segunda-feira, dezembro 04, 2017

O falso PIB


A energia cara mata o crescimento


A bolha do falso crescimento suportado por uma dívida cumulativa insustentável vai acabar por rebentar, provavelmente antes de 2030. Será um evento destrutivo global, precedido certamente de uma catadupa de novas falência soberanas, entre as quais estará a próxima bancarrota portuguesa.

Se persistirmos na trajetória populista da esquerda irresponsável que se auto coroou depois da derrota do PS de António Costa, ou seja, se a Geringonça não for derrotada nas próximas eleições legislativas, estaremos no pelotão da frente dos países que irão implodir financeira, económica e socialmente na sequência, ou de uma valorização das taxas de juro dos principais bancos centrais (FED, BCE, BOJ, PBOC), ou de uma desvalorização monetária, ou de nova subida acentuada dos preços da energia, ou de uma súbita inflação bem acima dos 2%!

O endividamento sistémico está a chegar ao fim, e a repressão fiscal poderá ter os dias contados, seja por efeito do empobrecimento irreversível das classes médias, seja por efeito de uma fuga de capitais sem precedentes, por exemplo, em direção às cripto-moedas, como a Bitcoin, seja ainda pela deslocalização acelerada das sedes das nossas principais empresas, e em geral das empresas globais, para regiões fiscais mais favoráveis.

Convém ler a este propósito o que escreve Gail Tverberg sobre as implicações dramáticas do fim da energia barata no nosso estilo de vida.

...GDP looks like it is growing, but it is really very hollow economic growth. Governments invest in projects of essentially no value, and their investment is counted as GDP. For example, they invest in unneeded roads, in apartments that citizens cannot really afford, in educational institutions that do not produce graduates with wages that are sufficiently high to pay for education’s high cost, and in high-priced medical cures that are unaffordable by 99% of the population. Are these things truly contributions to GDP? 
We also find businesses that look like they are growing, but in fact are taking on increasing amounts of debt as they sell off assets. This is not a sustainable model! We encounter energy companies that claim to be doing “sort of” alright, but their profits are so low that they need to cut back on new investment, and they need to borrow in order to have funds to pay dividends to shareholders. There is something seriously wrong with this growth! 
[...]
The reason I have not included any discussion of renewables is because at this point in time, we do not have any renewables that are sufficiently inexpensive and sufficiently scalable to represent a solution.

A Video Game Analogy to Our Energy Predicament
Posted on November 28, 2017, by Gail Tverberg on Our Finite World

A semana passada, no regresso de uma viagem a Bruxelas, reparei em algo extraordinário: as marcas portuguesas foram praticamente todas irradiadas da zona de embarque/desembarque do Aeroporto de Lisboa. O mesmo podemos dizer de alguns setores estratégicos da nossa economia, como a energia, as águas municipalizadas, a indústria automóvel, ferroviária e aeronáutica, as telecomunicações e a comunicação social, ou ainda a banca. A pouco e pouco, para pagar as dívidas que continuam a crescer, o país tem vindo a descapitalizar-se a um ritmo assustador. Ao mesmo ritmo, aliás, que as próprias poupanças das famílias empenhadas em hipotecas de casas e automóveis, ou submetidas à rapina fiscal a que se dedica um regime em estado de necessidade absoluta.

A fragilidade do país é, portanto, enorme. A perda acelerada de soberania é cada vez mais evidente.

Haverá inevitavelmente um momento em que teremos que passar da propaganda à realidade. Esperemos que esse momento não chegue tarde demais.

1 comentário:

pvnam disse...

MENSAGEM PARA OS ANTI-SEPARATISMO
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Pessoal anti-separatismo:
---» CONTINUEM A DESBARATAR/VENDER TUDO AQUILO QUE PUDEREM MAS NÃO CHATEIEM os separatistas que trabalham para a sobrevivência da sua Identidade.
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-» A gente sabe que para os anti-separatismo é tudo para vender/desbaratar; ex: na Europa a propriedade pública, e a propriedade privada tradicional ESTÃO A DESAPARECER (é ver as estatísticas)... a pouco e pouco, está tudo a ser vendido a multinacionais e a oligarcas (africanos, do médio oriente, etc).
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Mais:
- a gente também sabe que os anti-separatismo não só não trabalham para a sustentabilidade (média de 2.1 filhos por mulher) da comunidade nativa... como também... andam por aí a lamber-as-botas aos salvadores da demografia; mais, andam inclusive a lamber-as-botas à boa produção demográfica daqueles que tratam as mulheres como úteros ambulantes (ex: islâmicos).
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E mais:
- a gente também sabe que os europeus anti-separatismo trabalham como lacaios/mercenários ao serviço da alta finança (capital global) -» trabalham para a eliminação de fronteiras... nota: a alta finança ambiciona terraplanar as Identidades, dividir/dissolver as Nações para reinar...
[ os mercenários europeus - tal como a alta finança - são intolerantes para com os povos autóctones (economicamente pouco rentáveis) que procuram sobreviver pacatamente, e ao seu ritmo, no planeta ]
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Uma nota: tal como seria de esperar, os lacaios/mercenários não têm falado neste caso: em pleno século XXI tribos da Amazónia têm estado a ser massacradas por madeireiros, garimpeiros, fazendeiros com o intuito de lhes roubarem as terras... muitas das quais para serem vendidas posteriormente a multinacionais (uma obs: é imenso o património no Brasil que tem estado a ser vendido à alta finança).
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Anexo:
DEMOGRAFIA E SEPARATISMO-50-50
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---»»» Todos Diferentes, Todos Iguais... ou seja, todas as Identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o SEU espaço no planeta -» inclusive as de rendimento demográfico mais baixo, inclusive as economicamente menos rentáveis.
-» Os 'globalization-lovers', UE-lovers e afins, que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
-»»» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com/.
[o legítimo Direito à Sobrevivência das Identidades Autóctones]
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Nota 1: A existência de outros não faz confusão aos separatistas-50-50... mais, os separatistas-50-50 não são fundamentalistas: leia-se, para os separatistas-50-50 devem ser considerados nativos todas as pessoas que valorizam mais a sua condição 'nativo', do que a sua condição 'globalization-lover'.
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Nota 2: Mais, é preciso dizer NÃO à democracia-nazi; isto é, ou seja, é preciso dizer não àqueles que pretendem democraticamente determinar o Direito (ou não) à Sobrevivência de outros.