Ryanair trash? Onde está a supervisão?!!!
Pode ou não um governo europeu exigir esclarecimento oficial das entidades reguladoras e de segurança aérea europeia sobre as alegações deste vídeo? Pode e deve! E também deve avisar as companhia europeias e não europeias que os níveis de segurança exigidos no país são inegociáveis.
Alvarinho, toca a trabalhar!
As Low Cost são bem-vindas desde que sejam seguras, e que não violem, ou contornem, as leis de trabalho europeias. De contrário, devem ser avisadas, punidas e em última análise irradiadas.
Há muito que propusemos um spin-off da TAP que evitasse o estado lamentável a que chegou — da exclusiva responsabilidade dos seus administradores, dos governos que temos tido e dos cagarros parlamentares. Como se fez tudo ao contrário, a TAP tem vindo a sucumbir, nomeadamente, à concorrência das Low Cost — que comeram já um bom naco do seu mercado em Portugal (1).
Este spin-off, volto a recordar, passava por:
- convidar uma entidade especializada externa para o efeito, afastando da sua ação toda a interferência indígena dos piratas locais;
- alienar tudo o que não fosse o core business da empresa —isto é, voar— começando pela ruinosa TAP Maintenance & Engennering e pela Groundforce;
- manter e reforçar o hub lusófono em Lisboa-Porto (Portela e Sá Carneiro) — o único trabalho bem feito pela atual administração;
- criar uma TAP Low Fare para competir com as Low Cost na Europa
- manter uma pequena percentagem de capital público na futura empresa privatizada, assegurando nomeadamente preços políticos nas rotas para a Madeira e Açores (mas não da maneira despesista e clientelar que foi norma nas últimas décadas);
- não misturar a TAP com a ANA, nem na privatização, nem em coisa nenhuma — cada pássaro no seu galho!
Michael O'Leary, propaganda is not enough! |
NOTAS
- Low cost fazem-se às pistas de Portugal, 29/05/12, 00:01. Por Armanda Alexandre/OJE
Quando viajam de avião, os turistas, que em 2011 gastaram mais de 544 milhões de euros no País (segundo dados do Turismo de Portugal), escolhem as transportadoras tradicionais. Estas mantiveram a liderança no ano passado, com 62,0% de quota de mercado, mas as low cost têm vindo a conquistar terreno, com 33,6% (dados ANA, a restante percentagem distribui-se pelos voos não regulares, ou charters, e os não comerciais).
O número total de passageiros que viajou através da rede da ANA em 2011 foi de cerca de 27,7 milhões, mais 6,7% que no ano anterior. Este valor "deve-se, essencialmente, ao aumento de passageiros transportados no segmento regular tradicional", em 9,9%, refere a empresa de gestão de aeroportos no Relatório de Sustentabilidade relativo ao exercício transato. O número de viajantes transportados pelas low cost cresceu 5,5% no homólogo.