Mostrar mensagens com a etiqueta refugiados. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta refugiados. Mostrar todas as mensagens

domingo, fevereiro 03, 2019

Deem uma cana de pescar a África!

Origem

O atual modelo de ajuda humanitária a África é uma forma de colonialismo


A Europa está a envelhecer, os Estados Unidos estão a envelhecer, a China está a envelhecer, o Japão e a Rússia estão a envelhecer rapidamente. Por sua vez, a população dos Estados Unidos crescerá menos de 80 milhões até chegar aos 400 milhões de almas irrequietas em 2050. África, pelo contrário, viu a sua população passar de 140 milhões em 1900, para mil milhões em 2010. Mas já em 2050 poderão chegar aos 2,5 mil milhões de pessoas, mais do que um em cada três seres humanos do planeta!

Assim, enquanto os Estados Unidos viram multiplicar-se por quatro o número dos seus residentes entre 1900 e 2018, em África e no mesmo período a população multiplicou-se por nove!

Duas conclusões parecem óbvias: não houve nenhum genocídio visando a raça africana, e os conhecidos genocídios regionais e locais tiveram origens sobretudo de ordem geoestratégica mascaradas com conflitos religiosos e étnicos. A outra conclusão, que deverá ajudar-nos a ver com outros olhos a segunda maior massa continental da Terra, é esta: o modelo da ajuda humanitária a África é um modelo esgotado e cada vez mais oportunista, cujo prosseguimento só poderá dificultar a emancipação e o desenvolvimento genuíno deste continente e das suas gentes.

Quanto mais tarde percebermos isto, maiores serão os efeitos negativos sobre a Europa da continuação da espoliação africana em curso.

Os projetos que americanos, europeus e asiáticos continuam a desenvolver em África são sucedâneos do colonialismo. No essencial, aportam latas de feijão e de sardinha em troca de petróleo, ouro, gás natural, diamantes, metais raros, etc., corrompendo para este efeito as elites locais, e deixando as populações sem ferramentas, nem conhecimentos imprescindíveis a um crescimento endógeno, livre e saudável. A África precisa de saneamento básico, de cidades saudáveis, de hospitais, escolas e universidades, de redes de mobilidade física e eletrónica avançadas, de planeamento familiar, e sobretudo de estados constitucionais democráticos, onde a liberdade e a responsabilidade cidadãs ganhem plena expressão nos mecanismos de decisão e representação democráticas, nas liberdades individuais e coletivas, e na prevalência das leis sobre os poderes discricionários.

Chegou, creio, o momento de oferecer a África as estratégias e os conhecimentos que melhor e mais rapidamente permitirão transformar a sua explosiva demografia em formas avançadas e atuais de desenvolvimento económico, social, e cultural. O cinismo chinês não é senão mais uma forma de expropriação destrutiva do território e da paisagem humana. O brutalismo imperial dos Estados Unidos é moralmente inaceitável. A Europa, pela sua longa história de proximidade ativa e contato com África, está em condições para promover um quadro de cooperação inteiramente diverso do modelo assistencialista, que ou mascara interesses ocultos, ou meramente satisfaz as burocracias que vivem da especulação mediática com a miséria alheia.

Deixemos de assustar os europeus com as crises de migração e de refugiados oriundas de África, e pensemos nas melhores formas de saldar a nossa própria dívida para com os povos africanos.

REFERÊNCIAS

There’s a strong chance a third of all people on earth will be African by 2100 
By Gilles Pison 
Quartz, October 11, 2017 

The population of Africa is increasing rapidly. From an estimated 140 million in 1900, it had grown to a billion by 2010. According to United Nations “medium scenario” projections, this figure will rise to 2.5 billion in 2050 and more than 4 billion in 2100. Today, one out of six people on Earth live in Africa. These same projections predict that the proportion will be one in four in 2050 and more than one in three by 2100.

World Population Growth 
Our World Data, by Max Roser and Esteban Ortiz-Ospina 

200 years ago there were less than one billion humans living on earth. Today, according to UN calculations there are over 7 billion of us.1 Recent estimates suggest that today's population size is roughly equivalent to 6.9% of the total number of people ever born.2 This is the most conspicuous fact about world population growth: for thousands of years, the population grew only slowly but in recent centuries, it has jumped dramatically. Between 1900 and 2000, the increase in world population was three times greater than during the entire previous history of humanity—an increase from 1.5 to 6.1 billion in just 100 years.

terça-feira, julho 03, 2018

Refugiados, uma crise artificial


Nós, sim, tivemos uma crise de refugiados de guerra! Em 1974-75.


Não há dia, nem noticiário, indígena ou internacional, que não nos encha a cabeça com a crise dos refugiados. Ora são refugiados de guerra, ora são refugiados políticos, noutros casos ainda, refugiados da fome que pagam fortunas a redes ilegais de migração para atravessar o Mediterrâneo—e para, às vezes, nele perder a vida—, em suma, dizem as televisões e os jornais, uma crise humanitária a que os malvados europeus se têm mostrado cada vez mais insensíveis, sobretudo por causa do populismo de direita em ascensão.

Os argumentos, sempre lancinantes e vagos, da ONU e das ONG, por sua vez, deixaram de nos convencer, em parte, pela repetição das suas ladaínhas carpideiras sobre factos mal contados, e sobretudo mal explicados aos povos da Europa. 

Mas afinal, porque está esta questão a envenenar a política, a comunicação social, e as redes sociais europeias, ameaçando a estabilidade da União e da sua moeda? 

Se repararmos bem no quadro publicado na Statista, por Patrick Wagner (que aqui republicamos), dos 29 países que consam desta lista (UE + Turquia), à exceção da Letónia e da Estónia, onde o número de não nacionais residentes chega aos 12% e aos 6% das respetivas populações, em nenhum dos restantes países, até finais de 2017, a população de refugiados ultrapassa os 4,6% (Turquia). Nos casos sempre badalados —Alemanha, Holanda, Áustria, Itália, e França— os refugiados não chegam aos 2%. Por sua vez, na Suécia, célebre pela sua política de acolhimento a refugiados políticos, e onde a nova vaga de imigrantes corresponde 3,25% da sua população nacional, os protestos têm sido menos audíveis, e a proatividade das respetivas autoridades públicas praticamente exemplar.

Quando António Costa se mostra magnânimo perante os microfones da terrinha, afirmando que Portugal pode acolher mais refugiados, e afirmando também que já comunicou essa disponibilidade aos seus parceiros comunitários, está simplesmente a fazer figura de urso, e a fazer de nós parvos!

Portugal é o país de toda a União Europeia a 28 que menos refugiados acolheu em percentagem da sua população: 0,2% (1 682). A Espanha, para citar o país vizinho, recebeu 54 028, 1,2% da sua população, mais de cinco vezes mais em percentagem do que nós! Onde estão os jornalistas do meu país?!

A razão porque digo que a crise europeia de refugiados que entope os canais da informação é ainda uma crise menor e perfeitamente gerível com humanidade e bom senso, advém de uma comparação: a crise de refugiados em Portugal que se seguiu à descolonização precipitada pela queda da ditadura. Foram mais de 500 mil pessoas, das quais pouco mais de metade nascida no continente europeu, ou seja, no total, 5% da população portuguesa residente à época!

Os então chamados “retornados” trouxeram enormes problemas de gestão e administração a um país por sua vez abraços com uma crise pré-revolucionária sem precedentes. No entanto, há quem pense, e bem, que este afluxo de refugiados trouxe mais benefícios do que prejuízos.

A crise europeia de refugiados, em boa parte causada pelos americanos e pelos europeus desde a Guerra do Iraque (2003-2011) —a que se seguiram a Guerra Civil Iraquiana, a Primavera Árabe, e a Guerra da Síria—, mistura-se com a guerra assimétrica movida contra os 'infiéis' americanos e europeus pelos movimentos radicais islâmicos, nomeadamente sob a forma de ataques terroristas de grande eficácia mediática. É nesta mistura explosiva entre crise de refugiados e guerra assimétrica que os governos europeus perderam o norte e a capacidade de gestão conjunta dos efeitos de uma crise que antes de ser de refugiados é sobretudo uma crise político-militar e uma crise bélica, onde religião, petróleo e gás natural fazem o cocktail de todas as desgraças.

Estou, neste tema, ao lado de Angela Merkel e dos suecos. É preciso desdramatizar (com informação clara e detalhada) as verdadeiras proporções da crise de refugiados, em vez de alimentá-la com gasolina e populismo político e mediático, como fazem a toda a hora as redações acríticas dos meios de comunicação, e os serviços secretos de vários países.

Quanto ao Governo português, recomendo mais vergonha nas palavras, ações concretas, e menos festarolas em volta do senhor António Vitorino e da sua eleição para a ONU de Guterres. A ONU inspira-me pouca ou nenhuma confiança no que faz pelo mundo.

sábado, fevereiro 04, 2017

Onde vem escrito 'países muçulmanos'?

Apenas 12,5% da população islâmica vive nos sete países da lista de interdição temporária

Donald Trump (Twitter, 3/2/2017) “We must keep “evil” out of our country!”


O mesmo argumento que usei no passado dia 31/1 —Não há nenhuma referência islamofóbica no decreto que tem originado tanta agitação programada. Além do mais, os países objeto de prevenção reforçada foram definidos pelos seus antecessores, Obama incluído—foi esta sexta feira, 2 de fevereiro, invocado pelo juiz Nathaniel Gorton na decisão que anulou a tentativa de suspender a aplicação da ordem executiva do presidente dos Estados Unidos.

Early on Sunday, a magistrate judge in Boston issued an injunction that for seven days blocked enforcement of the order, which the White House has contended is necessary for national security.
“Where does it say Muslim countries?” U.S. District Judge Nathaniel Gorton on Friday asked Matthew Segal, an attorney with the American Civil Liberties Union (ACLU) representing the plaintiffs in the Boston case.
“If your honor’s question is, ‘Does the word ‘Muslim’ make a profound presence in this executive order?,’ my answer is that it doesn’t,” Segal said. “But the president described what he was going to do as a Muslim ban and then he proceeded to carry it out.”
Gorton shot back, “Am I to take the words of an executive at any point before or after election as a part of that executive order?”
- See more at: Zero Hedge
O abuso das metáforas por parte do actual presidente americano não faz mais do que responder na mesma moeda à linguagem arcaica usada nos comunicados dos fundamentalistas radicais islâmicos. Podemos não gostar, mas em si mesmo não passa de um estilo de comunicação. O que é mais intrigante e importa perceber é a nova estratégia que aparentemente se esconde detrás da nova retórica tática americana. E também o que move a reação epidérmica, mas violenta, das elites que acabaram e perder as eleições. A rapidez e a sucessão vertiginosa dos tweets de Trump, mais do que o estilo ordinário dos mesmos tem, apesar de tudo, uma vantagem: iremos perceber rapidamente se o homem é apenas um amador a quem saiu a presidência do mais poderoso país do planeta, ou se, pelo contrário, tenciona mesmo levar o seu anunciado programa até às últimas consequências. Os Estados Unidos poderão estar a caminho de uma encruzilhada fatal, cujas consequências poderão ir desde uma multiplicação e intensificação das guerras regionais, até ao surgimento de verdadeiros focos de separatismo e guerra civil no interior da América.

O simples facto de Donald Trump ter dividido o parlamento desmiolado que temos é prova da sua eficácia táctica inesperada, mas também, do amadorismo proverbial das pessoas que, sem as conhecermos, elegemos em nome de um ideal democrático que não controlamos.

quarta-feira, novembro 04, 2015

O grande êxodo

Embora estivesse anunciada há mais de uma década, esta fuga em direção à Europa merece uma reflexão atenta. 


The Flow Towards Europe (sítio original)

quinta-feira, setembro 17, 2015

Síria, uma crise fabricada

Aylan Kurdi. Ilustração @ Antimedia

Quem engendrou e quem quer lucrar com a crise dos refugiados?


O mais deprimente mesmo foi ver como o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, e o veterano Rui Marques, e mais não sei quantos espertos da solidariedade saltaram imediatamente para a frente televisiva, cheios de ideias e compaixão pelos refugiados. Na realidade, o que estas criaturas piedosas não deixaram de ver em primeiro lugar foram os milhões de euros que a UE (9.000 euros por refugiado acolhido) e o governo português (aqui o montante não foi ainda anunciado) terão que desembolsar por causa desta crise, criada, em primeiro lugar, pelos belicistas americanos e israelitas, mas com o apoio sonâmbulo, desde o início da guerra civil na Síria, dos indigentes políticos que pusemos à frente dos destinos desta desmiolada Europa.

Não temos 308 governos municipais? Não temos 3.092 freguesias? Não temos centenas de edifícios escolares vazios, abandonados ou à venda? Não contam as nossas Forças Armadas com mais de 3.000 efetivos, boa parte dos quais em estado de prontidão operacional? Não existem várias unidades hospitalares no recém concentrado Hospital das Forças Armadas? Não sai tudo isto dos impostos que pagamos, e da sobre dívida que suportamos? Não é precisamente nestas ocasiões que o estado deve cumprir a sua missão com eficácia e brilho? Então porque é que se levantou o indecoroso circo da desgraça alheia e se escancararam os microfones aos profissionais da piedade remunerada?

A União Europeia está cercada de fogos postos pelos Estados Unidos e por Israel

A colonização americana da Europa ocidental está em pleno curso, por via da tentativa sistemática de destruição do euro, através das guerras artificiais implantadas no Iraque, Afeganistão, Líbia, Ucrânia, Síria, etc., das sanções e tensões artificiais envolvendo o Irão, África mediterrânica, África subsariana, e ainda por meio do grande abraço de urso que é a famosa Parceria Transatlântica (TTIP), de que a frota de empresas globais já desembarcadas na Europa é uma antecipação clara do que nos espera: Standard & Poor's (S&P), Moody's, Fitch, Google, Facebook, Twitter, Microsoft, Apple, Fox, Disney, Remax, Era, Century 21, ou a mais recente e escandalosa Uber!

Na realidade, o que está em curso é a preparação de uma nova divisão do mundo em duas metades: uma metade ocidental liderada pelos Estados Unidos, que inclui todo o continente americano, a Europa ocidental, incluindo a Finlândia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, Moldávia, Roménia e Turquia, a península da Arábia e todo o continente africano; e uma metade oriental, com vértice na China e na Rússia, e abrangendo um número indeterminado de países, de que se excluem, para já, o Japão e a Austrália...

A morte de Aylan Kurdi, que na realidade fugia do auto-proclamado Estado Islâmico (ISIS), e não de Bashar al-Assad, tal como a morte de tantos outros meninos e meninas parece, pois, um dos altos preços a pagar por um novo Tratado de Tordesilhas.

Presidente sírio acusa Ocidente de usar dois pesos e duas medidas sobre migrantes
AFP - Agence France-Presse/ Diário Pernambuco, Publicação: 17/09/2015 09:09 
Bashar Al-Assad afirmou que os países ocidentais choram pelos refugiados sírios ao mesmo tempo em que alimentam a guerra que os expulsa para o exílio

"É como se o Ocidente chorasse com um olho pelos refugiados e com o segundo mirasse neles com uma arma", declarou o chefe de Estado sírio, durante uma entrevista à imprensa russa, divulgada nesta quarta-feira.

"O Ocidente (...) apoia os terroristas desde o início da crise e (aponta a responsabilidade do que acontece) para o regime ou o presidente sírio", ressaltou em sua primeira reação à tragédia dos migrantes.

O regime de Damasco chama de "terroristas" todo os seus opositores: dissidentes políticos que escolheram a luta pacífica, rebeldes que pegaram em armas e os jihadistas, incluindo os do grupo Estado Islâmico (EI).

"Se a Europa está tão concentrada no futuro dos refugiados, deveria parar de apoiar o terrorismo", insistiu Assad. Muitos países europeus apoiam a oposição "moderada" a Assad, mas que lutam contra os jihadistas do EI.

Mais de 500 mil migrantes atravessaram as fronteiras da União Europeia entre janeiro e agosto deste ano, contra 280 mil em 2014, segundo a agência europeia Frontex.

Read This Before the Media Uses a Drowned Refugee Boy to Start Another War
Antimedia, Dan Sanchez. September 8, 2015

Warmongers in government and the media are perversely but predictably trying to conscript Aylan’s corpse into their march to escalation. They are contending that Aylan died because the West has not intervened against Syria’s dictator Bashar al-Assad, and that it must do so now to spare other children the same fate.

Um, no, Aylan’s family were Kurdish refugees from Kobani who had to flee that city when it was besieged, not by Assad, but by Assad’s enemy: ISIS.

And ISIS is running rampant in that part of Syria only because the US-led West and its regional allies have given them cover by supporting and arming the jihadist-dominated uprising against Assad.

The West has been intervening in Syria heavily since at least 2012. Indeed, it is Western intervention that has exacerbated and prolonged the conflict, which has now claimed a quarter of a million lives.

quinta-feira, agosto 27, 2015

O Sr. Peanuts e a tragédia africana

António Guterres esteve reunido com o ministro francês do Interior.
Foto: Martial Trezzini/Epa, in RR

Coração a mais, ou campanha pessoal?


Qual é a população de África, hoje? Mais de 1.100 milhões de pessoas (1). Se 1% fugir para Europa estamos a falar de uma integração na ordem dos 11 milhões de pessoas—certo? Se foram 10% de refugiados, encantados pela sereia irresponsável de António Guterres, serão mais de 110 milhões. 20% serão 220 milhões. É impensável? Mas é esta a ordem de grandeza da emigração portuguesa: 20%. E nem todos são de luxo!

A OCDE prevê que a Europa e os Estados Unidos irão absorver 50 milhões de migrantes cada até 2060...

Guterres será muito católico, e será muito socialista, mas não deixa de ser um perigoso distraído.

A solução não passa por abrir as portas à emigração indiscriminada, e muito menos por abrir as portas, como já se fez, ao radicalismo desesperado. Mas sim, por uma ação da ONU e do G20 no sentido de eliminar as criminosas cleptocracias que, com a ajuda dos Estados Unidos, Europa, e até a China, vêm abrindo as portas à subjugação do Médio Oriente e à nova colonização do continente africano, sob a forma de uma manta sangrenta de estados falhados artificialmente induzidos e alimentados pelas grandes potências.

Para Guterres, tudo são 'peanuts'. Era assim que pensava quando se preparava para ser primeiro ministro de Portugal. É assim agora, que quer subir a SG da ONU. A beatitude não chega, é preciso ter os neurónios no sítio.

Uma vez mais a esquerda desmiolada faz o jogo do pior que temos na humanidade :(

Guterres. Refugiados “têm direito a uma Europa mais calorosa” 
Desde o início do ano, tentaram chegar à Europa 293 mil migrantes e refugiados. Mais de 2.400 morreram pelo caminho. Os números são do ACNUR.
RR, 27-08-2015 8:31

É urgente. O alto comissário das Nações Unidas para os refugiados pede a criação imediata de centros de acolhimento e de triagem na União Europeia para dar resposta ao fluxo de migrantes e refugiados.

“Se tivermos em conta todos os dramas humanos, vamos perceber que é preciso agir depressa e com eficácia”, afirmou António Guterres na noite de quarta-feira, em Genebra.

O alto comissário reuniu-se com o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, e falou no fim do encontro, pela primeira vez, sobre a drama dos refugiados.

“Se pensarmos que, por exemplo, hoje, no Líbano, refugiados sírios e palestinianos são um terço da população, é evidente que a Europa tem dimensão e capacidade de responder ao desafio, para o qual se deve unir e assumir conjuntamente a responsabilidade”, defendeu.

NOTAS

  1. A população em África: 1.186 milhões em 2014 >> 1.679 milhões em 2030 >>> 2.478 milhões em 2050 (United Nations, World Population Prospects; The 2015 Revision) 


Atualização: 29/02/2016 12:36 WET