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O mérito dos políticos, neste caso, é nulo
Há oito causas essenciais para o crescimento do turismo em Portugal e Espanha, muito acima das suas economias, e nenhuma delas é mérito dos governos e políticos de turno, nem da sua propaganda:
- a queda do preço do petróleo;
- a queda continuada das taxas de juro;
- as guerras que assolam praticamente todos os destinos turísticos do Mediterrâneo oriental e os países do Magrebe;
- o avanço das companhias aéreas Low Cost na Europa;
- o aumento exponencial da emigração em Portugal e Espanha;
- a deflação, que torna as estadias economicamente mais convenientes;
- o impacto da austeridade europeia e mundial nos bolsos dos viajantes (a Ásia e o Pacífico ficam mais longe);
- and last but not least, o colapso da Grécia :(
Aviso
A economia do turismo só não é sazonal e sujeita a contingências como as crises na Tunísia, Síria, Líbano, Egito, Turquia ou Grécia, se os países que recebem turistas forem económica e culturalmente fortes e diversificados, e não assentarem em regimes extrativos, nomenclaturas rentistas, estados devoristas e burocráticos, nem em setores económicos protegidos pelo corporativismo e pela corrupção político-partidária. Capiche?
Prova disto mesmo: a queda abrupta do turismo na Grécia ( Forget Greece, We're Going to Spain, by Henrique Almeida, Maria Tadeo and Elco Van Groningen. Bloomberg Business, July 3, 2015)
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