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domingo, maio 31, 2015

O embuste energético lusitano

Turbinas eólicas usadas em revenda - Vestas

O grande roubo da energia continua, com o apoio do PSD, CDS/PP, PS e PCP


Já ouviram o António Costa pronunciar-se sobre este assalto à economia e aos bolsos dos contribuintes? Vejo por aí artistas e desportistas fazendo alegremente propaganda de borla à EDP. Será que sabem quem lhes paga as exposições e as T-shirts vermelhas? Somos nós!

Renováveis já custaram 10 mil milhões de euros aos consumidores
Económico,  29 Mai 2015 Ana Maria Gonçalves

Os subsídios pagos às energias renováveis, e reflectidos nas tarifas da electricidade, já custaram mais de 10 mil milhões de euros às famílias e às empresas portuguesas.
As contas, que têm por base os relatórios da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, no período entre 2002 e 2015, constam de um relatório de um grupo de peritos do sector energético de vários quadrantes políticos, elaborado para a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa.

Henrique Gomes, ex-secretário de estado deste governo, quando o Álvaro barrava o caminho à corja rentista, escreve:

Duas perguntas simples ao nosso Primeiro-Ministro:

1) Se nos mercados dos EUA e Espanha, os mais importantes em investimento para a EDPR (Renováveis), esta pode vender a sua produção abaixo dos 50€ por MWh, porque aceita o Governo que em Portugal nos cobrem acima de 100€ por MWH?

2) Nestas circunstâncias, porquê o objectivo de querermos ser campeões e querer que, em 2030, 40% de toda a energia que consumirmos  seja renovável se a Europa dos 28 assume uns prudentes 27% (em média) e os EUA (lideres tecnológicos mundiais) prevêem ter 18% em 2040?

Para já, enquanto aguardo ser esclarecido, só tenho uma explicação: em Portugal, o interesse publico que deve ser o leit-motiv e é a legitimidade dos políticos, está subordinado aos interesses económicos e pessoais e isso, pelo menos sob o ponto de vista ético, é corrupção!

quarta-feira, outubro 15, 2014

EDP a caminho dos apagões

A impunidade era moda no tempo do governo cor-de-rosa do Pinóquio Sócrates

Uma chantagem intolerável


EDP corta investimento na rede eléctrica em 28%
Jornal de Negócios. 14 Outubro 2014, 21:00 por Miguel Prado

O novo plano da EDP Distribuição baixa o "capex" anual de 128 para 92 milhões de euros, numa redução justificada com o tempo de austeridade, a redução do consumo e a qualidade da rede existente em Portugal.

A EDP quer cortar em 28% o investimento na rede de distribuição de electricidade, segundo o Plano de Desenvolvimento e Investimento na Rede de Distribuição (PDIRD) para 2015-2019, já entregue à Entidade Reguladora.

Eletricidade aumenta quase cinco vezes mais que a inflação em 2015
Expresso. 18:00 Quarta feira, 15 de outubro de 2014

A eletricidade vai subir 3,3% para quase três milhões de clientes. Para os cerca de 500 mil novos beneficiários da tarifa social agora criada pelo Governo, a variação será de -14%.

Manuel Pinho promete energia mais barata
Correio da Manhã, 05.10.2007

O ministro da Economia defendeu ontem que com a construção de dez novas barragens em Portugal é possível “conseguir produzir energia mais barata”. Manuel Pinho apresentou em Lisboa o Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico, cujo objectivo é aumentar a produção de electricidade para 7000 megawatts (Mw) até 2020. Com este projecto vai ser possível utilizar 70 por cento do potencial hídrico do País.

Enquanto a cotação da EDP cai desde 2008 e a sua dívida financeira total se vai tornando impagável (cerca de 16 mil milhões de euros, e responsabilidades totais de 21.991.972.000€, não indo o valor da empresa —equity— além de 11.528.561.000€), cortesia dos amigalhaços da Goldman Sachs que a troco de umas massas para o governo cor-de-rosa do Pinóquio Sócrates, perdão, para as novas barragens de elevado potencial hidroelétrico, impingiram à EDP e ao país um negócio eólico furado que António Mexia engoliu alegremente (a GS já sabia que os subsídios ao mercado especulativo do vento, nos EUA, e subsequentemete na Europa, iriam acabar), vem agora ameaçar o esforçado ministro Jorge Moreira e o país com apagões: cortas-me na receita dos CMEC e eu deixo de fazer manutenção da rede em baixa.

Ou seja, a chantagem da EDP é simples de entender: sem rendas (excessivas) ameaçam deixar cair a manutenção da rede. Ou seja, se esta chantagem não for desmontada e travada, teremos apagões pela certa, mais dia menos dia!

Ora uma chantagem é, creio, uma quebra de confiança contratual. Razão bastante para anular um contrato leonino, cozinhado, convém recordar, pelo Pinho do BES ("Manuel Pinho promete energia mais barata", 05-10-2007) e do governo cor-de-rosa do Pinóquio Sócrates.

Talvez fosse bom alguém explicar isto mesmo aos chineses. 

Estes, que olham para Portugal como uma plataforma de entrada na Europa e no Atlântico, iriam certamente compreender a palava do ministro, tenha este a coragem para a proferir, mandando entretanto calar o compadre Catroga e o traste de Belém!

A nacionalização imediata da EDP não é necessariamente a melhor solução, até porque a EDP tem uma dívida criminosa.

O que sim deve ser feito é eliminar imediatamente as rendas excessivas e melhorar o conceito da tarifa social (tarifa mínima=consumo mínimo garantido per capita), suportando o estado e as empresas fornecedores de energia esta tarifa social numa proporção a negociar, equilibrada e justa.

O governo deve agir em defesa dos cidadãos e determinar o que acha justo.

Aos chineses caberá avaliar se continuam ou não interessados no negócio, pois não falta capital à procura de ativos com rendimento garantido!

Como se disse, o estado chinês poderá facilmente acomodar esta alteração... e se não...