sábado, maio 31, 2014

O lobo Mário e o cordeiro Tozé


O bonzo-mor do PS defende na praça pública o assassinato político e o golpe de estado, como um vulgar estalinista do século passado. Ao que esta criatura chegou. Paz à sua alma democrática perdida!


Mário Soares:

“...a “grande vitória” anunciada por Seguro foi uma vitória de Pirro. Que não pode deixar de desagradar aos socialistas a sério que tenham uma ambição para lá de ganhar eleições (...).

Impõe-se, mais do que nunca, uma política corajosa que faça a ruptura com a direita e com as políticas da direita.

Ainda bem que António Costa resolveu disponibilizar-se e que avançou para se bater pelo PS. Para que o PS seja um partido de esquerda e se bata em favor do povo contra a direita que o tem oprimido. Foi um acto de grande coragem que faz esquecer as hesitações do passado.

Felicito-o e apoio-o. Acho que nos vai fazer permitir que o nosso querido PS, do punho erguido à esquerda e dos socialistas que não têm medo de ser tratados por camaradas, se mobilize para construir um futuro diferente” — in Público, 29/5/2014.
António José Seguro:
[...] o partido e a democracia portuguesa vivem uma situação única, com uma contestação a um líder que ganhou duas eleições e está legitimado democraticamente. De acordo com fonte oficial socialista, esta posição foi transmitida por António José Seguro logo na intervenção de abertura da reunião — in  Assis: “Não sou nenhum troca-tintas”, 15:52 Observador, 30/5/2014.

Não se conhece António Costa pelas ideias, mas ficámos a saber que desta vez vai obedecer ao Tio Mário. A castanha, porém, poderá estourar-lhe na boca. A criatura Costa é ambiciosa, mas de líder partidário nada tem. Logo, o mais provável é o atual presidente da autarquia lisboeta perder mais este confronto com António José Seguro, seminarista que conhece bem as manhas com que se tece uma máquina partidária, e que teve, inesperadamente para muitos, nestas eleições europeias, uma janela de oportunidade em matéria de governabilidade à esquerda da atual coligação: Marinho Pinto (1).

Foi, aliás, isto mesmo que Mário Soares farejou imediatamente, e o que fez tocar o telemóvel do Costa, com a abrupta ordem de marcha! Acontece que esta nova tentativa de remover à bruta o atual líder eleito do PS, pela forma imposta por Mário Soares, mas sobretudo pela corja que representa, a ter sucesso, representaria o regresso ao passado do PS, e não a tentativa, titubeante, é certo, de renovar o partido que levou o país à falência.

O erro de António José Seguro foi, como então aqui se escreveu, não ter criticado abertamente Sócrates, assumindo as culpas do PS na situação desgraçada a que chegámos, mas prometendo ao mesmo tempo emendar os erros e inovar a praxis 'socialista'.

E no entanto, o Tozé ganhou mesmo as eleições!

Vejamos os resultados das eleições europeias em 2009 e 2014 no que toca aos níveis de abstenção e aos resultados dos partidos do arco governamental:

Abstenção — 2009 | 2014
  • 63,22% | 66,16%

PS — 2009 | 2014
  • 946.818 (26,53%) | 1.033.110 (31,46%)

PSD+CDS — 2009 | 2014
  • 31,7%+8,36% (40,06%) | 27,71%

Tal como na fábula do lobo e do cordeiro, o Tozé é culpado de não ter "ambição para lá de ganhar eleições". E o que é extraordinário e acresce à frase inconcebível do senhor Soares, é que atrás desta profissão estalinista de fé se perfile já uma bicha de energúmenos ideológicos para quem só conta o que conseguem sacar ao tacho do regime.

O PS de Seguro teve mais 4,93% do que Sócrates. E a coligação de governo teve menos 12,35%. Como é possível apear um líder partidário com estes números. Que dizer então de mon ami Hollande?!!!

Do ponto de vista formal, Seguro tem a lei e a lógica do seu lado. Do ponto de vista político, tem 40 mil novos militantes e uma geração de jovens dirigentes que só com ele poderão medrar. Finalmente, do ponto de vista democrático, António José Seguro tem um partido novo (o MPT) com o qual se poderá coligar em caso de vencer as próximas legislativas. Foi isto que fez Soares saltar do sofá!

Na realidade, o que se vai passar no PS é irrelevante para o país. Importante, importante, é saber como irão evoluir o MPT e António Marinho Pinto.

Sobreviverá o inseguro Seguro à incumbência imposta por Soares a António Costa? Serão os jovens turcos do PS assim tão fracos? Amanhã saberemos.

PS: Qual a solução que convém mais à coligação governamental? A manutenção do Tozé, ou um António Costa inspirado pela transfiguração estalinista de Mário Soares? Creio que o Passos de Coelho vai ajudar o Tozé!

NOTAS
  1. Todos percebemos que a atual coligação poderá até ganhar as próximas eleições, mas está tão acossada pela realidade, que dificilmente sobreviverá a nova legislatura. Por outro lado, a possibilidade de o PS arrancar uma maioria absoluta nas próximas eleições legislativas não existe. Que alternativas restam, então?

    Se não houver novidades na frente partidária, o PS, se ganhasse as próximas eleições, teria que aliar-se ao próprio partido derrotado, PPD/PSD, pois a formação de um governo com o PCP estaria sempre fora de causa, e o Livre não é galinha que voe.

    Esta grande aliança, ou governo de emergência nacional, sob a canga insuportável do serviço da dívida e de uma dívida que continua a crescer, teria, porém, o grave inconveniente de propiciar o aparecimento de alternativas radicais e populistas cada vez mais atraentes, à esquerda e à direita.

    É aqui que o joker Marinho Pinto e  MPT aparecem como a carta fora do baralho que poderá propiciar uma alternância renovada no sistema político português, com a inevitável revisão da atual Constituição que, como está, imobiliza o país de tal forma que as possibilidades de sairmos do buraco da dívida se esfumam a cada dia que passa, abrindo caminho a um muito perigoso fascismo fiscal.

    Como é bom de ver, se for António José Seguro a protagonizar estes desenvolviemntos, adeus soarismo, adeus socratismo, adeus velha guarda maçónica do PS. Se, porém, o Costa fizer o que lhe mandaram, e tiver sucesso, o pior do 'socialismo' indígena triunfará. Ou melhor, Marinho PInto triunfará, sobre o campo de batalha de um partido, o PS; que há muito perdeu a bússola da estratégia, da honestidade, da coragem e do bom senso.
Atualizado: 31/5/2014 10:12

quinta-feira, maio 29, 2014

Abstenção ativa!

E agora, que fazer com a nova maioria absoluta?


Eleições europeias | 2014

Números
População residente: 10.562.178
Eleitores inscritos: 9.702.035 (vivos, provavelmente não serão mais de 8,7 milhões...)
Votantes: 3.283.439

Percentagens do universo eleitoral
Votantes: 33,84 %
Votos brancos e nulos: 7,47 %
Votos validamente expressos em partidos: 26,37 %
Abstenção: 66,16%
Abstenção, votos brancos e nulos: 73,63%
Se descontarmos 1 milhão de eleitores-fantasma, ainda assim estaríamos em presença de uma abstenção superior a 62%.


CONCLUSÕES (comparar resultados de 2009 e 2014 no sítio da CNE) :
  1. Marinho Pinto e MPT foram buscar os seus votos aos eleitores que em 2009 votaram no Bloco de Esquerda e no PPD/PSD.CDS-PP;
  2. O PS foi buscar a sua medíocre maioria aos eleitores que votaram em 2009 nos partidos do governo hoje em funções: PPD/PSD+CDS-PP;
  3. Os partidos políticos representaram nesta eleição pouco mais do que 1/4 dos residentes (mais concretamente: 28,76%);
  4. Quem representa os outros 3/4 do povo português?
A recomposição do sistema político português teve neste ato eleitoral um verdadeiro pontapé de saída. Mas o resultado é incerto. Tudo dependerá do crescimento eleitoral do Movimento Partido da Terra, que viu a sua votação multiplicar-se por dez nestas eleições, mas que precisará de duplicar a votação destas europeias nas próximas eleições legislativas, para que se obtenham três resultados claros:
  1. gerar uma terceira força política capaz de aliar-se ao PS para formar uma maioria pragmática de centro-esquerda, forçando ao mesmo tempo uma reestruturação profunda do centro-direita e da direita portuguesa;
  2. possibilitar uma candidatura forte de Marinho Pinto às próximas presidenciais (1);
  3. e, last but not least, impedir qualquer deriva populista, sempre possível, centrada na personalidade forte do ex-bastonário da Ordem dos Advogados.
Olhando para os resultados eleitorais ficamos a saber que tudo dependerá, afinal, do que a nova maioria absoluta nascida nestas eleições europeias —ABSTENÇÃO ATIVA!— fizer face à evolução do MPT nos próximos meses.

Recomendação ao MPT

— convoque uma grande convenção democrática para definir uma base de consenso programático para 1) responder à emergência nacional em curso e 2) lançar as bases de uma democracia participativa orientada para a transparência, eficiência, justiça e liberdade.


NOTAS
  1. Marinho e Pinto: "Foi a primeira vez que votei no MPT"
    29 Maio 2014, 09:54 por Jornal de Negócios

    "Suponho que esta tenha sido a primeira vez que votou no MPT...", questionou o jornalista do Diário de Notícias. O eurodeputado eleito foi sincero: "Foi [risos]. Foi sim. Não sei de onde lhe vem essa certeza porque o voto é secreto e eu nunca anunciei o meu sentido de voto mas é um palpite muito certo. Acertou em cheio. Nunca votei no Gonçalo Ribeiro Telles mas tenho uma grande admiração por ele."

    [...]

    Marinho e Pinto assume-se também como um homem de esquerda, assim como o partido que representa. "Os valores que defendemos – os da pessoa humana – são de esquerda", explica. "A direita privilegia mais a economia, o dinheiro e os interesses que circulam à volta do dinheiro."

    [...]

    "Acabei de entrar na política... Agora toda a gente, na rua, me fala em presidenciais... eu estou na política...", diz ao Diário de Notícias. O que significa que, "na altura própria, se for caso disso, farei as avaliações e ponderações que essa possibilidade exigirá... agora não. Agora ainda não posso dar-lhe essa resposta."

    Comentário: Marinho Pinto só será um bom candidato presidencial se o MTP se tornar, nas próximas eleições legislativas, a terceira força eleitoral do país, à frente do PCP, do CDS-PP e, obviamente, do Bloco de Esquerda.
Atualizado: 30/05/2014 19:48

segunda-feira, maio 26, 2014

Hollande oferece maioria a Marine le Pen

O gesto pictórico de Délacroix em Marine le Pen: a liberdade guiando o povo?

E em Portugal, que podemos esperar do fascismo fiscal em curso?

Marine le Pen pede dissolução e mudança da lei eleitoral

Daniel Ribeiro, correspondente em Paris | Expresso
9:05 Segunda, 26 de Maio de 2014

Depois da vitória da extrema-direita em França, PS e partidos da direita caem em crise. No Eliseu, Presidente François Hollande faz reunião de emergência.

Depois dos resultados das europeias de ontem - Frente Nacional com 24,95%, a UMP com 20,79% e o PS com 13,98% - nada mais será como dantes em França.

Os partidos clássicos franceses acordaram na manhã desta segunda-feira com uma tremenda ressaca. Na direita (UMP), a liderança é abertamente contestada; nos socialistas, a ala esquerda revolta-se; no Eliseu, o chefe de Estado François Hollande convocou uma reunião de crise com vários ministros, entre eles o primeiro-ministro Manuel Valls.

Apenas um partido ganhou ontem - a Frente Nacional (FN) de Marine le Pen. Todos os outros perderam e, logo a seguir às primeiras estimativas, a líder nacionalista pediu eleições antecipadas e mudança da lei eleitoral francesa.

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Seria isto que o pascácio do PS quer ver em Portugal?


A extrema direita nacionalista cresceu em França à sombra do cabotinismo dos partidos corruptos do centro. O fascismo fiscal de Hollande contra os rendimentos do trabalho, mas não contra os rendimentos da especulação financeira (pois para tal não tem nem força, nem porventura vontade, já que a dívida soberana se alimenta dela), a par de uma política de imigração laxista e oportunista, foram a gota de água que transbordou.

E agora? Dirão que Marine le Pen defende os ricos da França, usando o desemprego e a destruição das classes médias profissionais e pequenos rendeiros de capital, imobiliários e rurais, como artimanha. Mas onde já se viu um país sobreviver como estado, e como nação, quando se lhes decapita a classe dos ricos e as classes médias?!

Em Portugal, o fascismo fiscal protagonizado pela atual aliança de indigentes de direita, vai ter um efeito semelhante ao francês, só que de sinal contrário. O PS, que comunga do mesmo oportunismo fiscal que a aliança apodrecida atualmente no poleiro, não poderá naturalmente beneficiar do protesto de milhões de portugueses ameaçados pelo plano de confisco da propriedade herdada ou ganha através do trabalho árduo e honesto. Daí que a maioria que ativamente se abstem e absteve nestas eleições espere um discurso político novo, em nome da decência e dos valores do direito, da propriedade, da liberdade e da solidariedade. Todos desejamos a preservação do estado solidário, mas todos sabemos também que este desejo implica eficiência renovada na administração pública, definição rigorosa de prioridades em função da economia real e da obrigação de pagar, pelo menos parcialmente, os empréstimos contraídos pelos governos em nome do povo português, separação clara entre estado social e interesses privados, acabando de vez com os rendeiros indecorosos do regime — das corporações às fundações, das IPSS que não prestam contas aos monopólios e bancos que albergam a nomenclatura partidária nas suas folhas de pagamento.

Será desta?

Marinho Pinto: se for mais um epifenómeno populista, morrerá pela boca.


A maioria absoluta aguarda para ver, e não quer mais rotativismo


O pascácio do PS já era, como sempre avisámos. O Bloco já era, para bem da inteligência. Portas tem razão quando diz que a maioria não quis apear este governo — queremos, isso sim, que esta falsa maioria devorista e rendeira se afogue na própria indigência e corrupção nas próximas eleições legislativas e nas próximas eleições presidenciais. O PCP tem pela frente o enorme desafio de se tornar um partido de vocação governamental. Quer, ou não quer? Já viu o que aconteceu aos estalinistas e trotsquistas do Bloco por andarem a brincar às escondidas com o poder. O PCP é um partido pragmático, mas precisa de libertar-se do catecismo estalinista, assumindo claramente uma vocação social aberta aos tempos novos e difíceis que teremos pela frente durante décadas. Porque não dissolver-se na Aliança Povo Unido e assumir um discurso próprio do século 21? Tem gente jovem suficiente para operar de forma inteligente esta necessária metamorfose. Os velhos comunistas devem pensar mais nos seus descendentes e menos nos pregaminhos da linguagem.

E António Marinho Pinto?

A surpresa destas eleições, António Marinho Pinto e o MPT que acolheu a sua candidatura, se for mais um epifenómeno populista, morrerá pela boca. Se, pelo contrário, perceber que o futuro deste episódio está no crescimento rápido de uma nova força partidária com características distintas da sarna partidocrata que tem vindo a consumir a energia democrática do país, então deve estabelecer as próximas eleições legislativas como um obstáculo a transpor com objetivos claros: tornar-se a terceira força eleitoral do país, depois do PS e do PSD-CDSPP, e ser protagonista decisivo na escolha do próximo candidato presidencial.

Mas para aqui chegar, Marinho Pinto e o MPT vão ter que desbravar terreno virgem e trabalhar muito, com hábitos novos, largueza de vistas e pragmatismo. O anúncio que Marinho Pinto fez, do seu apoio a Martin Shultz, candidato social-democrata alemão à presidência da Comissão Europeia, é um bom prenúncio e afasta desde já a nuvem de populismo que paira sobre o conhecido e verborreico  advogado que desfez (para sempre?) a coutada indecorosa e corrupta que durante décadas a Ordem dos Advogados foi.

Vamos ter alguns meses pela frente para discutir o futuro do MPT. Uma parte dos abstencionistas ativos e vigilantes nutrem certamente esperança por mais esta demonstração inequívoca de que estamos fartos da partidocracia vigente, e por mais esta prova de que é possível mudar.

O futuro está cheio de escolhos, cadáveres adiados e dificuldades profundas. É fundamental pensarmos coletivamente e de forma inteligente, sem preconceitos, embora fieis a alguns princípios democráticos e de liberdade irrenunciáveis: o estado português de direito é um nó inalienável da União Europeia; a nação portuguesa é uma realidade individual, familiar, social, histórica e política indivisível; o direito de propriedade e a liberdade económica são aquisições históricas antigas, enraizadas e sobretudo compatíveis com a solidariedade social e intergeracional da nação portuguesa que nenhuma ilusão totalitária, por definição irracional e fanática, poderá substituir.

Seria totalmente despropositado permitir que a nomenclatura e os bonzos mediáticos começassem desde já a desenhar geometrias variáveis para o fenómeno ontem manifesto. A prioridade das prioridades é ajudar o MPT e Marinho Pinto a transformarem esta pequena chama de esperança numa tocha capaz de levar Portugal a uma mudança ponderada, mas firme, de percurso.

O 'Não Voto!' venceu largamente estas eleições

O símbolo do Movimento Partido da Terra

O António Maria mais do que acertou, outra vez ;)


Algum pirata a soldo de muitos desesperados apagou no canto superior direito deste blogue a sondagem que publicámos no dia 18 de maio. Mas de nada lhes valeu. 


A nossa micro-sondagem só pecou por prudência. Afinal, foram bem mais do que 50% (65.34%) os que VOTARAM NÃO, ou NÃO VOTARAM, ÚTIL, contra a partidocracia que nos trouxe à desgraça. 

O MPT e Marinho Pinto são a grande novidade esperada destas eleições, para a qual defendemos taticamente, recorde-se, uma ABSTENÇÃO EXEMPLAR. Rui Moreira, cujo triunfo também vaticinámos e defendemos, foi a incrível surpresa das anteriores eleições. 

O MPT está nas melhores condições (1) para provocar um efeito de bola neve na necessária e urgente mudança que é preciso provocar nesta DEMOCRACIA CAÍDA EM DESGRAÇA. Com o BE arrumado, e o PS a boiar na sua própria sopa de pedras, que há muito fede, pode finalmente surgir um partido de mudança: ecologicamente consciente (mas não primário, nem ingénuo), ativamente anti-corrupção, à direita da 'esquerda' e à esquerda da 'direita', pragmático na ideologia e na ação política, promotor da descentralização e autonomia responsável dos poderes, europeísta atento, e intransigente na defesa do trinómio estado-nação-liberdade.

Quanto aos ladrões da 'direita', em geral pobres diabos a soldo dos gangues internacionais, que querem apropriar-se dos rendimentos e da propriedade das classes médias e remediadas através do FASCISMO FISCAL, está na hora de expor a sua falta de vergonha, corrupção e arrogância. Como? Simplesmente através da observação independente da realidade que nos rodeia e ameaça, de demonstrações racionais sobre as grandes decisões que é preciso tomar, recorrendo certamente à Justiça quando  for preciso e, finalmente, convocando os votos da cidadania para algo que valha a pena!


Uma democracia onde votam menos de 50% dos eleitores, e onde os partidos eleitos não chegam a congregar 30% do eleitorado não é uma democracia plena, mas sim, uma democracia aprisionada pela burocracia, pela nomenclatura corporativa e pela partidocracia que há demasiado tempo governam em nome do povo, sem o representar verdadeiramente. 

As duas últimas eleições e as próximas Legislativas serão certamente razões de peso para convocar um referendo constitucional sobre o regime falido e insolvente que nos legaram os alegres partidos da nomenclatura demopopulista que ainda não percebeu o estado comatoso em que deixou Portugal. 

É preciso mudar! 
E para mudarmos mesmo só convocando uma NOVA CONSTITUINTE!




NOTAS
  1. A janela de oportunidade que estas eleições abriram poderá, no entanto, fechar-se rapidamente se o MPT tardar em chamar ao seu seio os inúmeros grupos mais ou menos organizados que anseiam por uma democracia claramenrte responsável, transparente e participativa. O MTP pode e deve ter como objetivo tornar-se a terceira força política e partidária do país nas próximas eleições. Mas para tal terá que atender menos aos namoricos de Sócrates ou dos farrapos do Bloco, e alimentar-se do verdadeiro humus da democracia, que por toda a parte ressoa de energia inteligente em busca de um cadinho de honestidade e coragem. Sejamos, por um dia, otimistas!

 

sábado, maio 24, 2014

Não votar é útil !

"O voto não é um cheque em branco", disse Seguro / Marcos Borga

80 medidas a pataco? Bastam 10 para mudar o regime!


Seguro assume 80 compromissos com o país
No encerramento da Convenção Novo Rumo, o líder do PS apresentou as linhas gerais do seu futuro programa de Governo.
Cristina Figueiredo | 21:00 Sábado, 17 de maio de 2014 | Expresso.
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Das 80 medidas a pataco do vigário do PS ninguém fala, porque não existem. Mas o pascácio inseguro revelou uma preocupação clara: anda nervoso por causa da abstenção, e disse: "A abstenção é que deixa tudo na mesma". Não deixa! Só mesmo a abstenção poderá criar condições sociais para uma alteração democrática deste regime demo-populista corrupto que conduziu Portugal à desgraça mais completa dos últimos 50 anos!

Há três dinâmicas que podem favorecer claramente uma reforma saudável da nossa democracia doente e falida:
  1. uma enorme abstenção (os votos brancos e nulos continuam a favorecer o status quo)
  2. a eleição de António Marinho Pinto, a par do afastamento do Bloco de Esquerda do parlamento europeu (os estalinistas e trotsquistas que mandam no Bloco odeiam o euro e, no fundo, também odeiam a União Europeia, não é verdade?)
  3. e um empate técnico entre os principais responsáveis pela ruína do país: PS, PSD e CDS.
Já no que se refere à discussão de um plano de ação para reformar o sistema político que nos trouxe até aqui, bastam 10 medidas, nehuma delas coincidente, aliás, com a prédica aldrabada do senhor Seguro.
  1. cortar nas rendas devoristas da corja rendeira da energia, parando a construção das barragens inúteis, e fornecimentos mínimos de energia elétrica e água gratuitos a todas as famílias insolventes;
  2. ligar Portugal a Espanha e ao resto da Europa por via férrea, com ligações prioritárias a Madrid-resto de Espanha, Salamanca-San Sebastian-França e Vigo-Galiza;
  3. renegociar todas as PPP e renacionalizar o que for preciso em nome da sustentabilidade económica e financeira do país;
  4. controlar de forma efetiva e preventida bancos e especuladores financeiros;
  5. eliminar as gorduras do estado, nomeadamente através da transparência e responsabilidade administrativa;
  6. impedir o fascismo fiscal que ameaça destruir a sociedade portuguesa;
  7. defender a qualidade e eficiência dos serviços de educação e saúde públicos;
  8. descentralizar a administração pública, concentrar os governos municipais (cidades-região de Lisboa e Porto) e reforçar as competências e meios das juntas de freguesia;
  9. desburocratizar a economia;
  10. rever a Constituição em tudo o que é excesso de ideologia e excesso de doutrina que competem aos programas de governo, e no que diz respeito à melhoria radical do sistema de representação democrática, reduzindo drasticamente a importância da partidocracia no regime.

terça-feira, maio 20, 2014

Desobediência fiscal

É preciso preparar uma resposta contundente ao blitzkrieg fiscal dirigido pela corja rendeira e devorista do regime contra 10 milhões de portugueses


Os nazis colocavam Estrelas de David nas portas das casas dos judeus, lembram-se?

 

Governo força registo de casas para turistas
20 Maio 2014, 00:01 por Filomena Lança | Jornal de Negócios

As moradias e apartamentos arrendados por curtos períodos vão ter de estar incritos num registo que facilitará o seu controle. Passam a ter requisitos e arriscam a encerramento compulsivo caso não cumpram.
O Governo está a preparar a criação de um novo Registo Nacional de Alojamento Local (RNAL), onde todos os imóveis que são arrendados a turistas, por períodos de curta duração, têm de estar ...


Os pequenos proprietários que aproveitam o boom turístico momentâneo para compor as suas depauperadas receitas (muitas vezes, para sobreviverem depois de perderem o emprego e de sofrerem um verdadeiro bliztkrieg fiscal) devem exigir o mesmo tratamento favorável (temporário) que os piratas desta cleptocracia rendeira e devorista oferece ao investimento estrangeiro. Ou não é, pelo menos em parte, o turismo, investimento estrangeiro direto no país?

Se a corja do regime não for a bem, então há que mobilizar a cidadania para a DESOBEDIÊNCIA FISCAL!

Este regime demo populista, além de arruinado e prepotente, perdeu toda a vergonha. Se não agirmos depressa e bem, o fascismo fiscal e a expropriação pura e simples dos portugueses por esta corja será uma realidade.

Perguntem aos deputados portugueses que estiveram/estão no Parlamento Europeu se beneficiam ou não do esquema da segunda pensão de reforma proporcionado por um fundo de pensões confidencial da UE financiado em 2/3 pelos contribuintes europeus. Perguntem ao pascácio do PS, ao senhor Jerónimo e já não sei a quem do Bloco se desconhecem este assunto das duplas pensões dos deputados europeus...


Medidas imediatas:
  • Primeiro: não votar ou votar em quem tenha como ponto essencial do seu programa substituir a cleptocracia no poder por uma democracia transparente, responsável, europeia, mas também patriótica.
  • Segundo: exigir para quem trabalha, e para os pequenos rendeiros, proprietários e empreendedores o mesmo tratamento fiscal que é dado aos investidores estrangeiros.
  • Terceiro: eliminar os regimes de proteção fiscal de que beneficiam a corja rentista e devorista indígena (fundos imobiliários, bancos, etc.) e os politocratas.
  • Quarto: exigir em Bruxelas a União Fiscal, pela qual os piratas do PSI 20 deixarão de poder escapar alegremente ao fascismo fiscal em curso.