segunda-feira, setembro 01, 2014

Portugal: que crescimento?

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E quem pode afirmar que vai fazer Portugal crescer, sem que o nariz lhe cresça desmesuradamente? 


20 years of the European single market: growth effects of the EU integration

by Bertelsmann Stiftung Future Social Market Economy (PDF)

The ongoing European integration has increased the eco- nomic growth of participating national economies. Calculating the cumulative gains in the real gross domestic product per capita resulting from the integration of Europe between 1992 and 2012, every national economy under considera- tion realized income gains from the European integration. Denmark and Germa ny saw the greatest gains per resident. If the values from only 1992 and 2012 are compared, every country except for Greece has been able to achieve a higher per capita income due to the European integration.

De Hollande a Seguro, passando pela viragem eleitoralista do governo de Passos Coelho, amparados todos pela promessa de facilidade monetária anunciada por Mario Draghi, embora orientada quase exclusivamente para socorrer bancos, governos, empresas e famílias sobre-endividadas, todos procuram acalmar as populações furiosas e ganhar votos, prometendo mais um shot de endividamento e confisco nas veias dos atordoados cidadãos europeus. Como se isto não fosse já uma tragédia anunciada, americanos, judeus sionistas radicais e europeus inconscientes empurram a Europa para uma situação política ameaçadora da sua própria estratégia comunitária.

Em 20 anos de integração europeia (1992-2012) a Alemanha viu o seu PIB real per capita aumentar 9000 euros. Portugal, no fim da tabela (só ultrapassado pelo Reino Unido), apenas melhorou 400 euros per capita. Ou seja, uma democracia capurada por rendeiros e devoristas não pode dar bom resultado.

Apesar de tudo, o gráfico deste sucinto mas esclarecedor estudo demonstra que não há alternativa ao processo de integração europeia, pois apenas este poderá diminuir as fortes assimetrias regionais e nacionais ainda existentes, sobretudo quando a inércia dos poderes indígenas, preguiçosos e parasitários, for finalmente varrida do lugar privilegiado que ocupa junto das tetas orçamentais.

As cleptocracias nacionais, os carteis e os rentistas que vivem em união de facto com os estados paquidérmicos e ineficientes que temos —verdadeiras reservas eleitorais das partidocracias dominantes— resistem à mudança e atrasam a Europa. Mas o seu prazo de validade chegou ao fim.

Está na hora de exigir e provocar uma alteração profunda nas instituições democráticas da União: desde o presidente da Comissão Europeia aos presidentes das Juntas de Freguesia.

Cuidado, em suma, com as promessas de crescimento, e vigilância redobrada sobre o uso dos dinheiros do próximo quadro comunitário de apoio!

Quatro novos gráficos sobre Portugal

Estes quatro gráficos sobre Portugal dizem quase tudo, mostram que, em geral, temos seguido as tendências económicas do Ocidente. Só que em registo quase sempre medíocre e indigente.



 Todos os gráficos (exceto o último) in: Desvio Colossal, de Pedro Serrano (grazia tanta ;)


Atualização: 6/9/2014, 16:04 WET

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