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sábado, novembro 09, 2013

Buraco negro dos derivados diminui


Uma nova divisão do mundo a caminho

Here is a typical example of how the huge Derivatives Beast is ignored by economists pretending to understand what is going on in the world.  I have explained for years how the derivatives game suddenly appeared during the years banks were deregulated and offshored.  This game meant NO CAPITAL was needed for lending and bankers lent money they didn’t have to all and sundry with wild abandon.  Then, when debt deals went bankrupt, there was no capital base to cover losses and the entire system suddenly collapsed in 2008.

Derivatives Contraction Is Leading Cause Of Bank Deflation And Credit Crunch: Economists Ignore This Fact | Culture of Life News.

O gráfico mais importante dos últimos meses: a recapitalização dos bancos e nomeadamente dos grandes bancos de investimento e especulação está a servir sobretudo para diminuir a exposição destes ao buraco negro dos derivados financeiros, o qual, como mostra o gráfico, tem vindo a diminuir.

Esta recapitalização está a ser feita à custa do aumento do endividamento público (são os governos e os bancos centrais que emprestam dinheiro aos bancos para que estes ensopem a trampa que fizeram), mas também da inflação monetária e da subsequente deflação do valor do dinheiro pela via da destruição das taxas de juro (Mario Draghi acaba de baixar a taxa de referência do BCE para 0,25%), e ainda de uma interrupção severa e prolongada do crédito às empresas e às pessoas.

O dinheiro entra a custo zero nos bancos e fica por lá para ensopar o buraco negro dos derivados especulativos. Ou seja, salvar o sistema bancário e financeiro significa promover a destruição parcial da economia, do emprego e das poupanças de centenas de milhões de europeus e americanos e ainda o aumento das responsabilidades sociais dos estados que se vêem confrontados com o aumento súbito das despesas sociais causadas pelo desemprego e pela pobreza crescente.

É fácil de entender, mas as máquinas de propaganda dos governos corruptos de ambos os lados do Atlântico (e as correspondentes Oposições rotativistas) mentem todos os dias aos seus cidadãos.

É preciso tapar o buraco dos derivados; é preciso diminuir o consumo público e privado conspícuo e não reprodutivo; é preciso reequilibrar a balança mundial entre produtores e consumidores (a que chamo Tratado de Tordesilhas 2.0 — e de que a nova aliança comercial em preparação, entre a América e a Europa, é um claro sintoma); é preciso ajustar com prudência e muito saber a redistribuição da riqueza mundial num quadro historicamente marcado pelo fim dos recursos energéticos, industriais e alimentares baratos.

A procura agregada global excede a oferta agregada global, e o inevitável ajustamento vai passar por duas ou três décadas de empobrecimento das classes médias e de instabilidade social dramática. Neste ajustamento, os sábios conseguirão salvar os navios no meio da tempestade. Os ambiciosos sem limite e os cretinos irão ao fundo :(

domingo, fevereiro 05, 2012

Tic-tac

Waiting for the big bang... or for the big badaboom?



It looks OK, but it is not so. The debt we are dealing with is unmanageable. Even USA is falling off the cliff. The financial world is coming to a halt, and the day after the reset we'll get a hell of an headache! The collapse of the Welfare-State is inevitable — unless broken Europe, broken USA, broken Israel and broken Japan go to war against... Iran, Russia, China, Pakistan, etc., and win. But then who's going to live in such a radioactive nightmare?

As an old Portuguese minister said yesterday, we should ask the United Nations to remedy what appears to be a global problem — a 700 trillion USD Ponzi problem!

China is preparing for the worst...

Counterfeit Value Derivatives: Follow the Bouncing Ball (Guest Essay)   (February 3, 2012)

[…]

No wonder the market goes up dramatically when there is talk about another quantitative easing (Fed bailout) or emergency rescue (government/taxpayer bailout). These financial game players already know that an open public spigot is on its way, pouring real capital directly into their pockets.
In regulatory actions and legal courts, unregulated insurance claims should simply be declared null and void when applied to real assets and real compensation. “You have no stake, therefore you have no claim. Your agreement was with a third party that did not have adequate capital to pay for a contract with you. Take them to court.” Or “You have an imaginary claim for imaginary damage. Here’s your imaginary money. Your deal was private and unregulated, then it should be settled in private between companies without public intervention or support.”
Did that happen? No, because AIG had collapsed its unregulated private and regulated public functions and Congress had allowed it to do so with the repeal of the Glass-Steagall Act. Because the wall came down between regulated and unregulated activity, transparent and “shadow” markets, traditional and investment banking, this private fiat virus broke quarantine and the resulting contagion cannot be put back in the lab.
Because world leaders and their regulators blinked and did nothing, counterfeit private fiat (backed by nothing) has metastasized and infiltrated “genuine” public fiat (backed by country’s productivity if not by gold), and more and more actual money and productivity in the form of austerity is being thrown at a gargantuan and unrecoverable sea of counterfeit obligation.

[…]

by Zeus Yiamouyiannis, copyright 2012.

and...

Chris Martenson presenting James Dines (author of The Dines Letter): "Owing 'Wealth In The Ground' Is Your Best Bet to Surviving the Coming 'Supernova of Inflation'" [PODCAST]

James Dines:
At the little-noticed Genoa Conference starting on April 10, 1922, the politicians slipped a profound change into the law by changing “the gold standard” into what they called “the gold-exchange standard.” Politicians decided to count gold twice (the gold itself and also the gold-backed currency). That doubled the money supply. (The fallacy is that the gold-exchange standard counted the gold twice-once where it was stored, and again in any country that held paper dollars or pounds backed by gold.) The unleashing of that much cash in 1922 was the true cause of the subsequent boom into 1929. It was an inflation that was punished by the subsequent deflation of the early 1930s. Believe it or not, this is a position almost totally disbelieved to this very day, and you won’t even readily locate that 1922 Conference in current history books, much less in the press!”

Updated: 2012-02-06 0:19

quarta-feira, setembro 07, 2011

Derivatives

A Besta dos Derivados Financeiros

Touro morto na arena, Pamplona. Bernat Armangue—photo/AP (versão mod. p/ PB)

Aquilo a que se chama produtos "tóxicos" são regra geral (1) contratos de derivados financeiros, complexos (porque agrupam vários produtos financeiros em pacotes embrulhados com designações que não permitem ver o que está lá dentro), e negociados por debaixo da mesa, i.e. fora da bolsa e das demais praças (como são, por exemplo, os mercados públicos das "commodities": café, petróleo, trigo, arroz, carne argentina, etc.) A esta negociação fora dos mercados "transparentes" chama-se OTC: Over The Counter, que eu traduzo Por Debaixo da Mesa, na medida em que tais contratos, embora registados no seu valor, não são negociados em praças públicas (bolsas, etc.) e escapam aos organismos de supervisão financeira.

O derivado mais antigo e simples, que não é necessariamente "tóxico", é o chamado contrato de futuros, por exemplo, um seguro de colheitas, um seguro contra naufrágios, um seguro contra falências, ou contra alterações cambiais, etc. Um contrato de promessa de compra e venda de trigo por um dado valor numa dada moeda realizado antes da colheita é um bom exemplo de um contrato de derivados (não financeiro). Estes contratos existem desde que há comércio marítimo de longa distância, mas com a exportação progressiva das actividades produtivas (extração de matérias primas, produção industrial, serviços) do Ocidente para os chamados países emergentes, a base material da economia ocidental (a começar pela sobre endividada economia dos EUA) começou a decair. O modo como os gurus de Wall Street (de que tais Big Five são a marca distintiva) reagiram a esta perda progressiva de riqueza real foi precisamente a especulação com os mercados de futuros, tornando este tipo de contratos cada vez mais elaborados, opacos e fortemente apostados em ganhar dinheiro a partir de operações de risco: por exemplo, apostando na falência de um banco, ou de um país, apostando na subida e descida das taxas de juro interbancários, ou na subida e descida das taxas de juro das Obrigações soberanas no mercado secundário das dívidas públicas, etc.

Apostar contra/a favor das  taxas de juro, ou a favor/contra as taxas de câmbio, são o principal jogo da especulação financeira mundial de há umas duas décadas para cá, muito à frente das apostas no mercado imobiliário especulativo (de que o Subprime foi o mais recente exemplo), precisamente através dos tais produtos "tóxicos" que compõem o mercado de derivados financeiros: CDO (Credit Debt Obligations), CDS (Credit Default Swaps), Options, Naked Short Selling (vendas a descoberto sem garantia de recompra), etc....

Um dos principais estímulos concertados desta monumental bolha especulativa foi o chamado Yen Carry-Trade, i.e. a especulação com a moeda japonesa, e com as suas baixíssimas taxas de juro interbancário. Porém, no momento em que a China começou a emular este estratagema, e os Estados Unidos também decidiram optar por uma política de desvalorização agressiva do dólar e de destruição das taxas de juro, colocando-as cada vez mais perto de zero, o Yen Carry-Trade entrou em colapso, e com este colapso, começou o turbilhão desse inimaginável buraco negro financeiro chamado derivados.

A partir do momento em que estes produtos se autonomizaram a ponto de serem vistos e transaccionados como fichas de um gigantesco casino, o monstro do mercado de derivados financeiros começou a crescer exponencialmente. Hoje este mercado tem um valor "nocional" —quer dizer, um potencial de exposição ou de risco— na ordem de 12x o PIB mundial, i.e. 12x63 000 000 000 000 = 756 biliões de USD (ou como dizem os americanos: $756 trillions)

Bastaria que 30% dos contratos de Derivados dessem para o torto —e estão a dar!— para que se evaporassem da Terra qualquer coisa como 226,8 biliões de dólares (68E12 USD)

É este maremoto financeiro que está em curso :(




Vale a pena ver os 6 episódios deste excelente doc.

 NOTÍCIAS DO BURACO

A exposição dos cinco principais bancos americanos (JPMorgan Chase Bank, Bank of America, Goldman Sachs Bank USA, HSBC Bank USA) ao mercado de derivados financeiros, sobretudo envolvidos na especulação cambial (82%), com Credit Default Swaps (97,28% dos contratos), equivale a 4x o PIB mundial!

O crescimento desta exposição em 2010 (12,7%), a manter-se, seria claramente exponencial — i.e. virtualmente fora de controle.

Estes Big Five estão entre as dezassete instituições financeiras recentemente processadas pelas autoridades de Washington por terem defraudado a Fannie Mae e a Freddie Mac, causa principal do colapso do Subprime em 2007-2008.

É por estas e por outras que a imprensa anglo-saxónica berra histericamente e todos os dias contra os PIIGS. Estamos mal, sim, mas porque somos o elo fraco de uma cadeia de especulação e ganância mundiais com sede, precisamente, em Wall Street, sob o comando dos piratas que dirigem os Big Five.

CITAÇÕES
The notional value of derivatives held by U.S. commercial banks increased $12.8 trillion, or 5.5%, from the fourth quarter of 2010 to $244 trillion. The notional value of derivatives is 12.7% higher than a year ago. Derivative contracts remain concentrated in interest rate products, which comprise 82% of total derivative notional values. Credit derivatives, which represent 6.1% of total derivatives notionals, increased 5.3% to $14.9 trillion — in OCC’s Quarterly Report on Bank Trading and Derivatives Activities First Quarter 2011, Comptroller of the Currency Administrator of National Banks

World GDP in US$ (Wikipedia)
Listed by:
—IMF: 62,909,274,000,000
—World Bank: 63,048,823.000.000
—CIA: 63,170,000.000.000

JP Morgan still is the biggest HOLDER of derivative contracts. It has only $1.7 trillion in total assets while holding a hot hand of $73.6 trillion in derivatives! Wow. Talk about a heavy overhang of vapid paperwork that has no reality! Goldman Sachs has a mere $84 billion in assets but this lets them toy with $44 trillion in derivatives — in Culture of Life News.

NOTAS
  1. Esta versão simplificada não dispensa aos interessados leituras mais detalhadas sobre o fenómeno. Ler este artigo na Wikipedia.

sexta-feira, junho 10, 2011

Bitcoin

Uma moeda finita, puramente computacional, para derrotar o buraco negro da ladroagem mundial?

E se os money changers fossem derrotados por um banqueiro anarquista anónimo e sem dono?

Em plena erupção da crise financeira e económica mundial, desencadeada pelo colapso dos chamados empréstimos Subprime, a percepção de que o sistema bancário na era da globalização electrónica se transformara numa Dona Branca planetária, levou um misterioso hacker japonês, Satoshi Nakamoto, a criar, entre 2007 e 2010, o modelo daquela que promete ser a futura moeda global: descentralizada, democrática, sem dono, e à prova de inflação. Esta moeda, que já circula na tecnosfera, chama-se Bitcoin. Baseada na partilha ponto-a-ponto de ficheiros entre computadores (P2P), é um meio de pagamento digital-electrónico, cujo valor é extraído através da resolução de problemas matemáticos de complexidade crescente, encriptado através de algoritmos muito sofisticados e resistentes, finito (para evitar a inflação monetária) e que promete resistir aos money changers pós-modernos, responsáveis pela gestação criminosa de um risco de incumprimento financeiro global equivalente a 10x o PIB mundial, ou seja, 600 milhões de milhões de US dólares (“Semiannual OTC derivatives statistics at end-December 2010”—Bank of International Settlements).

The Currency That's Up 200,000%
Bitcoins are the top-performing money in the world -- but what are they?
Smart Money, Wall Street Journal

The best performing currency of the past year isn't Brazil's real, up 15% versus the U.S. dollar, or Australia's dollar, up 27%. It's the Bitcoin. A year ago one was worth half a penny. Thursday morning it hit $10.50. That's a gain of more than 200,000%.

What's a Bitcoin? It's a peer-to-peer system of electronic money that allows payments to be sent directly between two parties without the need for a financial institution. It's related to Bit Torrent, a system for sharing large files like movies, but in this case the "movie" is a file with the currency's entire transaction history. And because users themselves all share that history, "it's more secure than even bank transactions," says Donald Norman, a spokesman for the Bitcoin Consultancy, which is seeking to gain wider acceptance for the currency.


The Bitcoin Triples Again
Smart Money, Wall Street Journal

The world's fastest-gaining currency has tripled in price again. Last week, SmartMoney.com reported that the Bitcoin had exploded from an exchange rate near zero to more than $10 in about a year, making it one of the top-returning assets of any kind. On Wednesday the currency topped $30.

If returns like those seem otherworldly, perhaps its because Bitcoin is a world unto itself. To recap, it's is a purely online currency with no intrinsic value; its worth is based solely on the willingness of holders and merchants to accept it in trade. In that respect, it's not so different from fiat currencies like the dollar or Euro, but whereas governments back such money, Bitcoins lack central control.

Bitcoin tem a sua origem cultural na vasta comunidade de hackers e de defensores de uma espécie de anarquia electrónica responsável, comunitária e anti-capitalista. A genealogia deste movimento cultural com impacto crescente na actual civilização tecnológica (paradoxalmente ameaçada pelo consumo e destruição especulativa dos seus limitados recursos energéticos, naturais e sociais objectivamente disponíveis) é bem conhecida de muitos de nós. Basta citar alguns do seus mais notórios acrónimos:

Linux
Open Source/ Software Livre
Creative Commons
Wikipedia
Wikileaks
Anonymous
Humblebundle
Bitcoin
BitTorrent
The Pirate Bay

Os recentes êxitos instantâneos do Facebook, Twitter, Groupon, LinkedIn e Mac iCloud são versões comerciais híbridas da ideologia tecno-comunitária do Software Livre e da Partilha Gratuita de Ficheiros. Esta ideologia, de que o Bitcoin promete ser o grande protagonista monetário, desafia as noções convencionais de propriedade intelectual aprisionadas por uma agressiva e imperial indústria dedicada à comercialização de direitos de autor e de patentes.

À medida que as dificuldades criadas pelos money masters reduzem as soluções racionais e socialmente disponíveis para a actual crise de endividamento, arriscando destruir a economia mundial (por exemplo, através de uma guerra tecnológica sem precedentes), os indivíduos, as empresas e os governos acabarão por escolher a melhor forma de se protegerem dos processos de implosão e rapina em curso e que não parecem ter fim (sobretudo por causa da dimensão do buraco negro dos derivados financeiros OTC.)

É neste contexto que a Bitcoin aparece como uma ideia brilhante, ainda que na sua infância, capaz de desafiar o poder aparentemente ilimitado dos senhores de um dinheiro que deixou de ser metálico em 1971, e que tem vindo a ser multiplicado electronicamente —numa base puramente declarativa, ou contabilística— sem qualquer base sólida de valor. As bolhas especulativas que nascem e rebentam de forma cada vez mais destrutiva são a marca distintiva desta espoliação em massa das populações e dos países. A partir do momento em que a moeda de reserva mundial, o dólar americano, em nome de uma inflação monetária que não mais acabaria, rejeitou qualquer regra de paridade relativamente ao ouro, as populações e as economias subordinadas à hegemonia imperial desta moeda flutuante foram sendo sucessivamente despojadas das suas poupanças, dos seus empregos, das suas autonomias e, no limite, do direito à existência. Há, no entanto, uma rebelião em marcha — confusa, caótica, mas que a crescente república electrónica global vem apetrechando com escudos e ferramentas de perturbação cada vez mais sofisticados e eficazes.

Há quem diga que Dominique Strauss-Khan foi vítima de uma conspiração dos serviços secretos americanos, em resultado de o ex-director do FMI ter confirmado o que há muito se suspeitava: as reservas de ouro americanas evaporaram-se de For Knox! E o ouro português, ainda lá está? Se o Parlamento Europeu aprovar a proposta da sua Comissão de Economia e Assuntos Monetários, ECON, sobre o uso das reservas de ouro dos países comunitários no pagamento de dívidas de Estado, saberemos finalmente até que ponto a moeda americana não passa hoje de um perigoso fantasma.


What is bitcoin?


Online Cash Bitcoin Could Challenge Governments, Banks

Late last year, after WikiLeaks began releasing its trove of State Department cables, many individuals sought to show solidarity with the group by making a donation. They found, however, that many payment processors would not remit money to WikiLeaks, some say as a result of U.S. government pressure. PayPal even froze the group's account so it couldn't access funds already collected.

“Hey, Visa, Mastercard, Paypal: It's MY money,” media critic Jeff Jarvis tweeted at the time. “How DARE you tell me where I can and can't spend it?” — TIME.

Bitcoin, the new digital currency explained


Crypto Currency
Andy Greenberg, 04.20.11, 06:00 PM EDT
Forbes Magazine dated May 09, 2011

Want to buy socks or psilocybin without being traced? Bitcoins are for you.

The Internet has left plenty of dead and maimed paper-based institutions in its wake. If Gavin Andresen and his underground cadre of cypherpunks have their way, another archaic slice of pulped tree may be next: the dollar.

Bitcoin is a grassroots nonprofit project that seeks to fashion a new currency out of little more than cryptography, networking and open-source software, and Andresen is the closest thing the project has to a director. Bitcoin is not, he explains, just a new way to digitally spend dollars, pounds and yen. That's been tried before. Remember Beenz and Flooz?

ÚLTIMA ACTUALIZAÇÃO: 10-06-2011 23:33

domingo, novembro 30, 2008

Crise Global 46

Liquidez total

Um longo Inverno
Metade do PIB de 2007 para salvar sistema financeiro americano

U.S. Pledges Top $7.7 Trillion to Ease Frozen Credit
By Mark Pittman and Bob Ivry

Nov. 24 (Bloomberg) -- The U.S. government is prepared to provide more than $7.76 trillion on behalf of American taxpayers after guaranteeing $306 billion of Citigroup Inc. debt yesterday. The pledges, amounting to half the value of everything produced in the nation last year, are intended to rescue the financial system after the credit markets seized up 15 months ago.

The unprecedented pledge of funds includes $3.18 trillion already tapped by financial institutions in the biggest response to an economic emergency since the New Deal of the 1930s, according to data compiled by Bloomberg. The commitment dwarfs the plan approved by lawmakers, the Treasury Department’s $700 billion Troubled Asset Relief Program. Federal Reserve lending last week was 1,900 times the weekly average for the three years before the crisis.

When Congress approved the TARP on Oct. 3, Fed Chairman Ben S. Bernanke and Treasury Secretary Henry Paulson acknowledged the need for transparency and oversight. Now, as regulators commit far more money while refusing to disclose loan recipients or reveal the collateral they are taking in return, some Congress members are calling for the Fed to be reined in.

As principais economias industriais do planeta caminham paulatinamente para uma prolongada deflação, com as respectivas taxas de juro a tender para zero. Entre Janeiro e Fevereiro de 2009 as taxas de juro de referência dos bancos centrais cairão para 2,5% na Eurolândia, 1% ou menos nos Estados Unidos, e 0,1-0,15% no Japão (1). Os países produtores de matérias primas, pelo contrário, verão os respectivos juros subir, fixando a liquidez própria e desviando grandes fluxos de capital na direcção das suas economias.

Ao contrário do que pensa a Esquerda leviana, aumentar as responsabilidades financeiras dos Estados, das empresas e das pessoas, na situação de endividamento estrutural em que se deixaram cair os Estados Unidos e a Europa, prolongando a ilusão de um crescimento à custa do consumo, não só não vai resolver os problemas, como irá agravá-los.

No quadro da imprevisibilidade extrema actual, a que se vêm somar os efeitos catastróficos das alterações climáticas, as prioridades devem ser outras:
  • regular drástica e imediatamente os mercados financeiros;
  • dar prioridade absoluta à eficiência energética;
  • restabelecer a prevalência do capital natural sobre o capital resultante da exploração
  • reinventar os paradigmas de crescimento;
  • criar emprego produtivo
As tentativas insistentes de tapar com dinheiros públicos o buraco negro dos Derivados confeccionados pelas Donas Brancas que dominaram a especulação mundial das últimas duas décadas, são não apenas imorais, mas também inúteis (2), colocando em risco a estabilidade política de inúmeros países, e a própria paz mundial.

O simples facto de Portugal inscrever no seu Orçamento de Estado a possibilidade de hipotecar mais de 10% do PIB no saneamento de instituições bancárias e financeiras à beira do colapso, em vez de apostar na destruição criativa dos especuladores, em linha com o tipo de recomendações que os neo-liberais gostam de sugerir aos sectores produtivos tradicionais, revela até que ponto podemos estar a cavar a nossa própria sepultura.

A proporção dos Derivados na Liquidez Total sugere claramente que a única saída possível é cortar as ligações existentes entre a economia real e o vórtice destrutivo da economia especulativa gerado pela bolha do Subprime. A primeira deve ser saneada e merecer novas estratégias e novos financiamentos. A segunda, por não passar duma ficção informática, deve ser apagada, pura e simplesmente, do sistema! O senhor Stanley Ho não salva da ruína os jogadores que apostam no seu casino. A mesma receita deve ser aplicada, naturalmente, aos especuladores de Wall Street e do Banco Privado.


NOTAS
  1. China downturn deepens, European rate cut sought

    Thu Nov 27, 2008 4:38pm EST (REUTERS) — By Keith Weir

    LONDON (Reuters) — China warned on Thursday that its economic downturn could threaten stability as pressure grew on the European Central Bank to make a big cut in interest rates to help contain the global financial crisis.
    ...

    "The euro zone is in a deep recession, upping the pressure on the ECB to cut interest rates further," said Christoph Weil, economist at Commerzbank. "We envisage a first move next week on a scale of 75 basis points to 2.5 percent."
    ...

    Central banks around the globe have slashed interest rates to try to ease the flow of credit and restart stalled economies.

    Economic sentiment in Europe's single currency zone hit 15-year lows in November and inflation expectations plunged, boosting the case for a big rate cut from the European Central Bank next week.


    Mizuno Opposed Bank of Japan’s October Rate Cut

    Nov. 27 (Bloomberg) -- Bank of Japan board member Atsushi Mizuno voted against the Oct. 31 decision to cut interest rates, saying the central bank should focus on measures to promote the flow of money through the financial system, minutes show.
    ...

    “Further deterioration in the economy will require more action, irrespective of Mizuno’s stance,” said Masamichi Adachi, senior economist at JPMorgan Chase & Co. in Tokyo. Adachi predicts the key rate will be lowered to 0.1 percent or 0.15 percent in February.

  2. Major US banks worse than Japan's zombies?
    Why aren't massive expansions of banking reserves by the Fed working this time?
    By FRED, iTulip Administrator, in iTulip (2008-12-02).

    Back in September 2008 posted this chart that shows the Fed vastly expanding reserves for member banks. We show the expansion as a percentage rather than an absolute change because the numbers are so large as to be meaningless. The real story is the proportion relative to past crisis -- real, as in the case of 9/11, or imagined, as in the case of Y2K:
    ...

    iTulip: What do you make of the extraordinary levels of bank reserves that the Federal Reserve is pumping into the Federal Reserve System, now at more than 600% higher than November 2007 levels?

    Dr. B: Think of the commercial banks that take loans from the Federal Reserve banking system as a person and the money that flows through them as the blood in a person's body. Now think of that person as injured. When he suffers a severe injury and loses blood, the Fed gives him an emergency money transfusion. You can see in your chart below the money transfusions in late 1999 just before the end of the year, due to the Y2K scare -- false, as it turns out -- and in 2001 after 9/11. Some believe that the withdrawal of reserves in mid 2000 caused the market decline that led to the recession of 2001.

    Dr. B: After the injury is operated on and healed and the patient is producing his own money again, the money that was added earlier by the Fed's transfusion is drained back out. As you can see from your chart above, the transfusions usually take two to six months and typically six months or after the crisis is over are gradually withdrawn over a period of several months to return total money in the system to pre-crisis levels.”

    iTulip: That makes sense. But why has the Fed this time had to continue to transfuse money? Why are the transfusions so huge and why do the transfusions seem to not be working? Is he still bleeding and the money is pouring through the system? If you try to compare previous expansions with this one on the same chart on the same scale, the differences are quite stark.

    Dr. B: My theory is, and I admit not everyone will agree with it, is this: the patient is dead.

    iTulip: Interesting. That does not bode well for the efficacy of future transfusions.

    Dr. B: No it does not. They can keep the intravenous tube hooked up to a pint bottle or a 100 gallon drum of blood but it doesn’t matter if the blood is not circulating through the patient so he can to take it in.

    iTulip: Controversial. I see why you are giving this to us on the sly. What evidence do you have to support this theory?

    Dr. B: Note that many smaller banks that do not operate as part of the Fed system are working just fine.

    iTulip: Go on.

    Dr. B: The reason: Credit Default Swaps. It is now well understood that CDS are at the root of today’s financial crisis. Your readers have known that risk since 1999 when you first posted Someone Please Turn on the Lights. Some have suggested the simple expedient of canceling them all, declared all of the CDS contracts null and void.

    iTulip: That will bring the dead patient back to life, assuming as you assert that he is dead?

    Dr. B: CDS certainly killed him but removing them is no cure.

    iTulip: Why not?

    Dr. B: Federal Reserve Bank of New York Staff Report no. 276 "Credit Derivatives and Bank Credit Supply" by Beverly Hirtle, February 2007 concluded that all of the nation’s largest banks used credit default swaps not to protect existing assets but to expand their balance sheets between 1997 and 2006.

OAM 482 29-11-2008 23:30 (última actualização; 02-12-2008)

segunda-feira, outubro 27, 2008

Crise Global 41

A economia dos sábios


Synthetic CDO that fails in subprime securitization

We had to nationalise the banks “to preserve the free market.” -- George W. Bush

"It's very simple: we sink together or we swim together.

"I very much hope that China can make an important contribution to the solution to the financial crisis. It's a great opportunity for China to show a sense of responsibility." -- José Manuel Barroso.


João Cravinho veio de Londres explicar aos indígenas que há toda a conveniência em reunir uma comissão de sábios economistas para lidar com a gravíssima crise financeira e económica que abala o mundo. Falou até no antigo governador do Banco de Portugal e ministro, José da Silva Lopes, como um dos desejáveis protagonistas para liderar o sugerido clube de sábios consultores. Os economistas não se fizeram rogados, pondo-se a disparar pequenas teorias em todos os canais disponíveis, assestando as suas armas analíticas sobre os três pontos da discussão lançados há meses, curiosamente, por Manuela Ferreira Leite, actual líder do PSD que, pelos vistos, incomoda muita gente no Bloco Central.

Os pomos da discussão e da discórdia são estes:

  • qual a gravidade da crise actual e que impactos tem em Portugal?
  • deve-se ou não manter o plano de Grandes Obras Públicas (GOP) do PS?
  • se houver que eliminar ou adiar obras previstas, quais deveriam ficar no tinteiro dos vorazes gabinetes de consultoria e assessoria?
Ao contrário do proverbial e inconsciente optimismo do primeiro ministro, que só há quinze dias ouviu falar de uma crise financeira sistémica mundial, a generalidade dos temerosos economistas portugueses reconhecem que a mesma é muito grave, duradoura e que afectará gravemente as economias americana, europeia e mundial. Embora com inexplicável atraso crítico, lá foram percebendo que os efeitos letais da mesma serão potencialmente devastadores para a economia portuguesa.

É certo que Medina Carreira, Silva Lopes e mais recentemente Luís Campos e Cunha, têm alertado os portugueses para o endividamento do país, contínua perda de competitividade e divergência relativamente à média de desenvolvimento da União Europeia. Mas o que ainda não li de nenhum deles foi uma análise crítica sobre a mudança da qualidade das ameaças que poderão, de facto, empurrar Portugal para uma falência súbita, como as que ocorreram na Islândia e poderão ainda fazer ajoelhar a Ucrânia e o Reino Unido.

Falta de coragem? Não acreditam na hipótese, e preferem badalar a cantilena suicida da robustez do nosso sistema financeiro e bancário? Não sabem que ambos estão há muito falidos? Não temem que o obscuro aval dos 20 mil milhões de euros à banca se transforme a curto prazo num garrote à própria capacidade de endividamento de todo um país, a começar pelo irresponsável Estado?

Relativamente às GOP, defendidas em nome dum Keynesianismo colado com cuspo, por um Sócrates disfarçado de salvador da Pátria, sem pensar um minuto nas despesas sociais associadas, nem nos recursos imprescindíveis a semelhante devaneio populista, alguém leu alguma opinião dos sábios economistas sobre as virtudes dum Estado-betão, falido e sem recursos próprios? Eu só ouvi e li alguns lamentos sobre o preço da coisa! Que é caro. Que talvez seja difícil pedir dinheiro emprestado nas actuais circunstâncias. Ou que deveríamos ponderar com mais cuidado a ideia de atirar as dívidas do passado, do presente e do futuro para os nossos filhos e para os nossos netos. Alguém sabe qual vai ser o preço do dinheiro daqui a um, dois ou três anos?!

Quando chegamos à tesoura dos cortes nas grandes obras, a ignorância dos temas por parte dos economistas é em geral confrangedora.

Quase todos eles gostam de barragens. Porque será? Mero reflexo defensivo? Já pensaram, por acaso, no aproveitamento ridículo que tem sido dado aos inúmeros lençóis de água e albufeiras deste país, por exemplo, na modernização da nossa atrofiada agricultura? Já pensaram que construir dez ou doze novas pequenas barragens apenas aumentará em 3% a produção da energia eléctrica que consumimos anualmente? E que, por outro lado, tais fretes à EDP do Mexia, feitos em nome de um mercado de dívidas em colapso, arruína um precioso capital natural, não deslocável e insubstituível? Já ouviram falar de negaWatts, ou de conceitos como eficiência e produtividade energéticas? Se houver um plano de emergência que passe por recuperar 30% da energia mal consumida e em grande parte importada, e 40% da água potável que se perde na péssima eficiência dos sistemas de distribuição existentes, corrigimos dois problemas cruciais pela raiz, criando ao mesmo tempo conhecimento, emprego e riqueza material. Seria, por si só, uma formidável revolução. Ou se quiserem uma actualização inteligente das teorias de John Maynard Keynes.

Sobre a necessidade de novos aeroportos, novas autoestradas e novas travessias, basta olhar para os números!
  • As chegadas e partidas de aviões estão a cair consistentemente na Portela, onde sobram centenas de slots vazios (mas não no aeródromo de Tires, onde o corropio de Corporate Jets faria pensar e agir qualquer Estado vigilante e atento ao seu património);
  • O tráfego automóvel na Ponte 25 de Abril tem vindo a decair nos últimos cinco anos; em contrapartida, a capacidade de transporte ferroviário na mesma ponte, pela Fertagus, está esgotada, por falta de comboios...;
  • A Volvo viu as encomendas europeias de camiões para o quarto trimestre deste ano decair de 41 970 para 115 unidades (BBC), e a Mercedes anuncia paragem da sua maior fábrica na Alemanha durante o mês de Natal! (Spiegel). Por cá, o número de dias sem produção em Palmela cresce mês a mês e nada garante que o pior não venha a ocorrer no cluster automóvel da Margem Sul;
  • Finalmente, o TGV: as ligações entre Madrid e Poceirão-Pinhal Novo, bem como entre Vigo e Porto, são os dois únicos investimentos públicos do embrulho GOP que fazem sentido, seja por causa dos compromissos entre Estados, seja sobretudo devido à utilidade imediata de ligar Portugal à nova rede ibérica de Alta Velocidade e Velocidade Elevada assente em carris de "bitola europeia". As novas linhas deverão, porém, e ao contrário dos tresloucados Power Points governamentais, servir para o transporte de pessoas e mercadorias. Pois só assim se rentabilizarão eficazmente os investimentos.

    A reintrodução em força do transporte ferroviário de pessoas e bens na União Europeia faz parte da sua urgente agenda de combate ao Aquecimento Global e mitigação da dramática dependência energética da Europa face à Rússia, Médio Oriente e Magrebe. Portugal, um país extremamente dependente das importações de petróleo e gás natural, corre o sério risco de ficar no bolso dos novos sultanatos energéticos, como se tem visto na ascendência crescente de Angola, por exemplo, no nosso sistema bancário. Precisamos, pois, de diminuir dramaticamente a factura petrolífera, estabelecendo vias de transporte rápido e qualificado entre os nossos portos e o resto da Europa. Precisamos, por outro lado, de terminar de uma vez por todas a modernização da Linha do Norte, por forma a deixar o Alfa ligar as duas principais áreas metropolitanas do país em 2 horas; bem como modernizar (electrificar, etc.) as linhas do Oeste, Douro e Beira Alta.

    Tudo isto, pensado com pés e cabeça, numa lógica de máxima eficiência energética, seria um desafio suficientemente grande para empregar de forma duradoura e consistente milhares de pessoas neste país. Pelo contrário, aquilo que vemos na propaganda governamental é mais do mesmo: pronto-a-vestir tecnológico importado, importação de mão-de-obra estrangeira, trabalho ilegal e precário, e muita engenharia financeira para disfarçar o endividamento infinito da nossa economia. Como é sabido, este modelo de rapina está esgotado e não será financiado pelos esquemas clandestinos do costume, sobretudo se a Europa tiver (e terá) que incrementar rapidamente o rigor e a transparência das finanças públicas do seus 27 estados membros.
O ano que vem, 2009, vai ser ainda pior do que 2008. E o seguinte, pior ainda. Que mais novos dados serão necessários para dar razão a Manuela Ferreira Leite, quando ela afirma que todos os grandes investimentos devem ser, pura e simplesmente, postos entre parêntesis e submetidos a uma análise custo/benefício à luz da depressão económica mundial que se apresenta diante de todos nós? Acham, como o lunático Prof. da RTP, que a nova líder do PSD tem apenas um problema de linguagem ou de relações públicas? Por favor, digam lá!

Banca: Apesar de a taxa Euribor continuar a descer
Prestações sobem até Dezembro

22 Outubro 2008 (Correio da Manhã) -- ...Em Agosto o crédito malparado relativo aos empréstimos aos particulares atingiu os 2,8 mil milhões de euros – o que constitui um recorde absoluto ao nível do incumprimento. Os números do Banco de Portugal mostram que o incumprimento das famílias no pagamento das prestações mensais bateu um novo recorde, tendo crescido 586 milhões face a igual período de 2007. Na prática, o crédito malparado cresceu 1,6 milhões de euros por dia num ano, o que traduz uma subida homóloga de 26,46 por cento (...)

CAIXA JÁ TROCA PRESTAÇÃO POR RENDA NO IMOBILIÁRIO

Apesar de ainda estar a aguardar a publicação do diploma legal que regula o fundo habitacional de arrendamento, criado pelo Governo, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) já oferece como solução aos clientes incumpridores a possibilidade de trocar a prestação do crédito à habitação pela renda. 'Em determinados casos, isso já tem sido feito', admitiu ao CM Paulo Sousa, director de financiamento imobiliário da CGD, adiantando que os processos que estão já em execução 'podem a qualquer momento ser suspensos, se o executor assim o entender'.

A CGD é a primeira a avançar com o fundo. Segundo Paulo Sousa, a diminuição do encargo mensal com o arrendamento da casa 'é bastante superior [a 20%]'. n D.R. (...)

Na habitação, o crédito malparado aumentou 23,6 por cento face a 2007, totalizando agora 1,5 mil milhões de euros (...)

Em termos gerais, o peso do malparado no crédito total concedido pelos bancos continua em 2,1%, uma percentagem que se mantém inalterada desde o último mês de Julho.


A crise que não se deixa administrar


22-10-2008 (Rumores da Crise) -- Os sinais de recessão que assolam o mundo ainda são por conta do peso do setor financeiro no PIB. Apesar das demissões nesse setor, o impacto maior será sentido quando o consumo e os investimentos sentirem toda força da escassez do crédito. Os investimentos serão atingidos duplamente: pela escassez do crédito e pela redução do consumo. É nesse momento que o desemprego atingirá com força a economia real com a redução da produção e o fechamento de fábricas. Parte dos assalariados que continuarão empregados terão seus salários achatados e reduzirão o consumo inibindo mais ainda a produção. Os estados endividados terão dificuldade de executar programas keynesianos sem o risco de uma explosão de preços.


U.S. has plundered world wealth with dollar: China paper


Fri Oct 24, 2008 6:14am EDT -- BEIJING (Reuters) - The United States has plundered global wealth by exploiting the dollar's dominance, and the world urgently needs other currencies to take its place, a leading Chinese state newspaper said on Friday.

The front-page commentary in the overseas edition of the People's Daily said that Asian and European countries should banish the U.S. dollar from their direct trade relations for a start, relying only on their own currencies.

A meeting between Asian and European leaders, starting on Friday in Beijing, presented the perfect opportunity to begin building a new international financial order, the newspaper said.


We had to burn the village to save it


Friday, 17 October 2008 (London Banker) ... The $700 billion appropriated for the Paulson Plan and the $840 billion extended in parallel by the Federal Reserve last month are together more than three times the expenditure on US wars for the past five years. The federal borrowing requirement for 2008 is now in excess of $1.02 trillion, and for 2009 is now estimated between $1.5 and $2 trillion.

Such hyperbolic growth in the fiscal deficit and debt is unsustainable, even with such very tolerant creditors as the Japanese, Gulf Arabs, Russians and Chinese. They can see that each dollar added to the Fed’s balance sheet is tinder for burning those already held or denominated in their reserves. They can project the curve forward. At some point, they must react and restrain further debasement of their reserves and investments, either by collectively raising the prices charged for the resources and products they export, the interest charged on existing and future debt, or the forced exchange of debt for equity ownership of real economic assets. Or all three.

... In my experience, there is nothing so permanent as a temporary expedient. It is hard to see how partially nationlised banks will ever be more than the means of political redistribution of wealth and power, and so corrupt both the economy and political system.

Se o crédito mal-parado a particulares em Portugal, no segmento imobiliário (presume-se que abrangendo não apenas hipotecas de compradores, mas também empréstimos a construtores e promotores) anda pelos 1,5 mil milhões de euros, não chegando por isso a 10% do aval total que José Sócrates quer oferecer aos bancos sediados no nosso país (que já declararam em uníssono estar interessados no bolo!), fica a pergunta: que risco vai então ser coberto pelas restantes 90% do 20 mil milhões de euros? Bom, só pode ser o endividamento anual do país, estimado para 2009 nos tais 10% do PIB, e que a banca precisará de pedir emprestado e emprestar às empresas e sobretudo ao Estado. Mas se é assim, porque anda a imprensa a agitar o espantalho do cidadão que deixou de pagar as prestações da casa, em vez de expor a história dos grandes devedores? E porque há avales para estes e não há avales para os que deixaram de pagar as casas?

As medidas urgentes que foram tomadas em nome do salvamento da banca, e que abrangem, como se viu, o BCP, o BPI, o BES e a Caixa Geral de Depósitos (!), deveriam ter uma correspondência no tratamento do cidadão comum, em vez de atirarem este pobre indefeso às feras leiloeiras da Caixa Geral de Depósitos, por efeito de execuções hipotecarias assassinas! O senhor Sócrates, que enche a boca com declarações hipócritas sobre o bem-estar dos cidadãos e das PMEs, deveria estabelecer imediatamente uma moratória de 6 meses para todos os processos de execução em curso, dando assim aos particulares o mesmo benefício da dúvida que magnanimamente distribuiu pelos piratas da banca virtual.

Temos que exigir equidade ao Governo!

No mais, devemos esperar o pior e reagir, alterando sem hesitação os paradigmas que até agora nortearam as regras, os comportamentos e as expectativas dos diversos actores económicos e sociais. O crescimento dos grupos económicos à sombra do subsídio comunitário, da encomenda pública e dos sofisticados modelos de endividamento cumulativo, acabou e não vai voltar tão cedo. A estagnação, a recessão, a depressão e a morte do currency carry trade japonês (1), já iniciaram o seu cortejo de destruição sistémica das economias especulativas. Daí que esta conversa morna, entre um Governo atolado na implosão das suas mais íntimas convicções neoliberais, e uma Oposição emudecida diante de cenários tão ameaçadores, não leve a nada de bom. Precisamos de uma mudança rápida de paradigmas!

E o primeiro passo a dar é este: substituir a economia virtual especulativa dominante por uma economia real, com tudo o que isso implica de alterações radicais ao status quo. Precisamos, como do pão para a boca, de um desmantelamento criativo do actual impasse!


NOTAS
  1. Tóquio tem queda de 6,4% e menor nível em 26 anos
    27/10/2008 - 06h59 (Notícias IOL) -- Bolsa de Tóquio registrou mais uma forte queda e o índice Nikkei 225 fechou com a menor pontuação dos últimos 26 anos. O índice perdeu 486,18 pontos, ou 6,4%, e terminou aos 7.162,90 pontos, o menor nível desde o início de outubro de 1982. As vendas de ações foram impulsionadas pela valorização do iene e pelo desapontamento com o fato de que o governo japonês não anunciou medidas rápidas e agressivas para enfrentar a desaceleração econômica. As informações são da Dow Jones.
    Um dos pilares da economia virtual, assente na criação e empacotamento especulativos da dívida, foi o sistema inventado pelos japoneses para se manterem como uma economia protegida num mundo de livre concorrência internacional. Basta visitar o Japão para percebermos que 1) não vemos praticamente ocidentais e 2) tudo o que existe por lá é Made in Japan, à excepção dos produtos de luxo franceses e italianos (Prada, Armani, etc.) Para chegar a este resultado, a economia estatal japonesa (o capitalismo privado lá, como na China, Rússia, Médio Oriente, etc. é um disfarce) decidiu duas coisas simples: assentar a sua economia nas exportações, e dificultar burocraticamente (ao máximo!) todas as importações de produtos acabados. Para atingir este resultado, usou um truque financeiro sem precedentes: manter o valor da sua moeda ao mais baixo nível cambial possível face às demais moedas, e em particular face ao dólar. Resultado: um enorme superavit comercial, traduzido na acumulação daquelas que foram, até à chegada da China ao mesmo jogo, as maiores reservas cambiais do planeta! Mais tarde descobriu que se emprestasse dinheiro ao estrangeiro, a taxas de juro muito baixas (na realidade, entre 0 e 1 por cento!), este não só continuaria a comprar os seus produtos (foi assim que os Toyotas, Datsun e Hondas japoneses quase destruíram a indústria automóvel americana e europeia), como entraria numa espiral de dependência especulativa do crédito grátis japonês. Aquilo que realmente rebentou foi precisamente esta gigantesca bolha de endividamento euro-americano. O director da Caisse des Dépots francesa chamou-lhe, com ironia assassina, "Exodebt", para melhor entendermos como um milhão de pequenas, médias e grandes dívidas originadas um pouco por toda a parte pelos esquemas agressivos de compra e venda a crédito, se afastaram ultra-sonicamente das suas origens, transformando-se mais tarde do buraco negro das titularizações que actualmente engole a economia mundial.

    É por isso que, paradoxalmente, as bolsas japonesas afundam dramaticamente de cada vez que a sua moeda se valoriza face ao dólar! E é por isso que os anões do G7 (como lhes chama Elaine Supkis) -- que também gostariam de ver o Euro e o Dólar tão baratos quanto o Yen -- berram histericamente contra a "volatilidade" do Yen. É que meio mundo está endividado nesta moeda, embora não pareça!
OAM 463 27-10-2008 11:22

sexta-feira, outubro 03, 2008

Crise Global 32

Casa roubada... trancas à porta. Tarde demais?
Do colapso americano, ao naufrágio da Europa. Pobre Portugal!


$700 billion is nothing
Voters are rightly furious at the proposal to spend $700,000,000,000 that the government doesn't have to bail out Wall Street bankers who created the current economic crisis in the first place...But there is much more to this crisis than what the controlled corporate media is telling you.


Se as obras de terraplanagem algum dia vierem a ter início, de uma coisa deveremos desde já estar seguros: o dito Aeroporto Internacional da Ota jamais será concluído. Muito antes das datas previstas nos cenários pró-Ota para a sua inauguração --2017-2018--, Portugal ver-se-à na contingência de ter que redesenhar dramaticamente as suas prioridades de desenvolvimento (ou melhor dito, de sobrevivência). A brutal crise energética chegará muito mais cedo do que se prevê. E antes dela, ainda na vigência do actual governo, chegará também um mais do que provável "crash" imobiliário. -- in O António Maria, 30-10-2005.

A força inimaginável de sucção do buraco negro dos Derivativos, de que o Subprime é apenas uma borbulha insignificante, atravessou o Atlântico há quase um ano, mas só agora começámos a sentir a sua descomunal força de destruição. Os primeiros sintomas europeus começaram com a falência e nacionalização do Northern Rock, no Reino Unido, contagiando depois as caixas de aforro estaduais e alguns bancos na Alemanha, a banca suíça e logo depois a francesa. Mais recentemente, foi a vez da Holanda, da Islândia e da Irlanda. No caso irlandês, que durante tantos anos foi a menina bonita do milagre neoliberal da União Europeia, o governo de Dublin foi obrigado a despender o equivalente ao PIB da Irlanda para segurar, de uma só vez, os seis principais bancos do país (1).

Entretanto, José Manuel Durão Barroso, presidente em exercício da Comissão Europeia, conhecido em Portugal por ter fugido a tempo, quando era primeiro ministro do país, da nossa descomunal dívida pública e privada, está a mostrar o que vale em Bruxelas. Nada!

A Europa dos procedimentos punitivos contra os sectores públicos estatais, contra o proteccionismo dos governos nacionais relativamente às suas companhias de bandeira (nomeadamente nos sectores energético, de transportes e de comunicações), contra o salvamento de empresas privadas em dificuldades, revela-se agora como uma barata tonta no meio de um naufrágio.

O senhor Trichet mantém as taxas de juro relativamente altas (com o que, aliás, concordo), para impedir o disparo da inflação. Mas esta nem assim abranda, e continuará a subir à medida que os efeitos da diarreia de liquidez inflacionaria injectada pelo BCE, pelo Banco de Inglaterra e por outros bancos nacionais, no sistema bancário e financeiro europeu, faz o seus efeitos.

Os bancos deixaram de emprestar entre si. Os bancos deixaram de emprestar às empresas. Os bancos muito menos emprestam ao cidadão comum (donde a natureza quase retórica da subida ou descida de 1 ou 2 pontos nas taxas de referência do BCE.)

Mas então de onde vêm e para onde vão os milhares de milhões de euros disponibilizados pelo BCE e demais bancos centrais às instituições privadas e públicas caídas em desgraça? Eu diria que vêm dos quase 500 milhões de cidadãos europeus comunitários, por via fiscal, por via da inflação e através de uma diminuição assinalável dos serviços sociais prestados pelos diversos Estados da União. E vão... em boa parte, para milhares de credores-especuladores que imediatamente desviam a liquidez aflorada, seja para a compra de activos menos voláteis (terra, ouro, petróleo, etc.), seja, sobretudo, para os vastos parques de estacionamento financeiro conhecidos por "paraísos fiscais" (2). Alguns destes refúgios piratas são propriedade privada da tia Isabel de Inglaterra, onde nada nem ninguém tem jurisdição para investigar ou prender seja quem for. Só mesmo a tiro é que lá podemos entrar sem ser convidados!

E em Portugal, como é?
Aqui as nuvens que se estão a formar no horizonte não poderiam ser mais negras. O Estado não tem recursos e está cravejado de dívidas. A TAP vai a caminho da falência e em breve não terá dinheiro para abastecer os seus aviões. Bancos como o BCP, o BPI e o BPN só não faliram ainda, ou porque foram temporariamente salvos pelo José Eduardo dos Santos, ou porque andam a esconder os números. Mas o caso mais grave é o da Caixa Geral dos Depósitos (3, 4, 5, 6, 7, 8).

Como em tempos sugeri, assim como o BCP, o BPI e o BES, entre outros bancos privados, estão entalados nos fundos de investimento "tóxico" em que se meteram, também a estatal Caixa Geral dos Depósitos andou a brincar com o mercado de derivativos, empacotando, vendendo e comprando inúmeros produtos especulativos. Chamar a estes produtos financeiros, "produtos tóxicos", como os jornalistas adoram, é uma maneira de os despersonalizar e dar a entender que talvez tenham chegado ao planeta Terra num disco voador. Não, estas invenções do neoliberalismo sofisticado, que no fundo traduzem uma criminosa fuga em frente do esgotado modelo capitalista baseado na energia barata, na exportação da capacidade produtiva para o "Terceiro Mundo", numa moeda imperial forte e no consumo, são efectivamente um catastrófico buraco negro de dívidas exponencialmente acumuladas!

O caso da Irlanda deve ter feito tocar todos os sinos e alarmes de São Bento!

É que não havendo BCE, nem obviamente Barroso, para salvar uma eventual queda precipitada do sector bancário nacional, arrastando consigo boa parte das grandes empresas do Bloco Central do Betão, vai ser o Estado a ter que desembrulhar-se de uma potencial calamidade económico-financeira e social sem precedentes.

Pelo modo como vimos o Santander engolir o banco hipotecário britânico Bradford & Bingley, pagando apenas um trinta avos do seu valor (670 milhões por uma empresa avaliada em 20 mil milhões Libras), podemos começar a calcular quanto poderá vir a custar aos espanhóis, angolanos e venezuelanos, o sector bancário português! Não vejo como poderá o Banco de Portugal, ainda por cima dirigido por um invertebrado obscenamente pago, salvar o sector financeiro nacional em caso de este vir a sofrer um "acidente" como o que vitimou o sistema bancário irlandês. Não é por acaso que ontem mesmo o Conselho de Ministros redigiu uma série de medidas, desesperadas e fora de horas, para melhor fiscalizar e controlar a banca sediada em Portugal. Nem é por acaso que a gritaria em volta da vendas de acções da Compal, detidas pelas CGD, ao grupo Sumolis, ocorre neste preciso momento. Os sinais não poderiam merecer maior preocupação!

Creio que chegou a hora de Cavaco Silva se preparar para o pior.


NOTAS
  1. Mais que fait donc Bruxelles ?

    2 oct, 2008 (Courrier International.) La lenteur des réactions des commissaires européens et du président Barroso paraît surréaliste. Faute d'instances adéquates, l'UE assiste, hébétée, à la restructuration anarchique du marché bancaire européen.

  2. Sobre este parágrafo foram colocadas algumas perguntas pertinentes, cuja resposta (enfim, dentro das limitações de um observador não profissional) aproveito para inserir no corpo de notas deste post.

    Leitor (L): O dinheiro do BCE sai de onde, uma vez que o banco central da Europa não lança impostos?

    OAM: Os bancos não lançam nem cobram impostos, mas sim comissões e juros, ou seja, cobram um determinado preço pelo dinheiro que emprestam. No caso do BCE, fazem-no indirectamente ao determinar taxas de juro de referência, que aplicam na colocação de liquidez no mercado, e que os demais bancos europeus depois tomam como ponto de partida para a definição das taxas de juro interbancárias e para o estabelecimento dos seus "spreads" ao revenderem o dinheiro a quem precisa. Por exemplo, o Euro começa a custar mais caro aos portugueses do que aos franceses, ou holandeses, por via da diferenciação dos "spreads" interbancários.

    No entanto, se o aumento da massa monetária não for suficiente para as operações correntes de compra e venda de bens e serviços, nomeadamente porque a liquidez se escoa misteriosamente por um ralo chamado "paraísos fiscais", ou por um buraco negro chamado "derivativos", e portanto o dinheiro continua a escassear e a ser cada vez mais caro (juros e "spreads" ocultos), teremos inflação. Tudo o que compramos torna-se assim mais caro, incluindo os impostos aplicados aos bens e serviços, e ainda as taxas e impostos lançados pelas administrações públicas dos Estados, na medida em que a seca monetária obriga a uma punção fiscal directa e imediata sobre os contribuintes para satisfazer os serviços básicos a que estão politicamente obrigados. Quanto mais liquidez for introduzida em circulação, sobretudo em economias em fase de crescimento lento ou recessão, mais acentuada será a espiral inflacionista, menos valor terá o dinheiro, e mais impostos directos e indirectos serão extraídos aos contribuintes para assegurar o funcionamento regular das instituições.

    L: Os Euros saem da tipografia, não é? Basta que Trichet mande ligar as rotativas. Ou será mais do que isto?

    OAM: O mecanismo é efectivamente este. Mas quando se põem as tipografias a imprimir sem a menor correspondência com a riqueza criada, a consequência imediata é a desvalorização do dinheiro. Foi o que sucedeu nestas duas últimas semanas ao Euro, que sofreu precisamente uma brutal desvalorização em relação US Dólar, depois de uma destruição real de valor. Por exemplo, as poupanças que se esfumaram no decorrer do colapso em curso de muitos fundos de investimento e de poupança, não podem ser artificialmente recuperados, sob pena de uma desvalorização abrupta da moeda e do disparar da inflação. A tentação de substituir a destruição da liquidez real ou aparente por uma liquidez burocrática gera monstros. Foi assim em Weimar, ou mais recentemente no Zimbabué. E poderá ainda ser assim nos Estados Unidos, ou mesmo na Europa, se os bancos centrais dos vários países ocidentais se transformarem num Jogo do Monopólio!

    L: Uma vez que o BCE empresta apenas aos bancos, e não às pessoas, empresas, etc., e ainda por cima a prazos muito curtos, como é possível que tais operações permitam o desvio da liquidez assim gerada para a compra de terra, ouro e petróleo?

    OAM: Quem tem investimento preso nos bancos e nas sociedades financeiras quer reaver o "cash" dessas aplicações, não já com a melhor rentabilidade possível, mas o mais depressa possível. Quando consegue -- o que implica não estar demasiado longe da caixa de pagamentos --, a liquidez recuperada vai ter que estacionar durante algum tempo num lugar fresco e seguro. A terra, sobretudo cultivada e/ou arborizada, o ouro, algumas obras de arte, e ainda os nichos da indústria imobiliária -- terrenos bem situados, imobiliário de luxo, etc.--, e, claro está, os paraísos fiscais, são as garagens ideais da liquidez arrancada a ferros, ou aos berros, das entidades financeiras à beira do abismo. É por isso que, na minha opinião, a falta de liquidez actual resulta de facto duma "corrida aos bancos" estar a decorrer desde o Verão de 2007, não por parte do Zé Povinho (que em geral está falido e vive acima das suas possibilidades), mas antes por parte dos médios e grandes investidores e especuladores. É precisamente porque o dinheiro resgatado não reentra nos universos financeiros especulativos que desabam, e só em parte na economia real, que a liquidez criada pelos bancos centrais se evapora tão depressa. As impressoras de notas não cessam de criar dinheiro a partir do zero, na tentativa de manter a liquidez nos mercados, mas a hemorragia de capital em direcção ao buraco negro dos derivativos, supera a nossa imaginação. Os EUA e a Europa correm sérios riscos de ver soçobrar todo um sistema de regras financeiras.

    L: Mas não são estas injecções dos moeda por parte dos bancos centrais, necessárias para sustentar as retiradas de fundos pelos titulares de contas bancárias, títulos, acções e obrigações, mantendo ao mesmo tempo o funcionamento normal da economia?

    OAM: Esta hipótese seria correcta se a liquidez virtual do sistema financeiro não tivesse eclipsado a liquidez real. O valor "nocional" do buraco negro dos derivativos, responsável pelo incontrolável desvio da liquidez mundial para o nada, equivale a 22,8 vezes o valor do PIB mundial! Ou seja, com tamanho atractor da massa monetária disponível, é impossível alimentar a ilusão de que estamos simplesmente em presença de uma tempestade conjuntural que irá acalmar. Não, as placas norte-americana e europeia do Capitalismo estão a afundar-se. Para impedir este desastre, vai ser preciso fazer muito mais do que os fracos neurónios da actual classe política ocidental são capazes de alcançar.

  3. Comunicado do Conselho de Ministros de 2 de Outubro de 2008
    2008-10-02

    1. Proposta de Lei que revê o regime sancionatório no sector financeiro em matéria criminal e contra-ordenacional

    Esta Proposta de Lei, a submeter à Assembleia da República, vem, por um lado, estabelecer o regime de aprovação e divulgação da política de remuneração dos membros dos órgãos de administração das entidades de interesse público e, por outro lado, proceder à revisão do regime sancionatório para o sector financeiro em matéria criminal e contra-ordenacional, visando a actualização das molduras penais e dos montantes das coimas, que permanecem inalterados desde a década de 90.

    Em matéria remuneratória, introduz-se a obrigatoriedade de submeter à aprovação da Assembleia Geral uma declaração sobre a política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização, nomeadamente das sociedades abertas, emitentes e instituições financeiras e de divulgação, nos documentos de prestação de contas, da política de remuneração desses membros e do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada ou individual.

    A declaração sobre política de remuneração contém, designadamente, informação sobre os critérios de definição da componente variável da remuneração, a existência de planos de atribuição de acções, a possibilidade do pagamento da componente variável da remuneração ter lugar, no todo ou em parte, após o apuramento das contas de exercício correspondentes a todo o mandato e a existência de mecanismos de limitação da remuneração variável no caso de os resultados evidenciarem uma deterioração relevante do desempenho da empresa no último exercício apurado ou esta seja expectável no exercício em curso.

    No que respeita ao regime sancionatório, pretende-se adaptar as molduras das penas e os montantes das coimas à dimensão e características do sector financeiro na actualidade, reforçar o efeito de punição e de dissuasão associado ao regime sancionatório, bem como promover o alinhamento das molduras das coimas e das ferramentas processuais nos três sectores financeiros.

    Em particular em matéria penal, a moldura das penas é elevada de três para cinco anos. São, igualmente, elevados os limites das coimas até ao montante máximo de 5 000 000 de euros, aplicáveis às condutas especialmente graves, prevendo-se o agravamento da coima máxima aplicável quando o dobro do benefício económico exceder aquele montante, sem prejuízo da perda do próprio benefício económico. Pretende-se, assim, punir de forma agravada os casos em que a violação do dever deu origem a uma vantagem financeira de valor particularmente elevado, através do ajustamento da medida da coima até ao dobro do benefício económico.

    Simultaneamente, introduz-se a figura do processo sumaríssimo no sector bancário e no sector segurador, ressegurador e de fundos de pensões, aproveitando a experiência colhida do recurso a este mecanismo processual no sector dos valores mobiliários. Deste modo, agiliza-se intervenção sancionatória das entidades de supervisão num número apreciável de ilícitos de menor gravidade, com vantagens do ponto de vista de eficiência processual e sem prejuízo da eficácia dissuasora das sanções. Procede-se igualmente à extensão do regime da publicidade das decisões condenatórias em processo contra-ordenacional, à área bancária e dos seguros, resseguros e fundos de pensões.

    Por último, consagra-se o agravamento da natureza das contra-ordenações associadas à violação de deveres de informação e de constituição ou contribuição para fundos de garantia obrigatórios.

    2. Decreto-Lei que aprova medidas de reforço dos deveres de informação e transparência no âmbito da actividade financeira e dos poderes de coordenação do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros

    Este Decreto-Lei, hoje aprovado na generalidade para consulta ao Conselho Nacional de Consumo, vem aprovar um conjunto de medidas de reforço da estabilidade financeira, que têm vindo a ser preparadas em articulação estreita com o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros. Estas medidas reforçam a eficácia do quadro legal, desincentivando práticas menos transparentes e lesivas dos mercados, bem como, agilizando procedimentos que permitam prevenir a ocorrência de situações como as que se verificam hoje nos mercados internacionais.

    O reforço dos deveres de informação e transparência prevê:

    a) Ao nível da informação que as instituições financeiras são obrigadas a prestar regularmente às autoridades de supervisão (nível de exposição e controlo de riscos, avaliação de activos, nomeadamente dos transaccionados em mercados pouco líquidos e transparentes).

    b) Aos clientes sobre produtos financeiros complexos ficando ainda a sua publicidade sujeita à aprovação da entidade de supervisão competente;

    c) Estabelecendo-se a obrigação de comunicação às autoridades de supervisão das participações e interesses detidos ou geridos por instituições financeiras e sociedades abertas em sociedades com sede em Estado que não seja membro da União Europeia;

    d) Imposição de regras sobre política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização, prevendo-se a obrigatoriedade de submeter à aprovação da Assembleia Geral de uma declaração sobre política de remuneração e de divulgação dessa política e do montante anual da remuneração auferida.

    A revisão do regime sancionatório quer em matéria criminal quer em matéria contra-ordenacional, cuja moldura permanece inalterada desde a década de 90, procede:

    a) À actualização das molduras penais, que são elevadas de 3 para 5 anos, e dos montantes das coimas, que são elevados até ao montante máximo de 5 000 000 de euros;

    b) Ao agravamento da coima máxima aplicável quando o dobro do benefício económico exceder aquele montante de modo a punir de forma agravada os casos em que a violação do dever deu origem a uma vantagem financeira;

    c) Ao agravamento da natureza das contra-ordenações associadas à violação de deveres de informação e de constituição ou contribuição para fundos de garantia obrigatórios, que passam de graves a muito graves;

    d) À introdução da figura do processo sumaríssimo no sector bancário e no sector segurador;

    e) À extensão do regime da publicidade das decisões condenatórias em processo contra-ordenacional, à área bancária e dos seguros.

    O reforço do exercício concertado dos supervisores que, apesar de na prática ter vindo a permitir uma articulação eficaz na prossecução dos objectivos de estabilidade financeira, necessita ser sistematizado em diploma legal.

    Assim, procede-se ao reforço das competências do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros no âmbito da coordenação de actuações conjuntas das autoridades de supervisão, bem como, à sistematização dos mecanismos de troca de informação entre supervisores e entre estes e o Ministério das Finanças, sempre que se trate de informação relevante em matéria de estabilidade financeira.

    Alteração ao regime da titularização de créditos, com o objectivo de adequar a legislação, nesta matéria, às recentes alterações legislativas no plano da eliminação dos obstáculos à renegociação das condições do crédito.

    Versão integral do comunicado
    .

  4. “CGD não tem bolsos tão fundos como parece”
    Mira Amaral defende que banco está a sofrer por ser instrumento do Estado nas participações.

    2008-10-03 00:05 (Diário Económico.) As várias injecções de capital feitas pelo Estado na CGD recentemente “são o reflexo da política definida pelos vários governos de utilizar o banco público como seu instrumento de investimento”. Para Luís Mira Amaral “esta crise veio mostrar que a Caixa não tem bolsos tão fundos como parece”.

    Em declarações ao Diário Económico, o antigo presidente da CGD explica que o banco estatal está a sofrer o impacto no seu capital da desvalorização bolsista da sua carteira de participações, como consequência de uma política de investimento definida pelo Governo e não pelos gestores da instituição.

    “Já no meu tempo era assim. A Caixa é utilizada para parquear participações que o Estado decidiu ter em empresas”, diz Mira Amaral.

    Desde Dezembro do ano passado, o Estado já injectou 550 milhões via aumentos de capital, a que se juntaram agora os cerca de 390 milhões de euros de encaixe com a alienação à Parpública de 15% da REN e 15% da Águas de Portugal (AdP). No total foram injectados, em menos de um ano, perto de 950 milhões de euros pelo Estado na Caixa.

    Mira Amaral defende, por outro lado, que o que estes reforços de capital pelo accionista Estado demonstram é que são os contribuintes que estão a suportar as perdas em menos-valias potenciais registadas nas participações accionistas da CGD.

    ... Carteira de participações difícil de gerir
    A CGD tem, de entre os bancos nacionais, a maior carteira de participações em grandes empresas nacionais do mercado. Entre elas está, para além da AdP e REN, a presença no capital do BCP, da Zon, da Galp e da Portugal Telecom.

    Só até ao final de Agosto, a Caixa teria, acumulados, 624,6 milhões de euros de menos-valias potenciais com a sua carteira de participações. A desvalorização dos títulos tem afectado sobretudo as posições na PT e no BCP, que ascendiam então a 149,9 e 242,7 milhões de euros, respectivamente.

    Os “cenários de incerteza e de abrandamento das economias previsíveis até final do ano, poderão aprofundar a desvalorização dos títulos e obrigar a CGD a constituir novas imparidades para as participações financeiras”, reconheceu o banco estatal no seu relatório do primeiro semestre. -- Maria Ana Barroso, Diário Económico.

  5. Redução da exposição da CGD à REN e AdP liberta capital

    03-10-2008 (Jornal de Negócios.) A troca de 15% da REN e da AdP por 390 milhões de euros aliviou os rácios de capital da CGD. O banco não divulga o impacto da operação na sua solvabilidade, reafirmando que se "integra na reorganização das participações empresariais do Estado".

    A redução da exposição da Caixa Geral de Depósitos à REN e à Águas de Portugal (AdP), através da venda de 15% de cada uma das empresas à Parpública, permite libertar capital e aliviar os rácios de solvabilidade da instituição. Isto porque, do ponto de vista prudencial, o banco público vendeu activos que têm mais risco e, em troca, recebeu dinheiro.

  6. Ministro esclarece compra de acções à CGD

    02-10-2008 19:05 (Rádio Renascença.) Teixeira dos Santos diz que não tem nada a ver com a crise financeira a compra de acções por parte do Estado à Caixa Geral de Depósitos.

    Na prática, o Governo injecta 390 milhões de euros no banco estatal, valor que a Parpublica paga pelas acções que a Caixa detém na Águas de Portugal e também na Rede Eléctrica Nacional.

  7. Câmara exige da CGD que respeite contrato
    2008-10-01 (Jornal de Notícias.)

    A Câmara de Aveiro não aceita a alteração do "spread" do empréstimo de 58 milhões de euros, que contratou, em No-vembro, com a Caixa Geral de Depósitos. A Administração da CGD não comenta.

    A autarquia exige o cumprimento do que está contratado e, ontem, decidiu publicar o contrato na página de internet do Município, colocando, assim, a pressão sobre a CGD. "O contrato está assinado, não há como (a CGD) não o cumprir", diz o presidente da Câmara, Élio Maia (PSD/CDS-PP), sublinhando que "a Caixa, como entidade cem por cento detida pelo Estado, tem a obrigação crescida de respeitar os compromissos que assume".

    O empréstimo de 58 milhões de euros, visado em fins de Julho pelo Tribunal de Contas, voltou a dominar a discussão na Assembleia Municipal de anteontem. Instado pelas diversas bancadas, Élio Maia acusou a CGD de estar a querer impor condições que não no contrato, depois do Tribunal de Contas ter aprovado o plano de reequilibro financeiro, que integra o empréstimo.

    O autarca falou numa comissão, mas o que a CGD transmitiu verbalmente, à autarquia, foi a actualização do "spread" fixado contratualmente, de 0,14 por cento para 0,25 por cento, atendendo à conjuntura económica actual.

  8. Sumolis compra 29,9% da Compal à CGD por 42 milhões
    2008/09/26 17:13 Redacção / MD Agência Financeira.)

    A Sumolis já concluiu a compra de uma participação de 29,9 por cento do capital da Compal à Caixa-Geral de Depósitos (CGD) por 42,4 milhões de euros.

OAM 451 03-10-2008 16:44

quarta-feira, julho 09, 2008

Crise Iraniana 4

Mini nuke
Os EUA querem experimentar as suas mini-bombas nucleares no Irão!

Jogos de Guerra no Golfo Pérsico
Sionistas e Cowboys querem III Guerra Mundial

1:54 | Quinta-feira, 10 de Jul de 2008
Irão realiza novo lançamento de mísseis no Golfo Pérsico
Durante os exercícios, as forças armadas lançaram o torpedo Hoot, uma arma extremamente rápida com capacidade para atingir submarinos inimigos. -- Expresso.
L'Iran "mettra le feu" à Tel Aviv et à la flotte US en cas d'attaque
NOUVELOBS.COM | 08.07.2008 | 10:54

"Le régime sioniste fait actuellement pression sur les dirigeants de la Maison Blanche pour préparer une attaque contre l'Iran", déclare le représentant du guide suprême Ali Khamenei, "s'ils commettent une telle stupidité, la première réponse de l'Iran sera de mettre le feu à Tel Aviv".

... Armée parallèle

Crées au lendemain de la victoire de la révolution de 1979, les Gardiens de la révolution islamique sont une armée parallèle avec ses propres forces terrestres, navales et aériennes.
Armée idéologique du régime, ils disposent de nombreuses missiles, notamment les Shahab-3 capables d'atteindre le territoire israélien et les bases militaires américaines dans la région.
Samedi, le chef des Gardiens, le général Mohammad Ali Jafari, a menacé "les ennemis" de "frappes fatales" dans le Golfe.

Il a ajouté qu'en cas d'attaque contre l'Iran, "les tactiques (...) de guerre éclair des bateaux des Gardiens ne laisseront aucune chance de s'enfuir aux ennemis".

Téhéran pourrait fermer le détroit stratégique d'Ormuz, par où transite environ 40% du pétrole mondial, si les intérêts de l'Iran étaient en jeu, avait également averti samedi le chef d'état-major de l'armée iranienne. LINK

A verdade é que os Estados Unidos e o Reino Corrupto de Sua Majestade Britânica estão falidos, outra vez! Daí que lhes convenha muito estourar com a União Europeia (ver comportamentos da Irlanda, da República Checa, da Polónia e da França capturada) e provocar uma III Guerra Mundial, usando o Sionismo e Israel como espoletas dum ataque ao Irão.

Israel nunca foi um fim em si, mas um instrumento. Continua a sê-lo, apesar da ilusão de muitos judeus justos e razoáveis.

A contra-informação dirá que o Irão apenas quer petróleo mais caro. Mas não se iludam! O verdadeiro objectivo de Londres (que continua a mandar em Nova Iorque) é re-assegurar o controlo das reservas petrolíferas mundiais, operando, como sempre fez, uma partilha escandalosamente desigual dos recursos. Só que agora, recuperar uma tal supremacia energética, no momento em que o petróleo do Mar Norte está cada vez mais aguado, e está iminente a explosão do casino mundial de derivados --uns inimagináveis 675 BILIÕES DE US DÓLARES ($675 000 000 000 000), ou seja, o PIB do planeta multiplicado por dez! (1)-- parece uma missão desesperadamente impossível. A menos que, juram os falcões e os idiotas de serviço (entre os quais algumas plumas na nossa subserviente praça jornalística), se arranje um bom pretexto para invadir o Irão, desencadeando um Guerra Mundial Preventiva!!

Iranian missile test fire

Passo 1 da estratégia provocatória: levar os corruptos governos do Ocidente e a sua massa de eleitores mediaticamente hipnotizados a acreditar que o Irão não só não deve defender-se contra uma agressão em fase adiantada de preparação, como, qual novo Iraque, é uma ameaça nuclear à democracia e à civilização! Como escreve Elaine Meinel Supkis, é obrigação estrita dos dirigentes iranianos preparar o país para a iminência de um ataque israelita-americano contra a sua soberania, que a realizar-se será, como foi no Iraque e é na Palestina, uma carnificina contra a população civil daquele país. O verdadeiro terrorismo que hoje existe no mundo, não vem do Islão, mas do terrorismo de Estado praticado impunemente pelas grandes potências, com os Estados Unidos à cabeça!

Iranian missile range

Passo 2 da estratégia provocatória: desestabilizar a União Europeia, por forma a impedir consensos contra o ataque há muito decidido contra o Irão, desestabilizando ao mesmo tempo toda a região, por forma a criar pretextos para alastrar imediatamente o conflito à Síria, ao Líbano e ao próprio Paquistão. Para isso, tal como fez no Afeganistão, na Colômbia, na Nicarágua, na Venezuela, ou mais recentemente na Bolívia, a CIA e as Operações Especiais do Pentágono estão particularmente activas na criação de movimentos de oposição terrorista a Teerão, como acaba de ser revelado pelas declarações recentes de um general paquistanês.
'US backs Jundullah to destabilize Iran'
Press TV. Wed, 09 Jul 2008 03:42:04

Pakistan's former Army Chief, Retired General Mirza Aslam Baig, says the US is supporting the outlawed Jundullah group to destabilize Iran.

He said that the US is providing training facilities to Jundullah fighters--located in eastern areas of Iran--to create unrest in the area and affect the cordial ties between Iran and its neighbor Pakistan.

Baig added that Iran and Pakistan are under the siege of western conspiracies.

The intelligence agencies of the coalitional forces are very active in Afghanistan and work against the interests of Iran, Pakistan, China and Russia in the region, he said as quoted by Pakistan Daily newspaper.

The former Pakistani official hailed Islamabad's decision to hand over the captured Jundullah members to Iran, saying those working against the interests of Iran and Pakistan should be dealt with iron fist.

Jundullah is a terrorist group, headed by Abdolmalek Rigi, which operates in Iran's Sistan-Baluchistan and Pakistan's Baluchistan.

Last month Pakistan handed over Abdolhamid Rigi, brother of Abdolmalek, to Iran.

MGH/PA -- PressTV



NOTAS
  1. Sobre este ponto, recebi um comentário vindo do Brasil, de um blogue "económico" que recomendo vivamente, chamado Rumores da Crise. Aqui fica um extracto de um belo artigo dedicado ao casino dos "derivados" (ou "derivativos"):
    ... O ataque neoliberal ao trabalho improdutivo, segundo a lógica do capital, não foi suficiente para reverter a queda da rentabilidade na economia real que tem como fundamento a crise do valor, situação que se agravava com a revolução da informática. Não só a expansão do trabalho improdutivo necessário ao desenvolvimento do capital punha em xeque a acumulação, mas as novas formas de produção e gestão, movidas pela concorrência global, que incorporam tecnologia e ciência, aumentam vertiginosamente o capital fixo e a produtividade, expulsando homens de antigos empregos. É a crise do trabalho agravando a crise do valor.

    As exportações de capitais dos países desenvolvidos para países em desenvolvimento como a China, Índia e outros, em busca de uma maior rentabilidade, aumentaram a disponibilidade de mercadorias no mundo que precisam de um mercado para se realizarem. É quando o crédito se expande de forma jamais vista e o pagamento dos produtos adquiridos no mercado é transferido para um trabalho futuro que nunca acontecerá, pois a tendência do capitalismo é racionalizar e dispensar trabalho de forma crescente. Aí está a base das bolhas, que injetam dinheiro fictício no mercado e na produção (fictício por ser vazio de substância, não representar valor, trabalho abstrato), e aprisiona a economia real aos seus movimentos já que esta não consegue por ‘meios normais’, ‘valorizar o valor’(Marx). -- 16.08.2007, Procura-se uma Nova Bolha, por Rall in Rumores da Crise.

OAM 389 08-07-2008, 23:09 (última actualização: 13-07-2008 00:15)