segunda-feira, julho 26, 2010

Demografia


"[...] all governments, everywhere, are increasing taxes, and will continue to do so in the coming years. But most of them are denying that they are doing this. How can one hide raising taxes? There are multiple ways to do this."

"Whose Taxes Are Going Up?", by Immanuel Wallerstein (LINK)

A primeira coisa que há a fazer em Portugal é olhar para a demografia. O vórtice de qualquer política ajuizada ou desastrosa para os próximos 40 anos deve começar por aqui. Política fiscal, investimento público, sistema educativo, saúde e segurança social, sistemas de mobilidade e transportes, tudo deve ser analisado à luz dos horizontes demográficos que temos pela frente. E, claro está, não nos devemos deixar embalar pela mistificação populista permanente dos governos e respectivas oposições parlamentares. As suas declarações e estatísticas não têm passado ultimamente de engenharias da mentira. Somos nós, o povo, que devemos estar especialmente atentos e exigir que aqueles a quem pagamos os ordenados e as pensões vitalícias façam de forma séria o seu trabalho.

POST SCRIPTUM — (26JUL2010) Chamaram a minha atenção para o programa Plano Inclinado deste Sábado. Não vi. A verdade é que o Medina Carreira se transformou numa maçada, demasiado repetitivo..... deixando de fora assuntos importantes...., e abusando dos convidados como mero pretexto para fazer passar a sua mensagem monocórdica.

A classe política desqualificada é uma consequência, e não a principal causa da situação actual. No Canadá, Alemanha ou China, as coisas não são muito diferentes.... os amigos que por estas bandas tenho, ou os artigos que leio, afirmam e mostram exactamente a mesma deterioração das classes dirigentes...

Os melhores emigram ou fazem revoluções! Por enquanto emigram; ou seja, além de vermos encolher a nossa população activa, esta perde qualidade a um ritmo muito preocupante.

Soluções? É sobre isto que gostaria de me concentrar nesta segunda série do António Maria.

domingo, julho 25, 2010

Luis Amado

O homem certo no lugar certo

Seria bom que houvesse uma política externa estável, ou melhor que a "direita" e a "esquerda" portuguesas afinassem por um mesmo diapasão estratégico em matéria de diplomacia, nomeadamente energética e económica (e que deixássemos de parte o infantilismo oportunista da caldeirada ideológica que é o Bloco de Esquerda e dos órfãos comunistas do PCP). As nossas prioridades passam, como bem esclarece Luís Amado —numa importante entrevista dada ao Expresso deste fim-de-semana— por uma atitude cosmopolita, sem complexos de inferioridade, fazendo valer um património histórico muito relevante em tudo o que se reporta à ideia de globalização e cooperação internacional.

Estou 100% de acordo com o desenho estratégico de Luís Amado.

Prioridades: América do Sul (e América em geral), África (sobretudo Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde) e Ásia (China, Índia, Vietname, Malásia, ...) Isto e uma política de diálogo permanente com o mundo árabe muçulmano, distanciando-nos claramente da agenda Sionista, parece-me ser o essencial. Como dá a entender subtilmente Luís Amado, o ciclo dos fundos comunitários chegou ao fim. Os alemães voltam-se claramente para Leste, o nosso destino sempre foi o Atlântico, e os luteranos nunca nos compreenderão completamente. Ainda bem!

Há umas semanas actualizei a minha visão do mapa da estratégia diplomática portuguesa. Ora vejam o que apontei no Mapa Google (usar todo o écrã).

Gazeta do Dia

Não sei se já repararam, mas o António Maria - Série II, contem funcionalidades novas e interessantes. Uma delas é a Gazeta do Dia, uma coluna de referências sindicadas que permite uma consulta sistemática sobre uma vasta gama de temas do dia a dia, a qualquer hora, e permanentemente actualizada. O idioma escolhido foi naturalmente o Português, e pretende-se saber o que se diz e escreve neste idioma —na maioria dos países que a têm como língua mãe. Resumindo: uma ajuda de leitura com propósito estratégico.

sexta-feira, julho 23, 2010

Stress test não convence

Euro cai com "falta de transparência dos testes",  relata o Económico

Já se comentava há algum tempo nos "mentideros" da análise estratégica que a prova de esforço engendrada por Bruxelas tinha fortes possibilidades de ser vista como uma engenharia de supervisão. Na realidade, falta-lhe um critério de base: independência!

De qualquer modo, o cancro existe. E não vale a pena substituir a cura por pensos rápidos. Se algo o BCE não pode continuar a fazer é defender a expropriação da riqueza dos cidadãos europeus em nome da salvação dos piratas banqueiros, dos banqueiros anarquistas, e dos paraísos fiscais da decadente realeza europeia!

Plataforma colaborativa

Na nova versão do António Maria —desejavelmente colaborativa— seria porventura útil para todos nós mimá-la com widgets úteis a uma mais certeira filtragem da informação e partilha de ferramentas de disseminação conceptual em rede.

Façam pois o favor de me manter actualizado neste supremo mundo virtual. Conhecem certamente o PORDATA. E SHAPES OF PORTUGAL, conhecem? Dois caminhos demonstrativos de que o país não é só a indigesta sopa partidária e burocrática que nos querem fazer engolir.

Isso é uma forma de celebrar os 500 milhoes de utilizadores do Facebook

Parabens Antonio por ter regressado ao Antonio Maria, depois de sua catastrófica comunicação anterior....Como sempre fostes um precursor, não é surpresa que tenhas optado por regressar ao Blogger, no momento exacto do anúncio do "half billion users" do Facebook, o qual esta acompanhado dum aviso de desinteresse crescente pela rede social em questão.
As análises mais profundas às quais nos tem acustumado não se padecem muito com o Facebook, é melhor deixa-lo para os anúncios espanpanente do CR7. Vou contribuir na medida do possivél, e enquanto os outros leitores não se chatearem demasiado com o meu Portugnol abrasileirado:)

Banca portuguesa suspira de alívio!

Bancos portugueses passaram a prova de esforço realizada por Bruxelas a 91 bancos europeus. Cuidado com os foguetes!

Os quatro bancos portugueses, que hoje conhecem os resultados dos testes de resistência efectuados pelo Comité Europeu de Supervisores da Banca, apresentam-se sem stress e com elevado optimismo. As quatro instituições não estão à espera de chumbar nem receber nota negativa e o Diário Económico diz mesmo, na sua edição desta manhã, que já teve acesso aos resultados e que a nota é mesmo positiva. — RTP
Stress tests: Banca lusa passa com «elevado grau de resistência»

A solidez dos quatro instituições financeiras portuguesas (BCP, BPI, CGD e Espírito Santo Financial Group) analisadas pelo Comité de Supervisores Bancários Europeu (CEBS) foi avaliada com nota positiva, revelou hoje o Banco de Portugal. — Diário Digital.