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sábado, setembro 02, 2017

As duas ameaças à Geringonça

Clique para aumentar. In Oil Price


Petróleo e juros a subir podem ditar fim da Geringonça.


Olhando para o gráfico dos preços do petróleo de Brent entre abril de 2010 e princípios de setembro de 2017, vemos que José Sócrates sucumbiu quando o petróleo ultrapassou os 100 dólares, e António Costa subiu ao poder quando o barril de crude andava pelos 44 dólares. Entre um valor e outro Portugal foi salvo da bancarrota pelo FMI e pelo BCE com base num programa de austeridade tão violento que impediria a coligação que fora forçada a aplicá-lo de renovar a sua maioria parlamentar. Pedro Passos Coelho ainda beneficiou da inversão da tendência altista do preço petróleo que ocorreria a partir de julho de 2014, mas não teve tempo de colher completamente os frutos de tal melhoria.

Uma coisa parece, no entanto, evidente quando analisamos a sincronia entre as crises políticas e a evolução do preço da energia: é este último que dita o rotativismo político-partidário do país e não o mérito ou demérito dos seus políticos. E muito menos o Facebook.

No entanto, apesar da política monetária expansionista do BCE, e da queda abrupta do preço do petróleo, continuamos no lixo—i.e. continuamos a ser uma presa fácil de investimentos especulativos e dos abutres financeiros. Porquê? Porque temos uma divida coletiva descomunal e uma classe política, da esquerda à direita, incapaz de sair do registo populista.

Dois fenómenos começaram entretanto a prejudicar os cálculos e expetativas de António Costa, Jerónimo de Sousa e Catarina Martins, tendo ao mesmo tempo aberto a porta à intervenção de Cavaco Silva nas jornadas da Universidade de Verão do PSD.

Por um lado, a subida do preço do petróleo tem vindo a ocorrer de forma consistente embora suave: 44 dólares em novembro de 2015, quase 53 dólares neste início de setembro de 2017, e uma previsão de 53,3 de média para 2018. Como o consumo privado num país que pouco produz implica necessariamente mais importações de petróleo, gás natural e automóveis, uma pequena subida no preço do crude faz toda a diferença indesejável no valor da nossa dívida total.

Por outro, o fim ou a diminuição drástica dos estímulos ao endividamento público e à criação de zombies bancários irá provocar um aumento inevitável do preço do dinheiro, ou seja, taxas de juro mais elevadas e inflação interna, sobretudo nos produtos que não aparecem no índice de preços ao consumidor, como são, por exemplo, os preços das casas, e o preço dos impostos.

Resta, pois, saber como é que países sobre-endividados, como Portugal continua a ser cada vez mais, irão enfrentar esta anunciada superfície frontal anti-deflacionsita, ou reflacionária, com tendências ciclónicas evidentes, nomeadamente as que são originárias das crises político-militares em África, Médio Oriente e Ásia-Pacífico.

sexta-feira, outubro 31, 2014

Why We're Poorer: Inflation and Deflation Are Now Globalized

As democracias estão a perder a corrida para os gangsters da globalização


Quando os nossos batráquios parlamentares, os nossos governantes e os nossos jornalistas palram de deflação, não sabem obviamente o que dizem, mas tal como as ovelhas em rebanho, quando uma começa a berrar, as outras berram em uníssono!

Já escrevemos várias vezes sobre o mito da deflação e do motivo que leva banksters, cleptocratas, governos e a partidocracia a propagarem o pânico em volta da deflação. Basicamente querem reestruturar (i.e. anular parcialmente) as dívidas soberanas e as imparidades gigantescas do setor bancário e corporativo, à custa, por um lado, da destruição das taxas de juro e da deflação dos rendimentos do trabalho e da poupança e, por outro, da inflação dos preços de uma vasta gama de bens essenciais, como a energia, transportes, bens alimentares, saúde e educação.

Só há deflação de salários. Quase tudo o resto está sob o império da inflação e da reflação.

Vale a pena ler mais esta desmontagem do embuste da deflação.

We're being hit with a double-whammy: Wages are under deflationary pressure, and almost everything else is exposed to inflationary pressure.

Now that prices for commodities such as oil and grain are set on the global market, local surpluses don't push prices down. If North America has record harvests of grain, on a national basis we'd expect prices to fall as local supply exceeds local demand.

But since grain is tradable, i.e. it can be shipped to other markets where demand and thus prices are much higher, the price in North America reflects supply and demand everywhere on the planet, not just in North America.

If we put ourselves in the shoes of a farmer or grain wholesaler, this is a boon: why sell your product for 1X locally, when it fetches 2X in other countries? You'd be crazy not to put it on a boat and get double the price elsewhere.

As the share of the economy exposed to digitization increases, so does the share of work that can be done anywhere on the planet. When work is digitized, it is effectively commoditized, meaning that it no longer matters who performs the work or where they live.

If people in countries with low wages can perform the work, why on Earth would you pay double to have high-wage people do the work? It makes no sense. Taking advantage of the differences in local pay scales is called labor arbitrage, as the employer is trading on (i.e. arbitraging) two sets of prices.

It's not just labor that can be arbitraged: currency, interest rates, risk, environmental regulations, commodities--huge swaths of the global economy can be arbitraged.

The basic idea of the global carry trade is to borrow money cheaply in a currency that's weakening and use the money to buy low-risk, high-yield assets in currencies that are gaining in relative value.
It's a slam dunk arbitrage: not only does the trader earn an essentially free return (borrowing yen at 1%, for example, converting the yen to dollars and buying Treasury bonds paying 3%), but there is a bonus yield on the dollar strengthening against the yen: a two-fer return.

Global labor is in over-supply--one reason why wages in the U.S. have been declining in real terms, i.e. when inflation is factored in. The better description is purchasing power: how much can your paycheck buy?




Courtesy of David Stockman, here is a chart of inflation (i.e. loss of purchasing power) since 2000:



oftwominds-Charles Hugh Smith: Why We're Poorer: Inflation and Deflation Are Now Globalized

domingo, outubro 05, 2014

Só os ricos estão preocupados com a deflação

Para a maioria dos europeus as principais preocupações chamam-se inflação, emprego e impostos


Basta olhar para estes dois gráficos para percebermos que a consequência universal do empobrecimento europeu, nomeadamente das suas classes médias e profissionais, é o custo de vida. No caso português, a seguir à inflação vem o desemprego e depois os impostos excessivos. Tudo o resto parece ficar bem longe destas preocupações.



O quadro seguinte é sintomático da tranversalidade geracional, de género, social e profissional do fenómeno, sobretudo no caso português, onde os trabalhadores manuais e sem estudos são, ainda assim, os mais atingidos, e os estudantes parecem sentir menos o problema, em parte porque serão na sua maioria dependentes.


Perante estes elucidativos quadros do Barómetro Europeu da primavera passada (junho, 2014), percebe-se que apenas os especuladores e os devedores sistémicos (governos e milhares de grandes empresas, nomeadamente públicas) estão preocupados com o chamado perigo de  deflação. É que a tão pretendida reflação —que a política de destruição das taxas de juro via BCE supostamente pretende induzir— serve apenas para uma coisa: diminuir o peso relativo das dívidas dos devedores sistémicos (valor líquido e serviço das dívidas), à custa dos rendimentos do trabalho e das pequenas/médias poupanças. O contentamento dos partidos políticos refastelados em cima dos orçamentos fiscais e das dívidas públicas adoram juros negativos, pois, na realidade, é uma forma perversa de continuarem a endividar-se pagando juros negativos pelo desplante.

Fica a pergunta: mas se o CPI, ou seja a inflação, se encontra em níveis historicamente baixos, porque se queixa a maioria dos europeus de inflação?

Por uma razão simples: perder rendimento é o mesmo que ver aumentar os preços das coisas. Se eu não tenho dinheiro, tudo é caro. Por outro lado, a tal deflação que anda nas bocas dos devedores sistémicos, dos especuladores e de alguns governantes, políticos e analistas económico-financeiros, corresponde apenas ao abrandamento de uma longa curva ascensional dos preços, nomeadamente de alguns bens importantes —energia, habitação, transportes, ensino—, e na carga fiscal.

Por fim, como a transmissão monetária das patacas emprestadas pelo BCE aos bancos, nomeadamente para que estes comprem dívida soberana, nunca chega à economia real, beneficiando apenas os grandes especuladores profissionais, os governos gastadores mais as suas clientelas, e o status quo burocrático, se houver um regresso da inflação a taxas na ordem dos 2%-3% ou mais, quando a economia real está estagnada ou em recessão intermitente, então sim, teremos uma revolução na Europa!

Atualização: 5/10/2014 09:16 WET

sábado, abril 05, 2014

A deflação não é um perigo, a dívida imparável e a inflação, sim!

Se a procura de capacidade cai, a economia não cresce.

 

O que Seguro pede, já foi e continuará a ser dado pelo BCE, e não é bom... 

 

“...we do not exclude further monetary policy easing and we firmly reiterate that we continue to expect the key ECB interest rates to remain at present or lower levels for an extended period of time” — Mario Draghi.
“The first obstacle is… the emerging risk of what I call “low-flation,” particularly in the Euro Area. A potentially prolonged period of low inflation can suppress demand and output—and suppress growth and jobs. More monetary easing, including through unconventional measures, is needed in the Euro Area to raise the prospects of achieving the ECB’s price stability objective. The Bank of Japan also should persist with its quantitative easing policy” — Christine Lagarde (in Stockman’s Corner).
The fear of deflation serves as the theoretical justification of every inflationary action taken by the Federal Reserve and central banks around the world. It is why the Federal Reserve targets a price inflation rate of 2 percent, and not 0 percent. It is in large part why the Federal Reserve has more than quadrupled the money supply since August 2008. And it is, remarkably, a great myth, for there is nothing inherently dangerous or damaging about deflation.

Deflation is feared not only by the followers of Milton Friedman (those from the so-called Monetarist or Chicago School of economics), but by Keynesian economists as well. Leading Keynesian Paul Krugman, in a 2010 New York Times article titled “Why Deflation is Bad,” cited deflation as the cause of falling aggregate demand since “when people expect falling prices, they become less willing to spend, and in particular less willing to borrow” — in Deflating the Deflation Myth - Chris Casey - Mises Daily
Wednesday, April 02, 2014, by Chris Casey.

O medo de deflação é irracional e infundado, segundo a Escola Austríaca. Baixar os juros e aumentar mais ainda a emissão de moeda e portanto a massa monetária é o que está em curso, tanto nos EUA, como na UE, como na... China, supostamente para afastar o demónio da deflação. E no entanto os preços e a atividade económica continuam estagnados. Basta reparar nos últimos gráficos do Baltic Dry Index. Nem a criação artificial de liquidez, nem a destruição dos juros chegam à economia, e muito menos às famílias que se vêm atingidas pelo desemprego estrutural causado pelo colapso das empresas, seja por efeito do excesso de capacidade destas, seja por terem o acesso ao crédito bancário bloqueado.

Todos queremos pagar menos, e não mais!

No entanto, a aposta dos bancos centrais, e do PS, e do Bloco de Esquerda, vai sempre ter com a inflação. Ora, como o emprego não cresce e o desemprego aumenta, esta inflação invisível (os tais 2% que são bem mais...) estimulada pelos bancos centrais e pelos partidos de esquerda só pode ser uma receita para o desastre: expropriação generalizada das classes médias, através da expropriação financeira e fiscal das suas poupanças e rendimentos, a qual resulta da redução das taxas de juro para valores negativos (sim, negativos...) e da destruição do crédito à economia produtiva (aquilo que eufemisticamente os banqueiros centrais chamam 'mecanismos de transmissão monetária' e 'fragmentação').

Na realidade, estamos a caminho de uma expropriação em massa da riqueza privada através dos bancos centrais, em nome, não da emancipação de um qualquer proletariado, que já não existe, mas do fortalecimento, enriquecimento e centralização de uma classe financeira global e globalmente servida por uma tropa de choque burocrática sem vergonha, de que a generalidade dos partidos sentados nos parlamentos são parte integrante.

Ou seja, os rendimentos de capital caiem, os rendimentos do trabalho caiem, mas os preços das matérias primas, da energia e os impostos continuam a subir acima da inflação declarada, tal como o preço a pagar pelas dívidas soberanas que são alimentadas pela demagogia populista instalada com recurso à criação imparável de massa monetária fictícia, i.e. de dívida pública e privada — o que, por sua vez, dará aos novos soberanos financeiros pretexto e fundamento legal para a mencionada expropriação da riqueza produzida, bem como da poupança de mais de duas gerações! Veja-se a venda de ativos públicos ao desbarato e sem prudência contratual por parte dos governos de José Sócrates (PS) e Passos Coelho (PSD-CDS/PP). O Estado não tem outra forma de pagar o banquete que encomendou e papou ao longo das últimas duas décadas!

Quando o tótó Seguro pede mais tempo e menos juros esquece, porque na realidade não sabe, e apenas repete o que o economista cor-de-rosa de turno lhe diz, que é precisamente isso que tem sido feito desde que o BCE entendeu que o problema financeiro da UE deixara de ser um problema circunscrito à periferia e se deslocara para o coração do... euro!

Enquanto não deixarmos cair os bancos, e sobretudo não tratarmos da saúde aos especuladores e aos rendeiros sistémicos do capitalismo burocrático, assistiremos à continuada destruição das classes médias, ao empobrecimento geral das economias, à desagregação social dos países e ao perigo de novas guerras e revoluções. Só que desta vez o sangue correrá sem prémio no fim :(

Curiosamente, a democracia populista, devorista e rendeira que temos começa a morder perigosamente a própria cauda.

POST SCRIPTUM
Introductory statement to the press conference (with Q&A)
Mario Draghi, President of the ECB,
Frankfurt am Main, 3 April 2014
(transcript)

Atualizado: 6/4/2014, 02:06 WET

sábado, janeiro 08, 2011

Carris de Lisboa odeia turistas

Eléctrico 28. Foto @ Marcelo Almeida (LINK)
Um país de salteadores

Os bilhetes de Eléctrico comprados ao condutor subiram de 1,20€ para 2,50€. Ou seja, uma ida-e-volta entre o Cais do Sodré e a Graça fica mais cara (5€) do que uma ida-e-volta entre a Graça e a Praia de Carcavelos num BMW. Que tal exportar o Pinóquio Sócrates e os administradores da Carris para a Sibéria?

Deve ser assim que o autarca António Costa quer menos carros na cidade!

Alguém me disse, entretanto, para ter calma, porque "este preço é apenas praticado na tarifa de bordo. Os turistas provocam atrasos gigantes por comprarem os bilhetes a bordo. Nos pré-comprados os preços não diferem dos restantes meios da Carris".

O dinheiro dos turistas é, porém, melhor do que o nosso (na sua maioria importado e emprestado), porque é uma exportação de serviços sem sair de casa. Como tal, devemos atrai-lo com carinho e sabedoria, não com taxas de inflação anuais superiores a 100%. Seja como for, os outros bilhetes terão subido 15%, muito acima da inflação... Mas não foram reduzidas, que saibamos, algumas despesas muito desnecessárias, com comissários políticos e outra criadagem de luxo :(

E já agora, terá o Alegre ou algum dos demais colegas de hemiciclo comprado algum dos novos, verdes e extraordinários bilhetes pré-comprados da Carris, da CP ou do Metro? Um por cada meio de transporte, claro! Experimentem alçar o traseiro dos Mercedes que vos oferecemos, e provem, nem que seja por um dia, a realidade inconcebível da vossa administração!

Por fim: será constitucional criar um regime de excepção para o bilhete comprado a bordo com dinheiro, impondo-lhe um regime criminoso de hiperinflação? Quem disse que um estado, mesmo falhado, pode penalizar desta forma o dinheiro vivo? Quem disse que um estado, mesmo falhado, pode exigir dum viajante ocasional, por exemplo vindo do Porto, ou de Barcelona, que pague por adiantado viagens que não irá fazer? Ou mesmo que as venha a fazer, quem disse que um estado, mesmo falhado, como o nosso manifestamente é, pode forçar os cidadãos a fazerem compras antecipadas de títulos de transporte, sob pena de, se se atreverem a comprar um bilhete a bordo, lhes espetarem com uma tarifa assassina?

Não sei, em suma, com que sonham os advogados desempregados. Há tanto que fazer, para endireitar este falhado país!

segunda-feira, abril 14, 2008

Fome


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Os motins da fome

Os cereais, quer dizer, o pão e o arroz, entre outros alimentos básicos, entraram numa espiral inflacionista extremamente perigosa. Estas são algumas das causas evidentes:
  • crescimento da população mundial (estima-se que a Terra terá que suportar 9,5 mil milhões de seres humanos em 2050);
  • melhoria das condições de vida e aumento exponencial do consumo de matérias primas, bases alimentares e alimentos derivados ricos em proteínas (aves, suínos e bovinos) nalguns países particularmente populosos (China, India, Indonésia, Brasil, Paquistão, Rússia, Nigéria, Filipinas, Vietnam...);
  • transferência do uso dos solos agrícolas e florestais e respectivas produções alimentares e cinegéticas, para a produção de biocombustíveis (os preços dos óleos de soja e milho estão cada vez mais perto dos preços do azeite!);
  • diminuição dramática dos solos disponíveis para a produção agrícola e florestal provocada pela sua prolongada sobre-utilização (que a produção de biocombustíveis não fará senão acelerar);
  • alterações climáticas e aquecimento global;
  • pico petrolífero e consequente encarecimento dos preços dos combustíveis, bem como dos derivados do petróleo e do gás natural: adubos sintéticos, remédios, plásticos, tintas e vernizes, etc...
  • globalização e consequente destruição das barreiras alfandegárias, assente num modelo de mobilidade intensiva de pessoas e mercadorias, a prazo insustentável;
  • especulação desenfreada dos preços da alimentação a partir dos mercados bolsistas, os quais procuram compensar nesta nova deriva criminosa o colapso catastrófico do grande casino de Wall Street e das dezenas de réplicas existentes pelo mundo.
É preciso confrontar urgentemente José Sócrates e o seu diletante ministro da agricultura sobre estas questões. Nada fizeram relativamente aos OGMs, como nada disseram sobre a legitimidade do cultivo de milho, da beterraba e de outras espécies vegetais para alimentar o nosso irracional e agora insustentável sistema de transportes. Pelo contrário, o irresponsável poder político que tomou as rédeas deste país, anuncia mais mil quilómetros de autoestradas, aeroportos intercontinentais e novas travessias do Tejo, sem se sequer se colocar a dúvida sobre o efectivo interesse e sustentabilidade de tais investimentos. Nem sequer pergunta quem irá pagar no futuro as dívidas que alegremente se predispõe a contrair. As Parcerias Público Privadas são (é o Tribunal de Contas que o diz) um embuste financeiro. Dele lucram apenas a simbiose oportunista e cada vez mais corrupta entre políticos indesejáveis e industriais preguiçosos, sem imaginação, egoístas e no fundamental subsídio-dependentes. E quem os alimenta, ou seja quem lhes pagas os subsídios (seja sob a forma de portagens, seja sob a forma de transferências forçadas do Orçamento de Estado, seja sob a forma de taxas e impostos municipais agravados -- que o digam as populações onde plantaram estádios de futebol hoje às moscas, mas com encargos financeiros para toda uma geração!) somos todos nós, quer dizer os pobres dos contribuintes. É preciso dizer basta a esta canalha!

OAM 345 15-04-2008, 19:20