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domingo, dezembro 19, 2010

2011

Classes médias de todo o mundo, uni-vos!
O ano de 2011 vai ser péssimo, e em 2012 a Europa poderá colapsar

Camilla Parker-Bowles e Príncipe Carlos atacados por estudantes, em Londres

A declaração do "estado de alarma" em Espanha, o ataque ao carro onde seguiam Camilla Parker-Bowles e o Príncipe Carlos de Inglaterra, e a multiplicação em cadeia de protestos violentos em várias cidades europeias, são sinais claros de que dificilmente evitaremos o colapso económico e financeiro das economias ocidentais, em curso desde 2007, mas cujos efeitos mais catastróficos só serão sentidos no decurso dos próximos anos, e por um período de duração imprevisível.

Desejo a todos um feliz Natal, e faço votos de um próspero Ano Novo. Mas seria irresponsável se não alertasse os meus leitores para a gravidade da situação económica, financeira e política actual, que o ano de 2011 irá muito provavelmente agravar até níveis que não queremos sequer imaginar.

As medidas governamentais dos vários estados europeus, que em nome da salvação de um sistema financeiro corrupto, sobre-endividado e à beira da falência, desenham afinal aquela que poderá ser a maior expropriação fiscal simultânea dos povos europeus de que há memória, e a primeira tentativa de destruir literalmente a classe média pela via de decisões levadas a cabo por instâncias sem legitimação democrática suficiente, e sem qualquer consulta democrática às vítimas da espoliação anunciada, irão inevitavelmente esbarrar com uma resistência social, política e cultural de massas, crescente, sofisticada, e a prazo tão brutal quanto a brutalidade do saque que as nomenclaturas político-partidárias e financeiras aliadas decidiram desencadear contra os povos europeus em nome de uma globalização falida e insustentável. A alternativa não estará certamente nas velhas receitas das burocracias de esquerda instaladas, tão responsáveis quanto os partidos centristas de direita ou social-democratas, pelo estado de degradação a que chegaram as democracias ocidentais. Onde estará, então?

Antes de ver as saídas para esta verdadeira crise sistémica do Capitalismo, teremos que reconhecer os verdadeiros problemas que enfrentamos. E são, no essencial, três — dois que afectam estruturalmente o futuro da humanidade, e um que diz respeito sobretudo a uma alteração dramática da divisão internacional do trabalho.

O primeiro problema, provavelmente sem saída, é o da escassez progressiva de recursos energéticos relativamente baratos, baseados no carvão, no petróleo e no gás natural. A produção per capita de petróleo tem vindo a cair desde 1970, e a capacidade de produção mundial de petróleo barato esgotou-se, segundo a própria Agência Internacional de Energia, em 2006 (Does Peak Oil Even Matter? by David Murphy).

O segundo problema, provavelmente sem saída, é do escassez progressiva dos recursos alimentares, cuja produção para uma população mundial à beira dos sete mil milhões de almas é impossível de conseguir sem o recurso a adubos, pesticidas, máquinas e tecnologias, nomeadamente de transporte, que dependem criticamente dos combustíveis líquidos de origem petrolífera, ou do gás natural. A produção per capita de cereais, por exemplo, tem vindo a decair desde o princípio da década de 1980. A recente escassez de açúcar nas prateleiras dos supermercados, ou a subida dos preços do café, na sequência de colheitas menos generosas, para além dos movimentos especulativos que inevitavelmente desencadeiam, são sintomas claros, não apenas de uma inflação imparável, mas de verdadeiras crises de abastecimento e do espectro inevitável do racionamento que num futuro próximo afectará a distribuição dos bens de consumo essencial.

Estes dois picos produtivos, por si sós, condenam a população humana mundial a uma paragem, seguida de inversão, do crescimento exponencial de que foi capaz ao longo dos últimos 200 anos. Infelizmente, os cenários conhecidos desde 1972 a este propósito (nomeadamente, Limits to Growth) são em geral catastróficos, antevendo uma queda abrupta da população mundial no intervalo entre 2030 e 2050, certamente longe do cenário optimista das previsões da ONU, que situam a população mundial em 2050 na casa dos 9 mil milhões de seres humanos.

O terceiro problema fundamental que, somado aos dois anteriores, está na origem do actual pandemónio económico, financeiro e social, é o fim de uma era de desenvolvimento económico, tecnológico, social e cultural, cujos pressupostos históricos remontam ao início da expansão ultramarina da Europa, e que podemos situar exactamente no ano de 1415 — data da conquista da cidade de Ceuta pelas tropas portuguesas, galegas, biscainhas e inglesas, comandadas por João I de Portugal. Foi a partir de Ceuta que a Europa pós-medieval iniciou o grande ciclo da globalização, colocando-se rapidamente no topo da cadeia alimentar e na vanguarda do desenvolvimento tecnológico mundial. Sem o domínio militar dos pontos estratégicos do planeta, sem a afirmação imperial, sem a subjugação de nações e povos inteiros, sem a colonização secular de vastas regiões do planeta, e provavelmente sem o Capitalismo laico e liberal, a Europa jamais teria acumulado a riqueza suficiente que lhe permitiu libertar o tempo, as pessoas e os recursos que estiveram na origem da Revolução Industrial e da Modernidade Cultural que nos trouxe até aqui.

Acontece, porém, que as mesmíssimas dinâmicas que estiveram na origem do desenvolvimento tecnológico e da acumulação capitalista da Europa ocidental, acabaria por gerar as condições de libertação dos povos e nações subjugadas pelo Colonialismo —um processo longo, cujo desenlace acabaria por ter lugar entre a criação da OPEP, em 1960, e a formação da SCO (Shanghai Cooperation Organization) em 2001, depois das sucessivas aproximações estratégicas iniciadas pela China em 1996 (The Shanghai Five) e que culminaria na formalização de uma aliança militar estratégica em Junho de 2001, integrando numa mesma aliança China, Casaquistão, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão e Uzebequistão. O número de países entretanto atraídos por esta iniciativa não cessa de aumentar: Bielorússia, Arménia, Moldávia, Ucrânia, Afeganistão, Irão, Paquistão, Índia, Mongólia, Sri Lanka, Indonésia, Malásia, Filipinas, Singapura, Tailândia, Brunei, Burma (Myanmar), Camboja, Laos, e Vietname. A chacina de 11 de Setembro ocorreu três meses depois da formalização do SCO. E em resposta ao misterioso ataque do misterioso Bin Laden, montou-se a grande guerra assimétrica mundial contra o terrorismo, palco e pretexto para a invasão, ocupação e saque do Iraque, e para o cerco ao Irão. Coincidências? Nos jogos de poder não há coincidências!

O resultado desta derradeira vaga bélica do Ocidente em defesa de privilégios inaceitáveis e impossíveis de manter, numa espécie de tentativa desesperada para segurar um império de areia, saldou-se, está a saldar-se, num fiasco monumental, não apenas militar e estratégico, mas sobretudo económico e financeiro! O resultado hoje evidente da aventura militar pós-colonial do Ocidente europeu e norte-americano é a bancarrota iminente dos Estados Unidos da América, do Reino Unido, e de uma série de países da União Europeia. Se o USD não fosse ainda, para mal de quem os tem, uma moeda de reserva mundial, já americanos e ingleses tinham ido ao tapete, ou tentado lançar o mundo numa guerra terminal. Assim são as mentes doentias que comandam estes impérios em ruína!


Que fazer?

As opções são dramaticamente limitadas, e implicam no mínimo uma racionalização forçada à escala planetária dos recursos disponíveis. Mas será possível atingir este objectivo? Quem está disposto a prescindir de bens, facilidades e privilégios em nome de uma espécie de pobreza generalizada? Só mesmo os que já são pobres! Os demais lutarão com tudo o que tiverem à mão pelos direitos adquiridos. E se isto é verdade à escala do indivíduo, não é menos à escala dos países e alianças de países — sobretudo, e paradoxalmente, nas democracias! Ou seja, uma das fugas possíveis à tragédia dos comuns é a iminência de uma guerra global pelos recursos energéticos e naturais. E porque alguns dos actores mundiais estão efectivamente falidos, não podendo pois competir pelos ditos recursos numa base económica convencional, em caso de pressão externa insuportável, poderão deixar-se tentar e rasgar as convenções da ordem financeira mundial, renunciando ao pagamento das dívidas, seja através de uma reestruturação fraudulenta das mesmas, seja colocando os contadores electrónicos do casino mundial das finanças a zeros. A consequência duma tal atitude aventureira será inexoravelmente uma escalada bélica irreversível e a guerra.

O crescimento dos salários, e o aumento progressivo dos benefícios sociais e das regras de segurança no trabalho, ao longo de décadas, potenciaram dois fenómenos que a prazo condenariam as sociedades dos Estados Unidos e da Europa ocidental a uma espécie de fim do trabalho: a substituição do labor humano pela rotina das máquinas, e a fuga de capitais em busca de mão-de-obra barata, tornada possível e apetecível à medida que os governos foram destruindo as barreiras alfandegárias que outrora filtravam e taxavam a circulação do dinheiro e das mercadorias. A exportação literal das economias dos países ricos e poderosos da América do norte e da Europa ocidental para as regiões e países ricos em matérias primas ou trabalho baratos, ocorrida nos últimos trinta anos, em grande medida graças à abundância de petróleo barato (apesar da crise de 1973-74), conduziu a uma alteração radical da divisão mundial do trabalho, com implicações dramáticas nas balanças comerciais e de pagamentos dos principais países produtores e consumidores de bens transformados. As novas economias emergentes especializaram-se na produção de bens transaccionáveis, e as velhas economias industriais especializaram-se, por sua vez, na produção de bens virtuais e serviços, no consumo irracional e no endividamento. O desastre teria fatalmente que ocorrer um dia.

Se nada se fizer, o equilíbrio regressará pela via dos impactos catastróficos dos aumentos imparáveis dos preços da energia, dos transportes, das matérias primas, e dos bens de consumo essenciais. No entanto, para evitar um ajustamento trágico das economias dos vários cantos do planeta, é possível, e sobretudo desejável, regressar a formas razoáveis de proteccionismo das economias regionais e nacionais. Seria mais racional, justo e eficiente do que deixar a guerra financeira mundial actualmente em curso seguir o seu perigoso curso de insensibilidade e ganância.

Mas para aqui chegarmos será preciso mudar de políticas e de políticos, rapidamente. A captura dos principais governantes e políticos europeus e americanos pelas hienas do sector financeiro impede fundamentalmente a recuperação de qualquer racionalidade no sistema. A racionalidade dos mercados é uma racionalidade especulativa, incompatível com o interesse público. Nem sequer serve os interesses estratégicos dos países onde se instalam, ao contrário do que sucede nas economias emergentes, onde a direcção estratégica da economia continua a ser essencialmente política. Entregues, como estamos, a sistemas piramidais de especulação e endividamento crónico, sem produção, nem trabalho, Estados Unidos, Inglaterra e União Europeia estarão em breve num beco sem saída e à beira de revoluções sociais e políticas imprevisíveis, súbitas e com uma capacidade desconstrutiva sem paralelo. A acção monumental da Wikileaks foi provavelmente o primeiro aperitivo da imaginação revolucionária insuspeitada da classe média no momento da revolução por vir. Talvez seja isto mesmo que precisamos. Classes médias de todo mundo, uni-vos!


REFERÊNCIAS

As notícias dos últimos dias mostram duas realidades preocupantes: nem a  China, nem os mercados especulativos ocidentais, compram as manhas retóricas dos governos europeus em volta da crise das dívidas soberanas. Por outro lado, Basileia informa o mundo que a fragilidade bancária da Europa e dos Estados Unidos é bem mais séria do que parece. Antes de 2019, os bancos destas regiões do planeta não estarão em posição de se recapitalizarem!

Chinese credit rating firm Dagong Global gives Ireland BBB for sovereign debt credit rating
People's Daily Online, December 06, 2010

Chinese credit rating firm Dagong Global Credit Rating assessed the sovereign credit rating of Ireland at BBB in its third sovereign or regional credit rating report released Monday.

Dagong's credit rating of Ireland is lower than that given by Moody's, Standard and Poor's and Fitch.


Mercados financeiros não dão tréguas
Jorge Nascimento Rodrigues, Sábado, 18 de Dezembro de 2010, Expresso online.

O impacto da Cimeira dos 27 em Bruxelas foi nulo. Risco de default e juros no mercado secundário continuam a subir nos países em apuros da zona euro. Várias commodities estão com disparos de preços. Café, esta semana, atingiu um valor que não se verificava há 13 anos


Ireland's credit rating slashed five notches
Guardian.co.uk, Friday 17 December

Moody's had previously rated Ireland as AA2 – the third highest level. Today's downgrade to BAA1 leaves its sovereign credit rating just three places above "junk status", and follows a similar move by fellow ratings agency Fitch last week.


Basel Would Have Left Banks With $797 Billion Capital Shortfall
By Jim Brunsden - Dec 16, 2010, Bloomberg

Basel bank regulators said rules on capital requirements would have forced financial institutions to raise 602 billion euros ($797 billion) of capital had they been in place at the end of last year.

Lenders would also have had a 2.89 trillion-euro shortfall in the funds needed to guard against a run on deposits had the planned Basel Committee on Banking Supervision’s rules been in place at the start of 2010, the panel said in a statement on its website today. The committee agreed in July to phase in the capital and liquidity rules by 2019 in a bid to mitigate their effect on banks emerging from the credit crisis.


Global systemic crisis: Second half of 2011 - Explosion of the Western public debt bubble
Global Europe Anticipation Bulletin (GEAB #50) - Dec 16, 2010.

The second half of 2011 will mark the point in time when all the world’s financial operators will finally understand that the West will not repay in full a significant portion of the loans advanced over the last two decades.

For LEAP/E2020 it is, in effect, around October 2011, due to the plunge of a large number of US cities and states into an inextricable financial situation following the end of the federal funding of their deficits, whilst Europe will face a very significant debt refinancing requirement, that this explosive situation will be fully revealed. Media escalation of the European crisis regarding sovereign debt of Euroland’s peripheral countries will have created the favourable context for such an explosion, of which the US “Muni” market incidentally has just given a foretaste in November 2010 (as our team anticipated last June in GEAB No. 46) with a mini-crash that saw all the year’s gains go up in smoke in a few days. This time this crash (including the failure of the monoline reinsurer Ambac) took place discreetly since the Anglo-Saxon media machine succeeded in focusing world attention on a further episode of the fantasy sitcom "The end of the Euro, or the financial remake of Swine fever". Yet the contemporaneous shocks in the United States and Europe make for a very disturbing set-up comparable, according to our team, to the "Bear Stearn" crash which preceded Lehman Brothers’ bankruptcy and the collapse of Wall Street in September 2008 by eight months. But the GEAB readers know very well that major crashes rarely make headlines in the media several months in advance, so false alarms are customary! — in GEAB #50, December 2010.


Market alarm as US fails to control biggest debt in history
By Liam Halligan - Dec  11,  2010

US Treasuries last week suffered their biggest two-day sell-off since the collapse of Lehman Brothers in September 2008. The borrowing costs of the government of the world’s largest economy have now risen by a quarter over the past four weeks.

(…) While the UK isn’t ensnared in monetary union, gilt yields have also spiralled 18pc since the start of November – to 3.55pc. British Government debt is officially £1.05 trillion. We are fast approaching a debt-to-GDP ratio of 100pc, compared to 30pc just a decade ago. If you add off-balance-sheet liabilities to Government estimates, including the bank bail-outs which disgracefully remain “off the books”, the UK already owes more than an entire year’s national income. In the medium-term, this is surely incompatible with a Triple AAA credit rating.  — in The Telegraph.

ÚLTIMA ACTUALIZAÇÃO: 19 dez 2010 22:47

quinta-feira, abril 15, 2010

Portugal 180

Acordem Portugueses!


  • Former IMF economist says Portugal must be helped now to stop domino effect (FT, April 15 2010
  • Presidente checo ataca países com défice excessivo
    Num encontro com Cavaco Silva, o seu homólogo checo e anfitrião disse que nunca permitiria no seu país uma situação semelhante. Cavaco Silva não fugiu ao tema, mas evitou entrar em polémicas. (RR, 15 Abril 2010
  • Governo aceita parceria na gestão do aeroporto
    Norte duvida da possibilidade do "Sá Carneiro" ser gerido autonomamente (JN, 15 Abril 2010)

UMA DEMOCRACIA DE PIRATAS (A NOSSA) ESTÁ A VENDER LITERALMENTE A INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL AO ESTRANGEIRO - COM ESPECIAL DESTAQUE PARA ESPANHA !!!

  O Estado e a Câmara Municipal de Lisboa estão falidos. Esta é a simples realidade por trás da privatização da TAP e da venda de monopólios de Estado (REN, ANA, EDP) aos especuladores privados internacionais. A outros, como as ÁGUAS DE PORTUGAL, chegará também a vez, se nada fizermos entretanto. Isto é, se não pusermos rapidamente o PS de quarentena, e não formos capazes de eleger um novo presidente da república independente — que nem Alegre, nem Cavaco são (além de que são muitíssimo co-responsáveis pelo estado a que chegámos!)

A venda da ANA serve apenas para financiar a construção do novo aeroporto, o maior elefante branco que a tríade de piratas que nos governa insiste em levar por diante, com o seu exército de advogados e professores-economistas corruptos, para gáudio do BES e da Mota-Engil. Ou seja, entrega-se um negócio público aos especuladores privados para que estes, depois, enquanto monopólio privado, ponham e disponham no transporte aéreo de e para o nosso país!

No entanto, assim como não haverá quem pague as SCUTS, também não haverá quem pague o NAL. O que vem a querer dizer que, seremos todos nós, indiscriminadamente, que pagaremos estes assaltos à riqueza nacional através duma carga letal de impostos e do empobrecimento inexorável da sociedade portuguesa. Os partidos parlamentares são todos responsáveis!

Lembro que uma das causas da falência da Grécia foi precisamente o novo aeroporto de Atenas e a corrupção das Olimpíadas. Por cá será, se não travarmos imediatamente este assalto ao país, o NAL da Ota em Alcochete e o Mundial de Futebol a que Portugal e Espanha concorrem "juntos".

A Espanha (através da FCC), que não brinca em serviço, está a beira de ter as chaves de entrada em Lisboa através da anunciada Terceira Travessia do Tejo (TTT)

A Espanha (através da Ferrovial, que hoje controla os principais aeroportos ingleses), mais cedo ou mais tarde, terá nas mãos a futura ANA , começando obviamente por entrar no consórcio vencedor da privatização da ANA/construção do NAL.

A Espanha, através da Ibéria (que acaba de ver aprovada a sua fusão com a British Airways, indo ambas agora avançar para uma fusão com a American Airlines), fez uma aliança estratégica com o Reino Unido e com os EUA para controlar o espaço aéreo do Atlântico Norte.

Por fim, Espanha tem em marcha uma operação fortíssima para estender a sua plataforma marítima continental atlântica por cima da plataforma portuguesa!

Resumindo: a Espanha tem um plano claro de absorção pacífica de Portugal, posicionando-se como novo vértice de um triângulo estratégico com o Reino Unido e a América. Foi este o sentido profundo da Cimeira das Lajes, em cujas fotografias publicadas em Espanha, nunca apareceu a figura subserviente do cicerone Durão Barroso! Ou muito me engano, ou este gajo é mesmo um agente duplo da CIA.

Precisamos mesmo de um Vladimir Putin antes que o país desapareça!

Ou então que a Maçonaria e os militares retomem seriamente os seus deveres patrióticos.


ÚLTIMA HORA  — Grécia pede reunião com BCE, FMI e Bruxelas

Numa carta endereçada a Jean-Claude Trichet, Dominique Strauss-Kahn e a Olli Rehn, o ministro grego das Finanças, George Papaconstantinou, “solicita conversações” com os três dirigentes, referindo que o faz na sequência do acordo político alcançado neste domingo sobre uma eventual ajuda dos países da Zona Euro à Grécia. (Jornal de Negócios, 15 Abr 2010)

Com as dores da Irlanda, da Bélgica, do Reino Unido, do Japão, ou dos Estados Unidos, todos países com endividamentos descomunais, podemos nós bem! Isto é, devem preocupar-nos menos do que as nossas próprias mazelas. Agora que a Grécia resolveu, por fim, dirigir-se a Bruxelas e ao FMI para que ponham em marcha uma operação de salvamento do endividado e corrupto país onde um dia habitaram filósofos imortais, aproxima-se um fim de semana de cortar à faca! O euro já começou a cair e os detentores de dívida grega já começaram a desembaraçar-se de algo que vale cada vez menos.

Leiam-se estes dois textos —Greece Saved For Now – Is Portugal Next? By Peter Boone and Simon Johnson (The Baseline Scenario, April 11) e Greece And The Fatal Flaw In An IMF Rescue. By Peter Boone and Simon Johnson (April 6, 2010)— em vez da versão grosseira do pensamento destes dois autores publicada pelo Económico de hoje.

Seria preciso qualquer coisa como 150 mil milhões de euros para salvar a Grécia da bancarrota, isto é, os 40-45 mil milhões sugeridos a medo por Bruxelas e pelo FMI não teriam outro efeito que não fosse empurrar o problema com a barriga até ao próximo colapso. Aparentemente, o actual presidente do FMI tem ambições presidenciais em França, ou seja, o socialista Dominique Strauss-Kahn pensa suceder a Sarkozy em 2012. E por este simples motivo de carreira gostaria muito de deixar o problema grego para quem lhe suceder, algures em 2011. Claro que estes cálculos podem sair furados, e o dominó dos defaults soberanos começar muito antes do que todos esperam. Por exemplo, na próxima Segunda Feira!

Os cálculos do senhor Cavaco Silva, que hoje levou um inesperado e muito bem dado raspanete do presidente checo, podem pois estar também viciados por um erro de estimativa. A Alemanha vai tentar salvar o euro a todo o custo, mas este desiderato poderá mesmo implicar uma quarentena de 1, 2, 3, 4 anos fora do euro, para países como a Grécia, a Irlanda, Portugal... e Espanha! Seria o fim do euro? Não creio. Seria o fim dos PIIGs? Também não creio. Mas lá que vai ser um período de lágrimas e ranger de dentes, disso não tenho dúvidas há já muito tempo.


POST SCRIPTUM — O raspanete a Cavaco foi muito bem dado, objectivamente, ou não?

O calculista de trazer por casa, Aníbal Cavaco Silva, inepto presidente da nossa república, em vez de reconhecer os factos denunciados e bem pelo presidente checo, e anunciar que o seu (nosso) país irá corrigir os erros do passado e começar uma nova vida, não! Desculpou-se com o cargo: "eu desde o início vou responder como presidente da república" (não sou primeiro ministro, queria ele dizer na sua). Ora porra!

Cavaco Silva é pelo menos meio responsável pelo estado a que o país chegou. Desde logo porque nunca enviou à Assembleia da República uma mensagem formal e clara sobre o desvario orçamental e a corrupção de Estado, exigindo ao parlamento que fizesse a sua obrigação. Também não denunciou formal e claramente aos deputados a promiscuidade entre o Banco de Portugal, a banca comercial, alguns grandes grupos económico-financeiros e as redes de interesses instalados nos partidos com assento parlamentar (e que capturaram mesmo, para já, um deles — o PS).

Numa palavra (e escrevo agora directamente ao actual presidente da república do meu país):

— senhor Aníbal Cavaco Silva, não peça votos ao povo português para reeleger quem num período crucial da nossa anunciada decadência, nada fez para o impedir, salvo balbuciar algumas mensagens encriptadas que ninguém entendeu! Ou pior ainda, deixar que o seu sinistro Chefe da Casa Civil, Nunes Liberato, tivesse orquestrado a telenovela patética das escutas ao Palácio de Belém. Para quem, como eu, chegou a crer que não havia fumo sem fogo, e depois verificou que tudo se tratara afinal duma operação de contra-informação armadilhada por um aprendiz de feiticeiro ambicioso, mas burro, a confiança em si, Senhor Presidente da República, não poderia deixar de esmorecer e acabar por morrer depois de tão imbecil episódio palaciano.

Como tenho vindo a recomendar, Cavaco Silva deve anunciar quanto antes que não irá recandidatar-se ao cargo que hoje ocupa. O país não irá à falência por isso. Vai à falência, sim, porque tem sido dirigido por gente inepta, corrupta e sem coragem política.


OAM 682—15 Abril 2010 12:41 (última actualização: 16 Abril 2010 15:46)

terça-feira, novembro 18, 2008

Crise Global 44



O Verão quente de 2009

Portugal

Num dos inquéritos informais que tenho vindo a lançar neste blogue, sem qualquer pretensão científica, realizado na primeira quinzena deste mês, perguntei o seguinte: Tenciona votar outra vez em Sócrates? Responderam vinte leitores atentos. 20% disseram SIM. 40% disseram NÃO. 40% disseram NÃO VOTEI NELE, e na opção TALVEZ, zero respostas.

Se compaginarmos estes indicadores superficiais com as manifestações massivas de professores e alunos, os ovos e tomates que começam a cair sem dó nem piedade nas cabeças de ministros e ajudantes, o mal-estar crescente entre os militares, a maneira olímpica como o presidente da Madeira passa por cima das leis e desautoriza os ministros da República, os comportamentos mais recentes dos hooligans lusitanos, a crise que começou a crescer no Partido Socialista, e sobretudo o impacto catastrófico da crise mundial, que se fará sentir inevitavelmente em Portugal ao longo de 2009, então não parece muito difícil prever duas coisas: a queda, aliás inútil, da ministra da educação, no princípio do ano que vem, e o fim da actual maioria absoluta, com a possível demissão antecipada do actual governo.

Esta última possibilidade depende de dois factores:
  • a velocidade da cisão em curso no Partido Socialista, absolutamente necessária por ser a única via capaz de obviar uma queda do poder político nas mãos inúteis do PCP e do Bloco de Esquerda, a que se seguiria, se vier a ocorrer, lá para 2010-2011, a emergência inevitável de um forte regime populista de direita, a la Berlusconi...,
  • e a capacidade de Cavaco Silva antever e controlar os acontecimentos e os danos das sucessivas vagas da crise sistémica mundial cujo maior impacto chegará a Portugal no próximo Verão.

O sedutor José Sócrates revelou-se uma personalidade mal formada e manipulada por um autêntico consórcio de piratas económico-financeiros, cuja aposta tardia nos efeitos miraculosos do liberalismo, na desorganização programada do aparelho de Estado, na manipulação sistemática dos principais aparelhos mediáticos, e na corrupção, conduziu o país a um beco virtualmente sem saída e a uma crise sem precedentes, nem retorno, no partido que tomaram de assalto e ocuparam arrogante e descaradamente. Os princípios programáticos do ideal socialista foram caricaturados por José Sócrates. O programa social-democrata que o actual governo PS deveria, por definição, aplicar, deslizou paulatinamente para a direita e para o liberalismo mais confesso, ocupando triunfalmente os territórios programáticos da Direita (excepto nas agendas da moralidade pública.)

A opção foi, porém, tardia, e revelou-se desastrosa. José Sócrates transformou-se numa espécie de papagaio Magalhães, encarnação virtual multimédia do velho vendedor ambulante de cobertores que nas idas décadas de 50, 60 e 70 descia da Covilhã à capital carregando os seus famosos conjuntos de atoalhados de feltro, pijamas de flanela e cobertores. A diferença, porém, é que agora, e ao contrário dos tempos em que a destruição da capacidade produtiva do país não elegia políticos, nem os bancos mandavam no primeiro ministro, o actual vendedor ambulante de quimeras que um dia chegou a primeiro ministro de Portugal tem as mãos cheias de nada e já não convence ninguém! Que transite, pois, para os livros de história, o mais depressa possível!

O mundo está à beira de uma viragem sem precedentes. Temos que nos preparar, sob pena de sucumbirmos entre muitos outros que sucumbirão. O tempo da retórica imbecil da política terminou. Portugal tem que reflectir e definir sem demora um novo quadro estratégico para os próximos anos. O regime dito semi-presidencialista esgotou as suas virtualidades. É necessário fazê-lo evoluir constitucionalmente para um regime presidencialista, onde possamos reconhecer a voz do Estado, onde os governos governem e as instituições públicas sejam eficientes, transparentes e responsáveis. Onde, ao mesmo tempo, a regionalização seja drasticamente corrigida em duas direcções: ampliando o número da regiões autónomas para quatro (Açores, Madeira, Lisboa e Porto), e dando mais poder, autonomia e meios, às autarquias, reduzindo porém o seu actual número de acordo com a evolução registada e previsível do mapa demográfico do país.

E o resto do Mundo

Ao contrário do que se poderia esperar, quer da recente cimeira do chamado G-20, quer da eleição de Barack Obama, os sinais da crise económico-financeira continuam a multiplicar-se no pior dos sentidos, isto é, no sentido de uma crise sistémica global do Capitalismo, da qual resultará uma de duas situações: a deflagração de uma III Guerra Mundial, ou a celebração dum Novo Tratado de Tordesilhas, dividindo o mundo em duas metades, dialogantes mas dotadas de sustentabilidades próprias.

Um novo sistema de comércio mundial seria então desenhado, podendo mesmo assentar na criação de uma moeda única global concebida para lidar com a nova partilha cooperante de territórios.

Até que um destes cenários se perfile no horizonte, assistiremos à queda inevitável da moeda e da economia americanas, provavelmente antes do Verão de 2009. Assistiremos a um rápido protagonismo da China na diplomacia internacional. Voltaremos a ver os preços do petróleo chegar aos 100 ou mesmo aos 200 euros no decurso dos próximos dois ou três anos. Assistiremos a ondas destruidoras de deflação, seguidas de inflação, falências em cascata de empresas, bancos e países inteiros (a Argentina está à beira de somar-se à Islândia e ao Zimbabué na longa lista de colapsos nacionais em gestação). E se o Irão for atacado por Israel, a Europa será posta perante um dilema inadiável: ou se une sob uma mesma direcção económica, política e militar, e impõe imediatamente ordem em todos os seus flancos ameaçados pelas disputas energéticas mundiais, ou entrará em colapso como projecto de civilização, abrindo as portas a uma escalada bélica em precedentes.

Não é possível fazer um reset do sistema financeiro mundial, nem muito menos aspirar a debelar a actual crise sistémica, com quiméricas receitas keynesianas, antes de recomeçar em novos moldes todo o sistema de comércio mundial. Sem a redefinição prévia deste, apenas se adiarão os problemas e nos aproximaremos das dobras catastróficas do conflito global. Temos que regressar, todos, à economia real!


REFERÊNCIAS

The Depression: A Long-Term View, by Immanuel Wallerstein.

"The depression has started. Journalists are still coyly enquiring of economists whether or not we may be entering a mere recession. Don't believe it for a minute. We are already at the beginning of a full-blown worldwide depression with extensive unemployment almost everywhere.

"In terms of the hegemonic cycles, the United States was a rising contender for hegemony as of 1873, achieved full hegemonic dominance in 1945, and has been slowly declining since the 1970s. George W. Bush's follies have transformed a slow decline into a precipitate one. And as of now, we are past any semblance of U.S. hegemony. We have entered, as normally happens, a multipolar world. The United States remains a strong power, perhaps still the strongest, but it will continue to decline relative to other powers in the decades to come. There is not much that anyone can do to change this."

Breakdown of the Global Monetary System by summer 2009

"The G20-meeting held in Washington on November 14/15, 2008, is in its essence a historical indicator that the Western - above all Anglo-Saxon - monopoly on global economic and financial governance, is coming to an end. Nevertheless, according to LEAP/E2020, this meeting also clearly demonstrated that this kind of summits is doomed to inefficiency because they concentrate on curing the symptoms (banks’ and hedge funds’ financial difficulties, derivative markets’ explosion, financial and currency markets’ dramatic volatility, ...) rather than the fundamental root of the current crisis, i.e. the collapse of the Bretton Woods system based on the US Dollar as sole pillar of the global monetary system.

Limit yourself to Wysiwyg investments!

"The acronym Wysiwyg (What You See Is What You Get) was originally invented for computing and graphic representation but, according to LEAP/E2020, it conveys a methodology that applies perfectly to questions of placements and investments. It is important to beware of any operation where you are not in close contact with the final investment. You must see exactly what you buy. Indeed, in the current chaos, the risk is exponentially multiplied by the number of intermediaries (financial institutions, brokers, ... or complex structure of a product involving various heterogeneous components) between you and your placement. Just think about the way Lehman Brother’s collapse entailed the disappearance of investments of millions of people worldwide, some of them had never even heard about Lehman Brothers. They just suddenly realized that they had applied a « WyDsiwyg » method, « What you don't see is what you get ». A bit like in the mad cow disease which imposed trace-back systems to ensure that the meat eaten is not coming from a sick animal, it is important to be able to trace-back one’s investment. And given that today the financial industry is incapable of providing this kind of service, it belongs to you to develop this ability by refusing any complex or intermediary-based product. Treasury bonds of solvent countries, cash (in solid currencies), precious metals, art, strong corporate bonds ... these are transparent and easy to trace-back investments! Stick to Wysiwyg placements! The visibility you have on what they represent will help you choose wisely.

"Reappraise your beliefs and beware of reflex-actions: Before making a decision, do the LEAP/E2020-test « Is your safe haven value still one? » We are experiencing the first global systemic crisis. It has no equivalent in history, contrary to what the media and our leaders claim28. What is certain is that these days, certainties can suddenly be shattered and safe haven values turn into death traps in just a week-end (time for a bank, a company, a state to go bankrupt). It is therefore essential to reappraise carefully one’s certitudes in order to check that, under the effect of the crisis, they have not become illusions. Think of all those who chose in 2007 to invest their money in securities tied to large US private equity banks, considered for years as the top of the global financial pyramid and therefore 100 percent safe. Those who carefully examined the possible output of the unfolding crisis deducted that the operators at the top of the subprime-infected system would inevitably be affected. Therefore they were able to carefully avoid these traditional “safe havens” while the others got trapped to different extents." -- in GlobalEurope Anticipation Bulletin, november 2008.


As ações dos Estados são capazes de conter a crise após a explosão das bolhas?


Como no horizonte não se enxerga nenhuma bolha capaz de ancorar a economia em crise e como a tendência atual dos Estados é buscar substituir os mecanismos de formação de capital fictício das bolhas por dinheiro “falso”, o suspiro momentâneo do paciente terminal reanimado pela injeção de placebos, pode se transformar logo em seguida em desastre econômico de proporções inimagináveis. Dependendo da velocidade em que se dá a queima e a reposição do capital sem substância, a deflação e a inflação, como formas fenomênicas da crise, em diferentes momentos transmutam-se por se encontrar em equilíbrio precário. E como não se vislumbra nenhuma revolução tecnológica capaz de reaquecer a máquina capitalista de “valorização do valor” (Marx), é possível uma convivência diária com esses fenômenos que manifestam a cronificação da crise, até que a sociedade tome novos rumos ou resolva se afundar na barbárie. -- in Rumores da Crise, 16-11-2008.


World leaders vow to undertake coordinated action to tackle financial crisis


2008-11-16 03:06:08 (China View) WASHINGTON, Nov. 15 (Xinhua) -- "Leaders from the world's major developed and emerging economies agreed here on Saturday to undertake a coordinated action to tackle the ongoing global financial crisis and explore measures to prevent similar crisis in the future.

"Our work will be guided by a shared belief that market principles, open trade and investment regimes, and effectively regulated financial markets foster the dynamism, innovation, and entrepreneurship that are essential for economic growth, employment, and poverty reduction," the declaration said.

"The group consists of the world's major developed and emerging economies which accounting for 85 percent to 90 percent of the world's total economy and about two-thirds of the world's population.

"As expected by President George W. Bush, who said "The surest path to that growth is free markets and free people," the leaders attending the Washington summit stressed the free market principles are essential to economic growth and prosperity.

"Recognizing the necessity to improve financial sector regulation, we must avoid over regulation that would hamper economic growth and exacerbate the contraction of capital flows, including to developing countries," the declaration said.

“We underscore the critical importance of rejecting protectionism and not turning inward in times of financial uncertainty. In this regard, within the next 12 months, we will refrain from raising new barriers to investment or to trade in goods and services, imposing new expert restrictions, or implementing World Trade Organization (WTO) inconsistent measures to stimulate exports.


Banks See Flaws in FDIC Program to Guarantee Debt

Nov. 13 (Bloomberg) -- JPMorgan Chase & Co., Bank of America Corp. and Goldman Sachs Group Inc. are among banks that told the government its program to back their bonds is flawed because it doesn't have a strong enough guarantee.

The Federal Deposit Insurance Corp. guarantee for repayments in default needs to be clearer, fees are too high and banks need more freedom on whether to opt in, according to a letter from law firm Sullivan & Cromwell LLP posted on the agency's Web site on behalf of nine banks. The comment period on the interim rules for the FDIC's Temporary Liquidity Guarantee Program ends today.

The comments shed light on why almost a month after the government placed its guarantee behind new bank bonds, no U.S. company has yet tested the market. By contrast, under a similar program in the U.K., banks have issued the equivalent of 13.9 billion pounds ($20.6 billion) of government-guaranteed bonds.

"A guarantee obligation that is anything less than an obligation to pay all amounts due could severely curtail the demand for these securities and might impair a bank's access to guaranteed funding," New York-based Sullivan & Cromwell said in the Oct. 31 letter.


JOSEPH E. STIGLITZ
Global Crisis -- Made in America

Flawed Governance Structure

12-11-2008. There is mounting evidence that the developing countries may require massive amounts of money, amounts that are beyond the capacity of the IMF. The sources of liquid funds are in Asia and the Middle East. But why should they turn their hard earned money over to an institution with a failed track record; one which pushed the deregulatory policies that have gotten the world into the mess where are in now; one which continues to advocate the asymmetric policies which contribute to global instability; and one whose governance structure is so flawed?

We need a new financial facility to help the developing countries, one whose governance reflects the realities of today. Going forward, this new facility might lead to deeper reforms at the IMF. Such a facility needs to be created quickly, but if experts from the finance ministries and central banks are loaned out to this new institution, it could be up and running in short order.

There are further reforms that need to be undertaken. The dollar-based global reserve system is already fraying -- the dollar has proven not to be a good store of value. But moving to a dollar-euro, or a dollar- euro-yen system could be even more unstable. We need a global reserve system, for a global financial system. Keynes wrote about this at the time of the last big downturn, but the need today is even greater. His hope was that the IMF would create a new global reserve currency. He called his Bancor, much akin to the IMF's SDR (special drawing rights). This is an idea whose time may have finally come. -- in Spiegel.


BEI financia 40 mil milhões de euros para novo aeroporto e TGV

14.11.2008 - 13h25 Lusa/ Público
O Estado português e o Banco Europeu de Investimento (BEI) assinaram hoje um acordo que prevê o financiamento de 40 mil milhões de euros nos próximos dez anos destinado a projectos de infra-estruturas, incluindo o novo aeroporto e o comboio de alta velocidade.

A assinatura do acordo foi feita hoje durante o seminário "Financiamento da Economia: Oportunidades e Parcerias no Contexto Actual".

O financiamento inclui um conjunto de projectos para variados sectores: rede de transportes, parcerias na saúde, investimentos na área da energia e do ambiente, precisou Teixeira dos Santos aos jornalistas à margem da conferência.

Questionado sobre se esse dinheiro serviria para financiar o novo aeroporto de Lisboa e o comboio de alta velocidade, o ministro garantiu que esses projectos vão contar com o apoio do financiamento do BEI.

Normalmente, a participação do BEI nestes projectos ronda os 35 por cento do investimento total, acrescentou o governante, afirmando que o valor de referência pode rondar os 14 mil milhões de euros (montante que representa 35 por cento dos 40 mil milhões de euros).


BPN enviou 30 milhões de euros para o Brasil através de bancos 'off-shore'

12-11-2008 (Sol). O Banco Português de Negócios (BPN) enviou 30 milhões de euros para o Brasil através de veículos 'off-shore', entre Janeiro de 2007 e Abril de 2008, revelam os registos do banco central brasileiro.

Por Filipe Alves, da Agência Lusa

O mês mais movimentado foi o de Dezembro de 2007 - algumas semanas antes da demissão de José de Oliveira e Costa da liderança do grupo SLN/BPN - quando foram enviados para o Brasil cerca de 20 milhões de euros, através do Banco Insular e do BPN Cayman (bancos controlados pela SLN), revelam os dados do Banco Central do Brasil, que estão disponíveis para consulta pública.

De acordo com os registos, entre Janeiro de 2007 e Abril de 2008, o Banco Insular de Cabo Verde, o BPN Cayman e a sociedade 'off-shore' SLN Madeira enviaram várias remessas de dinheiro em euros e em dólares, com valores situados entre os 900 mil e 4,7 milhões de euros, para empresas brasileiras detidas pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN).

Os destinatários destas remessas foram sociedades brasileiras como a Sabrico S.A., uma empresa distribuidora de veículos Volkswagen, a Fuentes Participações Ltd. S.A. (detida pela Sabrico e sem actividades conhecidas) e o BPN Creditus Brasil, uma empresa financeira para aquisições a crédito.

O envio de capitais para o Brasil cessou em Julho de 2008, coincidindo com a entrada em funções da nova administração liderada por Miguel Cadilhe (que substituiu o presidente-interino Abdool Vakil, que fora nomeado em Fevereiro aquando da saída de Oliveira e Costa).

O último financiamento dirigido ao Brasil, que ascendeu a 5,9 milhões de dólares (4,7 milhões de euros, ao câmbio actual), teve lugar em Julho, com a Fuentes Participações como destinatário. No entanto, ao contrário do que sucedia anteriormente, neste caso o envio foi realizado pela própria casa-mãe, o BPN, e não por bancos ou sociedades 'off-shore'.


$700 billion.. where to?

November 12, 2008 (The New York Times). Mr. Paulson said the $700 billion would not be used to buy up troubled mortgage-related securities, as the rescue effort was originally conceived, but will instead be used in a broader campaign to bolster the financial markets and, in turn, make loans more accessible for creditworthy borrowers seeking car loans, student loans and other kinds of borrowing.

... Mr. Paulson also pledged intensified government efforts to help struggling homeowners and said he and his aides “are examining strategies to mitigate” foreclosures.

... Mr. Paulson also said the Treasury’s capital infusions through the Troubled Asset Relief Program, known as TARP, might also be aimed at other kinds of financial institutions.


Do Relatório de Novembro do BPI

Banca pode ser incapaz de responder às necessidades de financiamento do país
11.11.2008 - 16h38 (Lusa) O sistema financeiro português é incapaz de responder às necessidades de financiamento das empresas e particulares e, dessa forma, pode vir a travar o crescimento económico do país, alerta o BPI num relatório de Novembro sobre os mercados financeiros.

"Num momento em que a economia está a perder alguns dos seus motores de crescimento dos últimos anos (exportações e investimento), o sector bancário português (...) poderá não dispor dos meios suficientes para manter o ritmo de financiamento à actividade económica, redundando num factor adicional de arrefecimento da economia nacional por via de abrandamento do consumo e do investimento em construção, que vinha revelando sinais de melhoria do desempenho", pode ler-se no relatório do BPI.

"O crédito bancário é uma fonte de financiamento para o sector não financeiro muito mais relevante em Portugal do que noutras economias", nota Cristina Casalinho, economista-chefe do BPI no mesmo documento.

Entre 2000 e 2006, o crédito bancário representava perto de 70 por cento dos meios de financiamento da economia portuguesa, valor que compara com percentagens de 40 por cento em França, perto de 55 por cento na Alemanha e em Espanha, e menos de 20 por cento nos EUA, segundo dados do Banco Mundial citados pelo BPI.

Portugal é o país, de um conjunto de 10, em que a importância do mercado de acções para o financiamento é mais baixo (pouco mais de 20 por cento), segundo os mesmos dados.

OAM 477 18-11-2008 20:15

sexta-feira, setembro 26, 2008

Crise Global 26

O colapso da América VII

Sexta feira negra
  1. Plano pirata da Casa Branca e de Wall Strett continua em águas de bacalhau. Vai ser uma batalha sangrenta até à madrugada de Domingo em Washington e Nova Iorque!
  2. JP Morgan soma e segue, devorando os rivais feridos que sucumbem. Depois de abosrver os depósitos e a rede de balcões comerciais do maior banco de retalho dos Estados Unidos, o Washington Mutual (WaMu), o JP Morgan trnasforma-se no maior banco comercial da América, como se não fosse já, e há muito tempo, um dos donos do FED, e portanto da América e boa parte deste planeta!
  3. UBS na corda bamba e bolsas europeias em queda livre.
  4. Fortis, banco e seguradora holandesa, de que o Millennium BCP é parceiro, está à beira do colapso, com as acções em queda imparável, tendo perdido 36% do valor entre ontem e a manhã de hoje!
  5. Tanto quanto pude apurar, o Millennium BCP, o BES e a Caixa Geral de Depósitos estiveram envolvidos em importantes operações de "securitização" de dívidas, nomeadamente imobiliárias. Os portugueses têm o direito de saber onde que param essas operações e qual o grau de contaminação tóxica dos pacotes financeiros irregulares então confeccionados e introduzidos no mercado euro-americano de especulação com "derivados", para segurar tais créditos. O Governo, a entidade de regulação e supervisão financeira, e as polícias têm o dever de actuar sem demora, nem hesitação!
  6. Se Paulson e Bernanke não conseguirem fazer passar o seu plano de isentar as decisões económico-financeiras da América do escrutínio democrático e judicial, impondo um estado de sítio financeiro de facto, por via dum golpe de Estado constitucional, teremos o anunciado Pearl Harbor aludido por Warren Buffett. Ou seja, o colapso do sistema financeiro americano e uma hecatombe mundial. Se tal acontecer, a economia virtual será submetida a uma espécie de hara-kiri digital. Há 62 biliões de dólares (62 000 000 000 000) no buraco negro chamado "mercado de derivados", à espera que algum grande pirata prima a tecla DELETE. Depois deste catastrófico RESET, com sorte, isto é, se não ocorrer uma Guerra Mundial, o jogo recomeçará no meio duma terrível e prolongada turbulência planetária.
  7. Se não houver luz branca até às 5-6 da manhã (UTC/GMT) para o roubo de 700 mil milhões de dólares aos contribuintes americanos, e portanto falhar o golpe de Estado financeiro em curso no Congresso dos Estados Unidos, haverá uma corrida aos bancos em todo o mundo na próxima Segunda-Feira. Oxalá esteja completamente equivocado!

REFERÊNCIAS
  • Bush: 'nós precisamos de um plano de resgate dos bancos'
    26/09/2008 15h09

    WASHINGTON (AFP) - O presidente americano, George W. Bush, insistiu nesta sexta-feira, em pronunciamento na Casa Branca, que o país precisa urgentemente de um plano de resgate dos bancos.

    "Nós precisamos de um acordo de resgate do setor financeiro. Nós devemos agir rapidamente", declarou o presidente Bush.

    "Temos um enorme problema", disse Bush, falando da crise financeira que os Estados Unidos estão atravessando.

    "Há desacordos sobre alguns aspectos do plano de resgate, mas não há desacordo sobre o fato de que alguma coisa importante deve ser feita", afirmou, um dia depois do fracasso de uma reunião inédita na Casa Branca sobre a crise financeira, com os dois candidatos à presidencial, Barack Obama e John McCain, e os líderes dos partidos democrata e republicano.

    "Minha administração continua trabalhando com o Congresso. É uma tarefa pesada, nossa proposta é uma importante proposta", destacou o presidente Bush. "E cada vez que você tem um plano desta dimensão, onde as coisas acontecem assim tão rapidamente, que requer uma lei, isso gera debates. Os membros do Congresso querem ser ouvidos", declarou Bush.

    Depois da maior falência da história dos EUA, a do banco Washington Mutual, fechado pelas autoridades americanas na noite de quinta-feira, a pressão aumenta mais do que nunca nesta sexta-feira para a conclusão rápida das discussões sobre este plano de resgate do secretário do Tesouro, Henry Paulson, que prevê a injeção de 700 bilhões de dólares no sistema bancário americano.

    Os democratas acusam os republicanos de serem os responsáveis do impasse atual para a adoção do plano. O candidato republicano à Casa Branca, John McCain, particularmente, segundo os democratas, sabotou o consenso que parecia estar se desenhando no Congresso na manhã de quinta-feira sobre este plano.

  • Fortis afirma que tem situação financeira "sólida"
    26-09-2009 (Jornal de Negócios). Os responsáveis do Fortis afirmaram hoje que o banco está "sólido" apesar das dúvidas dos investidores quanto à situação económica da instituição, e de ter sido noticiado hoje que os clientes do banco estão a recorrer a outras instituições.

    ... Os títulos do banco têm negociado em forte queda, tendo ontem estado a desvalorizar mais de 21%. Na sessão de hoje, as acções já perderam quase 15% e seguem agora a recuar 8,87%.

    O Fortis é parceiro do BCP nos seguros, tendo abandonado o capital do banco português em Setembro do ano passado, depois da venda de 3,9% do capital por 140 milhões de euros. Apesar desta operação, que serviu para financiar a aquisição de activos do ABN, o Fortis o BCP asseguraram na altura o “forte empenho” na parceria que tinham no sector segurador em Portugal.

    O BCP e o Fortis controlam em conjunto o Millennium bcp Fortis Grupo Segurador, companhia que detém várias seguradoras, como a Ocidental Vida e a Ocidental Seguros.

  • Washington Mutual "resgatado" pelos reguladores
    26-09-2008 (Jornal de Negócios). A última vítima da crise financeira é o Washington Mutual (WaMu) que teve que ser "resgatado" pelos reguladores, naquela que é considerada a maior falência bancária da história americana, depois de ter visto a notação financeira revista em baixa para "junk" (o nível mais baixo) e a cotação das acções ter afundado.

  • JPMorgan Buys WaMu Deposits as Regulators Seize Failed Thrift
    Sept. 26 (Bloomberg) -- JPMorgan Chase & Co. became the biggest U.S. bank by deposits, acquiring Washington Mutual Inc.'s branch network for $1.9 billion after the thrift was seized in the largest U.S. bank failure in history.

    Customers of WaMu withdrew $16.7 billion from accounts since Sept. 16, leaving the Seattle-based bank ``unsound,'' the Office of Thrift Supervision said late yesterday. WaMu's branches will open today and depositors will have full access to all their accounts, Sheila Bair, chairman of the Federal Deposit Insurance Corp., said on a conference call.

    WaMu is the latest casualty of a financial crisis that drove Lehman Brothers Holdings Inc. and IndyMac Bancorp out of business and led to the hastily arranged rescues of Merrill Lynch & Co. and Bear Stearns Cos., which was itself absorbed by JPMorgan. WaMu in March rejected a takeover offer from JPMorgan Chief Executive Officer Jamie Dimon that the savings and loan valued at $4 a share.

  • Sept. 26 (Bloomberg) -- House Republicans Undercut Bush on Rescue, Slow Talks
    Republicans splintered over the proposed $700 billion rescue of the U.S. financial system, imperilling an agreement hours after a bipartisan group of negotiators and the White House said one was near.

    Lawmakers were to meet again today in Washington after some House Republicans, led by Virginia's Eric Cantor, said they wouldn't back a plan based on Treasury Secretary Henry Paulson's approach. The stalemate came after an unprecedented meeting of the two presidential candidates, President George W. Bush, congressional leaders and Cabinet officers.

    ``We are sitting down where we were at the end of day one,'' Senator Bob Corker, a Tennessee Republican, said as he headed into a late-night meeting with Paulson and lawmakers.

  • Stocks in Europe, Asia, U.S. Futures Decline on Bailout Delay

    Sept. 26 (Bloomberg) --Stocks in Europe and Asia and U.S. index futures sank after negotiations on the $700 billion financial bailout plan stalled and Washington Mutual Inc. was seized in the biggest U.S. bank failure in history.

    UBS AG, the European bank hardest hit by subprime-related losses, slid 2.8 percent and Woori Finance Holdings Co. tumbled 7.5 percent after Republicans said they wouldn't support the proposed rescue plan. WaMu plunged 77 percent as JPMorgan Chase & Co. acquired its branch network for $1.9 billion. Vestas Wind Systems A/S retreated 4.9 percent after Morgan Stanley cut its recommendation for the world's biggest wind-turbine producer.

    ...

    ``With the bankruptcy of Washington Mutual, the systemic risk has returned,'' said Benoit de Broissia, an equity analyst at Richelieu Finance in Paris, which oversees about $6.2 billion. ``One of the links in the chain has broken so we wonder if the chain is threatened,'' he said in a Bloomberg Television interview.

  • Fundos portugueses perdem 8 milhões com Lehman e AIG
    Colapso financeiro 2008-09-17 00:05 (Diário Económico)
    Há 13 fundos com exposição às duas entidades. Só na última semana e meia perderam 2,6 milhões de dólares.

    ... São pelo menos 13 os fundos portugueses expostos a estes activos, de acordo com a análise feita pelo Diário Económico no ‘site’ da CMVM.

    Excluindo o montante dos títulos de dívida, as perdas acumuladas em 2008 pelos fundos portugueses através da exposição a AIG e Lehman ascendem a 7,7 milhões de dólares. Desde o início da semana passada, quando começaram a ser mais evidentes os graves problemas do banco de investimento norte-americano, as perdas são de 2,6 milhões de dólares.

    O BPI Reforma Investimento PPR é o fundo com maior exposição a acções da AIG, 95.814 títulos, e também com mais acções da Lehman Brothers em carteira, 4.328.

    Outros fundos com acções da AIG em carteira são o BPN Optimização, BPN Valorização, BPN Acções Global, Santander Acções América, Santander Acções USA e Millennium Acções América. Apenas dois fundos têm dívida da AIG, o BPI Global (12,5 milhões) e o Popular Valor (200 mil).

  • O naufrágio dos PPR e dos fundos de investimento em geral
    Sexta-feira, 26 de Setembro de 2008 (Esquerda Desalinhada).

    ...retirámos do Semanário Económico de 22/8 o seguinte ilustrativo título – “77% dos fundos PPR têm retornos negativos”. E, como subtítulo uma frase mais clarividente – “quem investiu em PPR para construir um pé-de-meia para a reforma tem razões para se mostrar apreensivo…”.

    Mais detalhadamente ficamos a saber que os PPR mais prudentes, com menor cobertura em acções de empresas obtiveram uma rendabilidade de 0,28% nos 12 meses terminados em Julho último; e que os mais ambiciosos com mais de 35% de investimento em acções, perderam 8,9%.

    Alguém poderá dizer que foi culpa do “subprime”, género de peste que tudo pretende justificar. Nada disso. Nos últimos três anos, a média anual da rendabilidade, para o conjunto dos PPR, fixa-se em 1,59%, que passa a 2,6% se se considerarem os últimos cinco anos. Em suma, os PPR não valorizam coisa nenhuma pois nem sequer a inflação compensam, Assim, os mais avisados e os mais enrascados retiraram 460 M euros de PPR nos primeiros sete meses do ano.

    De acordo com notícia do Diário Económico de 22/7 e também no que respeita a fundos de pensões, o BCP perdeu 558 M euros, o BPI 250 M euros e o BES 234 M euros no primeiro semestre, devido à desvalorização dos activos que cobriam as suas responsabilidades. Quando as cotações sobem, eles valorizam os activos e aceitam responsabilidades mas, quando elas baixam, surge a desvalorização dos activos, não se reduzindo, naturalmente as responsabilidades; então, os bancos afectam novos activos para manter a cobertura e… quando eles se esgotarem vão à falência ou o paizinho Estado dá uma ajuda, pagando os desvarios dos capitalistas que tanto protege.

    Mas não são só os fundos geridos pelo sistema financeiro, nomeadamente pelos bancos que colocam os valores entregues pelas pessoas no “mercado”. O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, existente como forma de assegurar o pagamento de pensões em caso de crise grave, tem cerca de 20% do seu pecúlio, equivalente a 1600 M euros, aplicado em títulos e submetido aos riscos que se vêm revelando.

    Os fundos de investimento em geral

    O panorama atrás referido emana da situação que se observa para o conjunto dos fundos de investimento. No ano terminado em Junho último a “indústria” europeia da especulação havia perdido 800 000 M de euros na valorização dos seus activos e, se o desporto especulativo estivesse num campeonato europeu, as medalhas pelas perdas teriam sido assim distribuídas:

    Medalha de ouro – Portugal (- 30,79%)

    (neste momento solene sugerimos que cantem o hino!!)

    Medalha de prata – Lituânia ( - 30,16%)

    Medalha de bronze – Polónia (-27,40%)

    Em finais de Agosto, a melhor marca europeia nas perdas continuava a pertencer a Portugal (-33,62%) só ultrapassada, a nível mundial pela Coreia (-37,52%). Afinal o “sólido” sistema financeiro português não é só bom a aumentar os juros, a inventar comissões e pequenas falcatruas, como na questão dos arredondamentos.

OAM 443 26-09-2008 12:51 (última actualização 27-09-2008 00:00)

sexta-feira, setembro 19, 2008

Crise Global 21

O colapso da América II



A decisão de criar a partir do nada, centenas de milhares de milhões de dólares novos, para supostamente salvar companhias "demasiado grandes para falir", i.e. com activos superiores a um bilião (10E12) de dólares, lançará a maior potência militar do planeta num buraco negro financeiro que afectará toda a economia mundial. Outros países conheceram já este pesadelo: a Alemanha, a Argentina ou o Zimbábue. Mas o dramatismo patente no alerta de Karl Denninger dá que pensar, sobretudo porque poderemos estar cada vez mais próximos de uma III Guerra Mundial, inevitavelmente nuclear!

18-09-2008. I wonder what the plan really is for the nation as more and more lines are crossed with extra-legal executive authority. I did not expect in 2002 and 2003 that war for oil in Iraq would lead to black sites, renditions, torture, Blackwater deployed in New Orleans, and other proximate results of a lawlessness and unaccountability that remained unchallenged and unchecked. I do not know what to expect of the USA in the years to come. That worries me deeply. -- London Banker.

17-09-2008. Last week we argued that, with the nationalization of Fannie and Freddie, comrades Bush, Paulson and Bernanke had started transforming the USA into the USSRA (United Socialist State Republic of America). This transformation of the USA into a country where there is socialism for the rich, the well connected and Wall Street (i.e. where profits are privatized and losses are socialized) continues today with the nationalization of AIG. -- Nouriel Roubini.


OAM 436 19-09-2008 01:43