... PS não só perdeu a maioria na Câmara como teve menos 10% dos votos, metade dos quais terão ido para o BE enquanto o PCP ficou praticamente igual. No concelho de Lisboa, a «esquerda» junta teve 57% em 2017 quando tinha tido 61% em 2013....
in Manuel Villaverde Cabral, Observador, 5/10/2017)
PPC deixou a corja do seu partido e as esquerdas alegres a falarem sozinhas. É bem feita!
As esquerdas, endogâmicas e oportunistas, convém alertar os mais distraídos, ou mais medrosos, atingiram o seu pico eleitoral. Não conseguem mais, nem com trombetas e toda a imprensa indigente no bolso. Ou seja, a partir daqui, a prova dos nove do que afinal as esquerdas são capazes, e é quase nada, vai traduzir-se negativamente nos seus próximos resultados eleitorais. Basta olhar para o buraco onde o PCP já caiu, e a inexistência local dos bloquistas. Em breve, se os populistas quiserem continuar a endividar o país, já não terão, nem Draghi, nem Totta! A sua esperança de vida começa a encurtar-se rapidamente.
Vai ser preciso uma abordagem da Política radicalmente nova. Se tivermos sorte, uma parte do atual espetro partidário e sobretudo novas energias sociais acabarão por mudar um regime que já só vive para manter a sua burocracia e os cleptómanos que dele se apoderaram.
...e se, para lá chegar, os espanhóis irão passar por mais uma tragédia, com as profundas cicatrizes que sempre deixam, ao longo de várias gerações, no subconsciente dos povos.
Uma União Espanhola, uma união voluntária das nações espanholas, como existiu desde os Reis Católicos até à invasão napoleónica, que impôs a primeira constituição aos espanhois estabelecendo o princípio de um só estado, uma só soberania, uma só nação, seria uma maneira perfeitamente pacífica e produtiva de sair do funil histórico para onde os dois principais partidos do país (populares e socialistas), por absoluta inabilidade, estão a levar milhões de pessoas, para quem a Espanha negra nunca existiu, ou era já uma recordação ténue.
Uma União Espanhola seria melhor do que uma federação, pois definiria o perfil soberano de cada autonomnia que optasse pela independência.
Por fim, quando o processo espanhol estabelizasse, poderíamos pensar numa Confederação Ibérica, incluindo Portugal, ou seja, poderíamos caminhar paulatinamente para uma parceria de estados soberanos em nome de uma convergência regional e ultramarina com pergaminhos históricos evidentes.
Os tempos que se aproximam serão muito exigentes. Seja por efeito das alterações climáticas, seja por efeito dos picos demográfico e energético, as tensões sociais, económico-financeiras e políticas tenderão a avolumar-se exponencialmente. As crises migratórias, mas também as tendências nacionalistas e populistas (de direita e de esquerda) evidenciam por toda a parte a sua imparável emergência. Só o bom senso, e sobretudo o conhecimento efetivo das causas que realmente nos afligem, poderão evitar o pior.
Pelo que conheço da história europeia e pelos meus amigos espanhóis, formulo aqui um desejo sincero e veemente: que a crise catalã deixe de ser uma coisa má para todos, e se transforme numa coisa boa para todos!
Numa economia virtual as Low Cost não teriam fim. Na economia real têm!
Os aviões são um negócio que perde ou ganha pouco dinheiro. O negócio principal está nos aeroportos.
Por causa desta debilidade estrutural, o transporte aéreo de passageiros tem sido altamente subsidiado pelos governos, direta e indiretamente. Ou seja, os governos, e portanto os países, endividam-se por conta das suas ditas companhias de bandeira. Por outro lado, os governos praticamente isentaram as companhias aéreas de impostos sobre os consumos astronómicos de petróelo fino de que necessitam para voar.
A isto acrescem agora três novas causas da inviabilidade a prazo do transporte aéreo para todos:
o fim anunciado da expansão monetária promovida desde 2008 pelos bancos centrais americano, europeu e japonês,
a mortalidade natural dos turistas reformados, que não são integralmente substituídos por novos idosos, porque estes últimos estão a ver as suas pensões a desaparecer.
e, por fim, a destruição das classes médias, atualmente em curso.
O futuro pertencerá mais ao Skype, ao Facebook, e à Amazon, do que propriamente às companhias aéreas.
Já agora, acrescente-se: a TAP voltou a ter grandes prejuízos que se vão somar à sua tão gigantesca quanto dissimulada dívida (pública) acumulada.
Não é por acaso que se vislumbra uma nova guerra social no horizonte.
O António Maria ultrapassou hoje 1.500.000 visualizações. Deixem-se sorrir por um dia!
Grão a grão, sem outra motivação que não seja pensar o meu país e o mundo de forma desinteressada, sem depender do dinheiro alheio, nem de ambições ou obsessões partidárias, sem subserviência diante seja de quem for, sem cartas escondidas, procurei e continuarei a procurar perceber o que se passa.
O mundo mudou. Os riscos e os perigos crescem por toda a parte. Decorrem, principalmente, do fim próximo das energias baratas, do pico demográfico mundial e do envelhecimento populacional, das alterações climáticas induzidas ou não pela ação humana, da queda tendencial da procura agregada mundial, dos novos equilíbrios fomentados pelo terror, da falência dos estados, da destruição das classes médias, dos autoritarismos populistas que, à direita e à esquerda, renascem como cogumelos numa madrugada de outono.
Portugal não está bem, mas está melhor que a esmagadora maioria dos países deste planeta. O nosso sistema político e constitucional, e o nosso sistema partidário, apesar de os fustigar quase diariamente com críticas e avisos, gozam de equilíbrios, quase naturais, invejáveis. As últimas eleições mostraram claramente que os eleitores portugueses são tolerantes e gostam da democracia que temos. Podemos e devemos melhorar a transparência das instituições e dos órgãos de poder, podemos e devemos ter uma administração pública mais eficiente, e sobretudo mais próxima dos cidadãos*, podemos e devemos ajudar quem produz e cria, podemos e devemos continuar a defender a Europa, podemos e devemos ajudar os nossos amigos espanhois a ultrapassar o regresso, muito grave, de uma crise de identidade velha de muitos séculos. Portugal está a perder população, a qual, por sua vez, tem vindo a envelhecer rapidamente. Em breve teremos que criar condições favoráveis a uma imigração criteriosa, oriunda sobretudo da Europa e dos países que falam a nossa língua e não ofendem a nossa religião dominante.
Estamos a iniciar uma metamorfose cultural profunda. É fundamental conhecê-la.
Obrigado por me lerem, E obrigado pelos comentários, quase sempre privados, que me impediram até hoje de terminar um projeto incialmente previsto para não durar mais de 500 posts. Esta é a mensagem 2316.
* Uma das propostas de António Costa que nunca critiquei e aplaudo é a de fortalecer o poder autárquico, dando-lhe mais poderes e mais meios. As câmaras municipais e as juntas de freguesia são o sal da nossa democracia. As Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto devem caminhar para verdadeiras cidades-região. Se preciso for, para atingir este desiderato, recorra-se ao referendo, para conhecer a vontade popular sobre este passo de coordenação e eficiência. É no entanto no reforço de poderes e meios das freguesias que reside, mesmo nas grandes cidades, o essencial desta pequena revolução institucional. Basta pensar nos incêndios deste verão em Portugal, ou nas tragédias climáticas que têm atingido o continente americano, mas também Àfrica, a Indonêsia, China, etc., para concluirmos que é fundamental e urgente transformar o poder democrático numa malha fina capaz de decidir de forma decidida e transparente sobre a multiplicação dos riscos imprevistos, sobretudo ecnómicos, financeiros e climáticos, que vieram para durar.
Avisei: PCP ou forçava uma coligação, ou morreria nos braços 'das esquerdas': PS e BE
Avisei: dividir o país entre esquerda e direita seria mau para a esquerda...
Se este PS durar no poder duas legislaturas, o PCP desaparece
O declínio em Beja, a perda de Loures e os coices de Almada e Barreiro ditam o crepúsculo do PCP
As perdas eleitorais do PCP são estruturais. Desenganem-se os beatos da ortodoxia!
Quem derrotou o PCP em Peniche foi o ex-PCP
O PCP morreu de velho
O PCP está a morrer nas cidades, mas no Alentejo também!
As saudades que o PCP vai ter da direita!
O problema dos jovens do PCP é que são velhos :(
Qual o preço da greve na Autoeuropa? Uma hecatombe autárquica no PCP
O PS não ganhou o Porto e perdeu a maioria em Lisboa. Vitória? Só se for sobre o PCP
Medina: menos 3 vereadores
Não é Passos Coelho que está mal, mas o PSD, que sofre do mesmo atavismo que o PCP
Cristas, a principal vencedora
Quatro vencedores com significados distintos: PS, Rui Moreira, e Isaltino de Morais
Independentes e partidos urbanos jovens alteram paisagem partidária
Nem a esquerda subiu tanto, nem a direita caíu a pique: ~51% vs ~45%
Em suma:
PS de Seguro, Lisboa, 2013: 50,91%
PS da Geringonça, Lisboa, 2017: 42,02%
AVISO: empresas de sondagens e agências de comunicação perdem credibilidade todos os dias
ATUALIZAÇÃO | RESULTADOS FINAIS (comentário)
Só o PCP levou um valente coice (eleitoral) do PS.
O PS subiu, mas poucochinho: 2013: 36,26% (923); 2017: 37,82% (929)
O Bloco começou a comer, também, o eleitorado do PCP.
Os independentes vieram para ficar, e crescer.
Costa meteu o PCP e a imprensa no bolso :(
Uma no cravo, outra na ferradura, quadratura do círculo, geringonça, Marcelo!
Uma nota presidencial escusada, para não dizer de apoio a António Costa
Nota da Presidência da República
Como é evidente, o Presidente da República não apoia nenhuma candidatura eleitoral e reprova qualquer tentativa de aproveitamento ou manipulação da sua posição.
Esta tarde, quando se dirigia da Igreja do Loreto para Belém, cruzou muitos lisboetas em diversas ações de campanha, de pelo menos três partidos, que saudou como sempre faz; quando estava no carro parado no trânsito, cruzou uma quarta candidatura, tendo a cabeça de lista atravessado a rua para o cumprimentar. Nada neste encontro autoriza qualquer interpretação de apoio específico.
Toda a gente sabe que o presidente da república, Marcelo Rebelo de Sousa, só presta o seu apoio diário à Geringonça, bem como a qualquer asneira que esta, ou os seus subscritores, façam: Pedrógão Grande, Tancos, Autoeuropa, Sindicato dos Enfermeiros, e o que aí vem.
Toda a gente sabe que Marcelo tem um fraquinho oportunista pelo pândego furioso António Costa, ou seja, que apoia sem a necessária e institucional distância o PS, o PCP e o Bloco de Esquerda, sendo que o PCP e o Bloco defendem a saída de Portugal da zona euro, e da NATO. E o PS, PCP, e Bloco, não se cansam de morder diariamente as canelas do regime angolano.
Os falidos e cada mais indigentes meios de comunicação social que temos, e as invisíveis agências de comunicação pagas a peso de ouro que os alimentam e dirigem, aproveitam qualquer coisa para fazer escândalo e assim exibir algum share aos anunciantes.
Acontece que esta estratégia desmiolada já transformou a velha comunicação social que temos numa espécie de pornografia sem graça, nem erotismo.
Do futebol obsessivo, aos 'reality shows' dementes, passando por concursos grotestos e a captura dos canais de debate político pela nomenclatura partidária, tudo vale para manter um sistema político institucionalmente esgotado.
A crise é tanta que deputados (nomeadamente europeus!) e autarcas, ex-deputados e ex-ministros, se esgadanham e multiplicam por jornais, revistas, rádios e televisões, na qualidade de comentadores (incrível, não é?), como se não fosse óbvio para qualquer chofer de táxi o peixe que invariavelmente servem.
Este é o verdadeiro estado de uma nação agarrada a riquexós motorizados a que chamam Tuk Tuk, procurando assim disfarçar a verdadeira natureza desta meia-escravatura: neoliberalismo dos pobres e endividados, dominado por um estado clientelar, corrupto, corporativo e autoritário que regressa subrepticiamente sob o manto diáfano das dita esquerda.
Enfim, é tudo isto que o atual presidente da república, Marcelo Rebelo de Sousa, acarinha em nome das suas próprias fantasias infantis realizadas.
Teresa Leal Coelho recusou ter falado em apoio, elencando que “aquilo que aconteceu foi uma troca de palavras simpáticas, afetuosas”.
“Havia um meio de comunicação social presente e que interpretou como uma palavra de apoio. Aquilo que eu disse é que foi uma palavra amiga”, referiu a candidata, acrescentando que “a palavra apoio não foi referida”.
—se desautoriza, como desautorizou, a candidata autárquica por Lisboa do principal partido português, ainda que na Oposição, qual é a única conclusão que se pode tirar, sabendo-se que a alternativa ao PSD em Lisboa se chama PS, ou PS+Bloco, ou PS+Bloco+PCP? Não é preciso apostar no Euromilhões para chegar a uma conclusão, ou é?
A incontinência verbal de Marcelo é mais aparente do que real, e é mais oportunista do que estratégica. Basta escutar cuidadosamente os seus silêncios, e os seus ses. Por exemplo, a propósito da greve que o PCP promoveu na Autoeuropa, ameaçando os investimentos alemães em Portugal, ou as reticências legalistas exibidas na abordagem da greve dos enfermeiros. Não defendeu a Geringonça, contra os austeritários da direita, o regresso das 35 horas à Função Pública? Então?
Em marcha, pela Europa! Emmanuel Macron propõe a refundação da Europa, nem mais, nem menos.
Aproveitando o Brexit, a profunda crise de liderança americana, e a vitória pálida de Angela Merkel, em parte por causa do modo inábil como lidou com a crise dos refugiados das guerras e da fome, Emmanuel Macron parece ter apostado todas as suas cartas neste discurso estratégico e sem ambiguidades sobre o futuro da Europa.
Ou refundamos a Europa, assegurando os valores inalienáveis da democracia e do estado de direito, ao mesmo tempo que lançamos um programa ambicioso de recentramento estratégico e tático, ou as manobras e ameaças, visíveis e invisíveis, visando a destruição da União Europeia e da sua moeda continuarão a ganhar terreno.
Uma Europa a várias velocidades, onde cada um possa pedalar no pelotão da frente, desde que tenha bicicleta e pernas para tal, mas uma Europa onde quem se atrasou ou começou mais tarde não possa travar os que correm mais e vão à frente, dotada de um sistema fiscal equilibrado e justo, de uma política financeira coerente, de meios de defesa e segurança verdadeiramente comunitários, eis o que a França de Macron quer ver discutido a partir deste outono.
Os lugares deixados vagos pelo Reino Unido no Parlamento Europeu deverão, na proposta do presidente francês, ser ocupados por verdadeiros deputados europeus, e não por mais 73 delegados de propaganda partidária provenientes dos partidos que já se fazem representar em Estrasburgo.
Este discurso de Emmanuel Macron na Sorbonne, para começar, não está nada mal!
Estou 100% de acordo com a estratégia de Emmanuel Macron. É a única maneira de fortalecer a Europa e de impedir o ascenso do populismo (de direita, mas também de esquerda), fruto de regimes partidocratas e burocráticos corruptos e desajustados à complexidade social, ecológica, cultural e tecnológica dos nossos dias.
DN: Apoiante de metade do Parlamento Europeu ser eleito através de listas transnacionais, o presidente francês parece vir dar razão ao artigo do Politico segundo o qual Macron não só quer pôr os cidadãos europeus de vários países a debater o futuro da UE como estará a tentar criar "uma aliança de partidos europeus, ou mesmo um verdadeiro partido, que apoie a sua visão de uma Europa mais "protetora" a tempo dos próximo escrutínio" europeu.
Segundo Pieyre-Alexandre Anglade, deputado francês e descrito pelo Politico como um dos "agentes" de Macron, a ideia é atrair pessoas de vários setores: dos liberais, dos sociais-democratas ou do Partido Popular Europeu para aquilo que seria uma espécie de En Marche! europeu.
Discours complet du président français Emmanuel Macron à l'université de La Sorbonne
Ce qu’il faut retenir de l’intervention d'Emmanuel Macron à La Sorbonne
Macron espère relancer la machine européenne, dépourvue selon lui de vision de long terme depuis des années, affaiblie par une ouverture à tous vents à la mondialisation et enlisée dans la bureaucratie, la surréglementation et des décisions à l’unanimité, freinées notamment par la Grande-Bretagne. Voici ce qu’il faut retenir de son discours.
Défense.
« Ce qui manque le plus à cette Europe de la défense, c’est une structure stratégique commune », assure le président de la République. Il propose de créer une « force commune d’intervention » européenne pour 2020, un budget de défense commun et une « doctrine commune » pour agir.
Emmanuel Macron propose également une « initiative européenne d’intervention » et préconise en outre « d’accueillir dans nos armées des militaires venus » d’autres pays européens. Par ailleurs, il appelle à créer un « parquet européen » pour lutter contre le terrorisme. Ainsi, il faut selon le chef de l’Etat mettre en place au plus vite le Fonds européen de défense, la coopération structurée permanente et les compléter par une « initiative européenne d’intervention » pour intégrer les forces armées européennes.
Terrorisme et sécurité
Le président souhaite créer une académie européenne du renseignement pour « assurer le rapprochement de nos capacités de renseignement » mais également une « force commune de protection civile », notamment pour aider en cas de catastrophes naturelles.
Migrations
« Pour maîtriser efficacement nos frontières, accueillir dignement les réfugiés (…) et renvoyer rapidement ceux qui ne sont pas éligibles au droit d’asile », il faut créer un office européen de l’asile et une police européenne des frontières. L’objectif : accélérer et harmoniser les procédures migratoires ; mettre en place des fichiers interconnectés et des documents d’identité biométriques sécurisés. Mais il faut aussi installer un programme européen de formation et d’intégration pour les réfugiés.
Le carbone au juste prix
Emmanuel Macron a proposé de fixer au niveau européen un « juste prix » pour le carbone - dont les échanges permettent de pénaliser les industries polluantes - « suffisamment élevé » pour encourager la transition écologique, d’au moins 25 à 30 euros la tonne.
Il a aussi proposé de mettre en place un programme industriel de soutien aux véhicules propres et aux infrastructures nécessaires (bornes de recharge…) et de créer une « force commune de contrôle » qui assure la sécurité alimentaire des Européens.
Une Agence européenne pour l’innovation
Emmanuel Macron entend créer une Agence européenne pour l’innovation, finançant en commun des champs de recherche nouveaux, comme l’intelligence artificielle.
Il a cité pour modèle l’agence américaine de recherche militaire DARPA, agence du département de la Défense des États-Unis, chargée de la recherche et développement des nouvelles technologies, qui dans les années 1970 a été à l’origine de la création d’internet.
Emmanuel Macron a aussi rappelé sa volonté de taxer les entreprises numériques en taxant la valeur « là où elle se crée », et de réguler les grandes plateformes.
Economie et social
Le président français veut faire de la zone euro, le cœur de la puissance économique de l’Europe dans le monde. Il veut créer un budget qui permette de financer des investissements communs, avec des impôts liés à ce budget. Et assurer la convergence sociale et fiscale des pays de l’UE en fixant des critères qui rapprochent progressivement les modèles sociaux et fiscaux.
Le respect de ces critères conditionnerait l’accès aux fonds de solidarité européens.
Il faudrait définir une fourchette de taux d’impôt sur les sociétés pour 2020 ainsi qu’un salaire minimum, adapté à la réalité économique de chaque pays, encadrer la concurrence par les niveaux de cotisations sociales et créer une taxe sur les transactions financières affectées à l’aide au développement.
Culture et savoir
Que chaque jeune Européen ait passé au moins six mois dans un autre pays européen (50 % d’une classe d’âge en 2024) et que chaque étudiant parle deux langues européennes d’ici 2024.
Créer des universités européennes, réseaux d’universités qui permettent d’étudier à l’étranger et de suivre des cours dans deux langues au moins.
Démocratie
Pendant six mois, des « conventions démocratiques », soit des débats nationaux et locaux sur la base de questions communes dans toute l’UE, seront organisées en 2018 dans tous les pays de l’UE volontaires pour définir la feuille de route de demain.
Le chef de l’Etat espère ainsi renforcer le Parlement européen par des listes transnationales, dès 2019, en utilisant le quota des députés britanniques partants. Par ailleurs, il souhaite qu’en 2024, la moitié du Parlement européen soit élue sur ces listes transnationales.