Foto: Reuters |
Petróleo barato e dólares caros: uma combinação explosiva para 2015
Segundo o BoA, a suspensão do QE em dólares será compensada apenas em 30% pela soma dos estímulos previstos no Japão e UE. Consequência: um maremoto financeiro global com epicentro nos países emergentes: Rússia, Turquia, Brasil, Indonésia, Angola, Letónia, Peru, etc...
A subida sustentada do dólar arrastará perdas de rendimento gigantescas nas moedas locais em que muita da dívida dos países emergentes foi negociada. Exemplo: investimentos de fundos de pensões americanos e europeus nos países emergentes, em busca de taxas acima dos 1%! Exemplo: empréstimos bancários em dólares a empresas angolanas de construção que vendem os imóveis e os serviços associados em kwanzas.
A fuga dos atoleiros financeiros em que os países emergentes, que representam já 50% da economia mundial, se poderão transformar a curto prazo já começou, mas o impacto só será sentido, e de que maneira, a partir de 2015.
O regresso dos euros vai encontrar um continente a nadar em EQE, a próxima moeda virtual da UE. Taxas de juro: menos de zero!
Haverá, por causa deste cenário mais do que provável, uma procura em massa da moeda americana que, depois de ter suspendido o QE, se afastará progressivamente do ZIRP (Zero Interest Rate Policy)?
Irá o dólar valorizar e ultrapassar em breve o euro?
Crescimento? Quem falou de crescimento? Só se foi o Costa das Caravelas.
UM SANTO NATAL, mas com os cintos de segurança bem apertados!
fx-rate |
Fed calls time on $5.7 trillion of emerging market dollar debt
World finance is rotating on its axis. The stronger the US boom, the worse it will be for those countries on the wrong side of the dollar
The US Federal Reserve has pulled the trigger. Emerging markets must now brace for their ordeal by fire.
They have collectively borrowed $5.7 trillion in US dollars, a currency they cannot print and do not control. This hard-currency debt has tripled in a decade, split between $3.1 trillion in bank loans and $2.6 trillion in bonds. It is comparable in scale and ratio-terms to any of the biggest cross-border lending sprees of the past two centuries.
Much of the debt was taken out at real interest rates of 1pc on the implicit assumption that the Fed would continue to flood the world with liquidity for years to come. The borrowers are "short dollars", in trading parlance. They now face the margin call from Hell as the global monetary hegemon pivots.
By Ambrose Evans-Pritchard
The Telegraph, 9:27PM GMT 17 Dec 2014
1 comentário:
OAM,
E não tem a república emissão recente de dívida em dólares? A rampa fica assim mais íngreme, certo?
Saudações,
LV
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