À atenção de Mário Centeno, ministro das finanças
Horizonte 2016-2020
Tomemos a Alemanha como referência...
- Poder-se-à subir a receita fiscal (31,3% do PIB em Portugal) até aos 44,1% (Alemanha), i.e. +12,8%? Creio que não, salvo se incidir nos bancos, nos oligopólios instalados e nas fundações e outras associações declaradas de utilidade pública mas que apenas existem para fugir aos impostos. Há uma fiscalidade escondida nas chamadas taxas municipais que, tudo somado, faz da nossa fiscalidade real uma canga que impede o crescimento, o desenvolvimento e a liberdade. Mas quanto soma, em suma, a fiscalidade escondida das taxas municipais? Onde aparece registada?
- Poder-se-à descer a despesa pública dos atuais 50,6% do PIB até 46,4%, i.e. -3%? Vai ter mesmo que ser, com este, ou na pior das hipóteses, no próximo governo.
- Dado importante: em 2014 mais de 74,66% dos portugueses, em média, eram proprietários de casa própria, já paga ou por pagar, e talvez mais de 80%, são alternada ou simultaneamente, proprietários de imóveis urbanos e rústicos. É preciso vigiar a gula da oligarquia partidária sobre o potencial de confisco que aqui reside. Atenção, pois, ao OE de 2016...
Antes de mais, porém, seria bom pouparmos o país às dicotomias felizes entre esquerda e direita, olhando bem para estes gráficos...
Portugal: crescimento anual do PIB, desde 1996 clique p/ ampliar |
Portugal: formação bruta de capital fixo, desde 1996 clique p/ ampliar |
Portugal: balança comercial, desde 1950 clique p/ ampliar |
Portugal: custos unitários do trabalho, desde 1996 clique p/ ampliar |
Portugal: salário mínimo mensal, desde 2001 clique p/ ampliar |
Portugal: emprego a tempo inteiro, desde 2008 clique p/ ampliar |
Portugal: despesa pública em % do PIB, 1996 clique p/ ampliar |
Portugal: dívida pública em % do PIB, desde 1996 clique p/ ampliar |
Portugal: dívida a estrangeiros |
Portugal: dívida externa, desde 1996 clique p/ ampliar |
Portugal: desemprego jovem, desde 1986 clique p/ ampliar |
Portugal: produtividade, desde 1996 clique p/ ampliar |
Portugal: casa própria desde 2005 Clique p/ ampliar |
Gráficos: TRADING ECONOMICS e EUROSTAT.
* — Convém sempre comparar com os nossos parceiros comunitários...
País - Despesa pública em % do PIB - Carga fiscal em % do PIB
(ordenado por despesa pública em percentagem do PIB)
(ordenado por despesa pública em percentagem do PIB)
1. Eslovénia 60,1 --,-
2. Finlândia 57,6 --,-
3. Dinamarca 57,1 48,1
4. França 57 44,2
5. Bélgica 54,4 44,0
6. Suécia 53,4 44,5
7. Áustria 50,9 42,1
8. Itália 50,8 42,9
9. Portugal 50,6 31,3 (carga fiscal na posição 19 UE28)
10. Hungria 49,7 --,-
11. Holanda 46,2 38,7
12. Reino Unido 45,5 35,5
13. Espanha 44,3 31,6
14. Alemanha 44,1 37,1
11. Luxemburgo 43,3 37,1
1 comentário:
Qual é o esforço fiscal dos portugueses? Isso sim é o que conta. Miguel Cadilhe no seu livro diz que é quase o dobro da média da UE.
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