segunda-feira, janeiro 12, 2015

Classes médias de todo o mundo, uni-vos!



Keiser Report en español: El despilfarro de la riqueza de Hong Kong (E704)

Karl Marx talvez tenha razão


As classes médias são hoje o proletariado teórico que serviu a Karl Marx para imaginar a Revolução Socialista como uma Revolução Permanente. Vem aí um novo ciclo revolucionário. Falta tão só desenhar a sua teoria e remover os oportunistas do caminho.

As classes médias, e em geral as profissões cognitivas, devem reorganizar-se social e culturalmente, deixando para trás a delegação de poderes políticos e a representatividade democrática nos corruptos partidos políticos atuais, no indigente sistema mediático dominante, e nas capturadas, decadentes e nada representativas instituições de representação política, social e corporativa saídas da Revolução Francesa.

As instituições democráticas, com particular relevância para os partidos políticos, associações de classe e mesmo as ditas ONGs, estão na sua grande maioria irremediavelmente corrompidas e tomadas por um único interesse e objetivo: manter as suas próprias vantagens de casta, embrulhando-as obviamente nas bandeiras dos interesses coletivos que, na realidade, analisadas as suas ações em profundidade, há muito deixaram de defender.

Entretanto, na China, o governo resolveu atacar a sério a corrupção (ou pelo menos, a corrupção que o precedeu): 65 mil detidos, e o objetivo de recuperar 300 mil milhões de dólares de dinheiro público capturado pelos tríades da corrupção.

Estão mesmo a perseguir piratas chineses em todo o mundo.

A pressão política sobre os governos, português, espanhol, americano, australiano, etc., para que facilitem os procedimentos judiciais para recuperar o dinheiro negro chinês espalhado pelo planeta está em marcha e terá consequências.

Eu, se fosse Pedro Passos Coelho, analisava com atenção o que se passa na EDP e pedia relatórios precisos sobre os investimentos 'privados' chineses em Portugal.

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