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segunda-feira, janeiro 05, 2015

Vem aí uma guerra civil?

Rafael Bordalo Pinheiro. O António Maria, 29JUN1882


Anónimo:

Pelas respostas que Sócrates deu à TVI fica demonstrado que ele conhece bem o processo e os fortes indícios de que é acusado.

Aliás, já se sabia que o processo de Sócrates tem 800 páginas e quase 1 ano de escutas telefónicas.

O QUE DIZ A LEI

Em Portugal nenhuma pessoa pode ser presa preventivamente sem que o respectivo advogado tenha acesso, previamente, ao seu processo. E foi isso que precisamente aconteceu!

PRÓXIMA ESTRATÉGIA DE SÓCRATES E SEUS AMIGOS

No início, Sócrates e seus amigos montaram uma campanha para fazer crer ao povinho que a sua prisão é uma injustiça e uma ficção.

A próxima campanha vai passar por aniquilar as escutas telefónicas. O que exige bons advogados. Foi assim que a Felgueiras se safou.

Nos Estados Unidos as escutas telefónicas são sempre válidas como meio de prova. Em Portugal, os bons advogados safam os ricos e poderosos porque conseguem anular as escutas telefónicas.

EMIGRANTES, ATENÇÃO AO VOSSO DINHEIRO!

O regime está em risco de se desfazer e é óbvio que se os piratas que arruinaram o país levarem a sua por diante, resgatando Sócrates e as tríades que o pariram da punição que merecem, então a possibilidade de cairmos numa guerra civil é real.

Como noutras eras houve, também daqui a um, dois ou três anos, se a Justiça for humilhada como propõe Mário Soares, e se o psicopata de Évora sair triunfalmente da jaula mediática que entretanto montou, haverá sempre alguns euros, yuans e dólares para amarrar e queimar umas centenas ou mesmo alguns milhares de portugueses indigentes com os respetivos cachecois partidários.

De uma coisa os credores estão certos: há que pagar as dívidas. Se estas enriqueceram a nomenclatura e arruinaram um país chamado Portugal, o problema é sobretudo dos devedores.


A indigente e decadente nomenclatura partidária, tal como a corte de Luis XVI, apenas vê o seu transversal umbigo, que vai da extrema-esquerda à direita (a extrema-direita ainda dorme). O demo-populismo é a sua verborreia, o povo partidário e os dependentes do estado são a sua única clientela, o parlamento é o seu pardieiro preferido, onde abundam perdizes, pombos torquazes, cagarras e alguns porcos a cair de gordos, em suma, a captura fiscal de quem produz é o modo como se guindaram à casta dos 1% e destruiram o país por mais de meio século.

A partidocracia que reduziu a democracia aos escombros da miséria material e moral que tolhe o país a cada hora que passa, acha que tudo se resolve com umas asas de raia na Travessa, e uns charutos pelo meio. Quando acordar deste sonho doce, porém, já só verá o mundo como uma imagem turva e fugaz rodeada de um definitivo silêncio.

quinta-feira, junho 28, 2012

Estado on-demand

Casa de pedra na Aldeia da Gralheira, em abril, 2012 Foto © ACP

Criem a figura do Juiz Peregrino!

“Mais valia fecharem o interior”. Público, 28.06.2012 - 14:56 Por Natália Faria

As urgências já fecharam, as escolas idem aspas, agora são 54 os tribunais a desaparecer do mapa. No dia em que os autarcas protestam em Lisboa, reportagem no distrito de Viseu, onde, sem autocarros nem dinheiro para táxis, já há gente a fazer dez quilómetros a pé para conseguir chegar ao juiz.

‎Criem a figura do juiz peregrino e adaptem/ simplifiquem o Código de Processo Penal às circunstâncias — LOCALIZEM-NO.

Por outro lado, diminuam drasticamente a carga fiscal e as custas judiciais nas ZONAS ULTRA-PERIFÉRICAS DO CONTINENTE. Porque há-se ser só nos Açores e na Madeira?

O que não faz sentido nenhum é manter infraestruturas e burocracias caras para comunidades com 100 almas ao abandono. Porque não criar serviços ambulatórios no campo educativo, da justiça e da saúde, tal como noutros tempos existiram? Hoje, com todo o apoio tecnológico disponível?

O governo deveria, além do mais, perante este estado de emergência, que vai agravar-se ao longo de toda a década, patrocinar um levantamento sociológico, cultural e audiovisual do empobrecimento em curso, não para especularmos com o resultado, mas para encontrarmos soluções que mitiguem efetivamente o desastre que se adivinhava há muito e hoje está à vista de todos, e para que nós, ex-rurais e urbanícolas em boa medida suburbanos e a empobrecer possamos compreender melhor o que realmente se passa, sem o filtro corrompido da corja partidária.

Este levantamento deve ser adjudicado através de bolsas de investigação e criação abertas a técnicos e artistas (antropólogos, sociólogos, psicólogos, geógrafos humanistas, fotógrafos, cineastas, dramaturgos, artistas plásticos, filósofos...), com o máximo de transparência, sem burocracias escusadas, deixando completamente de lado os predadora dos grandes gabinetes, escritórios e consultoras que há décadas se servem do regime, nomeadamente através do sangue partidário que lhes corre nas veias.

Há um exemplo histórico, vindo da América da Grande Depressão. Chamou-se Farm Security Administration. Copiem-se os bons exemplos!

Walker Evans, for the Farm Security Administration / Office of War Information / Office of Emergency Management / Resettlement Administration (Wikipedia)

POST SCRIPTUM — Escreve-me um amigo:

“... o problema está no parlamento que tem competência legislativa e de fiscalização do Governo.

Se não exercem com competência as suas funções, teremos de responsabilizar um a um os deputados que foram eleitos. São apenas 230 neste mandato, poderemos ir um pouco atrás mas não deve haver mais do que mil pessoas com responsabilidade máxima nas decisões .

Os estudos estão feitos, o resto é retórica.”


Última atualização: 28 jun 2012 21:51