quarta-feira, maio 27, 2015

TAP forçada a adiar reprivatização?


Há mais aviões para além da TAP


IAG lanza una oferta por el 100% de Aer Lingus por 1.400 millones de euros
El grupo IAG ha acordado lanzar una oferta pública de adquisición (OPA) por el 100% del capital de la irlandesa Aer Lingus por un importe total de 1.400 millones de euros, según informó la compañía que agrupa a Iberia, British Airways (BA) y Vueling a la Comisión Nacional del Mercado e Valores (CNMV).

La oferta, que se dirigirá a todos los accionistas de Aer Lingus, se formulará como una compraventa en metálico, siendo la contraprestación de 2,55 euros por cada título de la irlandesa, que incluye un pago en efectivo de 2,50 euros por acción y el pago de un dividendo de 0,05 euros por título.

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A IAG, depois da compra da (perdão, fusão com a) Iberia mais a Low Cost Vueling, reduzindo a Iberia a dimensões operacionais não ruinosas, acaba de lançar uma OPA a uma segunda Low Cost (1) que quer ver integrada no grupo: a companhia aérea de bandeira irlandesa Aer Lingus.

Só em Portugal foi possível deixar apodrecer a TAP, em nome, estamos convencidos, da estratégia do desnecessário Novo Aeroporto (primeiro na Ota, depois em Alcochete) e concomitante realização extraordinária de mais-valias especulativas com a urbanização da Portela e dos terrenos circundantes do NAL. Esta operação do Bloco Central, a par das PPP, é um dos fatores cruciais do ruinoso endividamento do país, bem como do colapso do nosso sistema bancário. Ou seja, um caso de polícia que só um novo regime democrático será capaz e julgar e punir.

Entretanto, pela dica do 'rapaz dos finos', a reprivatização da TAP parece destinada a borregar uma vez mais. Ou seja, sem que o estado proceda previamente à reestruturação da empresa, não haverá quem lhe pegue. Fica então a pergunta: quem pagará os salários e as dívidas a fornecedores daqui em diante? Onde está a massa para custear os despedimentos inevitáveis? Quem pagará as próximas prestações do contrato de aquisição de 12 Airbus A350-800? Quem pagará os juros da colossal dívida da empresa?

Só se forem os pensionistas... A Maria Luís Albuquerque não se cansa de avisar que precisa de 600 milhões de euros, mas ninguém quer saber porquê! Para que será?

NOTA
  1. A Aer Lingus não é propriamente uma Low Cost, mas a companhia de bandeira irlandesa. No entanto, foi-se especializando em Voos Baratos, desde o aparecimento da Ryanair, ao contrário da TAP, que perdeu uma década a voar mais alto do que as suas possibilidades e contra todos os cenários previsíveis. A TAP não se reestruturou quando podia e devia, acumulando desde o ano 2000 um passivo criminoso (a rondar, estimamos, os 3mM€), com a colaboração de todos os partidos sentados na Assembleia da República, dos sindicatos, e dos sucessivos governos do PS, e do PSD-CDS. Agora, tal como o BPN e o BES, não passa de um buraco negro mais que os burros contribuintes vão alombar, enquanto a corja partidária troca mimos e insultos entre si. Esperemos bem que o BCE e Bruxelas resolvam mais este cancro indígena, à semelhança do que fizeram com o BES. Assim como Carlos Costa foi o acólito de Mario Draghi na resolução do Esquema Piramidal de Ricardo Salgado (fez o que lhe mandaram, e nada mais), também Passos de Coelho ou Alexis Costa, se for eleito (esperemos bem que não!) receberão um dia destes um daqueles telefonemas com prazo de decisão na casa das 48 horas: —faça-me o favor de fechar a TAP na próxima sexta-feira, e abra uma chafarica qualquer na segunda-feira seguinte, com metade do pessoal, metade das rotas, e metade dos preços! Não faltam exemplos recentes na Europa.
Atualização: 29/5/2015 12:11 WET


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