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sábado, agosto 19, 2017

Terrorismo ou guerra?

Mapa do novo califado por que luta o Daesh

A radicalização é geral, e os novos fascismos espreitam, à direita, mas também à esquerda.


In this Second American Civil War, whose side are you on? — Pat Buchanan (18/8/2017)

O autoproclamado Estado Islâmico, em mais um declarado ato de guerra e terror, assassinou duas cidadãs portuguesas no decurso do massacre de Barcelona. Qual é a posição do estado português? Qual é a posição do governo português? Qual é a posição do parlamento português? Qual é a posição do PCP? Qual é a posição do Bloco de Esquerda? Qual é a posição do Partido Socialista? Temos o direito de saber, e os visados têm a obrigação de explicar. Razão teve Passos Coelho ao avisar-nos sobre a imprudência esquerdista de deixar entrar no país 'qualquer um' (1).

Em 2001, em nome da identidade religiosa, e da proibição do culto de ídolos e imagens, os talibãs destruíram as estátuas dos Budas de Bamiyan. Parecia então uma reminiscência medieval. Não era :(

Os soldados do dito Estado Islâmico declararam guerra aos infiéis (nós) e vão aterrorizando e assassinando todos os inimigos que podem (nós). Reclamam, por exemplo, a reconquista da Península Ibérica.

Que resposta lhes devemos dar?

Deixar de ensinar a história da formação do reino de Portugal? Manter uma posição cobarde em nome de uma postura politicamente correta, abdicando da nossa própria identidade e história? Em suma, fingir que não se passa nada, ou pior ainda, que a responsabilidade pelos catorze civis portugueses assassinados pelos terroristas islâmicos desde 2001 é, afinal, nossa?!

Em que lado da barricada estão, afinal, as esquerdas?

In Durham, North Carolina, our Taliban smashed the statue of a Confederate soldier. Near the entrance of Duke University Chapel, a statue of Lee has been defaced, the nose broken off. 
Wednesday at dawn, Baltimore carried out a cultural cleansing by taking down statues of Lee and Maryland Chief Justice Roger Taney who wrote the Dred Scott decision and opposed Lincoln's suspension of the right of habeas corpus. 
Like ISIS, which smashed the storied ruins of Palmyra, and the al-Qaida rebels who ravaged the fabled Saharan city of Timbuktu, the new barbarism has come to America. This is going to become a blazing issue, not only between but within the parties. 
—in “America’s Second Civil War”, Pat Buchanan | Posted: Aug 18, 2017 12:01 AM 

Será que a fraude eleitoral, a corrupção, os atropelos grosseiros do estado de direito, a violência policial e militar, em suma, as ditaduras, para as esquerdas radicalizadas do século 21, só serão coisas más e condenáveis se forem de 'direita'? É nisto que agora acreditam? É nesta lavagem cerebral que querem mergulhar as nossas consciências? Porque não são capazes de criticar Nicolás Maduro?

Este padrão de cinismo e comportamento generalizou-se infelizmente desde dos Estados Unidos ao Brasil, passando pela Venezuela, e alastra como uma nova sarna na Europa.

O drama do regresso às ideologias anti-humanistas e ao apoio em surdina das ditaduras em nome da razão leninista, estalinista e trotskysta é que, se nada fizermos entretanto, quando acordarmos para a realidade poderá já ser tarde demais.

O fantasma de uma segunda República de Weimar parece pairar no horizonte.

A divisão das sociedades, entre bons e maus, politicamente corretos e xenófobos racistas, esquerda e direita, fez já enormes estragos psíquicos e culturais em inúmeras sociedades ocidentais. Esperemos, a este respeito, que António Costa arrepie rapidamente caminho!

O pior, por fim, é que uma crise destas proporções era esperada há já umas boas décadas.

O fim da bonança petrolífera implicará menos uso e consumo de energia per capita. Este declínio energético gera, por sua vez, um crescimento económico real tendencialmente próximo de zero, e raramente acima dos 3%. A queda do crescimento extraordinário que marcou a história da humanidade ente 1870 e 1970 conduziu-nos, trinta anos depois dos avisos feitos pelo Clube de Roma, ao fim do sonho americano e, em geral, ao fim das democracias apoiadas por fortes classes médias, industriais, comerciais e profissionais. Este é o cerne do problema!

O endividamento doméstico, empresarial e público é uma das consequências fatais do período pós-petrolífero. A retórica sobre uma sociedade sustentável sem petróleo não passa de uma ilusão piedosa, capaz, ainda assim, de enriquecer escandalosamente alguns especuladores.

O petróleo é hoje exageradamente caro para quem o compra e importa, e demasiado barato para acudir aos custos exponencialmente crescentes da sua produção.

As empresas petrolíferas, tais como os países que há décadas vivem quase exclusivamente dos rendimentos do petróleo, estão à beira da falência, endividando-se cada vez mais. A luta pelo último barril, tal como a luta pelo último atum selvagem, agudiza-se sem remédio. As sociedades, como navios à beira dum naufrágio, lutam desesperadamente por manter-se à tona, aligeirando nomeadamente a carga considerada menos valiosa. Podemos, pois, imaginar que sentido fazem os assassínios de caráter, os argumentos desesperados e os insultos trocados entre os protagonistas desta tragédia anunciada. Nenhum.

A guerra pela sobrevivência já começou. Acreditarmos na ideia fabricada de que o terrorismo que atacou as Ramblas de Barcelona não é um claríssimo ato de guerra, tentando a todo o custo esconder a sua natureza islâmica radical, só pode alimentar ilusões fatais.

Por outro lado, se estamos em guerra, devemos procurar conhecer o seu contexto, as suas causas profundas e as suas regras, pois doutro modo não saberemos defender-nos, e muito menos negociar a paz e preparar o futuro.

NOTAS

  1. A expressão de Passos Coelho no Pontal ('qualquer um'), que ativou de imediato a saliva pavloviana de João Galamba, refere-se obviamente à necessidade de um maior escrutínio na entrada de imigrantes, refugiados e turistas em Portugal, por razões estritas de segurança num teatro global marcado por uma guerra assimétrica (vulgo, terrorismo) sem precedentes. O Canadá deixa entrar no seu país qualquer um? Quantos luso-descendentes oriundos dos Açores foram expulsos dos Estados Unidos pelas Administrações de Bush e de Obama em resultado de condenações por atividades criminosas? Qual o impacto destas expulsões no sistema prisional e na tranquilidade açorianas? Porque não falamos dos assuntos sérios de forma séria?
    A Rússia, a China ou a Venezuela deixam entrar qualquer um? Basta tentar, para ver que não deixam. Francisco Louçã que o diga, pois consta que é persona non grata em Pequim.

    Nesta discussão exacerbada, como noutras, estamos a pagar infelizmente o divisionismo político e ideológico introduzido em Portugal por António Costa e a corja socratina que o acompanha ao agarrar-se ao poder através de uma aliança espúria com partidos desmiolados que ainda defendem a ditadura do proletariado. Ao decretarem a divisão do país entre portugueses de esquerda e portugueses de direita, os partidos da Geringonça prestaram um péssimo serviço ao país e aos seus concidadãos. Espero bem que eleitorado acorde e corrija o entorse democrático forçado pelos oportunistas que tomaram o poder sem os votos necessários. Se esta correção eleitoral democrática não ocorrer em breve, só poderemos resvalar para uma degradação sem pecedentes dos equilíbrios sociais e ideológicos dos últimos quase 40 anos de democracia. Marcelo Rebelo de Sousa terá que estar particularmente atento às tendências divisionistas em curso. O exemplo dos Estados Unidos é mais do que elucidativo sobre o que poderá acontecer em qualquer país que resolva radicalizar as democracias em direção ao populismo. Como todos sabemos, os comportamentos populistas de direita e de esquerda são simétricos, com sinais simbólicos antagónicos, mas de natureza idêntica. Em Weimar, na Alemanha pré-nazi, a degradação económica e financeira levou à proliferação do chamado lumpenproletariat. Hoje temos uma subclasse média em formação, em resultado da implosão em curso das classes médias profissionais. Tal como a expansão do lumpenproletariado pariu o fascismo e o social-fascismo, também a degradação económica, social e cultural das classes médias é hoje o cadinho onde os novos velhos radicalismos fascistas e social-fascistas já brotaram e crescem em irracionalismo e número de forma muito preocupante. As ditaduras que bailam nos sonhos dos chefes-populistas são pesadelos experimentados a que não queremos regressar!
Atualizado em 20/8/2017 13:00 WET

terça-feira, janeiro 31, 2017

Trump e a prevenção do terrorismo

O inimigo principal definido por Donal Trump

O decreto executivo e o que Donald Trump realmente disse


Os Estados Unidos têm uma política de entradas no seu território bem definida, ao contrário dos países europeus da União Europeia. Em vez de dar ouvidos à propaganda, o melhor mesmo é ler o mais recente decreto sobre prevenção do terrorismo nas entradas de estrangeiros nos Estados Unidos assinado por Donald Trump.

Não há nenhuma referência islamofóbica no decreto que tem originado tanta agitação programada. Além do mais, os países objeto de prevenção reforçada foram definidos pelos seus antecessores, Obama incluído.

Portugal recebeu 720 refugiados em 2016, dos quais pelo menos 30 'emigraram' para outros países.

O decreto de Donald Trump limita a 50 mil o número de refugiados que o país acolherá em 2017.

Se compararmos o rácio população/refugiados nos dois países, teríamos que ter recebido em 2016, 1640 refugiados, mais do dobro dos que efetivamente acolhemos, para sermos tão politicamente corretos quanto a América de Trump!

Veremos quantos novos refugiados chegarão em 2017 ao nosso país. O ministro do gado botou faladura sobre este tema. Veremos em que se traduz a sua hipócrita indignação.

A retórica e a propaganda fazem muito barulho, mas a informação serve para esclarecer.


Declaração de Donald Trump no acto de assinatura da ordem executiva (vídeo)

Executive order

By the authority vested in me as President by the Constitution and laws of the United States of America, including the Immigration and Nationality Act (INA), 8 U.S.C. 1101 et seq., and section 301 of title 3, United States Code, and to protect the American people from terrorist attacks by foreign nationals admitted to the United States, it is hereby ordered as follows:

Section 1. Purpose. The visa-issuance process plays a crucial role in detecting individuals with terrorist ties and stopping them from entering the United States. Perhaps in no instance was that more apparent than the terrorist attacks of September 11, 2001, when State Department policy prevented consular officers from properly scrutinizing the visa applications of several of the 19 foreign nationals who went on to murder nearly 3,000 Americans. And while the visa-issuance process was reviewed and amended after the September 11 attacks to better detect would-be terrorists from receiving visas, these measures did not stop attacks by foreign nationals who were admitted to the United States.

Numerous foreign-born individuals have been convicted or implicated in terrorism-related crimes since September 11, 2001, including foreign nationals who entered the United States after receiving visitor, student, or employment visas, or who entered through the United States refugee resettlement program. Deteriorating conditions in certain countries due to war, strife, disaster, and civil unrest increase the likelihood that terrorists will use any means possible to enter the United States. The United States must be vigilant during the visa-issuance process to ensure that those approved for admission do not intend to harm Americans and that they have no ties to terrorism.

In order to protect Americans, the United States must ensure that those admitted to this country do not bear hostile attitudes toward it and its founding principles. The United States cannot, and should not, admit those who do not support the Constitution, or those who would place violent ideologies over American law. In addition, the United States should not admit those who engage in acts of bigotry or hatred (including “honor” killings, other forms of violence against women, or the persecution of those who practice religions different from their own) or those who would oppress Americans of any race, gender, or sexual orientation.

Sec. 2. Policy. It is the policy of the United States to protect its citizens from foreign nationals who intend to commit terrorist attacks in the United States; and to prevent the admission of foreign nationals who intend to exploit United States immigration laws for malevolent purposes.

Sec. 3. Suspension of Issuance of Visas and Other Immigration Benefits to Nationals of Countries of Particular Concern.

(a) The Secretary of Homeland Security, in consultation with the Secretary of State and the Director of National Intelligence, shall immediately conduct a review to determine the information needed from any country to adjudicate any visa, admission, or other benefit under the INA (adjudications) in order to determine that the individual seeking the benefit is who the individual claims to be and is not a security or public-safety threat.

(b) The Secretary of Homeland Security, in consultation with the Secretary of State and the Director of National Intelligence, shall submit to the President a report on the results of the review described in subsection (a) of this section, including the Secretary of Homeland Security’s determination of the information needed for adjudications and a list of countries that do not provide adequate information, within 30 days of the date of this order. The Secretary of Homeland Security shall provide a copy of the report to the Secretary of State and the Director of National Intelligence.

(c) To temporarily reduce investigative burdens on relevant agencies during the review period described in subsection (a) of this section, to ensure the proper review and maximum utilization of available resources for the screening of foreign nationals, and to ensure that adequate standards are established to prevent infiltration by foreign terrorists or criminals, pursuant to section 212(f) of the INA, 8 U.S.C. 1182(f), I hereby proclaim that the immigrant and nonimmigrant entry into the United States of aliens from countries referred to in section 217(a)(12) of the INA, 8 U.S.C. 1187(a)(12)*, would be detrimental to the interests of the United States, and I hereby suspend entry into the United States, as immigrants and nonimmigrants, of such persons for 90 days from the date of this order (excluding those foreign nationals traveling on diplomatic visas, North Atlantic Treaty Organization visas, C-2 visas for travel to the United Nations, and G-1, G-2, G-3, and G-4 visas).

(d) Immediately upon receipt of the report described in subsection (b) of this section regarding the information needed for adjudications, the Secretary of State shall request all foreign governments that do not supply such information to start providing such information regarding their nationals within 60 days of notification.

(e) After the 60-day period described in subsection (d) of this section expires, the Secretary of Homeland Security, in consultation with the Secretary of State, shall submit to the President a list of countries recommended for inclusion on a Presidential proclamation that would prohibit the entry of foreign nationals (excluding those foreign nationals traveling on diplomatic visas, North Atlantic Treaty Organization visas, C-2 visas for travel to the United Nations, and G-1, G-2, G-3, and G-4 visas) from countries that do not provide the information requested pursuant to subsection (d) of this section until compliance occurs.

(f) At any point after submitting the list described in subsection (e) of this section, the Secretary of State or the Secretary of Homeland Security may submit to the President the names of any additional countries recommended for similar treatment.

(g) Notwithstanding a suspension pursuant to subsection (c) of this section or pursuant to a Presidential proclamation described in subsection (e) of this section, the Secretaries of State and Homeland Security may, on a case-by-case basis, and when in the national interest, issue visas or other immigration benefits to nationals of countries for which visas and benefits are otherwise blocked.

(h) The Secretaries of State and Homeland Security shall submit to the President a joint report on the progress in implementing this order within 30 days of the date of this order, a second report within 60 days of the date of this order, a third report within 90 days of the date of this order, and a fourth report within 120 days of the date of this order.

Sec. 4. Implementing Uniform Screening Standards for All Immigration Programs.

(a) The Secretary of State, the Secretary of Homeland Security, the Director of National Intelligence, and the Director of the Federal Bureau of Investigation shall implement a program, as part of the adjudication process for immigration benefits, to identify individuals seeking to enter the United States on a fraudulent basis with the intent to cause harm, or who are at risk of causing harm subsequent to their admission. This program will include the development of a uniform screening standard and procedure, such as in-person interviews; a database of identity documents proffered by applicants to ensure that duplicate documents are not used by multiple applicants; amended application forms that include questions aimed at identifying fraudulent answers and malicious intent; a mechanism to ensure that the applicant is who the applicant claims to be; a process to evaluate the applicant’s likelihood of becoming a positively contributing member of society and the applicant’s ability to make contributions to the national interest; and a mechanism to assess whether or not the applicant has the intent to commit criminal or terrorist acts after entering the United States.

(b) The Secretary of Homeland Security, in conjunction with the Secretary of State, the Director of National Intelligence, and the Director of the Federal Bureau of Investigation, shall submit to the President an initial report on the progress of this directive within 60 days of the date of this order, a second report within 100 days of the date of this order, and a third report within 200 days of the date of this order.

Sec. 5. Realignment of the U.S. Refugee Admissions Program for Fiscal Year 2017.

(a) The Secretary of State shall suspend the U.S. Refugee Admissions Program (USRAP) for 120 days. During the 120-day period, the Secretary of State, in conjunction with the Secretary of Homeland Security and in consultation with the Director of National Intelligence, shall review the USRAP application and adjudication process to determine what additional procedures should be taken to ensure that those approved for refugee admission do not pose a threat to the security and welfare of the United States, and shall implement such additional procedures. Refugee applicants who are already in the USRAP process may be admitted upon the initiation and completion of these revised procedures. Upon the date that is 120 days after the date of this order, the Secretary of State shall resume USRAP admissions only for nationals of countries for which the Secretary of State, the Secretary of Homeland Security, and the Director of National Intelligence have jointly determined that such additional procedures are adequate to ensure the security and welfare of the United States.

(b) Upon the resumption of USRAP admissions, the Secretary of State, in consultation with the Secretary of Homeland Security, is further directed to make changes, to the extent permitted by law, to prioritize refugee claims made by individuals on the basis of religious-based persecution, provided that the religion of the individual is a minority religion in the individual’s country of nationality. Where necessary and appropriate, the Secretaries of State and Homeland Security shall recommend legislation to the President that would assist with such prioritization.

(c) Pursuant to section 212(f) of the INA, 8 U.S.C. 1182(f), I hereby proclaim that the entry of nationals of Syria as refugees is detrimental to the interests of the United States and thus suspend any such entry until such time as I have determined that sufficient changes have been made to the USRAP to ensure that admission of Syrian refugees is consistent with the national interest.

(d) Pursuant to section 212(f) of the INA, 8 U.S.C. 1182(f), I hereby proclaim that the entry of more than 50,000 refugees in fiscal year 2017 would be detrimental to the interests of the United States, and thus suspend any such entry until such time as I determine that additional admissions would be in the national interest.

(e) Notwithstanding the temporary suspension imposed pursuant to subsection (a) of this section, the Secretaries of State and Homeland Security may jointly determine to admit individuals to the United States as refugees on a case-by-case basis, in their discretion, but only so long as they determine that the admission of such individuals as refugees is in the national interest — including when the person is a religious minority in his country of nationality facing religious persecution, when admitting the person would enable the United States to conform its conduct to a preexisting international agreement, or when the person is already in transit and denying admission would cause undue hardship — and it would not pose a risk to the security or welfare of the United States.

(f) The Secretary of State shall submit to the President an initial report on the progress of the directive in subsection (b) of this section regarding prioritization of claims made by individuals on the basis of religious-based persecution within 100 days of the date of this order and shall submit a second report within 200 days of the date of this order.

(g) It is the policy of the executive branch that, to the extent permitted by law and as practicable, State and local jurisdictions be granted a role in the process of determining the placement or settlement in their jurisdictions of aliens eligible to be admitted to the United States as refugees. To that end, the Secretary of Homeland Security shall examine existing law to determine the extent to which, consistent with applicable law, State and local jurisdictions may have greater involvement in the process of determining the placement or resettlement of refugees in their jurisdictions, and shall devise a proposal to lawfully promote such involvement.

Sec. 6. Rescission of Exercise of Authority Relating to the Terrorism Grounds of Inadmissibility. The Secretaries of State and Homeland Security shall, in consultation with the Attorney General, consider rescinding the exercises of authority in section 212 of the INA, 8 U.S.C. 1182, relating to the terrorism grounds of inadmissibility, as well as any related implementing memoranda.

Sec. 7. Expedited Completion of the Biometric Entry-Exit Tracking System. (a) The Secretary of Homeland Security shall expedite the completion and implementation of a biometric entry-exit tracking system for all travelers to the United States, as recommended by the National Commission on Terrorist Attacks Upon the United States.

(b) The Secretary of Homeland Security shall submit to the President periodic reports on the progress of the directive contained in subsection (a) of this section. The initial report shall be submitted within 100 days of the date of this order, a second report shall be submitted within 200 days of the date of this order, and a third report shall be submitted within 365 days of the date of this order. Further, the Secretary shall submit a report every 180 days thereafter until the system is fully deployed and operational.

Sec. 8. Visa Interview Security. (a) The Secretary of State shall immediately suspend the Visa Interview Waiver Program and ensure compliance with section 222 of the INA, 8 U.S.C. 1222, which requires that all individuals seeking a nonimmigrant visa undergo an in-person interview, subject to specific statutory exceptions.

(b) To the extent permitted by law and subject to the availability of appropriations, the Secretary of State shall immediately expand the Consular Fellows Program, including by substantially increasing the number of Fellows, lengthening or making permanent the period of service, and making language training at the Foreign Service Institute available to Fellows for assignment to posts outside of their area of core linguistic ability, to ensure that non-immigrant visa-interview wait times are not unduly affected.

Sec. 9. Visa Validity Reciprocity. The Secretary of State shall review all nonimmigrant visa reciprocity agreements to ensure that they are, with respect to each visa classification, truly reciprocal insofar as practicable with respect to validity period and fees, as required by sections 221(c) and 281 of the INA, 8 U.S.C. 1201(c) and 1351, and other treatment. If a country does not treat United States nationals seeking nonimmigrant visas in a reciprocal manner, the Secretary of State shall adjust the visa validity period, fee schedule, or other treatment to match the treatment of United States nationals by the foreign country, to the extent practicable.

Sec. 10. Transparency and Data Collection. (a) To be more transparent with the American people, and to more effectively implement policies and practices that serve the national interest, the Secretary of Homeland Security, in consultation with the Attorney General, shall, consistent with applicable law and national security, collect and make publicly available within 180 days, and every 180 days thereafter:

(i) information regarding the number of foreign nationals in the United States who have been charged with terrorism-related offenses while in the United States; convicted of terrorism-related offenses while in the United States; or removed from the United States based on terrorism-related activity, affiliation, or material support to a terrorism-related organization, or any other national security reasons since the date of this order or the last reporting period, whichever is later;
(ii) information regarding the number of foreign nationals in the United States who have been radicalized after entry into the United States and engaged in terrorism-related acts, or who have provided material support to terrorism-related organizations in countries that pose a threat to the United States, since the date of this order or the last reporting period, whichever is later; and

(iii) information regarding the number and types of acts of gender-based violence against women, including honor killings, in the United States by foreign nationals, since the date of this order or the last reporting period, whichever is later; and

(iv) any other information relevant to public safety and security as determined by the Secretary of Homeland Security and the Attorney General, including information on the immigration status of foreign nationals charged with major offenses.

(b) The Secretary of State shall, within one year of the date of this order, provide a report on the estimated long-term costs of the USRAP at the Federal, State, and local levels.

Sec. 11. General Provisions. (a) Nothing in this order shall be construed to impair or otherwise affect:

(i) the authority granted by law to an executive department or agency, or the head thereof; or

(ii) the functions of the Director of the Office of Management and Budget relating to budgetary, administrative, or legislative proposals.

(b) This order shall be implemented consistent with applicable law and subject to the availability of appropriations.

(c) This order is not intended to, and does not, create any right or benefit, substantive or procedural, enforceable at law or in equity by any party against the United States, its departments, agencies, or entities, its officers, employees, or agents, or any other person.

<fim do documento>


* Legislação em vigor, anterior à presidência de Donal Trump

8 U.S. Code § 1187 - Visa waiver program for certain visitors

(a) Establishment of program The Secretary of Homeland Security and the Secretary of State are authorized to establish a program (hereinafter in this section referred to as the “program”) under which the requirement of paragraph (7)(B)(i)(II) of section 1182(a) of this title may be waived by the Secretary of Homeland Security, in consultation with the Secretary of State and in accordance with this section, in the case of an alien who meets the following requirements:

[...]

(12) Not present in Iraq, Syria, or any other country or area of concern
(A)In general Except as provided in subparagraphs (B) and (C)—
(i) the alien has not been present, at any time on or after March 1, 2011
(I) 
in Iraq or Syria;
(II) 
in a country that is designated by the Secretary of State under section 4605(j) of title 50 (as continued in effect under the International Emergency Economic Powers Act (50 U.S.C. 1701 et seq.)), section 2780 of title 22section 2371 of title 22, or any other provision of law, as a country, the government of which has repeatedly provided support of acts of international terrorism; or
(III) 
in any other country or area of concern designated by the Secretary of Homeland Security under subparagraph (D); and
(ii) regardless of whether the alien is a national of a program country, the alien is not a national of—
(I) 
Iraq or Syria;
(II) 
a country that is designated, at the time the alien applies for admission, by the Secretary of State under section 4605(j) of title 50 (as continued in effect under the International Emergency Economic Powers Act (50 U.S.C. 1701 et seq.)), section 2780 of title 22section 2371 of title 22, or any other provision of law, as a country, the government of which has repeatedly provided support of acts of international terrorism; or
(III) 
any other country that is designated, at the time the alien applies for admission, by the Secretary of Homeland Security under subparagraph (D).
— in Legal Information Institute. URL (consultado em 31/1/2017): https://www.law.cornell.edu/uscode/text/8/1187

domingo, novembro 22, 2015

Monsieur Hollande écoutez Tulsi Gabbard



Uma congressista democrática, nascida na Samoa americana, vegetariana, hinduísta, veterana de guerra, que todos deveriam ouvir


Não é apenas a sua agenda política que surpreende, pela justeza das ideias, inteligência concisa e precisão nos argumentos, mas também a visão do mundo que emana das palavras de uma mulher sem dúvida extraordinária, que adora surfar, mas que também realizou duas comissões de serviço no teatro de guerra do Iraque. Saber de experiência feito. Tulsi Gabbard, uma política da nova geração, que merece um seguimento atento.

Zero Hedge:

Perhaps if the clueless masses won't listen to "lunatic" fringe blogs or Sergei Lavrov, they'll listen to a US Congresswoman who served two tours of duty in Iraq and who is now telling Americans that The White House, The Pentagon, and most especially the CIA are together engaged in an "illegal" effort to overthrow the government of a sovereign country and in the process are arming the very same extremists that are attacking civilians in places like Paris. 
Good luck Tulsi, and thanks for proving that there's at least one person inside that Beltway that isn't either dishonest or naive. 
From Gabbard
 “Here are 10 reasons the U.S. must end its war to overthrow the Syrian government of Assad: 
1. Because if we succeed in overthrowing the Syrian government of Assad, it will open the door for ISIS, al-Qaeda, and other Islamic extremists to take over all of Syria.  There will be genocide and suffering on a scale beyond our imagination.  These Islamic extremists will take over all the weaponry, infrastructure, and military hardware of the Syrian army and be more dangerous than ever before. 
2. We should not be allying ourselves with these Islamic extremists by helping them achieve their goal because it is against the security interests of the United States and all of civilization.
3. Because the money and weapons the CIA is providing to overthrow the Syrian government of Assad are going directly or indirectly into the hands of the Islamic extremist groups, including al-Qaeda affiliates, al-Nusra, Ahrar al-Sham, and others who are the actual enemies of the United States.  These groups make up close to 90 percent of the so-called opposition forces, and are the most dominant fighters on the ground. 
4. Because our efforts to overthrow Assad has increased and will continue to increase the strength of ISIS and other Islamic extremists, thus making them a bigger regional and global threat. 
5. Because this war has exacerbated the chaos and carnage in Syria and, along with the terror inflicted by ISIS and other Islamic extremist groups fighting to take over Syria, continues to increase the number of Syrians forced to flee their country. 
6. Because we should learn from our past mistakes in Iraq and Libya that U.S. wars to overthrow secular dictators (Saddam Hussein and Muammar Gaddafi) cause even more chaos and human suffering and open the door for Islamic extremists to take over in those countries. 
7. Because the U.S. has no credible government or government leader ready to bring order, security, and freedom to the people of Syria. 
8. Because even the ‘best case’ scenario—that the U.S. successfully overthrows the Syrian government of Assad—would obligate the United States to spend trillions of dollars and the lives of American service members in the futile effort to create a new Syria.  This is what we have been trying to do in Iraq for twelve years, and we still have not succeeded.  The situation in Syria will be much more difficult than in Iraq. 
9. Because our war against the Syrian government of Assad is interfering with our being one-pointedly focused on the war to defeat ISIS, Al-Qaeda, and the other Islamic extremists who are our actual enemy. 
10. Because our war to overthrow the Assad government puts us in direct conflict with Russia and increases the likelihood of war between the United States and Russia and the possibility of another world war.”

Ainda sobre este tema...

Envolvimento dos Estados Unidos e da Arábia Saudita, Qatar e Turquia, na criação e apoio económico e militar à criação de um Estado Islâmico no Iraque e na Síria (ISIS) é hoje uma evidência. Os documentos são oficiais e já foram desclassificados. O envolvimento da França no financiamento e apoio tático à oposição armada a Bashar al-Assad é também factual. Esperemos que o alarme geral lançado em França e na Bélgica não seja apenas uma cortina de fumo para esconder o que já é óbvio.

ISIS Coverup: US Centcom Accused Of Lying To President, Congress, Public About Airstrikes, Ground Fight 
Zero Hedge, Submitted by Tyler Durden on 11/22/2015 12:31 -0500 
“...there is the possibility of establishing a declared or undeclared Salafist Principality in eastern Syria (Hasaka and Der Zor), and this is exactly what the supporting powers to the opposition want, in order to isolate the Syrian regime, which is considered the strategic depth of the Shia expansion (Iraq and Iran).” 

Atualização:  22 nov 2015, 22:52 WET

domingo, janeiro 11, 2015

Quem matou Charlie Hebdo?

Chérif e Said Kouachi, comando terrorista ao serviço de quem?

NATO e François Hollande devem-nos explicações sobre o que realmente ocorreu!


O modus operandi do terrorismo —que inclui um vasto cardápio de soluções, como a sabotagem de infraestruturas críticas, o assassínio de personalidades, as matanças públicas e a crueldade exibicionista mais macabra (de que as decapitações transmitidas via Internet são a modalidade tecnológica mais recente)— é um modo de ação bélica antigo e que, normalmente, substitui os modos convencionais da guerra, seja como preâmbulo e/ou substituto pontual da mesma, seja como uma das práticas clássicas da guerrilha.

Em qualquer caso, estas ações militares, sobretudo quando são meticulosas, como o ataque fulminante à redação da revista satírica Charlie Hebdo foi, não se confundem com crimes de homicídio comum, nem são casos de polícia, como o lunático ex-ministro da administração interna e ex-ministro da defesa de dois governos do PS, Nuno Severiano Teixeira, quis irresponsavelmente fazer crer à opinião pública portuguesa.

Não, o que ocorreu em França nos dias 7, 8 e 9 de janeiro de 2015 não foi uma ação extrema de três fanáticos muçulmanos, mas sim uma operação especial bem coordenada, a qual dificilmente teria na agenda dos protagonistas o seu próprio sacrifício. Se a morte em combate dos três operacionais estivesse inscrita no plano inicial, não haveria plano de fuga, nem o assalto à mercearia judaica com retenção de reféns teria envolvido a exigência de uma via de fuga para os irmãos Kouachi, e muito menos a poupança das vidas da maioria dos judeus retidos como reféns na mercearia kosher em Port de Vincennes, Paris.

O facto de todos os envolvidos nos ataques serem pessoas bem conhecidas das polícias, e portanto dos serviços secretos franceses e de vários outros países, num país que assumidamente treinou e/ou armou e/ou financiou cidadãos franceses para combaterem na Síria contra o regime de Bashar al-Assad, deixa toda esta história envolta em suspeitas gravíssimas sobre quem poderá ter estado na origem da tragédia ocorrida em Paris — a qual visou obviamente atemorizar toda a França num ano eleitoral dominado pela crise económica e financeira, pelo desemprego em massa e pela desorientação completa do Partido Socialista Françês e de François Hollande face à enormidade dos desafios que encontraram pela frente desde que assumiram o poder.

Para já, o efeito imediato não foi o de copiar o modelo de suspensão da democracia e das liberdades escolhido desastrosamente pelos Estados Unidos. Esperemos, porém, pelos próximos capítulos do que parece ser uma radicalização da estratégia dos falcões americanos e israelitas de desestabilização da Europa e de confronto provocatório com a Rússia.

USA Today would also report (emphasis added):
The brothers were born in Paris of Algerian descent. Cherif was sentenced to three years in prison on terrorism charges in May 2008. Both brothers returned from Syria this summer.
The implications of yet another case of Western-radicalized terrorists, first exported to fight NATO’s proxy war in Syria, then imported and well-known to Western intelligence agencies, being able to carry out a highly organized, well-executed attack, is that the attack itself was sanctioned and engineered by Western intelligence agencies themselves,. This mirrors almost verbatim the type of operations NATO intelligence carried out during the Cold War with similar networks of radicalized militants used both as foreign mercenaries and domestic provocateurs. Toward the end of the Cold War, one of these militant groups was literally Al Qaeda – a proxy mercenary front armed, funded, and employed by the West to this very day.
Additionally, in all likelihood, the brothers who took part in the attack in Paris may have been fighting in Syria with weapons provided to them by the French government itself.  France 24 would report last year in an article titled, “France delivered arms to Syrian rebels, Hollande confirms,” that:
President Francois Hollande said on Thursday that France had delivered weapons to rebels battling the Syrian regime of Bashar al-Assad “a few months ago.”
Deflecting blame for the current attack on “radical Islam” is but a canard obscuring the truth that these terrorists were created intentionally by the West, to fight the West’s enemies abroad, and to intimidate and terrorize their populations at home.

quinta-feira, janeiro 08, 2015

Je suis CHARLIE

Wolinski

O CHARLIE HEBDO sai no próximo dia 14 de janeiro


É a resposta a quem decapitou mas não conseguiu cortar a língua da liberdade de expressão na Europa.

A barbárie perpetrada em Paris, que recentemente reconheceu o estado palestiniano, como muitos outros países já o fizeram, contando até com o apoio do parlamento europeu, tem que ser esclarecida.

Esta ação militar —esta operação especial— foi claramente realizada por profissionais, e corresponde aos manuais da chamada guerra assimétrica.

Que país ou organização ordenou tal operação? Quem pagou? A quem serve objetivamente esta carnificina?

Ainda é cedo para responder a estas perguntas, mas é preciso responder e agir em conformidade, sob pena de o descrédito nas instituições políticas europeias alastrar como uma verdadeira armadilha fatal às liberdades e democracias que tanto prezamos.

François Hollande está a um passo de entregar a França à direita nacionalista de Jean-Marie e Marine Le Pen. Tem pouco tempo para explicar ao mundo quem realizou a carnificina e o que esteve por trás desta provocação sangrenta.

Ilustração de Joep Bertrams

Os artistas e as pessoas de bem e democráticas, que prezam a liberdade antes de tudo o resto, em todo o mundo, estão contigo, CHARLIE!

terça-feira, maio 03, 2011

A segunda morte de Bin Laden

Uma história muito mal contada... e perigosa

A infografia do lado direito foi mostrada pela imprensa americana como prova da morte de Osama Bin Laden. Basta olhar para a foto da esquerda para perceber a grosseira falsificação e a impostura.

A segunda morte de Bin Laden é uma encenação manhosa que deve suscitar as maiores preocupações entre as pessoas de paz. Pode estar em curso uma operação especial em larga escala visando, num primeiro momento, subir as cada vez mais desfavoráveis sondagens sobre a performance de Barack Obama, mas num segundo momento, que pode ocorrer ainda este ano, algo bem mais sinistro: criar o pretexto para desencadear uma guerra nuclear contra o Paquistão, ou mesmo antecipar uma guerra contra a China, que a ocorrer seria a terceira guerra mundial que muitos antevêem como inevitável. No imediato, há mesmo quem suspeite que a guerra financeira do dólar contra o euro possa dar em breve um salto qualitativo a partir deste episódio.

Quando vi a história quase caricata do anúncio daquela que será a segunda morte de Osama Bin Laden (ver as declarações da certamente bem informada, e tragicamente assassinada, Benazir Bhutto) coloquei os seguintes cenários possíveis:
  1. Bin Laden terá sido de facto morto no dia 1 de maio (hora americana). Mas se foi, porque não exibiram o corpo, o troféu, de forma convincente, como é da mais elementar prudência na arte da guerra? Porque decidiram atirar o corpo do homem ao mar, com o argumento pífio de que não quiseram infringir a norma religiosa muçulmana sobre enterros? Não o enterraram, pois não? Atiraram-no ao mar! Basta comparar a fotografia oficialmente divulgada pelo governo americano do suposto cadáver de Osama bin Laden, para se perceber que não passa duma grosseira infografia.
  2. Bin Laden foi morto pela segunda vez, ou seja, não foi morto. E neste caso, estamos perante uma operação de ilusionismo bélico, e de uma manobra cujo alcance falta conhecer em toda a sua extensão. No imediato, serve para melhorar a imagem deteriorada do presidente de um império falido, ferido no seu orgulho, e portanto perigoso. Serve para retirar tropas do teatro de guerra no Afeganistão, e possivelmente preparar uma guerra contra o Paquistão. Servirá, quem sabe, para justificar uma provocação terrorista sem precedentes. Há quem fale mesmo num ataque nuclear à Alemanha (ler o Telegraph de 26 de abril último), com base numa suposta bomba nuclear que Osama bin Laden teria em seu poder, e que seria desespoletada caso fosse morto pela CIA...



As teorias da conspiração proliferam, mas nem todas são teorias da conspiração (escutar esta entrevista sobre a segunda morte de bin Laden).

Há, constatada a mais do que provável falsidade da segunda morte de bin Laden, legítimas e fundadas razões para tentar perceber o que pretendem os Estados Unidos com mais esta operação dos seus serviços secretos, em clara violação do direito internacional.

A troca de cadeiras na CIA e no Pentágono (Panetta no Pentágono, Petraeus na CIA), anunciada em 27 de abril, tem que estar relacionada com esta operação. Robert Gates não gostou do que viu, ou do que lhe pediram, e resolveu sair. Temos pois os homens certos nos lugares certos... mas para fazer o quê?

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Bombaim 2008


Estação CF de Mumbai depois do ataque 26 de Novembro.
Foto original (alterada): REUTERS/Stringer (India).

Dividir para reinar

"Pakistan is publicly complaining about U.S. air strikes. But the country's new chief of intelligence, Lt. Gen. Ahmed Shuja Pasha, visited Washington last week for talks with America's top military and spy chiefs, and everyone seemed to come away smiling." (David Ignatieff, A Quiet Deal With Pakistan, Washington Post, November 4, 2008).

Eu estou convencido que o ataque terrorista à antiga cidade de Bombaim (Mumbai, desde 1995) foi, como muitos outros, uma operação especial típica das várias guerras assimétricas actualmente em curso, orquestrada pelos serviços secretos paquistaneses, que não obedecem ao governo recentemente eleito, mas há muito colaboram com os serviços secretos americanos e ingleses. A ser verdade esta minha suposição fundamentada (1), fica revelado até onde pode ir a hipocrisia e o fanatismo de alguns Estados aparentemente acima de toda a suspeita. A grande estratégia ocidental, protagonizada pelos Estados Unidos, Reino Unido e Israel, é muito simples: garantir o domínio das principais fontes de petróleo e gás natural do planeta e impedir que outros ocupem o seu lugar.

Para se atingir este objectivo numa época em que as relações de forças entre os países iniciaram uma clara deslocação tectónica em direcção ao Oriente, é fundamental atingir dois outros desideratos estratégicos: bloquear a Rússia (obrigando-a a decidir-se por um dos seus dois aliados potenciais: a Europa, ou a China) e cercar a China. A desestabilização do Tibete, da Índia, do Paquistão, do Afeganistão , do Irão e do Iraque faz parte deste estratégia de sobrevivência da supremacia Ocidental. E a velha e eficaz maneira de dominar é dividir.

Com o actual Papa e a futura Secretária de Estado de Barak Obama, Hillary Clinton, que acaba de ser confirmada no cargo (BBC), vamos ter pela frente um duelo certamente cruento entre a linha dura muçulmana e a linha dura cristã. O perigo de uma fuga em frente na direcção de uma guerra em larga escala contra o Islão, nunca esteve tão perto de acontecer.

Ao longo da história dos povos poderosos mas falidos, sempre foi uma maneira de resolver os problemas.


NOTAS
  1. India's 9/11. Who was Behind the Mumbai Attacks?
    Washington is Fostering Political Divisions between India and Pakistan

    by Michel Chossudovsky

    The Timing of the Mumbai Attacks

    The US air strikes on the Tribal Areas resulting in countless civilians deaths have created a wave of anti-US sentiment throughout Pakistan. At the same token, this anti-American sentiment has also served, in the months preceding the Mumbai attacks, to promote a renewed atmosphere of cooperation between India and Pakistan.

    While US-Pakistan relations are at an all time low, there were significant efforts, in recent months, by the Islamabad and Delhi governments to foster bilateral relations.

    Barely a week prior to the attacks, Pakistan president Asif Ali Zardari "urged opening the Kashmir issue to public debate in India and Pakistan and letting the people decide the future of IHK."

    He also called for "taking bilateral relations to a new level" as well as forging an economic union between the two countries.
    Divide and Rule

    What interests are served by these attacks?

    Washington is intent on using the Mumbai attacks to:

    1) Foster divisions between Pakistan and India and shunt the process of bilateral cooperation and trade between the two countries;

    2) Promote internal social, ethnic and sectarian divisions in both India and Pakistan;

    3) Justify US military actions inside Pakistan including the killing of civilians in violation of the country's territorial sovereignty;

    4) Provide a justification for extending the US led "war on terrorism" into the Indian sub-continent and South East Asia.

    In 2006, the Pentagon had warned that "another [major 9/11 type terrorist] attack could create both a justification and an opportunity that is lacking today to retaliate against some known targets" (Statement by Pentagon official, leaked to the Washington Post, 23 April 2006). In the current context, the Mumbai attacks are considered "a justification" to go after "known targets" in the tribal areas of North Western Pakistan.
    ...

    What has added potency to the latest charges against Islamabad is the Bush administration's own assessment - leaked to the US media - that Pakistan's intelligence agency ISI was linked to the bombing of the Indian Embassy in Kabul some weeks back that killed nearly 60 people including a much-admired Indian diplomat and a respected senior defense official. (Times of India, November 27, 2008)
    ...

    Bali 2002 versus Mumbai 2008

    The Mumbai terrorist attacks bear certain similarities to the 2002 Bali attacks. In both cases, Western tourists were targets. The tourist resort of Kuta on the island of Bali, Indonesia, was the object of two separate attacks, which targeted mainly Australian tourists. (Ibid)
    ...

    A November 2002 report emanating from Indonesia’s top brass, pointed to the involvement of both the head of Indonesian intelligence General A. M. Hendropriyono as well as the CIA.
    ...

    With regard to the Bali 2002 bombings, the statements of two former presidents of Indonesia were casually dismissed in the trial procedures, both of which pointed to complicity of the Indonesian military and police. In 2002, president Megawati Sukarnoputri, accused the US of involvement in the attacks. — in Global Research.


OAM 484 01-12-2008 19:41

terça-feira, setembro 18, 2007

Crise Global 2

Haverá alternativa a uma terceira guerra mundial?

Tal como o incêndio do Reischtag e o ataque a Pearl Harbour não passaram de provocações agendadas de uma mesma cronologia belicista, também o 11 de Setembro (agora o seu espectro) e a cruzada contra o Eixo do Mal e o terrorismo prosseguem como gigantescas manobras provocatórias destinadas a justificar uma terceira guerra mundial pelo controlo de recursos energéticos imprescindíveis ao estilo de vida moderna, inconsciente e hedonista, da chamada civilização ocidental. Nas duas grandes guerras do século 20, e na que agora se encontra em fase preliminar, o objectivo essencial foi o mesmo: controlar as reservas de petróleo e gás natural -- sem as quais não há energia barata, sem a qual o edifício capitalista global que hoje determina as nossas vidas sucumbirá irremediavelmente. É o que está neste preciso momento a acontecer (1).

Há quem pense que se o Ocidente eliminar 1/3 da população mundial, como resultado de uma guerra global assimétrica, se ganhará tempo suficiente para inventar um sucedâneo da sociedade da abundância, do desperdício e da violência inaudita. Esta simples hipótese, alimentada pelos teóricos do New American Century, além de se estar a revelar um fracasso monumental, é pura e simplesmente miserável. E inaceitável!

A queda interminável do dólar, o crescimento imparável da tripla dívida americana (dívida pública, dívida orçamental, dívida comercial), o estouro do sistema financeiro americano (2) e inglês (3), e os fortíssimos abalos que não deixarão de atingir as bancas europeia e asiática, lançarão, no decorrer do que sobra de 2007, mas sobretudo ao longo de 2008, a economia americana numa super-recessão (perante a qual a crise de 1929 parecerá uma brincadeira de crianças). Este afundamento da economia americana, por sua vez, empurrará para o tapete as economias inglesa, japonesa, australiana e boa parte das economias intermédias da Ásia, África e América Central e do Sul. A União Europeia será seriamente afectada por este furacão económico-financeiro, com a possível falência de inúmeras instituições financeiras e empresas industriais, especialmente as da fileira imobiliária. Os testes imediatos virão do comportamento de milhões de depositantes europeus relativamente às poupanças entregues ao cuidado de gestores de fundos de investimento e de pensões, nomeadamente na sequência da gravíssima crise de liquidez do Northern Rock, e do futuro imediato do mercado imobiliário em Espanha e França. A China será igualmente seriamente afectada pela crise americana. Em primeiro lugar, porque ficará atolada de papel verde sem grande valor, e em segundo, porque o seu principal cliente comercial deixará de estar em condições de comprar como até aqui.

Perante o agravamento esperado da crise de recursos à escala global, sistematicamente ocultada pelos média tradicionais, Cheney e os mentores de Bush II defenderam que a única alternativa passaria pela ocupação militar do Médio Oriente e da zona do Mar Cáspio, nem que para tal fosse necessário lançar uma guerra assimétrica de longa duração contra todas as possíveis ameaças à concretização dos objectivos energéticos em causa. Assim fizeram. Boa parte dos hipócritas dirigentes europeus (dependentes da elite financeira, tecnológica e industrial que a subsidia) alinhou com a iniciativa, quanto mais não fosse para não ser afastada da partilha dos despojos. As divergências face ao seguidismo exigido por Washington protagonizadas por Chirac, Schröder e Zapatero, não deixam, porém, de ser um facto relevante. Há, na realidade, uma importante divisão estratégica sobre o caminho a seguir na gestão da crise do paradigma energético. Para uns, possivelmente, no estado em que estão as coisas, só a cooperação poderá evitar o pior. Para os American Bull Terrier da política global, ao contrário, quanto mais depressa se atacar o Irão, a Síria, a Rússia e a China, melhor.

Os atoleiros do Iraque e do Afeganistão mostram, porém, que passou o tempo de a América poder controlar os Global Balkans com uma perna atrás das costas. Nem Global Domination, nem Global Leadership. Os Estados Unidos enquanto única super-potência global não passaram, afinal, de uma ejaculação precoce. A sua queda será, no entanto, um terramoto de escala imprevisível. É preciso cerrar os dentes e negociar, negociar, negociar! Nada que se possa confiar ao novo garnizé eleito pelos franceses, claro... (4)

A Portugal, uma recomendação: retirem os amadores e leitores de tele-ponto, quanto antes, do terreno. Teremos que ouvir o Senhor Gordon Brown e os apressados delegados americanos com muita paciência, mas sobretudo não deveremos deixar de escutar os Russos e os Chineses, e conversar amiúde com Alemães, Espanhois (5) e Brasileiros. E quanto a novos aeroportos intercontinentais e comboios de Alta Velocidade, tenham juizo!



Notas

1 - Petróleo inorgânico inesgotável, ou a caminho do pico petrolífero global?

19 Setembro 2007, 16:40. Recebi um comentário chamando oportunamente a atenção para o mais recente e controverso texto do conhecido analista William Engdahl sobre a possibilidade de os actuais preços petrolíferos não passarem de uma vasta conspiração das sucessoras das Sete Irmãs, as actuais Super Majors:--ExxonMobil, Royal Dutch Shell, BP, Total S.A., Chevron Corporation e ConocoPhillips--, para arrecadarem, sem esforço suplementar, uma apreciável fatia da riqueza mundial produzida. Se pensarmos que 80%
da poupança mundial vai, como se sabe, para o financiamento do insustentável estilo de vida dos EUA, ficamos com uma ideia clara sobre o que a combinação destas duas realidades significa em termos de pilhagem global de recursos, valor e mais-valias por parte de uma mesma oligarquia económico-financeira. A especulação com os preços do petróleo é um facto, mas que favorece paradoxalmente os principais alvos da actual conspiração estratégica anglo-americana: a Rússia, a China e o Irão. No entanto, para lá da especulação subsiste o facto de caminharmos rapidamente para uma nova era caracterizada, no essencial, pelo fim dos combustíveis baratos. O perigo desta metamorfose do paradigma energético reside na tentação de os Estados Unidos e a União Europeia (liderada pelo Reino Unido, mas a que acaba de juntar-se o novo garnizé francês) alastrarem a actual guerra de ocupação ilegal movida contra o Iraque, o Afeganistão e a Palestina, ao Irão... e à Rússia! Se tal acontecer, não só teremos o petróleo a 300 USD o barril, como uma recessão planetária sem precedentes e a evolução da actual rede de guerras assimétricas (ditas anti-terroristas) para uma verdadeira III Guerra Mundial. Os Rotchilds deste planeta não desejam outra coisa!

Para uma análise comparativa dos argumentos pró e contra a salvação prometida pelo supostamente infindável petróleo abiótico ou abiogénico, leiam-se estes comentários recolhidos a propósito do artigo de Engdahl:

Confessions of an "ex" Peak Oil Believer
By F William Engdahl, September 14, 2007

"The 2003 arrest of Russian Mikhail Khodorkovsky, of Yukos Oil, took place just before he could sell a dominant stake in Yukos to ExxonMobil after a private meeting with Dick Cheney. Had Exxon got the stake they would have control of the world’s largest resource of geologists and engineers trained in the a-biotic techniques of deep drilling.

Since 2003 Russian scientific sharing of their knowledge has markedly lessened. Offers in the early 1990’s to share their knowledge with US and other oil geophysicists were met with cold rejection according to American geophysicists involved.

Why then the high-risk war to control Iraq? For a century US and allied Western oil giants have controlled world oil via control of Saudi Arabia or Kuwait or Nigeria. Today, as many giant fields are declining, the companies see the state-controlled oilfields of Iraq and Iran as the largest remaining base of cheap, easy oil. With the huge demand for oil from China and now India, it becomes a geopolitical imperative for the United States to take direct, military control of those Middle East reserves as fast as possible. Vice President Dick Cheney, came to the job from Halliburton Corp., the world’s largest oil geophysical services company. The only potential threat to that US control of oil just happens to lie inside Russia and with the now-state-controlled Russian energy giants. Hmmmm.

According to Kenney the Russian geophysicists used the theories of the brilliant German scientist Alfred Wegener fully 30 years before the Western geologists “discovered” Wegener in the 1960's. In 1915 Wegener published the seminal text, The Origin of Continents and Oceans, which suggested an original unified landmass or "pangaea" more than 200 million years ago which separated into present Continents by what he called Continental Drift.

Up to the 1960's supposed US scientists such as Dr Frank Press, White House science advisor referred to Wegener as "lunatic." Geologists at the end of the 1960’s were forced to eat their words as Wegener offered the only interpretation that allowed them to discover the vast oil resources of the North Sea. Perhaps in some decades Western geologists will rethink their mythology of fossil origins and realize what the Russians have known since the 1950's. In the meantime Moscow holds a massive energy trump card."

Oil industry 'sleepwalking into crisis'

"Former Shell chairman says that diminishing resources could push price of crude to $150 a barrel
By David Strahan and Andrew Murray-Watson
Published: 17 September 2007

"Lord Oxburgh, the former chairman of Shell, has issued a stark warning that the price of oil could hit $150 per barrel, with oil production peaking within the next 20 years.

He accused the industry of having its head "in the sand" about the depletion of supplies, and warned: "We may be sleepwalking into a problem which is actually going to be very serious and it may be too late to do anything about it by the time we are fully aware."

Engdahl Can't Comprehend Hubbert Oil PEAK by Elaine Meinel Supkis

"Greenspan even admitted we invaded Iraq illegally, seeking oil."

"The Hubbert Oil Peak hit in America in 1972-1974. We were able to easily pump a lot of oil. From then on, we pumped less and less oil. Very simple, no? This Engdahl person can't understand that the easy oil is gone and the oil is now harder and harder to get and more and more expensive to pump and there is overall, less and less each year."

"No way would oil companies spend billions to build ocean platforms that are prey to the angry seas and hurricanes if there was tons of oil just waiting to be pumped...on land! The concept of the Peak Oil business is that the easy oil goes first, then it gets harder and harder and more importantly, the finds are smaller and smaller."

Richard Heinberg on Abiotic Oil

"Perhaps one day there will be general agreement that at least some oil is indeed abiotic. Maybe there are indeed deep methane belts twenty miles below the Earth's surface. But the important question to keep in mind is: What are the practical consequences of this discussion now for the problem of global oil depletion?

"I have not personally inspected the oil wells in Saudi Arabia or even those in Texas. But nearly every credible report that I have seen - whether from the industry or from an independent scientist - describes essentially the same reality: discoveries are declining, and have been since the 1960s. Spare production capacity is practically gone. And the old, super-giant oil fields that the world depends upon for the majority of its production are nearing or past their all-time production peaks. Not even the Russian fields cited by the abiotic theorists as evidence for their views are immune: in June the head of Russia's Federal Energy Agency said that production for 2005 is likely to remain flat or even drop, while other officials in that country have said that growth in Russian production cannot be sustained for more than another few years.

What if oil were in fact virtually inexhaustible - would this be good news? Not in my view. It is my opinion that the discovery of oil was the greatest tragedy (in terms of its long-term consequences) in human history. Finding a limitless supply of oil might forestall nasty price increases and catastrophic withdrawal symptoms, but it would only exacerbate all of the other problems that flow from oil dependency - our use of it to accelerate the extraction of all other resources, the venting of C02 into the atmosphere, and related problems such as loss of biodiversity. Oil depletion is bad news, but it is no worse than that of oil abundance.

Given the ongoing runup in global petroleum prices, the notion of peak oil hardly needs defending these days. We are seeing the phenomenon unfold before our eyes as one nation after another moves from the column of "oil " to that of "oil importers" (Great Britain made the leap this year). At some point in the very near future the remaining nations in column A will simply be unable to supply all of the nations in column B.

In short, the global energy crisis is coming upon us very quickly, so that more time spent debating highly speculative theories can only distract us from exploring, and applying ourselves to, the practical strategies that might preserve more of nature, culture, and human life under the conditions that are rapidly developing.

2 - Collapse of Lenders and Mortgage Guys Accelerating

September 17, 2007. The mortgage and banking mess gets only worse and worse. The repairs are like someone trying to fix a parachute while in free fall, using bubble gum. Won't work. A number of organizations, banks, lending groups and hedge fund hell hounds must give an accounting by the end of this month and several big houses in the US like Lehman brothers must do it this week. Few people expect good news. The rush for the exist may look like depositors in England storming the Northern Rock banks. And Greenspan has decided he is a vulture in a graveyard, bless his dark little heart. Most amusing. in Culture of Life News.

3 - O dominó inglês que poderá seguir-se à falência escondida do Northern Rock.

## Bank of England, Federal Reserve Liquidity Pumping Shows Problem Far Bigger Than Northern Rock

September 18, 2007, 1:25 PM (LPAC)--The Bank of England took emergency measures Sept. 17, injecting into the British banking system a total of 4.4 billion pounds in short-term inter-bank funds, and 2.85 billion pounds in slightly longer term funds, for a total of 7.25 billion pounds ($14.5 billion); the BOE indicated it would make available another 4.4 billion pounds on Sept. 24, if required.

But the bids (requests by banks) made for the 4.4 billion pounds that the BOE injected Sept. 17, were six times larger than the actual amount that the BOE injected. This underlines the severe liquidity shortgage of the British banking system, as banks have been scrambling to acquire funds for several weeks. The interest rate on borrowing on Britain's overnight market was still at 6.5% on Sept. 17, three-quarters of a percentage point above the BOE's official lending rate, as banks tried to borrow funds, but could not get them except at a higher rate.

(...)

On Sept. 17, U.S. Treasury Henry Paulson made an emergency stop-over in London to meet Bank of England Governor Mervyn King, and British Chancellor of the Exchequer Alistair Darling, in which it appears that Paulson told King that due to the liquidity shortage in London, which would affect the whole world's banking system, King must start openly injecting liquidity rather than the more backroom injections that King had made heretofore. Shortly after the meeting, King announced his liquidity injections package. On the same Sept. 17, as what appears to be a coordinated action, the U.S. Federal Reserve injected $16.75 billion into the U.S. banking system, some of which funds could be made available to British bank branches operating in New York.

This BOE and Federal Reserve heavy dose of liquidity pumping solves nothing, but instead stokes a hyperinflationary process far more ravaging than that of 1923 Weimar Germany.

## Day Three of Britain's Panic: Run on Northern "Wreck" Bank Continues

September 18, 2007, 12:54 PM (LPAC)---Despite the fact that the British Government and the Bank of England announced they would guarantee the deposits of the rapidly sinking Northern (on the ) Rock(s) mortgage bank, depositors continue to withdraw their funds in unprecedented amounts—and this is despite the bank's stock having gone up this morning. Already three billion pounds in deposits have been withdrawn since Friday. Other mortgage lenders whose stocks were hit hard on Monday, including Alliance & Leicester banks, recovered some of their losses so far today.

4 - Mr Lavrov said (to Bernard Kouchner) there was no military solution to any modern problem, including Iran's uranium-enrichment programme. BBC News Last Updated: Tuesday, 18 September 2007, 12:21 GMT 13:21 UK.

5 - A Espanha é um dos países mais vulneráveis à actual secagem da liquidez mundial. Se a crise dos "sub-prime", que atinge actualmente as bancas alemã, francesa e inglesa, chegar à Península Ibéria, vai ser o bom e o bonito!
Quanto a Portugal, e ao contrário do que diz o seu ministro das finanças, a provável gripe espanhola provocará inevitavelmente uma pneumonia lusitana.

Dados a reter
:

## Dívida externa espanhola dispara: passivos a devolver aos prestamistas em prazos acordados = 145% de PIB
(in Cotizalia 18-09-2007)

2003 = 716.455.000.000 euros
2006 = 1.252.480.000 euros
2007 = 1.450 000.000.000 euros

## Evolução das reservas de ouro entre Janeiro e finais de Julho de 2007

2007 (Janeiro) = 6.716 milhões de euros (13,4 milhões de onças troy)
2007 (Julho) = 4.397 milhões de euros (9,1 milhões de onças troy)

## Evolução das reservas de ouro e divisas em valor equivalente (euros)

1992/12 - 72.368.000.000 euros
2001/12 - 38.865.000.000 euros
2006/04 - 15.255.000.000 euros
2007/04 - 13.230.000.000 euros

Referências

David Ray Griffin. The New Pearl Harbor, Disturbing Questions about the Bush Administration and 9/11, 2004.
David Ray Griffin. The 9/11 Commission Report, Omissions and Distortions, 2005.
Donella Meadows et al. Limiths to Growth, The 30-Year Update, 1972, 2004.
Donella Meadows et al. Beyond Limits, 1992.
Francis Fukuyama. O Fim da História e o Último Homem.1992.
Frank Kitson. Low Intensity Operations, 1970's.
James Howard Kunstler The Long Emergency, 2005.
Jared Diamond, Collapse, 2005.
John Arquilla and David Ronfeldt. Network and Netwars, The Future of Terror, Crime, and Militancy, 2001.
Michel Chossudovsky. America's "War on Terrorism", 2005.
Michael Hardt and Antonio Negri. Empire, 2000.
Nick Dyer-Witheford. Cyber-Marx, Cycles and Circuits of Struggle in High-Technology Capitalism, 1999.
Noam Chomsky. The American Empire Project, Failed States, The Abuse of Power and the Assault on Democracy, 2006.
Webster Griffin Tarpley. 9/11 Synthetic Terror, 2005, 2006.
William Engdahl. A Century of War, 1992, 2004.
Zbigniew Brzezinsky. The Grand Chessboard, 1997.
Zbigniew Brzezinsky. Second Chance, 2007.

OAM #241 01:51, 18 SET 2007 (UTC)

domingo, setembro 02, 2007

ETA

Pichagem da ETA
E se ocorrer um atentado em Portugal?

As autoridades espanholas pediram colaboração ao nosso país para investigar a existência de possíveis células da ETA em Portugal (1). Para tal, querem enviar polícias e juízes para o território português, a pretexto de uma maior eficácia na perseguição de militantes daquela organização separatista basca, cuja violência é de todos conhecida.

Um longo status quo foi assim e repentinamente posto em causa, causando grande surpresa e hesitação nas autoridades portuguesas, ao mesmo tempo que apanhou o governo de José Sócrates completamente distraído e atrapalhado nos seus afazeres europeus, ou seja, de calças nas mãos.

E percebe-se porquê. A Espanha, que tem demonstrado uma teimosa incapacidade de lidar com o problema basco, e em geral com a candente questão das suas autonomias regionais, lançando sinais intermitentemente contraditórios sobre aquele que é o mais importante desafio à sua efectiva integridade política enquanto estado da União Europeia, decide meter o país irmão ao barulho sem que nada de verdadeiramente substancial aponte para a quebra da regra de não abuso da hospitalidade portuguesa (2), oferecida desde sempre a todos os que nos visitam. A ETA dispõe de bases operacionais em Portugal? Nós não sabemos de nada! O governo de Zapatero dispõe de informação privilegiada sobre o assunto? Então porque não comunicou, pelas vias adequadas, os factos que conhece às autoridades portuguesas? Não esperava francamente de José Luis Zapatero esta manobra de diversão para consumo interno e embaraço nosso! Ou será que anda por aí uma marosca mais séria e preocupante? Talvez o Saramago saiba responder...

Sejamos claros: a ETA é considerada pelos Estados Unidos, pela União Europeia e pela Espanha uma organização terrorista. A dita considera-se a si mesma uma organização nacionalista e patriótica de natureza paramilitar. Eu considero-a uma organização simultaneamente terrorista e nacionalista. Tal como nacionalistas e terroristas foram, pelo menos durante parte dos seus percursos de luta guerrilheira, os movimentos que pegaram em armas contra o colonialismo francês na Indochina e na Argélia, ou contra o que restava do império português no início da década de 1960.

O terrorismo é sempre condenável, venha de onde vier e seja em nome de que causa for. Sempre pensei assim, e por isso condeno as práticas infelizmente muito generalizadas da chamada guerra assimétrica, nomeadamente por parte da actual potência hegemónica, os Estados Unidos, que a tem difundido em todos os cantos do planeta onde não pode agir abertamente. A diferença entre o terrorismo de Estado e o terrorismo nacionalista é que o primeiro é secreto, dissimulado e emprega a vanguarda das tecnologias do horror (de primeira geração), enquanto o segundo é público, assume abertamente uma causa (boa ou má) e socorre-se de tecnologias pouco sofisticadas (ou de segunda e terceira geração.) A semelhança é que ambos são intoleráveis demonstrações de barbárie, i.e. meios que nenhum fim justifica, apesar de corresponderem a velhas fórmulas de enfrentamento humano violento. Neste sentido, sou solidário com as vítimas da ETA, sou contra a ETA e espero que a Espanha consiga encontrar uma solução equilibrada e sobretudo inteligente para um problema que se afigura, pelo menos por agora, sem fim... A ninguém interessa já uma balcanização da Espanha. Não interessa aos Estados Unidos, não interessa ao Reino Unido, não interessa à França e muito menos interessa a Portugal. Não há, por conseguinte, motivos para que Madrid continue a alimentar a síndrome da perseguição relativamente a esta questão. Está nas suas mãos prosseguir eternamente um conflito de baixa intensidade contra a ETA, ou resolver politicamente o problema a partir de uma visão mais ampla do futuro europeu. O Reino Unido da Espanha poderia muito bem ser constituído por uma federação de estados solidários. Creio que todos ganhariam.

O País Basco, como a Catalunha e a Galiza, onde existem nações fortes e bem mais antigas do que a Espanha católica e castelhana, aspiram porventura a um Estado democrático e federal. Os escoceses, os irlandeses e os kosovares não deixam de ter sonhos semelhantes. Podemos condená-los por isso? Até que ponto a ETA não acaba por ser, nesta perspectiva, a tonta útil da teimosia centralista castelhana? As recentes afirmações de Zapatero sobre a nova rede de alta velocidade ferroviária como o verdadeiro e eficaz instrumento da unidade da Espanha, não acabarão por ser contraproducentes para o seu país e indelicadas para Portugal?

Mas voltemos à inaceitável proposta de instalação, ainda que temporária, de delegações policiais e judiciárias espanholas no nosso país. As autoridades portuguesas prestarão sempre (como sempre prestaram) toda a ajuda possível às autoridades espanholas na perseguição de pessoas ou organizações que tenham cometidos crimes, nomeadamente condenáveis à luz das convenções bélicas internacionais, e que porventura se tenham refugiado no nosso país, desde que para tal sejam solicitadas. Não faz qualquer sentido que outro país nos impinja uma ajuda não solicitada! Se amanhã a ETA resolver realizar um atentado terrorista em Portugal (3), os nossos polícias e juízes não pensam instalar-se no território espanhol, mas antes solicitar às autoridades do país vizinho que localizem e extraditem para julgamento os autores do putativo atentado.

Não devemos colocar a carroça à frente dos bois. Nem deixar que outros o façam!



Notas

1) Ver notícia no El PAÍS: Link 1, Link 2

2) Portugal sempre acolheu refugiados e sempre deixou passar por cá protagonistas de guerras e trapalhadas criminais alheias. É uma espécie de Suiça dos espiões, guerrilheiros e escroques de toda a espécie (salvo a terrorista mais assanhada.) Portugal e Espanha são hoje os grandes camelôs do contrabando de tabaco e drogas para o resto da Europa (daí vem boa parte da sua inexplicável prosperidade.) A Espanha, além do mais, tornou-se numa gigantesca máquina de lavar dinheiro negro, que canaliza em grande parte para a destruição imobiliária do próprio país e daz zonas que influencia. Em suma, ambos os países têm quintas e quintais obscuros que convém não remexer demasiado. Há assuntos que não devem ser tratados na praça pública, sob pena de se perturbar um vespeiro cuja agitação pode tornar-se letal.

3) Esta suposição é meramente retórica, pois a ETA age segundo uma racionalidade clara, que obviamente não passa por provocar, nem enfrentar, quem não pertence ao seu teatro de guerra.



OAM #235 02 SET 2007