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quinta-feira, dezembro 18, 2014

Uma Eurásia sem americanos

Putin e Xi Jinpping: uma aliança defensiva contra o hegemonismo americano


As placas tectónicas da Globalização separam-se a grande velocidade


China resgata a Rússia... e o resto da Europa. Quando esta descobrir que já não consegue livrar-se da armadilha em que caiu ao montar o bloqueio contra a Rússia, o general russo terá vencido mais um cerco frustrado a Moscovo!

China Prepares To Bailout Russia
Submitted by Tyler Durden on 12/17/2014 23:17 -0500
Zero Hedge

Earlier this evening China's State Administration of Foreign Exchange's (SAFE) Wang Yungui noted "the impact of the Russian Ruble depreciation was unclear yet", and, as Bloomberg reported, "SAFE is closely watching Ruble's depreciation and encouraging companies to hedge Ruble risks." His comments also echoed the ongoing FX reform agenda aimed at increasing Yuan flexibility which The South China Morning Post then hinted in a story entitled "Russia may seek China help to deal with crisis," which which noted that Russia could fall back on its 150 billion yuan ($24 billion) currency swap agreement with China if the ruble continues to plunge, that was signed in October. Furthermore, two bankers close to the PBOC reportedly said the swap-line was meant to reduce the role of the US dollar if China and Russia need to help each other overcome a liquidity squeeze.

A grande guerra financeira em curso é uma guerra em volta da hegemonia tóxica da moeda americana (cada vez mais virtual) no mundo.

A aliança entre a China ea Rússia é vital para ambos os países: a Rússia salva as suas finanças da dependência do dólar, e a China garante fornecimento de petróleo, gás natural e tecnologia militar durante 30-50 anos.

É claro que, a prazo, este estreitamento de relações na Eurásia pode e deve ser visto como uma pressão territorial da China sobre os confins desertificados da Rússia. Mais cedo ou mais tarde Moscovo terá que se virar para a Europa, a qual, por intermédio da Alemanha e da França, bem precisará de garantir os fornecimentos de gás natural e petróleo russos.

O petróleo do Médio Oriente é, cada vez mais, um jogo de roleta russa (passe o trocadilho) que não pode servir de única fonte de abastecimento da Europa Ocidental. As reservas do Mar do Norte estão a declinar rapidamente, e os EUA preparam-se para, finalmente, estabelecer uma nova relação diplomática com as Américas central e do sul, que viabilize um grande mercado energético, de recursos naturais e de produtos alimentares, industriais e serviços, independente do Mediterrâneo e de uma boa parte do Índico e do Pacífico. A Eurásia política será uma realidade até ao fim deste século.


Portugal terá que saber navegar nestes mares tempestuosos com a sabedoria de outrora.


A nossa posição geoestratégica e o nosso cosmopolitismo diplomático são e serão cada vez mais importantes. Nas linhas de junção/fratura das placas tectónicas norte-americana, euro-asiática e africana, e com relações tão estreitas ao longo dos últimos quinhentos anos em todos os continentes e mares, Portugal deberá manter todas as portas do diálogo global bem abertas. Deve posicionar-se como um dos honest brokers da imensa filigrana que medeia o embate tectónico em curso. Deve, por esta razão, atrair ao seu território capital e pessoas de todos os continentes, mantendo solidamente todas as suas alianças históricas, embora com uma cavilha bem à vista: não estamos disponíveis para fazer a guerra seja a quem for. Mas estamos disponíveis para missões diplomáticas, de socorro e paz e de engenharia.


O rublo começou a recuperar depois da China ter iniciado o resgate da Rússia

How Vladimir Putin Upset NATO’s Strategy
by Thierry Meyssan
Voltaire Network

Russia is reacting to the economic war which NATO is waging against her in the way she would have reacted in a conventional war. She allowed herself to be hit by unilateral "sanctions" in order to better lead the opponent to a battleground of her own choosing. Simultaneously, she has signed agreements with China to safeguard her future and with Turkey to disrupt NATO. As long ago, against France or Germany, her initial defeat could be the guarantee of her victory in the end.

quinta-feira, junho 19, 2014

Guerra do dólar contra o euro continua



Uma Operação Especial chamada Ucrânia pode virar o euro, o renminbi, e até o dólar australiano e a libra contra o dólar, em nome do fim da beligerância contínua dos Estados Unidos


A América prepara-se para desvalorizar unilateralmente as montanhas de dívida que vendeu por esse mundo fora... e que não poderá pagar sem recorrer a uma austeridade tal que ameaçaria a estabilidade institucional e a própria unidade do país. A partir de aqui podemos ler quase todo o atrito militar e o horror provocado em milhões de pessoas na Sìria, na Ucrânia, no Iraque, e várias zonas de África, pela agressividade persistente e criminosa da decadente América.

A dívida total americana, pública e privada, aproxima-se já do próprio PIB mundial corrigido da depreciação do capital: uns sessenta biliões de dólares!

PS: Recebi este comentário que comento em seguida:
A Divida [pública] americana são 17 biliões de USD, com intenção de chegar rapidamente aos 20 biliões de USD. Os Americanos já fizeram as contas e só vão pagar metade, através da emissão contínua de papel. Contudo a dívida americana é de longe a mais segura do Mundo. Essa seguranca é-lhe conferida pela cinco esquadras americanas, pelos seus mísseis, e por todos aqueles que ponham em crédito essa divida. O facto da divida americana se aproximar do PIB do Mundo apenas diz que a massa monetaria em circulação está mal ajustada à riqueza mundial produzida. Ou seja, que a própria divida é parte da moeda em circulação.

Ou seja, os EUA estão a reestruturar a sua dívida à conta de todos os credores nacionais e mundiais. As perguntas pertinentes são estas: 1) e se todos os outros devedores (Argentina, etc.) fizerem o mesmo? 2) até onde chegarão os EUA neste procedimento de desvalorização seletiva do dólar (ou seja, perde quem tem dívida americana no balanço)? É que armas nucleares, temos todos!

An anti-dollar coalition would be the first step for the creation of an anti-war coalition that can help stop the US' aggression.
Putin Advisor Proposes "Anti-Dollar Alliance" To Halt US Aggression Abroad
Submitted by Tyler Durden on 06/18/2014 10:41 -0400 - ZeroHedge

It has been a while since both Ukraine, and the ongoing Russian response to western sanctions (which set off the great Eurasian axis in motion, pushing China and Russia close together, and accelerating the "Holy Grail" gas deal between the two countries) have made headlines.

[...]

...while the great US spin and distraction machine is focused elsewhere, Russia is already preparing for the next steps. Which brings us to Putin advisor Sergey Glazyev, the same person who in early March was the first to suggest Russia dump US bonds and abandon the dollar in retaliation to US sanctions, a strategy which worked because even as the Kremlin has retained control over Crimea, western sanctions have magically halted (and not only that, but as the Russian central bank just reported, the country's 2014 current account surplus may be as high as $35 billion, up from $33 billion in 2013, and a far cry from some fabricated "$200+ billion" in Russian capital outflows which Mario Draghi was warning about recently). Glazyev was also the person instrumental in pushing the Kremlin to approach China and force the nat gas deal with Beijing which took place not necessarily at the most beneficial terms for Russia.

It is this same Glazyev who published an article in Russian Argumenty Nedeli, in which he outlined a plan for "undermining the economic strength of the US" in order to force Washington to stop the civil war in Ukraine. Glazyev believes that the only way of making the US give up its plans on starting a new cold war is to crash the dollar system.

As summarized by VoR, in his article, published by Argumenty Nedeli, Putin's economic aide and the mastermind behind the Eurasian Economic Union, argues that Washington is trying to provoke a Russian military intervention in Ukraine, using the junta in Kiev as bait. If fulfilled, the plan will give Washington a number of important benefits. Firstly, it will allow the US to introduce new sanctions against Russia, writing off Moscow's portfolio of US Treasury bills. More important is that a new wave of sanctions will create a situation in which Russian companies won't be able to service their debts to European banks.

According to Glazyev, the so-called "third phase" of sanctions against Russia will be a tremendous cost for the European Union. The total estimated losses will be higher than 1 trillion euros. Such losses will severely hurt the European economy, making the US the sole "safe haven" in the world. Harsh sanctions against Russia will also displace Gazprom from the European energy market, leaving it wide open for the much more expensive LNG from the US.

Co-opting European countries in a new arms race and military operations against Russia will increase American political influence in Europe and will help the US force the European Union to accept the American version of the Transatlantic Trade and Investment Partnership, a trade agreement that will basically transform the EU into a big economic colony of the US. Glazyev believes that igniting a new war in Europe will only bring benefits for America and only problems for the European Union. Washington has repeatedly used global and regional wars for the benefit of  the American economy and now the White House is trying to use the civil war in Ukraine as a pretext to repeat the old trick.

[...]

Unsurprisingly, Sergey Glazyev believes that the main role in the creation of such a political coalition is to be played by the European business community because America's attempts to ignite a war in Europe and a cold war against Russia are threatening the interests of big European business. Judging by the recent efforts to stop the sanctions against Russia, made by the German, French, Italian and Austrian business leaders, Putin's aide is right in his assessment. Somewhat surprisingly for Washington, the war for Ukraine may soon become the war for Europe's independence from the US and a war against the dollar.

Atualização: 19/6/2014 9:42 WET

terça-feira, junho 10, 2014

Risco americano supera risco europeu



Atacaram-nos pelos flancos, quase destruiram a Grécia, Espanha e Portugal, mas o tiro saiu-lhes pela culatra!


O risco de crédito nos EUA é maior do que o risco europeu pela primeira vez desde... 2010.

Percebe-se, pois, porque motivo Passos Coelho não tem nada que se demitir, Tozé deve barrar sem tibieza os golpistas a mando de Mário Soares, sargento Costa e companhia, e porque Cavaco tem deixado correr o marfim apelando sempre a um entendimento entre Seguro e Passos..

O Bloco Central da Corrupção (BCC) está apavorado pois já percebeu que a nova geração partidária que tomou conta do PSD e do PS só se fosse doida é que abandonaria as posições naturalmente conquistadas. Mas, por outro lado, se o BCC não tenta um golpe de estado contra tudo e contra todos, lançando mão do ainda que têm à mão, o destino que lhes resta é mesmo a reforma compulsiva.

A Europa é o centro do mundo, e o resto é conversa fiada. Por isso o dinheiro aflui, por isso os bancos estrangeiros em breve trocarão Nova Iorque por Frankfurt e Pequim. Por sua vez, em matéria militar a América já provou que é um império em declínio. A resistência passiva do resto do mundo chega para derrotar os seus falcões desmiolados e paranoicos.
US Riskier Than Europe For First Time Since 2010; BofA Admits 'Good News Is Bad News'
Submitted by Tyler Durden on 06/10/2014 14:47 -0400 - ZeroHedge

For the first time since early 2010, the risk of European investment grade credit is lower than that of the US. As BofA notes, recall that the European sovereign crisis escalated in the first part of 2010, as Greece had to be bailed out for the first time, and concerns spread to other countries in the periphery. However, that European spreads have now recovered - after trading at times more than 60bps weaker than US spreads - reflects more on differential technicals (flows) than fundamentals (reality). Credit spreads are currently driven mainly by technicals; this is not to say that technicals in the US credit market are not strong – they are – only that European technicals are stronger.

Furthermore, with now completely divergent central banks, BofAML believes that European technicals are going to remain stronger for longer. As they conclude, "relatively stronger US fundamentals lead to relatively weaker technicals," - or put another way "good news is bad news" for US credit markets...


Christine Lagarde pondera mudar a sede do FMI para Pequim!

A coisa é fácil de imaginar se atendermos ao Evereste de papel higiénico verde acumulado na China ao longo da última década. Resta apenas uma dúvida: poderá o FMI estar sediado numa ditadura? Se atendermos, por outro lado, aos milhares de mortos que a América tem deixado pelos teatros de guerra que tem fomentado por este mundo fora, e ainda ao estado policial que está a transformar o sonho americano num pesadelo, então talvez haja espaço para uma certa tolerância face ao PCC.

Beijing-Based IMF? Lagarde Ponders China Gaining on U.S. Economy
By Sandrine Rastello Jun 6, 2014 8:25 PM GMT+0100 - Bloomberg

The International Monetary Fund’s headquarters may one day shift to Beijing from Washington, aligning with China’s growing influence in the world economy, the fund’s managing director said.

terça-feira, junho 05, 2012

Jubileu ao fundo!

Gráficos dos principais teatros de guerra financeira na Europa (com os EUA em pano de fundo...)


A dívida do Reino Unido, sobretudo financeira, é um barril de pólvora pronto a explodir!


Euro em situação dramática: sem um salto quântico federal, nada feito :(


Outra visão do mesmo problema


A Suíça já decidiu colar-se ao euro: 1€=1,20CHF


Afinal os EUA vão também a caminho da Fossa de Keynes !


CONCLUSÃO : o euro poderá vencer a guerra contra o par dólar-libra se e só se houver rapidamente um salto quântico no processo de unificação financeira e fiscal da Europa. 

Os EUA e o Reino Unido estão cada vez mais isolados, enquanto a Eurolândia continua a ter os apoios da China, Rússia e Suíça, e poderá em breve ter também a seu lado, imagine-se, Israel! A contenção do islamismo radical passará em breve a ser um assunto sobretudo europeu, russo e chinês, dispensando as provocações intermináveis e as ações militares ilegais, criminosas e desastrosas dos Estados Unidos.

Nesta conjuntura previsível, o interesse estratégico de Portugal passa obviamente pelo seu posicionamento geográfico e pelas suas relações de longa data com os países de língua oficial portuguesa (em particular, Brasil, Angola, Moçambique e Timor), assim como com a China.

A Alemanha, que é a locomotiva industrial, o banco e a principal estratega europeia, pode ter em Portugal um bom intermediário para as suas já intensas relações com o Brasil e a China, mas sobretudo pode esperar de Portugal a facilitação no acesso a uma zona do globo onde os germanos nunca tiveram grande êxito: África!

A Alemanha é pois o nosso principal aliado na União Europeia.

Não nos esqueçamos desta nova realidade a ponto de se concretizar. Se o euro soçobrar, a Alemanha sofrerá uma nova e estrondosa derrota histórica. Mas desta vez, se Wall Street e a City vencerem, toda a Europa sucumbirá a décadas de pobreza e grande violência.

Não nos fiemos mais na corja partidária e financeira que se habituou a viver de rendas, por cima e por baixo das mesas do poder e do criminoso tráfico de influências!


REFERÊNCIAS
Os gráficos foram retirados de artigos vários do ZeroHedge

Última atualização: 6 jun 2012 0:16

quinta-feira, março 31, 2011

Guerra contra o euro

Agências de rating atacam ferozmente o sistema monetário europeu, em nome do dólar e da libra
No entanto as economias americana, canadiana e britânica estão tão ou mais falidas do que a da Eurolândia!




Fitch avisa que cortará rating de Portugal se FMI não intervier

A agência Fitch deixa mais um aviso, peremptório, a Portugal: se o Estado não for socorrido pela União Europeia e pelo FMI, o rating da dívida soberana nacional pode baixar ainda mais em breve. Público.

Juros a subir. Mantém-se a pressão sobre Portugal

Ontem, a Fitch ameaçou baixar o rating de Portugal se o país não recorresse à ajuda externa e cortou a avaliação da Caixa Geral de Depósitos. Hoje, a Moody’s admite cortar a qualidade da dívida dos países da Zona Euro. RR.

Reestruturar a dívida em vez de pedir resgate “protege os contribuintes”

Raoul Ruparel, analista britânico do Open Europe, acredita que esta é a melhor opção, porque, desta forma, a factura era repartida também pelos investidores e não só pelos contribuintes europeus. RR.

Há dois problemas separados: o endividamento privado e soberano dos EUA/Canada e da Europa, e a guerra financeira $/£ vs. €. O primeiro é um buraco negro = +10x PIB mundial; o segundo, diz respeito a saber quem cai primeiro: se o euro, se o par dólar/libra.

Como as agências de notação financeira são anglo-americanas, percebe-se como esta artilharia pesada está a ser usada contra o euro. Foi percebendo este facto, aqui abordado várias vezes, que o nosso governo resolveu apostar no efeito dominó como estratégia de protecção, invocando a responsabilidade da Alemanha. Se nós cairmos, cai a Espanha, e caindo a Espanha, cai a Itália, a Bélgica e a própria França... Ou seja, seria a morte do euro!

Na realidade, se Portugal resistisse até Agosto, creio que seriam os americanos, ingleses, e as economias atreladas ao dólar a bater com os dentes na calçada. Daí que, apesar de tudo, a estratégia de resistência de Sócrates acabe por fazer sentido!

Sócrates poderá, pois, fazer depender um pedido formal de resgate da dívida portuguesa dum acordo prévio expresso de todos os partidos com assento parlamentar, bem como do próprio presidente da república. Ou então, deixar entrar o pais em bancarrota, propor depois uma reestruturação da dívida, e negociar directamente com os credores, ainda que com a mediação do BCE e do FMI. Seria, por assim dizer, a versão portuguesa do modelo revolucionário de reestruturação da dívida soberana seguido pela Islândia!

Cavaco e Passos de Coelho têm que ter mais cuidado no modo como pretendem defender o interesse nacional. Começando, desde logo, por esclarecer a sua posição sobre o pedido de resgate.

Eu já não posso ver o Pinóquio à frente, mas neste ponto particular, a sua estratégia é capaz de estar certa!


ÚLTIMA ACTUALIZAÇÃO: 31-03-2011 14:02