quinta-feira, janeiro 22, 2015

Draghi anuncia diarreia monetária


Um poema radical de José Afonso que não deixa de falar verdade

O desespero da medida é proporcional ao tamanho do buraco negro! 


Draghi anuncia a criação mensal de 60 mil milhões de euros para ensopar o buraco negro do endividamento europeu. Esta diarreia não chegará à economia, mas apenas aos bancos, aos governos e aos fundos de investimentos insolventes, bem como à burocracia inútil da União.

O Dragão da Goldman Sachs diz que os bancos terão um incentivo para financiar a economia... bla, bla, bla, bla....

Zero Hedge:
  • DRAGHI ANNOUNCES EXPANDED ASSET PURCHASES 
  • DRAGHI SAYS ECB WILL BUY EU60BLN/MONTH, not the €50BN "leaked" yesterday
  • DRAGHI SAYS ECB WILL START AGENCY DEBT PURCHASES IN MARCH 
  • DRAGHI SAYS ECB ASSET BUYING TO CONTINUE UNTIL SEPT. 2016: so 16 months at €60 billion = €1.08 trillion 
  • DRAGHI SAYS PURCHASES WILL BE CONDUCTED BASED ON CAPITAL KEY
  • DRAGHI SAYS AGENCY DEBT WILL BE SUBJECT TO LOSS SHARING 
  • DRAGHI SAYS ECB WILL HOLD 8% OF ADDITIONAL ASSET PURCHASES 
  • DRAGHI SAYS AGENCY DEBT WILL BE 12% OF ADDITIONAL PURCHASES
  • DRAGHI SAYS 20% OF PURCHASES TO BE SUBJECT TO RISK SHARING 
  • DRAGHI SAYS ECB REMOVES 10BP SPREAD ON TLTRO FOR FUTURE

quarta-feira, janeiro 21, 2015

O próximo presidente

Marcelo, Guterres ou Vitorino, Rio, ou uma singularidade inesperada?


As sondagens, que valem o que valem, apontam claramente Marcelo Rebelo de Sousa como virtual candidato do PSD e do CDS/PP às próximas eleições presidenciais. E destacam António Guterres e António Vitorino como potenciais candidatos capazes de congregar o eleitorado de esquerda, extrema-esquerda e centro-esquerda.

O problema desta primeira sondagem e estudo eleitoral é que Marcelo perde, quer contra Guterres, quer contra Vitorino. Ou seja, não é melhor candidato que Santana, na medida em que perde, salvo se o concorrente apoiado pelas esquerdas for uma enteléquia sem espessura, nem verbo, como Sampaio da Nóvoa, ou Carvalho da Silva.

Postas as coisas nestes termos, o mais provável mesmo é que Santana Lopes anuncie a sua candidatura na qualidade de lebre, com a missão de roer a corda a Marcelo. Se o fizer, Marcelo verá as sondagens a seu favor cairem aos trambolhões, sem que Santana Lopes consiga, por sua vez, mais do que um mísero resultado, de nove ou dez por cento. Seja como for, num cenário destes, a percentagem de Marcelo recuará para menos de 40%, sendo então improvável que se candidate.

A candidatura de Pedro Santana Lopes —que ganhará mais força se ocorrer lá para abril ou maio, aumentando com a gestão do tempo a pressão sobre a indecisão de Marcelo— ajudará certamente António Guterres a decidir-se, pelo sim, ou pelo não. Se for sim, ganhará as eleições, se for não, o candidato do PS será António Vitorino, que poderá, ou não, ganhar as presidenciais. Tudo dependerá de quem tiver ganho as Legislativas, que terão lugar este ano, e com que percentagem, e ainda de quem for indigitado por Cavaco Silva para formar o próximo governo.

O futuro primeiro ministro poderá ser uma personalidade do PS, ou uma personalidade do PSD, ou até um independente apoiado por ambos os partidos, caso nenhum deles assegure uma maioria estável no parlamento. Em nenhum dos casos é de supor que Rui Rio preencha as condições para o cargo. Mas, por outro lado, parece razoável supor que este barão do norte do PSD possa in extremis candidatar-se às presidenciais, uma vez cumprida a tarefa que Santana Lopes se propôs levar a cabo, isto é, desfazer o sonho secreto, mas mal disfarçado, de Marcelo Rebelo de Sousa.

Claro que tanto António Costa, como Rui Rio, tencionam compensar com sinecura apropriada o esforço do atual Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

O namoro tórrido entre António Costa e Rui Rio provam que, sob os auspícios de Cavaco Silva, existe uma pressão enorme para reconstruir o desfeito Bloco Central de interesses, e que tal reconstrução exige uma reconciliação político-partidária ao centro, que não sofra da esquizofrenia patenteada pela atual coligação entre Paulo Portas e o PSD.

A combinação entre Costa, Cavaco e Rio é evidente. Só não percebo o que andam os paspalhos da restante esquerda a fazer. O seu silêncio é, no mínimo, igualmente oportunista e situacionista!

As coisas poderão, apesar de todo o calculismo taticista, descarrilar.

Basta, para tal, que a diarreia monetarista do BCE não tenha os efeitos esperados; basta, para tal, que as vitórias do Siryza, na Grécia, e do Podemos, em Espanha, façam aumentar exponencialmente as tensões entre o norte e o sul da União Europeia; basta, para tal, que a extrema direita, o terrorismo e a repressão continuem a galgar patamares, como tem vindo a suceder em França e na Bélgica; basta, para tal, que as guerras civis na Ucrânia e na Síria alastrem em extensão e intensidade; basta, para tal, que no nosso país o desespero social e o desemprego voltem a agravar-se, apesar dos sinais tímidos de estabilização da crise.

O sofrimento e a ansiedade que atingem mais de um milhão de portugueses não vão dissipar-se de um dia para o outro.

Boa parte dos eleitores vê com enorme desconfiança o situacionismo partidário vigente e as suas teias de interesses egoístas. A simples ideia de reconstituição do Bloco Central e em geral das pandilhas que DERAM CABO DISTO TUDO levará muitos de nós a esperar por um sinal diferente, e a desejar contribuir para o fim efetivo das más práticas que arruinaram o país, económica, social e moralmente.

O fartar vilanagem começou no tempo de António Guterres, se bem nos lembramos. O mesmo António Guterres que, quando viu como crescia o buraco negro da corrupção à sua volta, tomou a decisão de se despedir do governo, do partido e do país. O seu regresso parece, pois, improvável.

António Vitorino, por sua vez, também já se escaldou um par de vezes, e não creio que queira queimar-se de vez na presidência de um país cada vez mais dilacerado entre rendeiros falidos e devoristas desempregados que insistem em rapar o tacho vazio do Orçamento. O país precisa de caras lavadas, para acreditar.

Mas se Guterres e Vitorino acabarem por frustar, como provavelmente farão, as expectativas dos aparelhos partidários da esquerda, então Rui Rio candidatar-se-à podendo ganhar as eleições. O casamento de interesses com António Costa seria então consumado.

Mas volto à pergunta: quem quer uma reedição requentada do Bloco Central? Quem poderá desejar a reedição, em versão pelintra, de um bloco de interesses unidos apenas pelo desejo de partilhar o saque orçamental?

É neste ponto que uma singularidade política inesperada poderá ocorrer. Já pensaram nisso?

A fragmentação partidária está em curso, e a deserção eleitoral dos portugueses está longe de ter terminado. Enquanto não aparecerem vozes não contaminadas anunciando um tempo e um modo novos de fazer política e servir o país, permanecerá e crescerá um grande vazio nas urnas eleitorais à espera de ser preenchido.

POST SCRIPTUM — um leitor atento confidenciou-me que a aludida singularidade poderia chamar-se Artur Santos Silva. É um bom palpite. Mas há outros ;)

Atualização: 22 jan 2015, 14:02 WET

Vem aí uma nova economia

Políticos e bancos centrais esgotaram soluções. É tempo de mudar!


Políticos e bancos centrais estão ambos falidos e sem soluções. Já só conseguem agravar os problemas. A diarreia monetária e a guerra cambial têm uma consequência óbvia e determinante: destruir o valor do dinheiro, destruir os juros do capital e destruir o valor dos ativos não especulativos. Estas são as consequências negativas, cujo agravamento acabou por colocar um ponto final à longa era de crescimento inflacionista dos últimos 100 anos—1896-1996 (FISCHER, D H, 1996).

A destruição da economia virtual especulativa, até agora protegida pelos bancos centrais, é, por outro lado, uma consequência positiva do colapso financeiro, económico, social e cultural em curso.

O fim do modelo de capitalismo especulativo-e-pseudo-keynesiano tem um efeito sobre a riqueza disponível: esta, ou se aninha no mercado obrigacionista, por mais algum tempo, com rendimentos relativamente protegidos, mas declinantes, ou arrisca as suas apostas em alternativas que começam a renascer das cinzas de uma economia que, depois de tocar no fundo, inicia uma nova metamorfose.

Os rebentos brotam, uma vez mais, do tecido imenso das nano, micro e pequenas empresas. As oportunidades multiplicam-se, ainda que não sejam óbvias as oportunidades e as apostas que irão modelar a economia mundial dos próximos 80 ou 120 anos.

O artigo “Macro Digest: Endgame for central bankers”, de Steen Jakobsen, Chief Economist & CIO do Saxo Bank, ontem publicado pelo TradingFloor, é certeiro e dá que pensar...

Saxo Bank Warns "This Is The Endgame For Central Banks"
Zero Hedge. Submitted by Tyler Durden on 01/20/2015 22:15 -0500

Quotes:

Major central banks claim to be independent, but they are totally under the control of politicians. Many developed countries have tried to anchor an independent central bank to offset pressure from politicians and that’s all well and good in principle until the economy spins out of control – at zero-bound growth and rates central banks and politicians becomes one in a survival mode where rules are broken and bent to fit an agenda of buying more time.

Just looks to the Eurozone crisis over the past eight years – if not in the letter of law, then in spirit, every single criterion of the EU treaty has been violated by the need to “keep the show on the road”. No, the conclusion has to be that there are no independent central banks anywhere! There are some who pretend to be, but not a single one operates in true independence.

[...]

The US dollar is putting pressure not only on US itself but also the world. A journalist asked me last week: Who benefits from a stronger US dollar?  I still owe him an answer because very few benefit. In fact the world has two growth engines: The US and emerging markets. Both are pretty much US dollar economies. Debt (US dollar funding) in EM has exploded to an extent that many including the World Bank now call a for risk of “Perfect Storm in EM”. Both US and EM became credit junkies over the QE-to-infinity era in the US. The law of unintended consequences.

[...]

Another unintended consequence was that energy was the trigger for the crisis in 2008 as rising energy prices took five trillion US dollars out of the economy – which became the catalyst for the Eurozone crisis and US banking bailout. Now eight year later the drop in energy has broad spillover effects as the wealth is transferred from sovereign wealth funds in resource countries to consumers.

That’s good for Main Street and bad for Wall Street as the “bid” in the assets disappear as these sovereign buyers needs to draw down on their wealth instead of buying overseas assets.

[...]

The world should be concerned when volatility is too low, it’s a sign of the market not allocating money correctly. The one lesson everyone needs to learn is that for a market based economy to function you need to allocate capital to the highest marginal real return of capital. Not to the most politically connected.

When history of 2015 is written I have no doubt that the Paris terror act and SNB's removal of the floor will stand out – both happened less than two weeks into 2015, although that is random, what is not random is that market volatility has been rising directly and indirectly through a misallocation of capital directed by the central bank system.

Many central banks will envy the SNB for its move last week, as it at least tries to regain some control of its future, but the conclusion remains: central banks have as a group lost credibility and when the ECB starts QE this week the beginning of the end for central banks is completed. They are running out of time – that’s the real real bottom line: the SNB ran out of time, the ECB will runout of time this week, and the Fed, Bank of Japan and the Bank of England ran out of time in 2014.

What comes now is a new reality – the SNB move was a true paradigm shift – we can no longer look at central banks, the markets and extend-and-pretend in the same light as we did last Wednesday (the day before the SNB pounced).

terça-feira, janeiro 20, 2015

CDS, barragens e verdades inconfessáveis de um poder corrupto

Os consumidores vão ser forçados a pagar custos injustificados através de taxas fixas nas faturas elétricas


A premissa que justificava o Plano Nacional de Barragens já caiu, pois o consumo de eletricidade regrediu para valores próximos do ano de 2005.

Com a introdução de medidas de eficiência energética, o consumo de energia elétrica vai diminuir ainda mais. O próprio mercado, com a inovação tecnológica, vai encarregar-se de introduzir medidas de eficiência energética através do uso de lâmpadas LED, de novos dispositivos elétricos que progressivamente estão a substituir os antigos, como sejam máquinas de lavar roupa, loiça, etc., mais eficientes, ou novos frigoríficos que consomem 50% menos do que os aparelhos antigos.

Relativamente à eficiência energética o Governo nada tem feito, salvo aplicar alguma legislação sobre classificação energética dos edifícios. O documento do CDS, aliás, nada destaca sobre eficiência energética.

A interligação das redes elétricas europeias (por que este Governo se tem batido e bem) faz com que a produção de eletricidade renovável por fontes intermitentes, solar e eólica, seja absorvida pela rede, sem necessidade de barragens de suporte aos parques eólicos.

A Comissão Europeia, através do estudo Arcadia, concluiu que as novas barragens irão degradar a qualidade da água e que por esta razão deixarão de poder ser consideradas reservas estratégicas de água.

Considerando só a energia hídrica (proveniente do rio), as novas barragens irão funcionar apenas um mês por ano (fonte INAG) — 1672GWh/ano equivale 3% do consumo em 2010.

Qualquer que seja a forma de obter energia, utilizando carvão, gás, energia hídrica, eólica e outras, existe sempre uma relação entre a verba investida e a receita obtida.

As Novas Barragens, em início de construção ou por construir, vão custar milhares de milhões de euros aos contribuintes. Destinam-se essencialmente a servir a rentabilidade privada dos parques eólicos, sem o retorno correspondente ao elevado investimento que exigem, e à elevada destruição que causam. Vão, isso sim, OBRIGAR A UM AUMENTO DO PREÇO DA ELECTRICIDADE PARA PAGAR O INVESTIMENTO PREVISTO.

No documento do Governo sobre o Plano Nacional de Barragens está escrito que as Novas Barragens vão ser construídas devido às Eólicas.


ERROS MAIS GRAVES NO TEXTO DO CDS

1.  CDS: "A barragem do Tua não é a primeira a construir dentro, ou próxima, da zona classificada como Património da Humanidade, tendo sido precedida pelas barragens de Crestuma, Carrapatelo, Bagaúste, Valeira, Pocinho, Bemposta, Picote e Miranda, que fazem parte da identidade do Alto Douro Vinhateiro e que permitem a navegabilidade do Douro, com o consequente aumento de visitas turísticas que hoje se verifica."

CRÍTICA: As Barragens que o texto do CDS menciona são de fio de água. A Barragem do Tua (à cota 170 m) vai ser uma Albufeira. Os casos são completamente distintos. O impacte ambiental de uma Albufeira será muito maior.


2.  CDS: "A área de vinha (atributo nuclear da classificação da UNESCO) do Alto Douro Vinhateiro Património Mundial não é afetada pela barragem do Tua."

CRÍTICA: É impossível prever o que vai ocorrer com uma Albufeira como a Barragem do Tua. Vai depender de vários factores (direcção dos ventos etc). Ninguém pode ter a certeza absoluta das suas consequências.

3.  CDS: "Em particular no que concerne ao potencial impacte da barragem na retenção de areias com consequências na orla costeira, levantado pela Plataforma e pelo GP do PEV, outra das ponderações efetuadas no PNBEPH passou pela seleção de locais a montante de barragens já existentes (no caso de Foz Tua, tem, até à foz, as barragens de Crestuma, Régua e Carrapatelo) para minimizar a retenção de sedimentos. No caso desta barragem do Tua, o impacto na erosão do litoral, é praticamente nulo, ou mesmo inexistente."

CRÍTICA: O ESTUDO ARCADIA DESMENTE LIMINARMENTE ESTE PONTO. Ver Vídeo sobre o estudo ARCADIA encomendado pela Comissão Europeia.





Texto: Rui Rodrigues
Edição e títulos: OAM

Portugal, uma ilha ferroviária

Este governo é responsável pelo isolamento ferroviário do país


La ministra de Fomento, Ana Pastor, destacó ayer en Orense que en el conjunto de la legislatura se invertirán 14.245 millones de euros en la alta velocidad. Asimismo, indicó que, desde su puesta en marcha en España, más de doscientos millones de pasajeros han viajado en alta velocidad.

in Vía Libre

Enquanto os corruptos políticos portugueses continuam a boicotar as ligações ferroviárias de alta velocidade, nomeadamente entre a região de Lisboa, e a região Norte (Porto-Braga-Aveiro), a Espanha e ao resto da Europa, Madrid vai fazendo o seu caminho, de acordo, aliás, com diretivas comunitárias altamente subsidiadas.

O governo Passos Coelho, sob influência de mãos ocultas e mentes sombrias, desperdiçou mais de MIL MILHÕES DE EUROS, entre subsídios perdidos, empréstimos do BEI que foram desviados para subsidiar empresas públicas falidas, indemnizações por contratos anulados pelo dito Tribunal de Contas, e investimentos inúteis em pseudo alternativas ao que foi reiteradamente acordado com Madrid e Bruxelas.

Quando Portugal se vir reduzido a uma ilha ferroviária, com todos os comboios a parar na fronteira com Espanha, para mudança de passageiros e mercadorias, então os nossos indecorosos e corruptos políticos (e as araras mediáticas avençadas do regime) dirão que não sabiam de nada...

O problema é que sabiam, sabiam muito bem, e foram avisados vezes sem conta, nomeadamente por este blogue. Espero que, então, já possamos enviar para Évora os culpados de administração política danosa do bem público. Sócrates terá, enfim, companhia para conversar!

Parece que a Comissão Europeia tem andado ultimamente a ser enganada por estudos encomendados a um dos nossos adiantados mentais. Desta espécie peculiar de estudos, como sabemos, resultam conclusões invariavelmente distorcidas pela vontade do cliente que paga, i.e., o Estado capturado pelos piratas de turno.

Talvez fosse oportuno confrontar os últimos documentos da CE sobre AV com algumas perguntas pertinentes.

EDP insolvente

Uma darling, em desgraça, chamada EDP


EDP vende edifício no Marquês de Pombal a seguradora francesa

O número 46 da Rua Camilo Castelo Branco, em Lisboa, tem novo dono. O Fundo de Pensões da EDP vendeu no final do ano passado o imóvel ao grupo segurador francês SMA, que opera em Portugal através da subsidiária Victoria Seguros.

Entre os termos do acordo está prevista a permanência da EDP no imóvel durante os próximos cinco anos, explicou a consultora imobiliária CBRE, que mediou o negócio. O edifício de 4.830 metros quadrados junta-se a outros quatro vendidos em Junho pela eléctrica portuguesa ao fundo americano Global Asset Capital.

in Jornal de Negócios

Eu não avisei? A EDP, que foi engolida pelo negócio das ventoinhas que lhe impingiu a Goldman Sachs, e que depois os chineses, mal aconselhados, compraram, encontra-se em estado de insolvência. Para cumprir o serviço da sua descomunal dívida (mais de 18 mil milhões de euros), já só tem uma hipótese: vender os aneis. E em breve, os dedos! Com a subida do dólar, e a queda do euro, presume-se que parte da dívida, a que estava denominada em moeda americana, disparou...

O embuste das novas barragens e o preço escandaloso da energia elétrica em Portugal, são o resultado direto desta pessegada, de que o Recluso 44 é também, obviamente, responsável. O dito recluso, o cabotino Mexia, e o compadre Catroga, claro!

O boom turístico

Governantes e autarcas, a mesma casta de oportunistas


"Os dados [...] revelados pelo INE [Instituto Nacional de Estatística] confirmam que 2014 foi o melhor ano de sempre do turismo em Portugal, com crescimentos superiores a 10% face ao ano recorde, quer se considere o número de dormidas, o número de hóspedes ou os proveitos da hotelaria. E confirmam que estamos a crescer mais do triplo de Espanha em termos de dormidas", afirmou Adolfo Mesquita Nunes à agência Lusa, numa declaração escrita.

in Diário de Notícias, 19 jan 2015

O 'boom' turístico, ao contrário da ridícula polémica entretanto estalada em volta dos números do INE, não é mérito, nem do governo, nem dos autarcas, pois ocorreu exatamente o mesmo em Portugal, Espanha e Grécia. 

O mérito da coisa tem antes origem na austeridade geral que atravessa a Europa (menos dinheiro para viajar para longe e menos dinheiro para gastar), na instabilidade política dos destinos atingidos pela Primavera Árabe, incluindo a Turquia, no 'value for money' proporcionado pelas viagens aéreas Low Cost, no custo de vida atrativo dos países atingidos mais duramente pela crise (Portugal, Espanha, Grécia,...) e, finalmente, no aumento muito acentuado das migrações no interior da Europa. 

Os mais de 800 mil portugueses que emigraram desde 2008, somados ao resto da diáspora portuguesa, fizeram obviamente uma grande diferença no trânsito de passageiros pelos aeroportos de Lisboa e Porto. Escusam, pois, os imprestáveis políticos que temos de tentar sacar votos à custa do mérito alheio, e sobretudo, à custa das dificuldades de centenas de milhar de compatriotas que fazem pela vida fora de um país há demasiado tempo dominado por corruptos, incompetentes e indigentes de toda a espécie!