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quinta-feira, janeiro 31, 2019

A caixa negra de um resgate

Caixa Geral de Depósitos (CGD) (3779646223)

Propaganda não é prosperidade, nem paga dívidas


Resgate a Portugal foi o terceiro maior de sempre na história do FMI 
O Jornal Económico. Mariana Bandeira, 03 Janeiro 2019, 14:09 
O resgate financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI) a Portugal foi o terceiro maior da história da instituição liderada por Christine Lagarde. O ranking das maiores injeções de capital do fundo é encabeçado pela Argentina e pela Grécia.

A venda de ouro português foi uma prática sistemática desde o fim da ditadura. Foi, aliás, esta venda que financiou, em primeiro lugar, os novos direitos sociais do Portugal democrático.

Tal delapidação só parou em 2010, quando o Banco Central Europeu proibiu o governo português de mexer nas 382,5 toneladas que ainda restam das 801,5 toneladas existentes em 1974 (Wikipédia).

Estas reservas são, pois, uma espécie de colateral dos 51,7 mil milhões de euros emprestados pelo BCE e pela UE, para evitar a bancarrota do país cor-de-rosa que temos.

Continuamos, ao fim de três anos de propaganda governamental e partidária responsável por uma divisão social e cultural crescente entre os portugueses, no top dos devedores mundiais:
  • quase 250 mil milhões de euros de dívida pública bruta (a líquida andará pelos 225 mM€) 
  • mais de 700 mil milhões de euros de dívida total. 
Existem mais ou menos dez milhões de contas bancárias em Portugal. Mas total do dinheiro depositado nos bancos não vai além dos 140 mil milhões de euros, ou seja, pouco mais de metade da dívida do Estado e das suas sinecuras.

Por outro lado, menos de 200 mil portugueses têm depósitos superiores a 100 mil euros.

É por estas e por outras que a recente decisão, do PS, PCP e Bloco, de forçar os bancos a comunicar ao fisco as contas com mais de 50 mil euros, se parece com a preparação para uma nova crise financeira indígena. Quando? Quando batermos outra vez à porta do FMI e do BCE, porventura na iminência de uma nova bancarrota nacional. O governo pretende, pois, saber em que bancos e contas estarão os montantes de depósitos e obrigações potencialmente sujeitos a perdas por efeito de um bail-in (resgate interno) em caso de nova crise bancária acompanhada de falência de bancos. A preocupação anunciada com fugas ao fisco não passa de uma cortina de fumo.

A crescente agitação sindical é um sinal claro de que a reversão da austeridade não aconteceu, e que o governo, aflito, se prepara para novas emergências. E você, já se preparou?

O grande buraco da Caixa tem uma cor dominante: a cor da rosa. Parece assim evidente que Geringonça rosa-e-vermelha tudo fará para esterilizar o novo inquérito e os possíveis processos judiciais que entretanto surjam à superficie. Basta investigar Joe Berardo e o que levou Elisa Ferreira (e Francisco Louçã...) para o Banco de Portugal, para que mais este esclarecedor artigo de Helena Garrido abra uma nova e mais negra Caixa de Pandora.
Se os deputados quiserem, haverá culpados na CGD 
Helena Garrido. Observador, 31/1/2019, 7:44 

Com a informação disponível neste momento já é possível concluir que o período que gerou mais perdas para a CGD foi o que vai de 2005 a 2007, quando Carlos Santos Ferreira era presidente do banco e Armando Vara e Francisco Bandeira faziam parte da sua equipa. No relatório e contas de 2016 conclui-se que 39,5% das perdas apuradas nesse ano (imparidades) vieram de financiamentos concedidos entre 2005 e 2007. 
É nesse período que se inicia o processo da Artlant com a espanhola La Seda; é nesses anos que se financia Vale do Lobo; é nesses anos que se concedem empréstimos que envolvem indirectamente a CGD na guerra pelo controlo do BCP e é nesse tempo que se dá crédito para controlar a Cimpor. Quando Carlos Santos Ferreira passa para o BCP, a administração seguinte da CGD, liderada por Fernando Faria de Oliveira e que vai até 2010, gera igualmente perdas significativas (23,6% dos 5,6 mil milhões de euros de perdas apuradas em 2016), mas já estamos perante erros por omissão, por não decidir acabar com alguns projectos.
Joana Amaral Dias: “A Caixa é um poço sem fundo” 
Jornal i, 01/02/2019 12:09 
Injetámos mais ou menos 20 mil milhões de euros na banca nos últimos dez anos; destes, seis mil milhões de euros foram para a Caixa. Recordo que, em 2012, a Caixa não fez parte do escrutínio da troika e logo nesse ano foram injetados pelo governo de Pedro Passos Coelho 1,5 mil milhões de euros sem qualquer auditoria. Agora não há imparidades no banco? Vão justificar esses 6 mil milhões como? E esta auditoria da EY é de 2000 a 2015 porque é óbvio que antes de 2000 exatamente a mesma promiscuidade se passou na Caixa Geral de Depósitos, não há dúvidas. Teve momentos melhores, teve momentos piores, talvez este momento tenha sido pior, sobretudo depois de 2005, mas isso não foi um vírus ou um bug do milénio. A Caixa sempre foi este poço sem fundo, serviu como braço forte do poder político para basicamente comprar aliados, para arquitetar uma perigosa rede clientelar que contribui para que Portugal seja campeão da corrupção.

Atualizado em 02/02/2019, 16:08 WET

quinta-feira, dezembro 11, 2014

BES: quem pergunta e quem dispara ao lado?

Ricardo Salgado na Assembleia da República.
Foto@Sol

O Espírito Santo vai nu, e parte do parlamento também!


Infelizmente os 'socialistas' no poder tornaram-se uma casta corrompida pelo dinheiro.

No inquérito aos piratas do BES que neste momento decorre no parlamento, o PS e o PCP têm atacado o Governador do Banco de Portugal, cujo papel, todos sabemos, oscilou entre obedecer à nomenclatura do regime enquanto lhe foi possível, e cumprir expeditamente e in extremis as ordens dos credores de Bruxelas e sobretudo do Banco Central Europeu, quando estas chegaram.

Ricardo Salgado correu Meca e seca, até convocou um Conselho de Estado, mas de nada lhe serviu. A resolução estava tomada, e disso mesmo deu conta o PM a quem o quis ouvir. Na realidade, depois do que acontecera em Chipre, e com o BPN, o que nem Pedro Passos Coelho, nem a Comissão Europeia e BCE queriam era outro resgate bancário com uma fatura passada exclusivamente aos contribuintes, obrigacionistas e depositantes distraídos e/ou aventureiros.

A 'esquerda', pelo que se vai percebendo, teria preferido cair outra vez em cima dos pobres indígenas lusitanos, por exemplo, nacionalizando mais um banco falido e cravejado de dívidas, imparidades e buracos negros de especulação, atirando depois as culpas do assalto fiscal ao governo e aos grandes capitalistas (onde estão eles?) pelo sucedido.

É o que dá termos tido até hoje um regime populista dominado por uma simbiose entre as castas partidária e corporativa alimentadas pela famosa banca portuguesa que, como vemos, se esvaiu no exercício e, sobretudo, na sua crassa ignorância económico-financeira e incorrigível ganância e soberba.

Boa parte dos banqueiros do regime sabiam sacar rendas e angariar negócios sem risco junto do neocorporativismo instalado (de direita e de esquerda, empresarial, partidário e sindical), distribuindo 10 a 15% das negras margens, sob a forma de comissões, aos facilitadores. Não sabiam inovar, nem competir. Mas deram emprego ao pessoal do Bloco Central da Corrupção durante décadas. Até que tudo isto entrou num processo irreversível de bancarrota.




As perguntas do PS, PCP e CDS/PP não são assertivas. Porque será?

Os deputados do PS, PCP e CDS-PP fazem festinhas a Ricardo do Espírito Santo Silva Salgado, e colocam sintomaticamente a tónica da inquirição nas responsabilidades do Banco de Portugal, de outros organismos de regulação financeira, e no governo, como se, como bem disse a Mariana Mortágua, mas não no sentido em que o disse, Ricardo Salgado e o BES fossem as vítimas disto tudo!

Os deputados do PSD, partido maioritário do governo, têm-se portado bem no inquérito da década. Et pour cause — pois foi o atual primeiro ministro que, sob instruções claras do BCE e de Bruxelas, recusou liminarmente salvar os piratas do BES com mais dívida pública! Por outro lado, o fim do BES e do BPN são excelentes notícias num país que, embora falido por piratas, quer sair do buraco e reformar a sua democracia.

O CDS, um partido com várias trapalhadas de corrupção nas mãos da Justiça, e uma ligação muito perigosa ao BES, dá uma no cravo e outra na ferradura. Compreende-se!

Infelizmente, boa parte da 'esquerda' mundial tornou-se uma coisa oportunista, corrupta, burocrática, semi-religiosa e reacionária, acantonada nos sucessivos traumas da sua história, e basicamente com medo do futuro. Esta 'esquerda', que precisa de uma nova racionalidade e de novas ferramentas analíticas, em vez de litanias que já ninguém ouve, para compreender o mundo e ajudar a transformá-lo, precisa também de libertar-se dos donos que já não a servem, mas que dela se servem, com a mesma arrogância que temos visto no semblante de Ricardo Salgado. Fizeram asneiras tremendas, mas continuam cheios de si!

Mariana Mortágua

As mais acutilantes e bem preparadas linhas de interrogação desenvolvidas ao longo do inquérito parlamentar em curso têm a assinatura de uma jovem economista do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, filha do lendário Camilo Mortágua. O pai deve estar orgulhoso, e tem boas razões para estar.

Que pena ser do Bloco de Esquerda! Ou talvez não...

Com sorte, ainda veremos a brigada do reumático estalinista-maoista-trotskista, que tem vindo a pulverizar alegremente o Bloco, ser varrida pela enxurrada que está a mudar este regime.

O BE poderia tornar-se rapidamente um partido muito útil à nossa exangue democracia, se ganhasse o juízo que infelizmente os fundadores há muito perderam.

O blogue de Mariana Mortágua —DISTO TUDO— criado expressamente para explicar a complexidade do inquérito ao BES, é um magnífico sinal de que podemos ter esperança no futuro.

Que venha a Geração Milénio, que venham as mulheres tomar conta disto tudo!


ÚLTIMA HORA

O Banco Espírito Santo aprovou em Março deste ano um donativo de 11 mil euros para a realização da Festa do Avante!, avança a edição do jornal Público desta quinta-feira. O PCP já veio negar ter recebido qualquer verba do banco, mas um documento interno do banco revela o contrário.

O Público teve acesso a um documento do Departamento de Municípios e Institucionais do BES, datado de 24 de Março, no qual se pode ler: O PCP “solicita que o BES mantenha o apoio à realização da Festa do Avante (que ocorre este ano nos dias 5, 6 e 7 de Setembro) nomeadamente [com um] donativo no valor de 11 mil euros”.
Sol
Percebe-se agora melhor porque é que o Jerónimo de Sousa prefere atacar o Banco de Portugal a interrogar como deve ser o BES?

terça-feira, dezembro 02, 2014

A Maria Luís recusou? Ganda ministra! Um beijinho daqui, do António Maria :)


Conversa fiada dum submarino do Cavaco no BES!


De acordo com o então CEO do Banco Espírito Santo, o encontro com Maria Luís Albuquerque serviu para saber se o Governo estaria disposto a adiantar um financiamento provisório ao banco, para superar a fase mais difícil do impacto da divulgação das contas do primeiro semestre. No plano adiantado por Vítor Bento, essa verba seria depois substituída por capital privado. Mas a ministra recusou.

O ex-presidente do Novo Banco, Vítor Bento, diz que foi "surpreendido" com a aplicação da medida da resolução do BES e que "não houve tempo" para saber se haveria investidores privados interessados em investir no banco.

Ler mais no JN

O destino fatal do BES começou quando recusou abrir os seus livros ao Banco de Portugal, e entrou na rampa do cadafalso no dia em que o Luxemburgo iniciou um processo de investigação judicial sobre o grupo, culminando com o telefonema do Draghi, ou de alguém por ele, a explicar ao pobre Carlos Costa que não podia anunciar a Resolução do BES antes das 00:00 do dia 4 de agosto — segunda-feira, por motivos óbvios, mas que até hoje, nem o governador do Banco de Portugal, nem a maioria dos ministros, nem as cagarras do parlamento entenderam. O motivo era, afinal, simples: sem a publicação da legislação sobre o Mecanismo Único de Resolução bancária, aprovada in extremis no dia 15 de julho de 2014 pelo parlamento europeu, no Jornal Oficial da União Europeia, facto que só se verificaria no dia 4 de agosto, não haveria, pura e simplesmente, mecanismo para invocar!

Foi por isto que a célebre conferência de imprensa do Governador do Banco de Portugal, anunciada para o dia 3 às 20:30, escorregou para as 22:30, mas só viria a começar às 23:15 do dia 3 de agosto, em Lisboa, ou seja, às 00:15 do dia 4 de agosto, em Bruxelas e Frankfurt. Capiche?
Entretanto, o inquérito ao BES não passa de mais uma fantochada para indígena ver, e pagar, claro.

Quanto às ajudas do fundo de capitalização bancária ao BES, foi Ricardo Salgado que as recusou e por motivos óbvios, como a seu tempo identificámos: não queria que se soubesse o que viemos todos a saber depois e determinou o fim de um dos principais alicerces (podre, é certo) do sistema financeiro português.

Ricardo Slagado fez tudo para sacar a massa de que precisava para tentar tapar um buraco negro sem fundo. Até convocou um Conselho de Estado para o efeito! Em desespero de causa, embora tarde demais, exigiu aos seus rapazes da Portugal Telecom (Granadeiro e Bava) a renovação do empréstimo da Rio Forte à PT, no montante de 900 milhões de euros — ou até a conversão desta em capital da PT. O resultado é também o que se conhece: o colapso e alienação forçada da PT pelo melhor preço.

O Professor Pardal, perdão, Marcelo, e todas as restantes aves canoras dos médias asseguraram, a mãos e pés juntos, que o sistema bancário português era um dos mais sólidos da Europa. Era, não foi? Já alguém ouviu algum dos opinocratas que venderam o prestígio e fiabilidade dos nossos bancos aos indígenas pedir desculpa pela péssima avaliação que fizeram? Então porque andam todos a chater o governo? Esta corja de rendeiros e devoristas chegou felizmente ao fim do seu prazo de validade. O que virá depois não sabemos, mas pior é impossível.

Triste e indigente é a forma como a imprensa continua a vender as ilusões deste poder corrupto, falido e que já não manda nada no que é essencial nas nossas finanças e na nossa economia.

sexta-feira, novembro 21, 2014

BES e a treta da comissão de inquérito

Mariana Mortágua, deputada do Bloco não faz os TPC.
Foto © Jose Sérgio/ Sol

A casta deixou de servir a democracia. Serve-se a si mesma e sem qualquer vergonha na cara


Mariana Mortágua | Embalos semânticos
Expresso, 7:00 Sexta feira, 21 de novembro de 2014

A partir do momento em que se tornou pública a necessidade de uma intervenção estatal no BES, o Governo, na voz de Maria Luís Albuquerque (MLA), apressou-se a construir duas teorias. A primeira: "aconteça o que acontecer, não haverá prejuízos para os contribuintes" (MLA, 8 Out, AR). A segunda: "O Governo teve conhecimento da decisão da resolução do BES na tarde do dia 1 de agosto (MLA, 8 Out, AR), logo, a responsabilidade da mesma cabe ao Banco de Portugal.

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Apesar de pertencerem à casta dos 1% com maior rendimento coletável do país, os nossos deputados da treta nem sequer se dão ao trabalho de ler o Jornal Oficial da União Europeia, e as resoluções do Parlamento Europeu, nomeadamente aquela que deu lugar ao Mecanismto Único de Resolução (MUR ou SRM). Se o fizessem não andariam a pulverizar os indígenas com a falsa discussão sobre as responsabilidades do governo e de Maria Luís Albuquerque no colapso do banco do regime, onde tantos beberam, mais ou menos, privilégios corruptos. Assim que governo e BCE perceberam que o BES ia colapsar, começou uma corrida contra o tempo para antecipar a redação, aprovação e implementação do MUR. Houve, pois, uma triangulação entre o nosso governo e Banco de Portugal e o Parlamento Europeu e o BCE, nas medidas, nas provisões e no timming da entrada do grupo financeiro GES e banco BES no Mecanismo Único de Resolução. Tudo o resto é conversa de jornalistas e deputados que não fazem o trabalho de casa... e mais do mesmo, ou seja, a manipulação diária dos bovinos contribuintes que continuam a alimentar a corja que arruinou o país — com impostos, taxas e votos!

Quando as ações do BES e do BCP cairam 25% numa só semana de maio deste ano, o destino do grupo BES estava traçado, e só quem anda a milhas destes temas, ou queira escondê-los, não sabia o que iria acontecer. Quem especulou e perdeu, não tem nada que arrastar-se pelos gabinetes e redações vertendo lágrimas crocodilo.

Neste blogue foram escritos vários textos esclarecendo sem ambiguidades o que iria acontecer e porquê.

Ricardo Salgado chegou a convocar um Conselho de Estado para anunciar o que aí vinha se não o acudissem. Queria dinheiro do estado, mas sem mostrar os livros; queria, através do BCP e da meretriz Caixa Geral de Depósitos, a massa da Troika, mas sem mostrar os livros. Como levou tampa, telefonou aos afilhados da PT e sacou-lhes 900 milhões de euros. Como levou tampa do governo, do BdP e dos outros bancos, convenceu a Goldman a fazer uma entrada/saída relâmpago, obviamente especulativa, no capital do BES, por um lado, para ver entrar liquidez num navio que batera no gelo e que afundava à vista de todos os ceguinhos do país (que por isso viam outras coisas e dançavam...). A imprensa económica anunciava a operação de tomada de posição qualificada no BES por parte de dois fundos abutre (um deles, a Goldman Sachs) no mesmo dia em que estes mesmos especuladores já vendiam as ações que entretanto 'valorizavam' na lógica do sobe-e-desce do Casino do PSI20. Pretender que o governo poderia ter feito outra coisa, ou sequer agir autonomamente quando o país não passa de um protetorado da União Europeia, é atirar areia aos olhos de quem não vê ou não quer ver.

O inquérito ao colapso do GES/BES é uma farsa. Já agora quanto ganham os senhores deputados e as senhoras deputadas por esta farsa? Quanto vai custar mais um inquérito inútil aos contribuintes? Onde estão os tribunais? Onde está a Polícia?!