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sábado, abril 05, 2014

A deflação não é um perigo, a dívida imparável e a inflação, sim!

Se a procura de capacidade cai, a economia não cresce.

 

O que Seguro pede, já foi e continuará a ser dado pelo BCE, e não é bom... 

 

“...we do not exclude further monetary policy easing and we firmly reiterate that we continue to expect the key ECB interest rates to remain at present or lower levels for an extended period of time” — Mario Draghi.
“The first obstacle is… the emerging risk of what I call “low-flation,” particularly in the Euro Area. A potentially prolonged period of low inflation can suppress demand and output—and suppress growth and jobs. More monetary easing, including through unconventional measures, is needed in the Euro Area to raise the prospects of achieving the ECB’s price stability objective. The Bank of Japan also should persist with its quantitative easing policy” — Christine Lagarde (in Stockman’s Corner).
The fear of deflation serves as the theoretical justification of every inflationary action taken by the Federal Reserve and central banks around the world. It is why the Federal Reserve targets a price inflation rate of 2 percent, and not 0 percent. It is in large part why the Federal Reserve has more than quadrupled the money supply since August 2008. And it is, remarkably, a great myth, for there is nothing inherently dangerous or damaging about deflation.

Deflation is feared not only by the followers of Milton Friedman (those from the so-called Monetarist or Chicago School of economics), but by Keynesian economists as well. Leading Keynesian Paul Krugman, in a 2010 New York Times article titled “Why Deflation is Bad,” cited deflation as the cause of falling aggregate demand since “when people expect falling prices, they become less willing to spend, and in particular less willing to borrow” — in Deflating the Deflation Myth - Chris Casey - Mises Daily
Wednesday, April 02, 2014, by Chris Casey.

O medo de deflação é irracional e infundado, segundo a Escola Austríaca. Baixar os juros e aumentar mais ainda a emissão de moeda e portanto a massa monetária é o que está em curso, tanto nos EUA, como na UE, como na... China, supostamente para afastar o demónio da deflação. E no entanto os preços e a atividade económica continuam estagnados. Basta reparar nos últimos gráficos do Baltic Dry Index. Nem a criação artificial de liquidez, nem a destruição dos juros chegam à economia, e muito menos às famílias que se vêm atingidas pelo desemprego estrutural causado pelo colapso das empresas, seja por efeito do excesso de capacidade destas, seja por terem o acesso ao crédito bancário bloqueado.

Todos queremos pagar menos, e não mais!

No entanto, a aposta dos bancos centrais, e do PS, e do Bloco de Esquerda, vai sempre ter com a inflação. Ora, como o emprego não cresce e o desemprego aumenta, esta inflação invisível (os tais 2% que são bem mais...) estimulada pelos bancos centrais e pelos partidos de esquerda só pode ser uma receita para o desastre: expropriação generalizada das classes médias, através da expropriação financeira e fiscal das suas poupanças e rendimentos, a qual resulta da redução das taxas de juro para valores negativos (sim, negativos...) e da destruição do crédito à economia produtiva (aquilo que eufemisticamente os banqueiros centrais chamam 'mecanismos de transmissão monetária' e 'fragmentação').

Na realidade, estamos a caminho de uma expropriação em massa da riqueza privada através dos bancos centrais, em nome, não da emancipação de um qualquer proletariado, que já não existe, mas do fortalecimento, enriquecimento e centralização de uma classe financeira global e globalmente servida por uma tropa de choque burocrática sem vergonha, de que a generalidade dos partidos sentados nos parlamentos são parte integrante.

Ou seja, os rendimentos de capital caiem, os rendimentos do trabalho caiem, mas os preços das matérias primas, da energia e os impostos continuam a subir acima da inflação declarada, tal como o preço a pagar pelas dívidas soberanas que são alimentadas pela demagogia populista instalada com recurso à criação imparável de massa monetária fictícia, i.e. de dívida pública e privada — o que, por sua vez, dará aos novos soberanos financeiros pretexto e fundamento legal para a mencionada expropriação da riqueza produzida, bem como da poupança de mais de duas gerações! Veja-se a venda de ativos públicos ao desbarato e sem prudência contratual por parte dos governos de José Sócrates (PS) e Passos Coelho (PSD-CDS/PP). O Estado não tem outra forma de pagar o banquete que encomendou e papou ao longo das últimas duas décadas!

Quando o tótó Seguro pede mais tempo e menos juros esquece, porque na realidade não sabe, e apenas repete o que o economista cor-de-rosa de turno lhe diz, que é precisamente isso que tem sido feito desde que o BCE entendeu que o problema financeiro da UE deixara de ser um problema circunscrito à periferia e se deslocara para o coração do... euro!

Enquanto não deixarmos cair os bancos, e sobretudo não tratarmos da saúde aos especuladores e aos rendeiros sistémicos do capitalismo burocrático, assistiremos à continuada destruição das classes médias, ao empobrecimento geral das economias, à desagregação social dos países e ao perigo de novas guerras e revoluções. Só que desta vez o sangue correrá sem prémio no fim :(

Curiosamente, a democracia populista, devorista e rendeira que temos começa a morder perigosamente a própria cauda.

POST SCRIPTUM
Introductory statement to the press conference (with Q&A)
Mario Draghi, President of the ECB,
Frankfurt am Main, 3 April 2014
(transcript)

Atualizado: 6/4/2014, 02:06 WET

quarta-feira, junho 06, 2012

Groundforce é TAP!

Quem quer casar com a Carochinha?
Foto ©: Crisplant - Baggage Handling

Tentaram fintar o Álvaro, mas Gaspar estava atento e desviou para canto!

Impasse na privatização da Groundforce (2037 "colaboradores" !!!) causa reunião de emergência nas Finanças (Público, 6 jun 2012)

A Urbanos parece que já deixou cair a batata quente (Groundforce) inchada de dívidas impostas pela TAP do genial e catita gaúcho Pinto!

Como cocou um especialista atento:

    Em todo este processo onde se chegou a um passivo de 123 milhões não será licito concluir que houve uma deslocação da dívida da TAP para a Ground, ou seja, a TAP estabeleceu administrativamente o preço a pagar por cada operação (ex: bagagem, check in,...) que deveria pagar à Ground, independentemente do custo real que houvesse para a Ground. Por outras palavras, não esteve a TAP a atirar passivo para a Ground na esperança de que no futuro houvesse alguém que o fosse assumir.

    Indirectamente, [a TAP] "tentou" fazer-se competitiva à conta de uma empresa do grupo, "escondendo dívida" em terceiros, e agora está a "assobiar para o ar", como se nada fosse com ela. Num cenário destes, esta é de Mestre. Grande Gaúcho!!

    Caso não fosse o Gaspar a questionar o processo (não o passivo) o Álvaro perante [as fintas] do Gaúcho, não só comeu o isco, o anzol, a linha e a cana. Sendo o Álvaro um homem do Canadá, onde a concorrência está na ordem do dia, como é que o "coiso" enfiou um "barrete destes"!

A TAP é um dos dois únicos acionistas da Groundforce, com 49,9%, enquanto uma tal Europartners, ao que parece, nada mais do que uma empresa de fachada dos bancos BIG, Banif e Invest, detém 50,1% da sobre endividada empresa portuguesa de handling. Ou seja, para que a privatização pudesse seguir em frente de uma forma normal e civilizada, a TAP teria que assumir 61.377.000€ de prejuízos, e a Europartners teria que assumir a sua quota-parte do buraco, no montante de 61.623.000€.

A solução para a Groundforce não pode obviamente passar pela venda dos prejuízos à Urbanos como se fossem filets mignons!

A solução honesta e simples é esta: ou limpar a empresa de dívidas antes de a privatizar, ou na impossibilidade de o fazer, declarar falência e reabrir a Groundforce com novos acionistas, nova gerência e reestruturada.

Gaspar, com a Troika de sobrolho levantado, não permite mais jogos de passa-culpas e a sempre esperada faturação dos prejuízos, da incompetência e da corrupção aos indígenas que continuam a pagar impostos. Já ouviram falar da Bastilha? Há um momento em que ou o poder faz o que tem a fazer, ou sucumbe à ira dos povos!

Perguntas ao governo: