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quarta-feira, novembro 05, 2014

Atenção a Angola e... Timor!

Primeiro cai a economia, depois cai o petróleo


Entretanto, os petrodolares deixam de andar por aí

Não há petróleo a mais, mas economia a menos


Os dois gráficos que publicamos neste post pouparão muitas horas de disparates televisivos e crónicas absurdas sobre quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha. É evidente que foi a economia!

Uma das consequências há muito prevista relativamente ao Pico do Petróleo —o período de transição em que sensivelmente metade das reservas petrolíferas mundiais, por sinal a metade mais acessível e menos cara de produzir, foi consumida— é que a partir deste patamar, ou pico, verificado em 2005, as tensões entre a procura expansiva do petróleo e seus refinados e a inflação inevitável do seu preço conduzem a uma espécie de pára-arranca na economia mundial: acima dos 100-120 dólares o barril a economia mundial caminha rapidamente para a recessão, mas depois, a recessão, ao diminuir a procura de crude, provoca a queda do respetivo preço, o qual, por sua vez, caindo abaixo do limiar dos 80 dólares por barril, começa a desequilibrar gravemente as balanças de pagamentos dos principais exportadores de petróleo, retraindo a descomunal circulação mundial de petrodólares, para desgraça das principais praças financeiras e de dezenas de governos sobreendividados que, embora vejam os preços da energia importada descer, a verdade é que são tremendamente afetados pela seca de uma liquidez normalmente alimentada pela reciclagem dos petrodolares e dólares dos principais exportadores líquidos mundiais. Por fim, vários países exportadores de petróleo, como a Venezuela, o Canadá, a Rússia, o Irão, etc., veem as suas balanças comerciais a degradarem-se rapidamente, com implicações políticas internas potencialmente catastróficas.

Se olharmos para esta realidade desta maneira simples e verdadeira, perceberemos então com facilidade a corrida desesperada dos americanos em direção à exploração criminosa do petróleo e gás de xisto (presos nas chamadas rochas-mãe), a crise do Médio Oriente e as tensões entre a Euro-América e a China-Rússia, o tiroteio nos corredores do parlamento canadiano, a próxima diminuição abrupta da presença angolana na nossa economia, ou a ridícula crise de Timor em volta duns juízes, de um procurador e de um polícia.

É o petróleo, estúpido! É a economia, estúpido!

A Europa caminha, ao que parece, para uma nova recessão, ou para a terceira queda num ciclo que os anglo-saxónicos chamam triple-dip recession. Falar de crescimento e de mais emprego é, pois, uma previsão demasiado arriscada.

quarta-feira, outubro 29, 2014

Total War over the Petrodollar | Casey Research

Se os Estados Unidos fossem a nova Arábia Saudita não andariam preocupados com o petróleo dos outros


Não é, Prof. António Costa e Silva?

The conspiracy theories surrounding the death of Total SA’s chief executive, Christophe de Margerie, started the second the news broke of his death. Under mysterious circumstances in Moscow, his private jet collided with a snowplow just after midnight. De Margerie was the CEO of Total, France’s largest oil company.

He’d just attended a private meeting with Russian Prime Minister Medvedev, at a time when the West’s relationship with Russia is fraught, to say the least.


Total War over the Petrodollar | Casey Research: snow plow

sábado, fevereiro 01, 2014

From PetroDollar To PetroYuan – The Coming Proxy Wars | Zero Hedge

Uma análise muito oportuna sobre a intensa diplomacia do petróleo e as suas repercussões, nomeadamente, em Angola, São Tomé e Príncipe e Moçambique... Portugal caminha sobre o fio da navalha!

Nigeria had, as of 2011, over 37 billion barrels of proven oil reserves. China is now one of its major trading partners. China wants Nigerian oil and my guess is that if it isn’t doing so already it is going to trade it entirely in Yuan. Such a move would mean Nigeria would need fewer dollars and more Yuan and the PetroYuan would begin to rise at the expense of the Petrodollar.

For some years now China has been making the Yuan a settlement currency. I have written about this a lot over the years. In 2012 I wrote a piece called “A new reserve currency to challenge the dollar – What’s really going on in the Straits of Hormuz.” China has created a series of bilateral settlement agreements with, among others, the EU, South Korea, Iran, India and Russia. All of these agreements by-pass the US dollar. If China now trades its oil in Yuan where will that leave the dollar?  Of course Saudi would never agree to such a thing, would it?

Now Its a long way from Nigeria’s 200 000 barrels a day to overthrowing the dollar as the premiere oil currency. But let’s face it the US has gone to war on more than one occasion recently in part because the country involved had been going to sell its oil in Euros. And the US is Europe’s friend, isn’t it?

The US hawks have always been afflicted with dominophobia – fear of falling dominoes. Somewhere in a room in the Pentagon or Langley, there is a huddle of spooks, military types, oil men and State department advisors all wondering how to prevent this new creeping menace. Because you cannot afford to be complacent you know. It starts in one country and if you don’t do something other’s will follow and before you know it the rich Western Africa oil bonanza is flowing into Yuan, to be followed by all those North African and Middle Eastern Arab Spring countries where the clean-cut boys are already having to ‘advise’ on the need to take a firm line with potentially anti-American Muslim Brotherhood types by  locking them up, shooting them and generally branding them as terrorists.

What would happen, someone will mention almost in a whisper, if Qatar were to triumph over Saudi and then cut a multi-lateral deal to sell its gas in Euros to Europe and in Yuan to China?

But to return from the overheated imaginations of the Virginia Hawks to some sort of reality, Nigeria is increasing its Yuan reserve at the expense of the dollar and is developing far closer ties to China than to the US. Which is why I think you will soon find the US dramatically increasing its involvement, both financial and military, in Angola.

Angola is going to be America’s answer to China’s Nigeria. And I think the signs are already there.
Texto integral:
Guest Post: From PetroDollar To PetroYuan – The Coming Proxy Wars | Zero Hedge