sexta-feira, novembro 27, 2015

Mais gráficos e menos blá, blá, blá

À atenção de Mário Centeno, ministro das finanças


Horizonte 2016-2020

Tomemos a Alemanha como referência...
  • Poder-se-à subir a receita fiscal (31,3% do PIB em Portugal) até aos 44,1% (Alemanha), i.e. +12,8%? Creio que não, salvo se incidir nos bancos, nos oligopólios instalados e nas fundações e outras associações declaradas de utilidade pública mas que apenas existem para fugir aos impostos. Há uma fiscalidade escondida nas chamadas taxas municipais que, tudo somado, faz da nossa fiscalidade real uma canga que impede o crescimento, o desenvolvimento e a liberdade. Mas quanto soma, em suma, a fiscalidade escondida das taxas municipais? Onde aparece registada?
  • Poder-se-à descer a despesa pública dos atuais 50,6% do PIB até 46,4%, i.e. -3%? Vai ter mesmo que ser, com este, ou na pior das hipóteses, no próximo governo.
  • Dado importante: em 2014 mais de 74,66% dos portugueses, em média, eram proprietários de casa própria, já paga ou por pagar, e talvez mais de 80%, são alternada ou simultaneamente, proprietários de imóveis urbanos e rústicos. É preciso vigiar a gula da oligarquia partidária sobre o potencial de confisco que aqui reside. Atenção, pois, ao OE de 2016...

Antes de mais, porém, seria bom pouparmos o país às dicotomias felizes entre esquerda e direita, olhando bem para estes gráficos...


Portugal: crescimento anual do PIB, desde 1996
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Portugal: formação bruta de capital fixo, desde 1996
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Portugal: balança comercial, desde 1950
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Portugal: custos unitários do trabalho, desde 1996
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Portugal: salário mínimo mensal, desde 2001
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Portugal: emprego a tempo inteiro, desde 2008
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Portugal: despesa pública em % do PIB, 1996
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Portugal: dívida pública em % do PIB, desde 1996
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Portugal: dívida a estrangeiros
Portugal: dívida externa, desde 1996
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Portugal: desemprego jovem, desde 1986
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Portugal: produtividade, desde 1996
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Portugal: casa própria desde 2005
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Gráficos: TRADING ECONOMICS e EUROSTAT.

* — Convém sempre comparar com os nossos parceiros comunitários...

País - Despesa pública em % do PIB - Carga fiscal em % do PIB   
(ordenado por despesa pública em percentagem do PIB)

 1. Eslovénia  60,1  --,-  
 2. Finlândia  57,6   --,-  
 3. Dinamarca  57,1  48,1   
 4. França  57  44,2  
 5. Bélgica  54,4  44,0  
 6. Suécia  53,4  44,5  
 7. Áustria  50,9  42,1  
 8. Itália  50,8  42,9  
 9. Portugal  50,6  31,3   (carga fiscal na posição 19 UE28)
10. Hungria  49,7 --,-  
11. Holanda  46,2  38,7  
12. Reino Unido  45,5  35,5  
13. Espanha   44,3  31,6 
14. Alemanha  44,1  37,1  
11. Luxemburgo  43,3  37,1  

Atualização: 3 dez 2015, 14:07 WET

1 comentário:

Anónimo disse...

Qual é o esforço fiscal dos portugueses? Isso sim é o que conta. Miguel Cadilhe no seu livro diz que é quase o dobro da média da UE.