quarta-feira, novembro 13, 2013

Cortina de ferro entre a Rússia e a... China

Imagem: ©RT
A China precisa de petróleo

Pese a sus grandes éxitos en el sector económico y militar, así como sus avances en la política internacional, China sigue siendo estratégicamente vulnerable.
Todo sobre este tema

Según el portal Topwar,  además de la cada vez mayor dependencia del gigante asiático de los factores económicos globales y la creciente  tensión socioeconómica interna, China se ve inmersa en un remolino de amenazas reales y potenciales que no pueden dejar de influir en su desarrollo.

Texto completo en RT

Rússia tenta criar uma 'cortina de ferro' que trave o avanço demográfico da China em direção ao espaço vital russo, cada vez mais despovoado a oriente. Por outro lado, a grande vulnerabilidade da China chama-se: falta de petróleo. A China chegou em 2010 ao mesmo ponto que os EUA chegaram em 1973: o ponto chama-se Pico do Petróleo, ou seja, metade das reservas próprias do precioso ouro negro foram-se!

Tal como os Estados Unidos e a Europa, sem o petróleo do Irão, do que ainda resta nos países árabes e em África, a economia chinesa colapsa. E colapsa muito mais depressa que a europeia, por razões demográficas evidentes, e porque a racionalidade do sistema económico, financeiro, político e cultural é coisa que não abunda por aquelas paragens, onde a autocracia domina há mais de 2000 anos. Os 'estados do meio', designação chinesa do território, deve o seu nome ocidental —CHINA— a um português, o circum-navegador (com Fernão Magalhães) Duarte Barbosa, que em 1516 assim designou aquelas paragens.

600 anos depois, a China chega a Portugal. Mas não deve esquecer a História!

sábado, novembro 09, 2013

Buraco negro dos derivados diminui


Uma nova divisão do mundo a caminho

Here is a typical example of how the huge Derivatives Beast is ignored by economists pretending to understand what is going on in the world.  I have explained for years how the derivatives game suddenly appeared during the years banks were deregulated and offshored.  This game meant NO CAPITAL was needed for lending and bankers lent money they didn’t have to all and sundry with wild abandon.  Then, when debt deals went bankrupt, there was no capital base to cover losses and the entire system suddenly collapsed in 2008.

Derivatives Contraction Is Leading Cause Of Bank Deflation And Credit Crunch: Economists Ignore This Fact | Culture of Life News.

O gráfico mais importante dos últimos meses: a recapitalização dos bancos e nomeadamente dos grandes bancos de investimento e especulação está a servir sobretudo para diminuir a exposição destes ao buraco negro dos derivados financeiros, o qual, como mostra o gráfico, tem vindo a diminuir.

Esta recapitalização está a ser feita à custa do aumento do endividamento público (são os governos e os bancos centrais que emprestam dinheiro aos bancos para que estes ensopem a trampa que fizeram), mas também da inflação monetária e da subsequente deflação do valor do dinheiro pela via da destruição das taxas de juro (Mario Draghi acaba de baixar a taxa de referência do BCE para 0,25%), e ainda de uma interrupção severa e prolongada do crédito às empresas e às pessoas.

O dinheiro entra a custo zero nos bancos e fica por lá para ensopar o buraco negro dos derivados especulativos. Ou seja, salvar o sistema bancário e financeiro significa promover a destruição parcial da economia, do emprego e das poupanças de centenas de milhões de europeus e americanos e ainda o aumento das responsabilidades sociais dos estados que se vêem confrontados com o aumento súbito das despesas sociais causadas pelo desemprego e pela pobreza crescente.

É fácil de entender, mas as máquinas de propaganda dos governos corruptos de ambos os lados do Atlântico (e as correspondentes Oposições rotativistas) mentem todos os dias aos seus cidadãos.

É preciso tapar o buraco dos derivados; é preciso diminuir o consumo público e privado conspícuo e não reprodutivo; é preciso reequilibrar a balança mundial entre produtores e consumidores (a que chamo Tratado de Tordesilhas 2.0 — e de que a nova aliança comercial em preparação, entre a América e a Europa, é um claro sintoma); é preciso ajustar com prudência e muito saber a redistribuição da riqueza mundial num quadro historicamente marcado pelo fim dos recursos energéticos, industriais e alimentares baratos.

A procura agregada global excede a oferta agregada global, e o inevitável ajustamento vai passar por duas ou três décadas de empobrecimento das classes médias e de instabilidade social dramática. Neste ajustamento, os sábios conseguirão salvar os navios no meio da tempestade. Os ambiciosos sem limite e os cretinos irão ao fundo :(

quinta-feira, novembro 07, 2013

Ensino privado pago com impostos

Os burros não têm culpa nenhuma!


O financiamento escandaloso da ‘liberdade de escolha’

Quando um privado só consegue fazer o seu negócio com o dinheiro dos contribuintes, não é um 'privado' mas um rendeiro do regime. Isto é verdade para a EDP, mas é também verdade para a tropa-fandanga desta democracia corrupta, populista e pindérica.

Esta corajosa reportagem de Ana Leal para a TVI ('Verdade Inconveniente') vem confirmar as minhas suspeitas sobre a falta de transparência do estado neo-corporativo que se mantém praticamente intacto mais de quarenta anos depois de Salazar. Da construção das escolas privadas, ao financiamento contínuo das mesmas, passando pelo apoio às mafias dos manuais escolares, ou ainda pelo interminável negócio benzido das IPSS, percebe-se até que ponto a corrupção em Portugal se transformou numa pandemia, cujo fim só por um triz escapará às cenas de violência e miséria que estamos a ver na Grécia. Com uma diferença: quando a Grécia chegar a Portugal, o tumulto e as consequências serão bem mais graves e imprevisíveis. Não nos esqueçamos da Primeira República!

Se os deputados servissem para algo, já estariam a perguntar ao governo para onde vai cada cêntimo das maiores fatias do orçamento: juros da dívida pública, segurança social, educação e saúde. É aqui que o devorismo e o rentismo indígenas continuam a chafurdar e a roubar os portugueses, ao mesmo tempo que arruinam a economia e expulsam do país centenas de milhar de concidadãos todos os anos.

Cheguei a pensar que o ministro da educação era só ambicioso. Afinal é não passa de mais um lacaio dos rendeiros e devoristas que levaram Portugal à bancarrota. Que diz o cor-de-rosa e inseguro seminarista do PS sobre isto? Pode falar livremente, ou tem que pedir licença à irmã Maria de Belém Roseira, Presidente da Mesa da União das Misericórdias?

quarta-feira, novembro 06, 2013

GOOGLE bug

AVISO

Os meus blogues sediados no Blogger (GOOGLE) estiveram esta tarde em baixo. Não foi nenhuma conspiração, ou ataque, espero. A verdade é que o novo sistema de CONFIRMAÇÃO EM DOIS PASSOS do GOOGLE TEM UM BUG.

É A SEGUNDA VEZ EM 30 DIAS QUE DEIXA OS MEUS BLOGUES DADOS COMO 'REMOVIDOS!

Já recuperei os blogues. Sabem como? Desativando a CONFIRMAÇÃO EM DOIS PASSOS da minha conta via GOOGLE...

Há pois um bug no GOOGLE que é preciso corrigir e sobre o qual é conveniente informar os usuários!


Pedimos desculpa pelo embaraço.

OAM

A Europa é o centro

Para Portugal a memória de África continua no coração.

Levantar a cabeça e olhar o horizonte...

AO CONTRÁRIO DA UNIÃO EUROPEIA, JAPÃO E ESTADOS UNIDOS, que vegetam entre o crescimento débil e a recessão desde 2009, e dos 12 países ricos em matérias primas sob ameaça de crise mencionados neste estudo de Bryson e Miller, há 37 países a crescer mais de 6% ao ano (Banco Mundial). Os profissionais e as empresas da Europa devem olhar para estas paragens, propondo-se levar-lhes valor acrescentado: profissional, tecnológico, científico, organizacional e cultural.

CURIOSAMENTE, a América Latina parece já ter atingido o pico da sua desequilibrada prosperidade, em grande medida atada às matérias primas e à perpetuação de sociedades oligárquicas autoritárias e populistas, havendo mesmo países, como a Venezuela, rapidamente a caminho do colapso económico e social. África e Ásia Pacífico são as paragens mais promissoras para criar riqueza nas próximas três décadas — apesar dos perigos e condições de partida nada favoráveis em muitos destes lugares.

MAS ATENÇÃO: a União Europeia, apesar do crescimento vegetativo em que se encontra e da metamorfose do paradigma de desenvolvimento que está dolorosamente em curso, é a plataforma integrada mais apta para promover e lucrar com a transição em curso da economia mundial.

Solidariedade, transparência, justiça e imaginação ao poder!

37 países a crescer a mais de 6% ao ano desde (2012):
  1. Afeganistão,
  2. Angola,
  3. Arménia,
  4. Bangladesh,
  5. Butão,
  6. Burkina Fasso,
  7. Cambodja,
  8. China,
  9. Macau,
  10. Rep. Congo,
  11. Costa do Marfim,
  12. Eritreia,
  13. Etiópia,
  14. Gana,
  15. Indonésia,
  16. Iraque,
  17. Kuwait,
  18. Laos,
  19. Libéria,
  20. Moldávia,
  21. Mongólia,
  22. Moçambique,
  23. Níger,
  24. Nigéria,
  25. Panamá,
  26. Papua Nova Guiné,
  27. Peru,
  28. Filipinas,
  29. Ruanda,
  30. Serra Leoa,
  31. Tajaquistão,
  32. Tanzânia,
  33. Tailândia,
  34. Timor-Leste,
  35. Turquemenistão,
  36. Uzebequistão,
  37. Zâmbia

segunda-feira, novembro 04, 2013

Quem tem medo de quem?

Elisabeth Taylor e Richard Burton em “Quem tem medo de Virgínia Woolf?” (1966)

O alto preço da exposição mediática

O que é um crime público?

Segundo o Ministério Público, “é um crime para cujo procedimento basta a sua notícia pelas autoridades judiciárias ou policiais, bem como a denúncia facultativa de qualquer pessoa.

As entidades policiais e funcionários públicos são obrigados a denunciar os crimes de que tenham conhecimento no exercício de funções.

Nos crimes públicos o processo corre mesmo contra a vontade do titular dos interesses ofendidos.”

Esta é a quinta vez (1, 2, 3, 4) que escrevo sobre Manuel Maria Carrilho, pessoa que conheço como político polémico e a quem vi inúmeras vezes tomar posições corajosas, embora para muitos tais atitudes agressivas não fossem mais do que a prova reiterada do seu mau feitio e mau perder.

Conheci Manuel Maria Carrilho quando o 'soarismo' apodrecia e Sampaio e Guterres conspiravam para comandarem o próximo ciclo 'socialista'. Alguns jovens intelectuais e artistas andavam então preocupados com o provincianismo e a miséria cultural do país. Eu era um deles, Carrilho era um deles, o saudoso Pedro Miguel Frade era um deles, Ricardo Pais, outro, etc., etc.

Em 1995, Guterres chamou Manuel Maria Carrilho para ministro da cultura. Contam-se várias peripécias sobre este episódio, mas o certo é que se o inesperado ministro correspondeu às expectativas dos artistas e da generalidade dos agentes culturais, já na comunicação social as baterias foram sendo assestadas na sua direção. O segundo governo de António Guterres começou mal (sem maioria) e acabou pessimamente, dois anos depois, por demissão do próprio primeiro ministro. Carrilho já tinha batido com a porta, antevendo o famoso 'pântano' de que mais tarde se lamentaria Guterres e onde o regime invariavelmente cai quando não há maioria absoluta no parlamento.

Carrilho nunca foi, não é, nem será um homem de partido, como por exemplo foi e é José Sócrates e são muitos outros dirigentes e governantes do PS. Talvez por isso a sua vida depois de abandonar o governo, que menos de dois anos depois cairia, tivesse sofrido uma guinada imprevista em direção a Bárbara Guimarães, filha de um escultor obscuro, à época uma das mais celebradas Barbies da TV portuguesa, e aparentemente casada em 1997 com alguém de quem teve que se divorciar para poder voltar a casar, em 2002, desta vez com um ex-ministro.

Nunca me interessei por revistas cor-de-rosa, nem nunca li a Gente, ou a Caras. Só agora, perante esta hecatombe matrimonial, fui obrigado a chafurdar na literatura mais vendida no país.

Os divórcios são frequentemente coisas horríveis, onde chovem as acusações e os insultos mais despudorados. No caso, Manuel Maria Carrilho, ao ver-se subitamente impedido de entrar na sua própria casa, sem que para tal houvesse qualquer interdição judicial, e ao ver-se no mesmo dia, ou dia seguinte, acusado de espancar Bárbara Guimarães, sua esposa, estava realmente em muito maus lençóis. Talvez por isso a sua resposta fosse um contra-ataque violentíssimo ao suposto alcoolismo e à suposta decadência de Bárbara Guimarães, mãe de dois dos seus três, ou quatro filhos. É que a provarem-se os factos de que é acusado pela ainda sua esposa, se não houver fortes atenuantes, Manuel Maria Carrilho ficará numa situação pessoal gravíssima. O melhor mesmo é chegarem a uma separação negociada.

Não sei, e ninguém sabe, por enquanto, o que é verdade, o que é mentira, e o que são meias verdades e meias mentiras em toda esta história vulgar da imprensa cor-de-rosa. É que para além da tragédia que se abateu sobre os visados, e em especial sobre os filhos de ambos, tudo isto é banal e sórdido ao mesmo tempo. Prefiro mil vezes rever Who's Afraid of Virginia Woolf.

Perdeu-se um político, provavelmente há muito mais tempo do que ele próprio quis crer. Os próximos meses dirão se Bárbara Guimarães não terá também que buscar outra profissão. Para Barbie realmente já não serve!

ÚLTIMA HORA (7 nov 2013, 15:07)

Manuel Maria Carrilho e Bárbara Guimarães chegaram a acordo sobre o divórcio
, estão divorciados e o mais importante agora são os dois filhos que há que proteger de um tempo que jamais esquecerão. Fico feliz por ambos terem evitado prolongar um situação que, doutro modo, seria fatal para ambos. All's well that ends well!

sábado, novembro 02, 2013

EDP? Fora!

Bairro do Lagarteiro – Porto - Espaço Público. Arquiteto Paulo Tormenta Pinto - Arquiteto Paisagista João Ferreira Nunes – Proap, Lda

A primeira das "ligações fraudulentas e clandestinas" existentes é a que fornece eletricidade de borla ao presidente da EDP, António Mexia!!!

EDP deixa bairros sociais do Porto às escuras
Expresso, 1 nov 2013.

A EDP prossegue com a ação de corte de energia em bairros sociais do Porto. Hoje foram cortadas ligações de energia no bairro de Contumil e, tal como ontem, os técnicos da empresa de eletricidade chegaram ao local acompanhados de forte escolta policial, o que desencadeou a fúria e indignação dos moradores. 

Berlim decide em referendo gestão da produção de eletricidade
Euronews, 1 nov 2013.

A gestão da produção de energia elétrica em Berlim vai ser decidida, este domingo, em referendo.

Em causa está a transferência da gestão, atualmente, nas mãos da sueca Vattenfall para uma entidade pública.

A iniciativa lançada por mais de 50 organizações não-governamentais conta, agora, com o apoio dos Verdes

“Não queremos que o dinheiro vá parar ao setor privado, neste caso à Vattenfall, mas sim que fim no bolso dos berlinenses” afirma Daniel Wesener dos Verdes.

Sustentabilidade e preços mais competitivos são dois dos argumentos usados pelos promotores da iniciativa que inistem na necessidade de apostar em energias alternativas.

Meu caro Rui Moreira,

É fundamental perguntar à população do Porto, e de toda a Área Metropolitana do Porto, se quer continuar sujeita aos rendeiros endividados e oportunistas da EDP, que ao mesmo tempo que intoxicam a opinião pública com operações constantes de sedução mediática e pseudo cultural, manifestam a mais cruel insensibilidade perante quem mais tem sido atingido pela crise financeira, económica e social, de que a própria EDP e os seus investimentos especulativos são uma das causas, ou se prefere que as escolhas estratégicas e a gestão energética desta cidade-região regressem de forma plena ao domínio público.

A cidade alemã de Berlim já percebeu a vigarice dos cartéis energéticos, e começou a reagir sem meias medidas, nem subtilezas. Pertencem à mesma união que o Porto, não é verdade?

Está na altura de a defesa da democracia e da decência exigir ação, e ação de rua, se for o caso!

As populações urbanas devem olhar para esta ofensiva inadmissível da corja da EDP como uma ameaça, e devem organizar as suas defesas cidadãs, pois mais do mesmo virá se continuarmos a tratar os piratas com mãos de lã.