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domingo, janeiro 11, 2015

Quem matou Charlie Hebdo?

Chérif e Said Kouachi, comando terrorista ao serviço de quem?

NATO e François Hollande devem-nos explicações sobre o que realmente ocorreu!


O modus operandi do terrorismo —que inclui um vasto cardápio de soluções, como a sabotagem de infraestruturas críticas, o assassínio de personalidades, as matanças públicas e a crueldade exibicionista mais macabra (de que as decapitações transmitidas via Internet são a modalidade tecnológica mais recente)— é um modo de ação bélica antigo e que, normalmente, substitui os modos convencionais da guerra, seja como preâmbulo e/ou substituto pontual da mesma, seja como uma das práticas clássicas da guerrilha.

Em qualquer caso, estas ações militares, sobretudo quando são meticulosas, como o ataque fulminante à redação da revista satírica Charlie Hebdo foi, não se confundem com crimes de homicídio comum, nem são casos de polícia, como o lunático ex-ministro da administração interna e ex-ministro da defesa de dois governos do PS, Nuno Severiano Teixeira, quis irresponsavelmente fazer crer à opinião pública portuguesa.

Não, o que ocorreu em França nos dias 7, 8 e 9 de janeiro de 2015 não foi uma ação extrema de três fanáticos muçulmanos, mas sim uma operação especial bem coordenada, a qual dificilmente teria na agenda dos protagonistas o seu próprio sacrifício. Se a morte em combate dos três operacionais estivesse inscrita no plano inicial, não haveria plano de fuga, nem o assalto à mercearia judaica com retenção de reféns teria envolvido a exigência de uma via de fuga para os irmãos Kouachi, e muito menos a poupança das vidas da maioria dos judeus retidos como reféns na mercearia kosher em Port de Vincennes, Paris.

O facto de todos os envolvidos nos ataques serem pessoas bem conhecidas das polícias, e portanto dos serviços secretos franceses e de vários outros países, num país que assumidamente treinou e/ou armou e/ou financiou cidadãos franceses para combaterem na Síria contra o regime de Bashar al-Assad, deixa toda esta história envolta em suspeitas gravíssimas sobre quem poderá ter estado na origem da tragédia ocorrida em Paris — a qual visou obviamente atemorizar toda a França num ano eleitoral dominado pela crise económica e financeira, pelo desemprego em massa e pela desorientação completa do Partido Socialista Françês e de François Hollande face à enormidade dos desafios que encontraram pela frente desde que assumiram o poder.

Para já, o efeito imediato não foi o de copiar o modelo de suspensão da democracia e das liberdades escolhido desastrosamente pelos Estados Unidos. Esperemos, porém, pelos próximos capítulos do que parece ser uma radicalização da estratégia dos falcões americanos e israelitas de desestabilização da Europa e de confronto provocatório com a Rússia.

USA Today would also report (emphasis added):
The brothers were born in Paris of Algerian descent. Cherif was sentenced to three years in prison on terrorism charges in May 2008. Both brothers returned from Syria this summer.
The implications of yet another case of Western-radicalized terrorists, first exported to fight NATO’s proxy war in Syria, then imported and well-known to Western intelligence agencies, being able to carry out a highly organized, well-executed attack, is that the attack itself was sanctioned and engineered by Western intelligence agencies themselves,. This mirrors almost verbatim the type of operations NATO intelligence carried out during the Cold War with similar networks of radicalized militants used both as foreign mercenaries and domestic provocateurs. Toward the end of the Cold War, one of these militant groups was literally Al Qaeda – a proxy mercenary front armed, funded, and employed by the West to this very day.
Additionally, in all likelihood, the brothers who took part in the attack in Paris may have been fighting in Syria with weapons provided to them by the French government itself.  France 24 would report last year in an article titled, “France delivered arms to Syrian rebels, Hollande confirms,” that:
President Francois Hollande said on Thursday that France had delivered weapons to rebels battling the Syrian regime of Bashar al-Assad “a few months ago.”
Deflecting blame for the current attack on “radical Islam” is but a canard obscuring the truth that these terrorists were created intentionally by the West, to fight the West’s enemies abroad, and to intimidate and terrorize their populations at home.

sexta-feira, novembro 28, 2014

Na Avenida Presidente Wilson

Avenue du Président-Wilson, Paris

Sonho presidencial e bancos podres, o tsunami soma e segue


“Faço um desmentido formal de que tenha havido qualquer decisão antes de dia 1 ao inicio da tarde”; “Eu não posso decidir algo e ser desmentido pelos meus colegas governadores...”

— in "Carlos Costa reafirma que resolução do BES só arrancou a 1 de agosto", Expresso, 8 outubro 2014, 9:36.

A aceleração do colapso deste regime começou, como escrevemos oportunamente (1), quando o BES foi alvo de uma investigação judicial decisiva no Luxemburgo, a qual rapidamente alastrou à Suíça, França, Estados Unidos, etc., tendo desencadeado ao mesmo tempo um plano de ação urgente por parte do BCE, o qual envolveu a aceleração do processo legislativo comunitário relativo ao Mecanismo Único de Resolução (SRM), sem o qual Carlos Costa, ou seja o Banco de Portugal, não teria podido intervir decisivamente como acabaria por intervir às 23:15 do dia 3 de agosto —00:15 do dia 4 em Bruxelas e Frankfurt (2). Uma repetição do que se passara em Chipre estava fora de causa.

Quem se der ao trabalho de ler o que diz a legislação europeia sobre a entrada em vigor dos seus documentos legais e em particular do Single Resolution Mechanism (3) —coisa que a maioria dos nossos deputados e a imprensa em geral ainda não fez— perceberá que só a 4 de agosto de 2014, se cumpria o prazo mínimo de 20 dias necessários ao SRM ter alguma validade legal. Tudo o resto é barulheira populista.

A importância das instituições portuguesas nesta precipitação do colapso é acessória, ou melhor, coadjuvante e arrastada pela pressão externa. Basta ver o comportamento das autoridades locais a este respeito. Governo, Parlamento, Banco de Portugal e Presidência da República foram empurrados para a ação judicial, única e exclusivamente, por pressão da Troika, dos tribunais de outros países e pelo BCE. As investigações e processos judiciais em curso no nosso país foram sucessivamente travados politicamente ao mais alto nível pela corja partidária, rendeira e devorista que capturou o estado, o sistema financeiro e o país.

Abertas, porém, as comportas do dique da corrupção, o tsunami não deixará de inundar o país, afogando uma parte dos seus protagonistas.

Como refere Rui Rodrigues,
“Há várias décadas que a Suíça é acusada de acolher fortunas que escapam ao fisco nos seus países de origem e de não cooperar com as autoridades fiscais desses Estados como forma de tornar mais atrativa a atividade do seu sistema bancário. Mas, nos últimos anos, para além da pressão sobre a autoridade política, o país viu também muitos dos seus bancos começarem a ser investigados por governos estrangeiros. A UBS será o grupo que mais escândalos protagonizou. Nos Estados Unidos, a UBS já foi multada em cerca de 800 milhões de euros por ter apoiado esquemas de fraude e evasão fiscal e, em França, foi obrigada a depositar uma caução milionária no âmbito de uma acção similar.

Em Abril de 2009, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) incluiu a Suíça numa lista negra de paraísos fiscais não cooperativos, lista que o país conseguiu deixar uns meses mais tarde após assinar 12 acordos bilaterais de troca de informação fiscal, o limiar necessário para ser retirado da lista negra. Mas organizações como a Tax Justice Network insistem que os critérios usados pela OCDE para elaborar a lista negra são “inadequados e ineficazes”.”


NOTAS
  1. BES: o golpe de coelho veio de Frankfurt” — OAM 
  2. Comunicado do Banco de Portugal sobre a aplicação de medida de resolução ao Banco Espírito Santo, S.A. 
  3. Single Resolution Mechanism (SRM)

Atualização: 29 nov 2014 19:51 WET

segunda-feira, dezembro 16, 2013

Portugal, uma Coreia do Norte Ferroviária

A imprensa indígena não pergunta nada...

Barcelona-Paris em 'TGV' já está!

Paris e Barcelona ligados por nova linha de alta velocidade — Euronews.
Alta Velocidad España – Francia — Renfe.

Desde ontem que passou a ser possível viajar sobre bitola europeia entre Espanha e França, ao contrário do que os políticos indígenas corruptos, falsos consultores e consultores vendidos propagaram nos últimos anos. A Espanha não se ligaria a França e ao resto da Europa antes de 2030, diziam entre dentes.

O gaúcho Pinto (da TAP) e muitas pessoas poderosas deste falido país ainda não perceberam que terão cada vez menos margem de manobra sobre o que é essencial. Se houver um programa cautelar, ou um 2º resgate, os credores vão obrigar Portugal a tomar soluções radicais e rápidas.

A transportadora aérea Ibéria foi reestruturada a tempo, pois a empresa ainda tinha mil milhões de euros de reservas.

O Sérgio Monteiro, mesmo com a empresa nas mãos do Estado, não reestruturou a TAP.

Passaram dois anos e meio e nada fez. Esta é a realidade dos factos. Num 2º resgate o processo vai ser feito à pressa e sem conversa, pois a TAP tem elevados prejuízos todos os anos e já tem um passivo superior a 2,5 mil milhões de euros.

A nossa Imprensa indigente passa o tempo a falar nos prejuízos das empresas de transporte mas não diz uma única palavra sobre a brutal dívida da TAP. O mesmo acontece com a dívida, ainda maior, da EDP, que supera os 18 mil milhões de euros. É o resultado das pequenas mordomias e dos contratos de publicidade, imagino.

Se não corrermos com a corja corrupta que tem o poder nas mãos, ficaremos a ver navios e a ver passar os comboios nos próximo trinta anos...


ÚLTIMA HORA

A ADFERSIT acaba de emitir um comunicado (mais de 24h depois deste post ter ido para o éter, e ainda não publicado no seu sítio web, nem no Facebook), a propósito da recente ligação de Espanha a França em ferrovia de bitola europeia, onde alerta o governo para o perigo de Portugal se transformar numa 'ilha ferroviária'.

Vamos abrir uma garrafa de Espumante Bruto da Ermelinda de Freitas ;)

Do comunicado: "[...] a Espanha está a vencer o isolamento ferroviário e a reforçar a sua integração na Europa, melhorando a competitividade das suas ligações aos mercados europeus e desta forma a competitividade da sua economia.

E Portugal que caminho vai seguir? Será que os nossos Governos ao mesmo tempo que dizem querer promover as exportações, vão continuar a fazer o contrário ao nível das infraestruturas de transporte? Vamos continuar sem

ligações ferroviárias diretas aos mercados europeus, mantendo o transporte terrestre de mercadorias na dependência da rodovia? Devido aos constrangimentos ambientais e energéticos que no futuro vão reduzir a competitividade da rodovia, a política de “ilha ferroviária” só nos conduzirá ao isolamento e ao empobrecimento. Ou vamos construir a rede ferroviária de bitola europeia.

A Direcção da ADFERSIT

17 de Dezembro de 2013"

Última atualização: 17/12/2013, 17:27 WET