Quando o cesarismo bicéfalo (Marcelo-Costa) se esgotar (lá para 2018-2020) o sistema partidário colapsará, como tem vindo a ocorrer em tantos países.
Alguns jovens brilhantes do atual sistema partidário já devem estar a fazer as suas contas, como Macron fez, para saberem quando devem saltar fora do pântano e anunciarem novas soluções, realistas e honestas, para o país. O PSD, o PS e a esquerda estalinista e trotsquista são irreformáveis. Quando tal vier a ocorrer, o CDS também desaparecerá do mapa eleitoral.
Resta-me apenas uma dúvida, ao fazer este prognóstico: e se o cesarismo bicéfalo (de que a Geringonça é a almofada) for uma espécie de gelatina moldável —capaz de impingir não só a austeridade atual, como até agravá-la, se e quando for necessário— com o único objetivo de manter-se no poder a todo o custo?
Esta deriva cesarista só poderá consolidar-se por uma via institucional e governamental/partidária crescentemente autoritária, e por uma censura crescente nos principais órgãos da imprensa, ainda que muito bem disfarçada pela propaganda do sucesso que chega a não mais de 5% da população portuguesa.
Para já, Portugal tem vindo a tornar-se num refúgio de classes média altas e de fortunas em fuga do Médio Oriente, do Brasil, de Angola, da França e da Suécia e, pasme-se, dos próprios Estados Unidos!
O turismo é uma bênção.
Mas tudo isto de nada servirá se não houver uma refundação do estado paquidérmico e da democracia palaciana que temos.
Um banho de juventide no poder fazia-nos bem!
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