As micro e nano empresas, a esmagadora maioria das que existem no país, devem pouco, porque, desde logo, os bancos nunca lhes emprestaram um chavo. Logo, o crédito mal parado tem quase todo origem nas grandes empresas e sobretudo no imobiliário especulativo, o qual, como sabemos, é uma criação típica dos bancos. Logo, o que está em causa é mesmo a implosão do sistema bancário, na linha do que aconteceu e está ainda a acontecer ao BES, ou seja, uma vastíssima carecada dos credores e especuladores, e a absorção do que ainda vale alguma coisa —redes de clientes e balcões, depósitos, e alguns grandes clientes, a começar pelo estado, empresas públicas e PPP— no quadro de uma inevitável e prevista concentração bancária europeia, por sua vez subordinada a uma supervisão bancária pretoriana, levada a cabo em nome da entretanto acelerada união bancária europeia.
The two largest Chinese state-owned train makers CSR Corp and China CNR Corp are reportedly in merger talks that would create a new mega-company to compete in overseas markets with German, Canadian, and Japanese locomotive makers.
Details of the merger remain unclear, but a draft plan is in the works, both Bloomberg and Chinese media report, citing government officials. Together, the two companies have a market value of $26 billion.
A “major” announcement is expected within a week.
The merger would be aimed at reducing overseas competition between the two companies, which in turn should help them win more contracts and fulfill China’s hungry appetite to export transport hardware.
Os portugueses têm que brincar às sanções contra a Rússia, a mando dos idiotas de Washington, mas Israel não!
Four Indian food suppliers have been given access to Russian markets, and Israeli meat and dairy products are expected on Russian shelves as early as in the end of 2014.
Orçamento 2015 - obrigatório ler esta publicação! (PDF)
90% dos pensionistas recebem menos de 1200 euros mensais
A nomenclatura parlamentar está entre os 2,2% mais ricos do país
Qualquer dos deputados portugueses ao Parlamento Europeu ganha trinta vezes mais que dez milhões de portugueses. Ou seja, os deputados europeus, tal como os deputados à Assembleia da República, pertencem aos 2,2% mais ricos do país.
Em 4.624.902 de famílias portuguesas, 83,8% dos agregados auferem um rendimento coletável anual até 20 mil euros, ou seja, no máximo, 1667 euros por mês (x12 meses), sendo que este valor deverá ser repartido pelo número médio de pessoas por agregado, o que dá (tendo em conta que cada agregado doméstico privado tinha, em 2013, 2,6 pessoas) um rendimento médio individual na ordem dos 641 euros por mês.
Os nossos deputados, entre vencimentos, subsídios, seguros e outras mordomias auferem entre 3,3 e mais de 18 mil euros mensais, consoante sejam deputados em Lisboa, ou em Bruxelas.
Talvez assim se perceba melhor o comportamento pavloviano dos batráquios parlamentares, para quem tudo não passa de retórica inconsequente destinada a um povo aturdido pelo ruído demagógico e populista que diariamente o invade, como se o Triunfo dos Porcos e o Admirável Mundo Novo fossem profecias simultaneamente consumadas.
A partidocracia que nos tolhe e esconde do olhar público os seus reais privilégios e compadrios com o resto dos 2,2%, está a mais. Tem que ser exposta, denunciada e forçada a mudar, nomeadamente através da entrada de sangue novo nas instituições democráticas capturadas.
A gravidade da situação económica e financeira do país, com origens externas e internas, já não é um problema de redistribuição suave de rendimentos. Sem uma revisão racional completa do sistema fiscal e orçamental do país, não iremos a lado nenhum, e tudo tenderá a piorar com o passar do tempo e a inação oportunista.
Para começar, talvez fosse útil analisar a ideia de um rendimento básico incondicional.
PROPOSTA ALTERNATIVA AO LABIRINTO ASSISTENCIALISTA
MEDIDA 1: rendimento básico incondicional, mensal, atribuído a todos os residentes (livre de impostos): 150,00 € —Custo anual aproximado: 18.828 M€ [10.460.000 x 150 x 12]
MEDIDA 2: isenção de IRS para todos os rendimentos coletáveis até 10.000,00 €
PS: pela primeira vez, que eu saiba, o governo produziu uma síntese clara e pedagógica sobre o Orçamento de Estado, um exercício caracterizado, até este saudável e recomendável exemplo, pela confusão, obscuridade e manha contabilística. Nem tudo está perdido.
À medida que os Estados Unidos caminham para a falência financeira, e sobretudo moral, a sua capacidade de exercer as prerrogativas imperiais diminui dia a dia. O seu poder de tiro é avassalador, mas numa guerra balística nuclear, já sabemos, não há vencedores. Pode destruir países indefesos com sucessivos bombardeamentos aéreos e guerras vicariantes (proxy wars), e gerar com estas chachinas assimétricas por si engendradas (o célebre 'terrorismo'), mas não tem conseguido ocupar nenhum novo metro quadrado de terra ou mar em parte alguma do planeta. Estranho, não é?
Quando é que os americanos estudam o Tratado de Tordesilhas, e percebem de uma vez por todas que, às vezes, é melhor dividir para partilhar, do que dividir para reinar?
Percebe-se cada vez melhor quem é, afinal, o mau da fita
Digam-me lá se isto não cheira a diplomacia americana. O objetivo é evidente: pressionar a China na região nevrálgica de Xinjiang (Turquestão Oriental), por onde passa a Rota da Seda (terrestre), ao mesmo tempo que pressiona a a China a sul (Rota da Seda marítima), montando armadilhas nos mares do Japão e da China.
A par desta estratégia, o decadente, autoritário (cada vez mais um estado policial) e falido império americano promove o belicismo e o terrorismo no Médio Oriente, ao longo da passagem da Europa oicdental para a Europa oriental. Os objetivos são óbvios: não perder o controlo da principal região petrolífera do planeta, e impedir a emergência de um Eurásia poderosa e pacífica.
É a esta luz que devemos também interpretar a maneira como têm usado o poodle inglês para minar a União Europeia e a sua moeda — que felizmente tem sabido resistir a todas as provocações e especulações.
Russian president Vladimir Putin on Friday accused the US of undermining the post-Cold War world order, warning that without efforts to establish a new system of global governance the world could collapse into anarchy and chaos.
In one of his most anti-US speeches in 15 years as Russia’s most powerful politician, Mr Putin insisted allegations that its annexation of Crimea showed that it was trying to rebuild the Soviet empire were “groundless”. Russia had no intention of encroaching on the sovereignty of its neighbours, he insisted.
The Daily Beast, 28-04-2014 New U.S. Stealth Jet Can’t Hide From Russian Radar
America’s
gazillion-dollar Joint Strike Fighter is supposed to go virtually
unseen when flying over enemy turf. But that’s not how things are
working out.
The F-35 Joint Strike Fighter—the jet that
the Pentagon is counting on to be the stealthy future of its tactical
aircraft—is having all sorts of shortcomings. But the most serious may
be that the JSF is not, in fact, stealthy in the eyes of a growing
number of Russian and Chinese radars. Nor is it particularly good at
jamming enemy radar. Which means the Defense Department is committing
hundreds of billions of dollars to a fighter that will need the help of
specialized jamming aircraft that protect non-stealthy—“radar-shiny,” as
some insiders call them—aircraft today.
A Rússia está de volta, recomenda-se e afirma que o Big Brother americano é um fator de risco para a paz mundial... e que o dólar americano já era. O sistema de segurança global está minado assegura Putin (TASS). Será que os alemães ouviram a mensagem, ou querem levar mais uma tareia, desta vez por andarem de cócoras e ao serviço dos falcões e piratas financeiros de Washington e Londres?
Bem fez Passos Coelho em exigir hoje em Bruxelas maior autonomia energética na Europa e o fim do bloqueio energético dos 'socialistas' franceses à ferrovia e capacidade de exportação energética da Ibéria.
A propósito, que diz o pascácio 'socialista' sobre isto? Vai convocar mais uma comissão de sábios indígenas para entreter o seu vazio de ideias e esconder o desempenho de uma agenda que não controla, mal conhece e lhe é servida a conta gotas por quem o colocou na posição em que está?
Portugal vai ser palco de uma disputa entre os Estados Unidos e a China, por causa do Atlântico e por causa da sua posição estratégica, nomeadamente em matéria de energia e transportes, face à Europa transibérica. Curiosamente os ditos 'socialstas' já estão no bolso de Washington.
Madrid também não augura nada de fiável em matéria de lucidez estratégica.
Quer queiramos quer não a atual aliança governativa é a que mais convém à nova neutralidade de que Portugal precisa para poder ter um papel diplomático na nova bipolariação geoestratégica que já está a caminho. Vai haver inevitavelmente um Tordesilhas 2.0. Resta saber se sem, ou com uma proliferação bélica estremamente perigosa provocada pela estratégia americana no mundo.
E os patriotas do PCP que pensam sobre isto?
POST SCRIPTUM
EUA ou China-Rússia?
Equidistância e neutralidade ativa (apesar de sermos membro fundador da NATO e de fazermos naturalmente parte desta aliança atlântica) é a posição que melhor serve os nossos interesses. Portugal deve posicionar-se como uma pequena mas importante Suíça diplomática, invocando as suas longas e pacíficas relações com o mundo. Devemos defender a paz entre as religiões do Livro.
Por outro lado, garantir os direitos territoriais na Plataforma Continental de Portugal, também conhecida por Mar Português, é a prioridade estratégica mais relevante que temos pela frente. Nisto a Rússia, a Dinamarca, o Canadá e os EUA são naturalmente nossos aliados. Nenhuma cedência a Madrid nesta matéria! Apesar do anedotário em volta do negócio dos submarinos, a verdade é que a sua compra foi uma decisão estratégica absolutamente certeira. A vigilância-defesa do Mar Português (radares, submarinos, corvetas, lanchas rápidas, forças especiais de intervenção e aviação dedicada) é uma prioridade absoluta, que tem que ser garantida sem hesitações nem carnavais partidários pelo meio, nem que tenhamos que reduzir a Assembleia da República a oitenta deputados, o número de municípios para menos de metade, retirar o estado das áreas educativas superiores não prioritárias (e são muitas), e colocar os deputados, mais 2/3 da população a usarem regularmente os transportes coletivos urbanos, suburbanos e interurbanos.
Devemos apostar na Diplomacia, mas sendo tão firmes quanto Salazar foi.
Temos que manter e fortalecer a aliança com a Inglaterra, estabelecida em 1386 pelo Tratado de Windsor. O centro do mundo continua a ser a Europa, ou melhor, a Eurásia, o resto são ex-colónias destinadas a implodir, mais século, menos século. Não aprenderam nada. Nunca morreram. Nunca ressuscitaram!