Tragédia dos Comuns
mais importante do que uma tempestade solar
mais importante do que uma tempestade solar
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O custo estimado da prevista grande tempestade solar de 2013 — 1 a 2 biliões de USD (o Furaccão Katrina terá custado entre 80 a 125 mil milhões) — é ainda assim insignificante quando comparado com o buraco negro dos derivados financeiros OTC, cujo valor nocional era, em Junho de 2010, segundo o BIS, de US$582.655.000.000.000 (10x o PIB mundial), e a que corresponderá, segundo o mesmo "banco dos bancos centrais", um valor bruto de mercado na ordem dos 24,673 biliões de USD.
Estamos pois a caminho de uma inimaginável tragédia com uma origem estrutural única: a exaustão dos recursos energéticos e naturais do planeta, que é, por sua vez, consequência paradoxal da insustentável demografia humana tornada possível pela qualidade do nosso desenvolvimento. É isto a Tragédia dos Comuns.
A crise mundial do endividamento, a que deram livre curso a desregulação da era Greenspan (de Clinton a Bush) e os instrumentos de especulação financeira, engendrados em 1987 por Drexel Burnham Lambert (os catastróficos CDO — Credit Default Obligation), ou em 1994, pelo J.P. Morgan & Co. (os catastróficos CDS — Credit Default Swaps), significa não só uma clara fuga em frente perante as dificuldades estruturais do Capitalismo, mas sobretudo a ocultação criminosa do que a crise petrolífera de 1972 significara: o fim próximo de um concentrado de energia e de materiais químicos acumulados ao longo de centenas de milhões de anos, cuja descoberta tornou possível as sociedades industriais afluentes dos últimos duzentos anos e a insustentável explosão demográfica da humanidade. Não vale a pena perdermos demasiado tempo com o jogo da culpa. Estamos perante uma emergência sem precedentes. É preciso pensar nas suas consequências, bem como nas respostas e custos das acções radicais que em breve seremos todos forçados a tomar.
A segurança e eficiência energéticas, e a autonomia e segurança alimentares, são as duas prioridades absolutas para qualquer país, ou grupo de países, que queira e possa agir desde já. Tudo o mais pode esperar.
É importante perceber as causas da actual crise sistémica do Capitalismo, contornando ao mesmo tempo a irresponsabilidade dormente dos bangsters e do seus spin doctors, e as orações cada vez mais ininteligíveis dos herdeiros oportunistas e burocráticos da esquerda marxista.
5 comentários:
(...) Há, com efeito, uma corrida silenciosa neste momento ao controlo dos recursos europeus em gás xistoso. O silêncio advém por um lado de como o gás xistoso mata com um tiro fatal todo o movimento ecótópico e os seus interesses subsídio-dependentes, assim como os media cujo pensamento eles controlam, e advém também dos negócios fantásticos que se congeminam nos corredores.
E é aqui que entra a boa nova que vos trago: o mapa anexo. Portugal também tem uma grande reserva de gás xistoso, que começa por alturas de Fátima (Nossa Senhora de lá deu-nos esta prenda!) e se estende pela zona marítima exclusiva!(...)
http://a-ciencia-nao-e-neutra.blogspot.com/2010/12/uma-nota-optimista-neste-natal-de-2010.html
(...) This shows that
potentially we have deposits of fossil fuels sufficient for 20000
years to come, which, after generous corrections made for
difficulties in extracting some of these, allows us to conclude
that we shall not be lacking fossil fuels for 1000 years, at the very least. (...)
Fonte: http://www.naun.org/journals/energyenvironment/19-660.pdf
(...) we still have fossil fuels for thousands of years to come, under any thinkable development scenario of the world economy and demographics.(..)
Fonte: http://clima-virtual-vs-real.blogspot.com/2010/10/fossil-fuels-are-dwindling-you-got-to.html
Wishful thinking....
Para refrear os excessos de optimismo, recomendo esta entrevista a Jeff Rubin pelo The Global and Mail (2011-01-13)
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