segunda-feira, junho 02, 2014

Alta Velocidade em Vidago

O próximo dinheiro que vier da Europa que venha com destino certo!


Será que desenburramos desta vez?


Cimeira Ibérica em Vidago para reforçar cooperação

A 27.ª Cimeira Luso-espanhola realiza-se na quarta-feira em Vidago, Chaves, e terá entre os temas fortes a cooperação transfronteiriça em setores como combate a incêndios, proteção civil e saúde, segundo fontes diplomáticas.

Portugal e Espanha devem acordar ainda uma "posição comum" sobre as interconexões energéticas europeias e avançar no calendário para a implementação da ligação ferroviária entre o Atlântico e a Europa.

DN, 2/6/2014

Vamos lá ver o que os indígenas vão apresentar em mais uma Cimeira Ibérica.

Normalmente os nossos governantes não têm nada preparado e improvisam à última da hora. Esta é a maneira da maioria da corja partidocrata em funções de poder se comportar...

Portugal, desde 2003 (acordos da Figueira da Foz) não fez rigorosamente nada. Nem 1 Km de via em bitola europeia!

Enquanto os espanhóis andaram e andam a construir a segunda maior rede de alta velocidade ferroviária do mundo (depois da China) os Tugas passaram o tempo a discutir e a meter centenas de milhões de euros dos contribuintes ao bolso, sob os auspícios de inúmeros e inadiáveis estudos, e em nome do embuste aeroportuário da Ota, e depois de Alcochete, e da criminosa TTT Chelas-Barreiro, tão querida ao autarca lisboeta.

É este o legado de José Sócrates e de António Costa que Mário Soares (olha quem!) quer ressuscitar.

Resultado: nada foi construído em Portugal, perderam-se centenas de milhões de euros comunitários a fundo perdido, reservados para as novas redes ferroviários (quadro financeiro 2007-2020), e não se criaram, nem milhares de postos de trabalho permanente, nem setores industriais especializados conexos com a tecnologia avançada associada às novas redes ferroviárias de alta velocidade.

A malta que hoje torce as orelhas e vai para a rua gritar adora as telenovelas do Miguel Sousa Tavares e de outros portentos do nosso indigente jornalismo. O resultado está à vista :(

1 comentário:

JJ disse...

O António por vezes baralha-me...

A alta velocidade espanhola são as "nossas PPP". O Estado espanhol já enterrou mais de 80 mil milhões na alta velocidade, e todos os anos enterra mais 2 ou 3 mil milhões.

Mesmo em França, em 2008 um estudo mostrava que o famoso lucro operacional do TGV era conseguido à base de 10 mil milhões USD em subsídios anuais.

A alta velocidade é muito moderna e bonita, mas também custa os olhos da cara. Se na energia o desastre das rendas fomos atrás da loucura dos espanhóis (sim, foi sobretudo imitação do que se fazia em Espanha) no AVE/TGV felizmente a crise financeira estoirou a tempo de evitar novo desastre, apesar dos esforços de última hora do Sócrates em querer assinar contratos à pressa.

Nem quero pensar o que seria do país somando mais umas linhas de alta velocidade que custariam 2 ou 3 vezes o custo completamente fantasioso previsto nos estudos, sobretudo na ligação Porto-Lisboa, que seria um desastre medonho em derrapagens.