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domingo, julho 09, 2017

Por uma micro-revolução agrária


Depois da migração industrial virá a migração agrária


La deslocalización a Portugal amenaza a los sectores más vitales de la economía gallega 
LA VOZ 09/07/2017 05:00 H 
Imaginemos un empresario gallego que necesita expandir su empresa. Comienza a buscar suelo y lo más barato (no lo mejor) que encuentra no baja de 100 euros el metro. Necesita ampliar plantilla, y los costes se le disparan. Hacienda no le va a echar una mano. Todo lo contrario, el año que viene ya ni siquiera le va a permitir fraccionar el IVA. Y entre tramitaciones, planes y licencias la obra acabada se le pone en el 2020.  
No le salen las cuentas. Desesperado, acude a un parque empresarial de Valença. Ve el cielo abierto cuando le ofrecen suelo urbanizado y listo para ocupar a 20 euros el metro cuadrado, bonificaciones a la contratación de portugueses que, sumadas a los sueldos más bajos, reducen el coste salarial en un 50 %. Y en materia fiscal, exención del IBI, deducción de hasta un 25 % en sociedades si reinvierte cada año un 10 % de los beneficios obtenidos. Los número cuadran.

O preço do trabalho não qualificado, dos solos e do edificado tornam Portugal neste momento um país atrativo no quadro europeu e norte-americano. Os turistas afluem como nunca de ambos os lados do Atlântico, sobretudo porque têm à sua disposição voos low cost, alojamento local barato potenciado por plataformas eletrónicas, uma enorme diversidade de oferta num território, para este efeito, confortavelmente pequeno, e, por enquanto, a segurança de um pais homogeneamente cristão.

A bolha imobiliária da requalificação urbana, e a compra maciça de casas nos centros históricos das principais cidades e vilas do país, sobretudo Lisboa, Porto e Cascais, ainda tem pano para mangas (talvez para uma década...) na Grande Lisboa e Península de Setúbal, Porto, mas também em pequenas vilas e povoações do Alentejo, Beiras e Douro Litoral.

Uma nova revolução agrária, mas desta vez sem a obsessão coletivista das esquerdas.

Em breve chegará ao nosso país uma corrida às quintas e quintinhas, para viver e descansar, mas também e principalmente para produção vinícola, hortícola e florestal especializada, recorrendo nomeadamente à agricultura dinámica e biológica. Estes produtos podem vender-se mais caros do que os que saem das estufas de Andaluzia e Marrocos. Os mercados norte-americanos e europeu, sobretudo os mercados urbanos e as classes profissionais educadas, preferem cada vez mais uma alimentação livre dos OGMs, adubos e pesticidas que contaminam a terra, as plantas e os animais, incluindo as pessoas.

No plano florestal, PPR europeus têm vindo a investir em Portugal milhões de euros, em carvalhais de tenra idade (nascedio). É bem possível que estes mesmos fundos de pensões estejam já a olhar para a micro-produção alimentar do futuro. 

De mais de 811 mil explorações agrícolas existentes em 1968, passámos para pouco mais de 264 mil em 2013 (Pordata). Presumo que houve, mais do que concentração capitalista, um grande abandono de explorações. No entanto, há outro e importante ponto a reter: existem mais de 11,6 milhões de prédios rústicos no nosso país, para um pouco mais de 8 milhões de prédios urbanos (O Cadastro e a Propriedade Rústica em Portugal). Nos Estados Unidos, em 2007, havia tão só 2,2 milhões de quintas!

Que tal agregar os micro-proprietários rurais em associações de investimento alavancado com capital importado, em vez de permitirmos que o insaciável estado burocrático e partidocrata que temos leve a cabo uma espécie de gentrificação rural, como me cheira que o rescaldo de Pedrógão Grande venha a permitir?

Está na hora de reunir o pouco capital que resta e atrair capital externo para apostar em rendimento futuro. Este passará, em grande medida, por um renascimento da agricultura e da silvicultura. No nosso país, pela dimensão das propriedades e pela topologia e natureza dos terrenos, só especializando-nos na qualidade e na ecologia chegaremos a algum lado.

quarta-feira, setembro 28, 2011

Biomassa em vez de barragens

A floresta sustentável é uma alternativa

A EDP tem uma dívida acumulada 3x maior do que a da Madeira e igual ou superior à dívida conjunta de todo o sector público de transportes!!!


A gestão sustentável do Pinheiro Bravo é uma alternativa ao descalabro barragista

Out of the woods? Rural Europe (re)turns to forests as main energy source

Wood is already the most widely-used source of renewable energy in Europe, but the European Commission is looking at additional measures to help rural regions seize their potential for power from biomass.

Forests cover more than 155 million hectares (37%) of the EU27's land area and a further 21 million hectares is covered by other wooded land.

However, the Commission believes there is a clear potential to intensify forests' energy utilisation as only up to 70 % of the annual forest growth being harvested, with some 42% being used for energy.

In addition, wood burning is considered to be largely carbon neutral if forests are cultivated in a sustainable way, making it an environmentally-welcome alternative to oil and coal in rural areas.

Another advantage of biomass is that it may be directly stored and drawn upon for use at any time, unlike wind or solar electricity that need to be consumed directly or converted in order to be stored.

in EurActiv, 22.09.2011.

É por causa do descomunal endividamento da EDP que o pirata Mexia gasta milhões de euros em publicidade e falsas acções de responsabilidade social (green washing). A verdade é que boa parte da factura energética que todos pagamos se deve ao enorme embuste energético fabricado durante o consulado do pirata Sócrates, o qual terá que ser necessariamente desfeito sob pena de os aumentos anunciados em sede de IVA e de preço ajustado ao custo real da energia se tornarem socialmente incomportáveis.

Há um crime público neste sector que tem que ser desvendado e tratado como tal. Os responsáveis políticos pelo colapso financeiro do país têm que ser levados a tribunal e responsabilizados pelas patifarias que fizeram, ajudaram a fazer ou criminosamente autorizaram.

O Plano Nacional de Barragens é um embuste e um crime que tem que ser desfeito quanto antes.

Podemos aumentar a capacidade produtiva das nossas maiores barragens, mas não faz qualquer sentido construir novas barragens. As que se encontram em início de obra (Sabor e Tua) devem parar já!

A hipótese nuclear é outro embuste. Enquanto os japoneses, franceses, alemães e americanos não demonstrarem que o nuclear é mais seguro do que Fukushima, Portugal não pode, sob nenhum pretexto, servir de cobaia à nova geração de reactores supostamente seguros.

Temos, pois, que recorrer às alternativas mais óbvias, seguras e baratas:
  • baixar drasticamente a intensidade e o custo energéticos da nossa economia, lançando um cluster nacional de eficiência energética (que aposte na nova rede ferroviária de bitola europeia, na requalificação dos portos, numa nova indústria naval especializada —por exemplo em navegação de cabotagem, científica e de recreio— no transporte colectivo eléctrico, na eficiência energética dos edifícios e das cidades, na agricultura biodinâmica, na investigação científica focada nestes domínios, etc.);
  • libertar as renováveis eólicas e solar das ligações forçadas à REN e da canibalização burocrática, clientelar e fiscal das facturas do consumo energético;
  • apostar, com a UE, decidida e rapidamente, na biomassa florestal e na exploração sustentável da nossa vasta floresta de Pinheiro Atlântico.
O governo tem que tomar a iniciativa!

ÚLTIMA ACTUALIZAÇÃO: 28-09-2011 18:16

domingo, setembro 04, 2011

Menos burocracia, e mais emprego!

Aposto no IVA a 25% em 2012!


Vejam como da Europa se vê a Alta Velocidade em Portugal!


Palpita-me que teremos o IVA principal a 25% a partir de Abril de 2012. Talvez com novas medidas de protecção aos mais pobres, mas sem por isso deixar de por os cabelos da classe média em pé, e de enfurecer ainda mais a nomenclatura até agora refastelada nos sofás do orçamento.

Os cortes na despesa vão doer e agitar as corporações e a nomenclatura, que aliás já criaram uma Frente Popular (presidida por Mário Soares e Cavaco Silva) contra o actual governo de estrangeirados (pensam os dois, mas ainda não dizem...)

A verdadeira solução, porém, está em compensar o desemprego público que aí vem, com a criação de novos empregos de iniciativa pública e novos apoios à infância (regresso do abono de família, cheque-nascimento, etc.) Os novos empregos criados directamente pelo Estado, com carácter temporário, deverão ser expressamente destinados à realização de tarefas úteis ao país que exijam, por natureza, o uso de mão-de-obra e massa cinzenta intensivas — preparando-se assim o país para o período pós-crise.


Toyota Prius, adoptado pela polícia de trânsito de Nova Iorque. O Estado e as autarquias devem dar o exemplo...


Seis áreas de crescimento potencial (imediato) do emprego:
  1. turismo urbano (não toquem na competitividade das nossas tascas!) 
  2. requalificação nacional da floresta, reaproximação urbana ao cultivo familiar e comunal de alimentos e criação dum forte sector agrícola orientado para a produção orgânica
  3. requalificação e sustentabilidade urbanas (eficiência energética)
  4. lançamento da nova rede nacional ferroviária de bitola europeia 
  5. formação, certificação e exportação de competências no sector da construção civil e militar.
  6. criação de uma indústria marítima ligeira de tecnologia intensiva

A este tipo de acção responsável e estratégica dos governos, Minsky chamou Employer of Last Resort — ou seja, um Estado como Empregador de Último Recurso. Os governos deixaram de poder desempenhar como antes a função de para-quedas financeiro de último recurso (pois também estão falidos, como todos nós). Ou seja, é preciso emagrecer a burocracia (e calar com argumentos certeiros a Esquerda Empalhada) para criar, de facto, o novo emprego produtivo que permitirá o país sair da crise (não sem antes engavetar, claro está, alguns piratas).

A despesa em percentagem do PIB irá diminuir todos os anos, até passar de 50,6% em 2010 para 43,5 em 2015”, adiantou [Passos Coelho] 
Perante a insistência dos jornalistas sobre se ainda há margem para numa situação excepcional agravar a carga fiscal, Passos Coelho assegurou que, perante um país “tão cansado e tão extenuado com os aumentos” que já ocorreram, não lhe iriam “arrancar a ideia de que se calhar ainda vamos ter que aumentar mais impostos” — Jornal de Negócios.

A despesa pública total era nos EUA, em 1950, de 14,3% do GNP, 23,8% em 1975, e 39,97% do GDP em 2010. Em Portugal, o governo gastou em 2010, por baixo, 46% (ou 50,6%, segundo Passos de Coelho) da riqueza produzida dentro do país (PIB)

É esta tendência, detectada por Hyman Minsky, que tem que ser corrigida e não pode continuar a agravar-se, pelo simples facto de ter dado origem a um facto novo na história económica: uma epidemia de Dívidas Soberanas que poderá atirar o Ocidente para um movimento de empobrecimento caótico, muito perigoso do ponto de vista social e político.


ÚLTIMA ACTUALIZAÇÃO: 05 SET 2011 10:45