite o pedido de registo na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada sobre o Banco Português de Investimento (BPI).

    O projecto não contempla a revisão do preço, mantendo o valor nos 5,7 euros por acção, e admite manter a sua proposta no mercado, mesmo se não houver desblindagem dos estatutos da instituição opada.

    Nesse caso, passa a vigorar como única condição de sucesso da OPA a compra de pelo menos 82,5 por cento do capital do BPI, e não de 90 por cento como previsto. — Cristina Ferreira (Público).

  2. 26-07-2007 — O BPI reforçou, ao longo dos últimos dois dias, a sua posição no BCP de 7,238% para 8,51%, no ‘timing’ limite para poder votar com todas as acções na assembleia geral (AG) de 6 de Agosto. Este aumento da participação do BPI provocou uma onda de rumores no mercado, por não se conseguir perceber inteiramente o racional deste investimento para o BPI. O banco liderado por Fernando Ulrich já tinha com os seus 7,2% uma palavra decisiva na guerra de poder existente no BCP, sendo indiscutível que com 8,5% o seu poder é maior. Mas, na opinião dos analistas, esta não deverá ser a única razão que levou o BPI a comprar mais acções do seu rival. Os rumores de uma OPA, de negociações de uma aliança amigável entre o BPI e qualquer uma das facções em confronto no BCP, tendo em vista uma parceria futura entre os dois bancos, foram alguns dos cenários aventados. No entanto, não foi possível confirmar qualquer uma destas hipóteses. Sobre o tema, Ulrich limitou-se a dizer, em declarações exclusivas ao Diário Económico, que uma OPA está fora de questão e que não existem contactos com o fundador do BCP há mais de ano e meio. — Diário Económico.

  3. La Caixa já detém 30% do BPI (IOL Diário)

    04-02-2009 — O La Caixa, o accionista de referência do BPI, voltou a reforçar a sua posição na instituição financeira liderada por Fernando Ulrich e já detém 29,9% do banco.

    As acções foram compradas entre o dia 26 e o dia 30 de Janeiro, com preços a variar entre 1,49 e os 1,52 euros, revela em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

    (S&P coloca dívida do BES e BPI sob vigilância negativa)

    Com este reforço, o La Caixa passou a deter 169.294.328 títulos.

    Recorde-se que, o presidente do banco, já tinha salientada na apresentação de resultados, que este reforço do espanhol La Caixa no seu capital social, revelava «um voto de confiança».

    No entanto, Ulrich, na altura, rejeitou a hipótese de uma oferta pública de aquisição (OPA): «Não nos parece que seja esse o caminho que o La Caixa vai seguir».

  4. BCP gastou 451 milhões com OPA ao BPI

    O BCP gastou ao todo 451 milhões de euros com o BPI. Este montante inclui o valor gasto pela instituição de Santos Ferreira na Oferta Pública de Aquisição (OPA) e na tentativa de fusão com o banco liderado por Fernando Ulrich.

    Já as perdas relacionadas com posição de que detinha no BPI, cerca de 9,7%, traduziram-se num montante 348 milhões de euros, revelou o presidente do BCP, Santos Ferreira, em conferência de imprensa. — IOL Diário.

  5. Financiamento de 500 milhões a apoiantes de Santos Ferreira
    Joe Berardo e aliados compraram acções do BCP com crédito da Caixa

    04.01.2008 - 09h02 Cristina Ferreira, Paulo Ferreira (Público).

    Alguns accionistas do Banco Comercial Português (BCP) que apoiam a candidatura do ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos Carlos Santos Ferreira têm vindo a reforçar o seu investimento em acções daquela instituição privada com crédito concedido pelo próprio banco do Estado.

    O PÚBLICO apurou que Joe Berardo, a família Moniz da Maia (Sogema), Manuel Fino, Pedro Teixeira Duarte e José Goes Ferreira receberam crédito da CGD para comprarem acções do BCP, o que lhes tem permitido ter uma palavra a dizer nos destinos do maior banco português.

    Em causa estão operações de financiamento que, só no primeiro semestre de 2007, totalizaram mais de 500 milhões de euros, e serviram para adquirir o equivalente a cerca de cinco por cento do capital do BCP por um total de 22 accionistas, mediante recurso a financiamento da CGD.

    Desta fatia, cerca de quatro por cento do capital foram adquiridos pelo grupo de cinco accionistas principais referidos durante aquele período. Neste grupo encontram-se os primeiros proponentes de Carlos Santos Ferreira para a presidência do BCP - Berardo e Moniz da Maia.

    ...

    Estas operações, que são legais, foram autorizadas pelo Conselho Alargado de Crédito da Caixa formado por cinco administradores: Carlos Santos Ferreira, o então CEO, o seu vice, Maldonado Gonelha, Armando Vara, Celeste Cardona e Francisco Bandeira. Com excepção de Bandeira, que vai integrar a equipa da CGD encabeçada por Faria de Oliveira, todos os restantes já saíram ou vão sair da gestão do banco público. Armando Vara tinha o pelouro do crédito bancário.

  6. Maiores accionistas do BCP (em 3-4-2008):

    BPI (7,84%)
    Dutch Eureko (7,07%)
    Joe Berardo (7%)
    Teixeira Duarte (6,68%)
    Sonangol (4,98%)
    Sabadell (4,43%)

    Grupo de que impulsionou o assalto do BCP

    Joe Berardo (7%)
    Stanley Ho (Ferro Ribeiro)
    Sonangol (4,98%)
    Sabadell (4,43%)
    Teixeira Duarte (6,68%)
    Banco Privado Português (2,32%)
    Manuel Fino (Cimpor)
    Caixa Geral de Depósitos (2,93%)
    EDP (4,34%)
    Sogema (2,67%)


OAM 548 05-03-2009 14:24