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quinta-feira, maio 22, 2025

O gráfico que mudou o regime

O gráfico que mudou o regime.


DEMOCRATAS PORTUGUESES!

António Costa, oportunista, trabalhando apenas para si, precipitou algo talvez inevitável: o fim do atual regime e a necessidade duma revisão constitucional. Esta será a batalha que condicionará o futuro português até ao fim deste século…

O previsto cataclisma ocorreu mesmo no panorama português da representação parlamentar, à semelhança do que tem vindo a ocorrer em outros países: Itália, França, Espanha, Estados Unidos, etc. Em seis anos apenas um ex-autarca e político saído do PSD funda o CHEGA, a formação partidária nacionalista e populista de direita que viria em apenas seis anos a demolir o 'status quo' do regime constitucional de esquerda fundado na Constituição de 1975.

O que precipitou esta implosão anunciada do atual regime constitucional foi, porém, a própria ação aventureira de António Costa e Jerónimo de Sousa, respetivamente líderes do PS e do PCP, ao decidirem formar uma Frente Popular de esquerda e extrema esquerda contra o centro-direita (PSD) que acabara de ganhar umas eleições legislativas (sem maioria), ao arrepio da tradição e linhas vermelhas conhecidas, que delimitavam o espaço de liberdade e estabilidade de uma  democracia sempre frágil, incompleta sobretudo na assunção cultural e cívica da prática democrática, quotidiana e institucional, e que sofreria três bancarrotas (ou pré-bancarrotas, para ser mais preciso) ao longo dos seus 50 anos de vida.

Embora tenha sido o "Memorando de Entendimento sobre as condicionalidades de política económica", assinado por José Sócrates e os credores da Troika, em 17 de maio de 2011 (a famigerada 'austeridade' que travou a bancarrota, e que continua ativa) o principal responsável pelo declínio rápido do atual quadro constitucional, foram os 15 anos de domínio governamental do PS nos últimos 20 anos de democracia, e o oportunismo imprevisto de António Costa ao aceitar a pomba comunista numa geringonça (como lhe chamou Vasco Pulido Valente) ativamente trabalhada por Pedro Nuno Santos, o radical que prometia fazer tremer as pernas alemãs, mas que acabaria por atirar o PS e o resto da esquerda para o que alguns anteveem já como um buraco negro na nossa democracia, a vala comum da esquerda portuguesa saída da Revolução dos Cravos.

A maçonaria portuguesa não dorme, e tem tido muitos pesadelos ultimamente. "Toca a reunir!", defenderão neste momento as várias lojas, presumo. As baratas oportunistas e preguiçosas buscam incessantemente esconderijos e proteções, dispostas a trair as suas, afinal, falsas convicções. É que o crescimento explosivo do Chega não veio apenas do PCP e do Bloco (bizarra ironia...), mas também do PS!

Tudo isto acontece num altura em que a dívida portuguesa volta a subir, e o nosso Produto Interno Bruto depende quase exclusivamente do turismo e do comércio, construção e reabilitação imobiliários. Duas variáveis que poderão mudar repentina se o rearmamento da Europa e as perspetivas de guerra se agravarem, na Ucrânia e nos países limítrofes da Rússia, e se, como parece cada vez mais provável, e o sucessor de Trump não conseguir desanuviar a crise chinesa na Formosa, houver mesmo uma guerra no Mar da China e no Pacífico. Há quem diga que Pequim atacará Taiwan em 2027...

Provavelmente, teremos em 2027 André Ventura na chefia do governo de Portugal, e o ex-almirante Gouveia e Melo na presidência da república.

É melhor começarmos a trabalhar neste cenário, abandonando o ruído dos derrotados às suas próprias consciências.

 Que fazer? E quem poderá reequilibrar o centro político português na viragem populista conservadora e liberal em curso?

Faz falta uma nova formação política, um novo partido, tão espontâneo na emergência como foi o Chega, mas inequivocamente democrata. Precisamos dum verdadeiro partido democrático. Talvez chamar-lhe Democratas Portugueses!

Que dizem?

domingo, novembro 24, 2019

Populismo?

Joacine Katar Moreira, líder populista


O populismo é simplesmente “um modo de construir o político” - Ernesto Laclau


Os povos são indestrutíveis, por mais que os explorem, aldrabem, ou espezinhem. Acontece que, ciclicamente, se revoltam contra os seus opressores, sejam estes de direita, ou de esquerda.

Dizia-me um amigo: a democracia representativa foi criada pela débil mobilidade das populações. Hoje, concluo eu, com as redes sociais, o modelo herdado da Democracia Grega, do Parlamento Inglês e do Parlamento Escocês, e finalmente da Revolução Francesa (*) morreu de velho e de corrupção, ou, na melhor das hipóteses, entrou num processo de metamorfose. Precisamos duma democracia estruturada nas redes sociais e nos nossos telemóveis. O populismo atual, não é de esquerda, nem de direita, porque é anterior a esta separação. O populismo de hoje, como os anteriores, é um sintoma e é, por definição, anti-sistema, ou seja, um sinal de mudança.

Recentemente, Rui Rio, por um lado, e Manuel Maria Carrilho, por outro, regozijaram-se pela inexistência de um fenómeno populista no nosso país. Rui Rio saúda esta ausência, em alemão, como uma prova da robustez do Bloco Central, Carrilho (em entrevista ao Sol), como uma consequência da transferência líquida de fundos comunitários para o nosso país, e da sabedoria política de António Costa, que atraiu os comunistas e a extrema-esquerda caviar para o centro político (e para uma maior partilha do orçamento, digo eu). Ambos estão redondamente errados. Basta reparar na eficácia política das intervenções de André Ventura, nomeadamente no coração do poder (parlamento, primeiro ministro e presidente da república), ou na rotura que Joacine Katar Pereira prepara contra o inútil fundador do Livre.

Identidade e novo radicalismo

Joacine Katar Moreira prepara-se para dirigir o Livre. É o melhor que poderia acontecer a este minúsculo partido, pois Rui Tavares não passa dum comentador de televisão e vive para isso, como muitos outros indigentes do regime. Um partido radical, com uma agenda identitária clara, nomeadamente relativamente aos direitos das mulheres e aos direitos das comunidades que são discriminadas no nosso país pela sua cor, poderá duplicar a sua votação já nas próximas eleições autárquicas, corroendo ainda mais o eleitorado do ‘social-democrata’ Bloco de Esquerda. Só vantagens!

Emergência energética

Quando os poderes instalados compram as teorias da conspiração (pondo os funcionários da ciência e os especialistas a soldo a mentir diariamente de forma descarada) fazendo destas fantasias de fanzine um boomerang para as suas agendas de controlo global, eu desconfio...

A ciência-ficção politicamente correta e os profetas do fim dos tempos (a que chamam ‘emergência energética’) têm um objetivo comum: controlar o que julgam ser a chamada economia de transição e os seus recursos.

O caso da prospeção do lítio em Portugal é um exemplo flagrante deste embuste ecológico.

* — os sovietes nunca foram exemplos de democracia.