quinta-feira, janeiro 30, 2014

O embuste das barragens

Jorge Moreira da Silva diz-se 'verde'. Falta provar!

Cherchez la femme, c'est-à-dire Goldman Sachs

Plano nacional de barragens vai custar 16 mil milhões

O presidente do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) afirmou, na quinta-feira, que o plano nacional de barragens vai custar "16 mil milhões de euros", [...] mais de 20 % do resgate a Portugal.

Sol, 14 de Dezembro, 2012

Plano Nacional de Barragens «seria outro» para o atual Governo

O ministro do Ambiente afirmou esta quarta-feira que o Plano Nacional de Barragens «seria necessariamente outro», se o atual Executivo o tivesse desenhado e escusou-se a avançar qual a eventual indemnização pela interrupção da construção da barragem do Tua.

Na comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas, Jorge Moreira da Silva respondia à questão de Heloísa Apolónia, deputada do partido ecologista Os Verdes, sobre se a barragem do Tua era um erro.

O responsável lembrou que o plano foi elaborado pelo anterior Governo e que «depois de uma decisão, de um concurso e de uma contratualização» reabrir o processo «podia contribuir para um risco para os contribuintes».

TVI24, 29 de Janeiro, 2014

Ai sim, Jorge Moreira da Silva? Você faria diferente, se pudesse? Então aqui vai a minha teoria para o ajudar a fazer o que deve, isto é, suspender a construção da barragem do Tua e abrir um inquérito!

Eu não posso aqui e agora provar a minha teoria. Por falta de meios e de tempo. Mas, em última análise, compete à PGR, ao DCIAP, ao Tribunal de Contas, à ERSE, ao Tribunal Constitucional, e aos deputados e partidos políticos instalados tomar boa nota desta teoria e investigar. Para isso lhes pagamos.

A história é simples de contar.

A Goldman Sachs, em 2007, quando percebeu no que a bolha do Subprime iria dar, e quando percebeu o fim dos generosos subsídios do Obama às eólicas, nomeadamente por causa do 'boom' que estava a começar no 'fracking', resolveu desfazer-se da empresa Horizon Wind Energy, provocando uma subida momentânea e artificial das cotações da EDP (ver artigo aqui publicado em agosto de 2012), e negociando (secretamente, presumo) a venda da Horizon à EDP,  que assim se tornava um player mundial das energias renováveis, bla, bla, bla, bla, bla....

O financiamento de que a EDP precisaria para comprar a Horizon (2,15 mil milhões de dólares) foi obviamente garantido nos mercados financeiros pela mão, uma vez mais, presumo, da Goldman Sachs (pela mão de quem haveria de ser?), e de caminho, para ajudar a segurar este embuste, a EDP sacou em outubro de 2007 o Plano Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico (PNBEPH) ao senhor Sócrates Pinto de Sousa que, por sua vez, já então precisava desesperadamente de dinheiro que o défice público não visse, nem contabilizasse. Foram muitas centenas de milhões de euros que a EDP, a Iberdrola e a Endesa adiantaram por conta... das famosas barragens, inúteis, caríssimas e que os portugueses foram condenados, sem consulta prévia, a pagar durante 75 anos, mas pior, por conta também de uma ainda não ventilada mas completamente inconstitucional alienação dos direitos de exploração privada das águas das bacias hidrográficas e albufeiras abrangidas pelas novas barragens!

Impugnar todo este embuste é só uma questão de seriedade, de vontade política, e de coragem, claro!

Para complemento dos gráficos, publicados no texto acima citado, e que demonstram a sincronia entre as ações da Goldman Sachs, da EDP e de José Sócrates no ano 2007, aqui vão mais dois de hoje, onde se revela até que ponto os chineses também caíram na esparrela da Goldman! Por algum motivo alguém colocou o Carlos Moedas à cabeceira do barítono Pedro Passos Coelho.

A queda continuada das ações da EDP só foi travada depois da entrada das Três Gargantas.

Repare-se como as renováveis da EDP também foram salvas in extremis por Pequim.



3 comentários:

JS disse...

A ser verdade, pergunto: Como é que um Governo com um exercício "constitucional" definido para 4 anos, pode, constitucionalmente, legalmente, contrair uma dívida ... para os próximos 75 anos!!!!???
Está tudo bebado.

lidiasantos almeida sousa disse...

O que se aprende com António Maria.

O pequenino Moreira da Silva especialista em ambiente também dirige agora a energia pois como é manso não chateia com o indesejado Henrique que quis pôs a mão na massa das rendas.
Na Segunda-feira o Grunho MEDINA Carreira. mais a loira, levaram o Professor Meio tonto Avelino de Jesus ao programa OLHOS NOS OLHOS, A loira pôs as garras de fora e o OGRE mostrou-se chateado. Uma grande peixeirada. Para terminar o Avelino, que o Grunho tão depressa chamava Adelino Faria como Avelino quando a loira o repreendia, resolveu dizer uma grande verdade de que ninguém fala: O PERDÃO FISCAL que segundo ele e é verdade É UMA FRAUDE que tanto prejudica o investimento estrangeiro como a nós os contribuintes cumpridores que nos sentimos uns parvos. A Loira desatou aos berros a mandar o Avelino calar-se e o Grunho fez o mesmo. O Tonto do Iseg, nem sabia onde meter-se perante tanta censura e prepotência. Mandei um mail para a Media Capital, pois a censura em todos os canais está no auje e se não fossem pessoas como o António Maria nada se sabia. Tenho pena de não saber o seu mail para lhe enviar a colagem que fiz sobre esta maçã podre. E o que me diz dos beneficios fiscais dados ao merceeiro Soares dos Santos. Dava para evitar os cortes que tão mal vão fazer à Economia. Estamos num Governo do Dom Corleone e o Manequim da Rua dos Fanqueiros só dá despesa ao País.

António Maria disse...

Lidia,

o meu email é este:

antonio.cerveirapinto {arroba}gmail {ponto}com

;)