O António Maria ultrapassou hoje 1.500.000 visualizações. Deixem-se sorrir por um dia!
Grão a grão, sem outra motivação que não seja pensar o meu país e o mundo de forma desinteressada, sem depender do dinheiro alheio, nem de ambições ou obsessões partidárias, sem subserviência diante seja de quem for, sem cartas escondidas, procurei e continuarei a procurar perceber o que se passa.
O mundo mudou. Os riscos e os perigos crescem por toda a parte. Decorrem, principalmente, do fim próximo das energias baratas, do pico demográfico mundial e do envelhecimento populacional, das alterações climáticas induzidas ou não pela ação humana, da queda tendencial da procura agregada mundial, dos novos equilíbrios fomentados pelo terror, da falência dos estados, da destruição das classes médias, dos autoritarismos populistas que, à direita e à esquerda, renascem como cogumelos numa madrugada de outono.
Portugal não está bem, mas está melhor que a esmagadora maioria dos países deste planeta. O nosso sistema político e constitucional, e o nosso sistema partidário, apesar de os fustigar quase diariamente com críticas e avisos, gozam de equilíbrios, quase naturais, invejáveis. As últimas eleições mostraram claramente que os eleitores portugueses são tolerantes e gostam da democracia que temos. Podemos e devemos melhorar a transparência das instituições e dos órgãos de poder, podemos e devemos ter uma administração pública mais eficiente, e sobretudo mais próxima dos cidadãos*, podemos e devemos ajudar quem produz e cria, podemos e devemos continuar a defender a Europa, podemos e devemos ajudar os nossos amigos espanhois a ultrapassar o regresso, muito grave, de uma crise de identidade velha de muitos séculos. Portugal está a perder população, a qual, por sua vez, tem vindo a envelhecer rapidamente. Em breve teremos que criar condições favoráveis a uma imigração criteriosa, oriunda sobretudo da Europa e dos países que falam a nossa língua e não ofendem a nossa religião dominante.
Estamos a iniciar uma metamorfose cultural profunda. É fundamental conhecê-la.
Obrigado por me lerem, E obrigado pelos comentários, quase sempre privados, que me impediram até hoje de terminar um projeto incialmente previsto para não durar mais de 500 posts. Esta é a mensagem 2316.
* Uma das propostas de António Costa que nunca critiquei e aplaudo é a de fortalecer o poder autárquico, dando-lhe mais poderes e mais meios. As câmaras municipais e as juntas de freguesia são o sal da nossa democracia. As Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto devem caminhar para verdadeiras cidades-região. Se preciso for, para atingir este desiderato, recorra-se ao referendo, para conhecer a vontade popular sobre este passo de coordenação e eficiência. É no entanto no reforço de poderes e meios das freguesias que reside, mesmo nas grandes cidades, o essencial desta pequena revolução institucional. Basta pensar nos incêndios deste verão em Portugal, ou nas tragédias climáticas que têm atingido o continente americano, mas também Àfrica, a Indonêsia, China, etc., para concluirmos que é fundamental e urgente transformar o poder democrático numa malha fina capaz de decidir de forma decidida e transparente sobre a multiplicação dos riscos imprevistos, sobretudo ecnómicos, financeiros e climáticos, que vieram para durar.
Avisei: PCP ou forçava uma coligação, ou morreria nos braços 'das esquerdas': PS e BE
Avisei: dividir o país entre esquerda e direita seria mau para a esquerda...
Se este PS durar no poder duas legislaturas, o PCP desaparece
O declínio em Beja, a perda de Loures e os coices de Almada e Barreiro ditam o crepúsculo do PCP
As perdas eleitorais do PCP são estruturais. Desenganem-se os beatos da ortodoxia!
Quem derrotou o PCP em Peniche foi o ex-PCP
O PCP morreu de velho
O PCP está a morrer nas cidades, mas no Alentejo também!
As saudades que o PCP vai ter da direita!
O problema dos jovens do PCP é que são velhos :(
Qual o preço da greve na Autoeuropa? Uma hecatombe autárquica no PCP
O PS não ganhou o Porto e perdeu a maioria em Lisboa. Vitória? Só se for sobre o PCP
Medina: menos 3 vereadores
Não é Passos Coelho que está mal, mas o PSD, que sofre do mesmo atavismo que o PCP
Cristas, a principal vencedora
Quatro vencedores com significados distintos: PS, Rui Moreira, e Isaltino de Morais
Independentes e partidos urbanos jovens alteram paisagem partidária
Nem a esquerda subiu tanto, nem a direita caíu a pique: ~51% vs ~45%
Em suma:
PS de Seguro, Lisboa, 2013: 50,91%
PS da Geringonça, Lisboa, 2017: 42,02%
AVISO: empresas de sondagens e agências de comunicação perdem credibilidade todos os dias
ATUALIZAÇÃO | RESULTADOS FINAIS (comentário)
Só o PCP levou um valente coice (eleitoral) do PS.
O PS subiu, mas poucochinho: 2013: 36,26% (923); 2017: 37,82% (929)
O Bloco começou a comer, também, o eleitorado do PCP.
Os independentes vieram para ficar, e crescer.
Costa meteu o PCP e a imprensa no bolso :(
Uma no cravo, outra na ferradura, quadratura do círculo, geringonça, Marcelo!
Uma nota presidencial escusada, para não dizer de apoio a António Costa
Nota da Presidência da República
Como é evidente, o Presidente da República não apoia nenhuma candidatura eleitoral e reprova qualquer tentativa de aproveitamento ou manipulação da sua posição.
Esta tarde, quando se dirigia da Igreja do Loreto para Belém, cruzou muitos lisboetas em diversas ações de campanha, de pelo menos três partidos, que saudou como sempre faz; quando estava no carro parado no trânsito, cruzou uma quarta candidatura, tendo a cabeça de lista atravessado a rua para o cumprimentar. Nada neste encontro autoriza qualquer interpretação de apoio específico.
Toda a gente sabe que o presidente da república, Marcelo Rebelo de Sousa, só presta o seu apoio diário à Geringonça, bem como a qualquer asneira que esta, ou os seus subscritores, façam: Pedrógão Grande, Tancos, Autoeuropa, Sindicato dos Enfermeiros, e o que aí vem.
Toda a gente sabe que Marcelo tem um fraquinho oportunista pelo pândego furioso António Costa, ou seja, que apoia sem a necessária e institucional distância o PS, o PCP e o Bloco de Esquerda, sendo que o PCP e o Bloco defendem a saída de Portugal da zona euro, e da NATO. E o PS, PCP, e Bloco, não se cansam de morder diariamente as canelas do regime angolano.
Os falidos e cada mais indigentes meios de comunicação social que temos, e as invisíveis agências de comunicação pagas a peso de ouro que os alimentam e dirigem, aproveitam qualquer coisa para fazer escândalo e assim exibir algum share aos anunciantes.
Acontece que esta estratégia desmiolada já transformou a velha comunicação social que temos numa espécie de pornografia sem graça, nem erotismo.
Do futebol obsessivo, aos 'reality shows' dementes, passando por concursos grotestos e a captura dos canais de debate político pela nomenclatura partidária, tudo vale para manter um sistema político institucionalmente esgotado.
A crise é tanta que deputados (nomeadamente europeus!) e autarcas, ex-deputados e ex-ministros, se esgadanham e multiplicam por jornais, revistas, rádios e televisões, na qualidade de comentadores (incrível, não é?), como se não fosse óbvio para qualquer chofer de táxi o peixe que invariavelmente servem.
Este é o verdadeiro estado de uma nação agarrada a riquexós motorizados a que chamam Tuk Tuk, procurando assim disfarçar a verdadeira natureza desta meia-escravatura: neoliberalismo dos pobres e endividados, dominado por um estado clientelar, corrupto, corporativo e autoritário que regressa subrepticiamente sob o manto diáfano das dita esquerda.
Enfim, é tudo isto que o atual presidente da república, Marcelo Rebelo de Sousa, acarinha em nome das suas próprias fantasias infantis realizadas.
Teresa Leal Coelho recusou ter falado em apoio, elencando que “aquilo que aconteceu foi uma troca de palavras simpáticas, afetuosas”.
“Havia um meio de comunicação social presente e que interpretou como uma palavra de apoio. Aquilo que eu disse é que foi uma palavra amiga”, referiu a candidata, acrescentando que “a palavra apoio não foi referida”.
—se desautoriza, como desautorizou, a candidata autárquica por Lisboa do principal partido português, ainda que na Oposição, qual é a única conclusão que se pode tirar, sabendo-se que a alternativa ao PSD em Lisboa se chama PS, ou PS+Bloco, ou PS+Bloco+PCP? Não é preciso apostar no Euromilhões para chegar a uma conclusão, ou é?
A incontinência verbal de Marcelo é mais aparente do que real, e é mais oportunista do que estratégica. Basta escutar cuidadosamente os seus silêncios, e os seus ses. Por exemplo, a propósito da greve que o PCP promoveu na Autoeuropa, ameaçando os investimentos alemães em Portugal, ou as reticências legalistas exibidas na abordagem da greve dos enfermeiros. Não defendeu a Geringonça, contra os austeritários da direita, o regresso das 35 horas à Função Pública? Então?
Em marcha, pela Europa! Emmanuel Macron propõe a refundação da Europa, nem mais, nem menos.
Aproveitando o Brexit, a profunda crise de liderança americana, e a vitória pálida de Angela Merkel, em parte por causa do modo inábil como lidou com a crise dos refugiados das guerras e da fome, Emmanuel Macron parece ter apostado todas as suas cartas neste discurso estratégico e sem ambiguidades sobre o futuro da Europa.
Ou refundamos a Europa, assegurando os valores inalienáveis da democracia e do estado de direito, ao mesmo tempo que lançamos um programa ambicioso de recentramento estratégico e tático, ou as manobras e ameaças, visíveis e invisíveis, visando a destruição da União Europeia e da sua moeda continuarão a ganhar terreno.
Uma Europa a várias velocidades, onde cada um possa pedalar no pelotão da frente, desde que tenha bicicleta e pernas para tal, mas uma Europa onde quem se atrasou ou começou mais tarde não possa travar os que correm mais e vão à frente, dotada de um sistema fiscal equilibrado e justo, de uma política financeira coerente, de meios de defesa e segurança verdadeiramente comunitários, eis o que a França de Macron quer ver discutido a partir deste outono.
Os lugares deixados vagos pelo Reino Unido no Parlamento Europeu deverão, na proposta do presidente francês, ser ocupados por verdadeiros deputados europeus, e não por mais 73 delegados de propaganda partidária provenientes dos partidos que já se fazem representar em Estrasburgo.
Este discurso de Emmanuel Macron na Sorbonne, para começar, não está nada mal!
Estou 100% de acordo com a estratégia de Emmanuel Macron. É a única maneira de fortalecer a Europa e de impedir o ascenso do populismo (de direita, mas também de esquerda), fruto de regimes partidocratas e burocráticos corruptos e desajustados à complexidade social, ecológica, cultural e tecnológica dos nossos dias.
DN: Apoiante de metade do Parlamento Europeu ser eleito através de listas transnacionais, o presidente francês parece vir dar razão ao artigo do Politico segundo o qual Macron não só quer pôr os cidadãos europeus de vários países a debater o futuro da UE como estará a tentar criar "uma aliança de partidos europeus, ou mesmo um verdadeiro partido, que apoie a sua visão de uma Europa mais "protetora" a tempo dos próximo escrutínio" europeu.
Segundo Pieyre-Alexandre Anglade, deputado francês e descrito pelo Politico como um dos "agentes" de Macron, a ideia é atrair pessoas de vários setores: dos liberais, dos sociais-democratas ou do Partido Popular Europeu para aquilo que seria uma espécie de En Marche! europeu.
Discours complet du président français Emmanuel Macron à l'université de La Sorbonne
Ce qu’il faut retenir de l’intervention d'Emmanuel Macron à La Sorbonne
Macron espère relancer la machine européenne, dépourvue selon lui de vision de long terme depuis des années, affaiblie par une ouverture à tous vents à la mondialisation et enlisée dans la bureaucratie, la surréglementation et des décisions à l’unanimité, freinées notamment par la Grande-Bretagne. Voici ce qu’il faut retenir de son discours.
Défense.
« Ce qui manque le plus à cette Europe de la défense, c’est une structure stratégique commune », assure le président de la République. Il propose de créer une « force commune d’intervention » européenne pour 2020, un budget de défense commun et une « doctrine commune » pour agir.
Emmanuel Macron propose également une « initiative européenne d’intervention » et préconise en outre « d’accueillir dans nos armées des militaires venus » d’autres pays européens. Par ailleurs, il appelle à créer un « parquet européen » pour lutter contre le terrorisme. Ainsi, il faut selon le chef de l’Etat mettre en place au plus vite le Fonds européen de défense, la coopération structurée permanente et les compléter par une « initiative européenne d’intervention » pour intégrer les forces armées européennes.
Terrorisme et sécurité
Le président souhaite créer une académie européenne du renseignement pour « assurer le rapprochement de nos capacités de renseignement » mais également une « force commune de protection civile », notamment pour aider en cas de catastrophes naturelles.
Migrations
« Pour maîtriser efficacement nos frontières, accueillir dignement les réfugiés (…) et renvoyer rapidement ceux qui ne sont pas éligibles au droit d’asile », il faut créer un office européen de l’asile et une police européenne des frontières. L’objectif : accélérer et harmoniser les procédures migratoires ; mettre en place des fichiers interconnectés et des documents d’identité biométriques sécurisés. Mais il faut aussi installer un programme européen de formation et d’intégration pour les réfugiés.
Le carbone au juste prix
Emmanuel Macron a proposé de fixer au niveau européen un « juste prix » pour le carbone - dont les échanges permettent de pénaliser les industries polluantes - « suffisamment élevé » pour encourager la transition écologique, d’au moins 25 à 30 euros la tonne.
Il a aussi proposé de mettre en place un programme industriel de soutien aux véhicules propres et aux infrastructures nécessaires (bornes de recharge…) et de créer une « force commune de contrôle » qui assure la sécurité alimentaire des Européens.
Une Agence européenne pour l’innovation
Emmanuel Macron entend créer une Agence européenne pour l’innovation, finançant en commun des champs de recherche nouveaux, comme l’intelligence artificielle.
Il a cité pour modèle l’agence américaine de recherche militaire DARPA, agence du département de la Défense des États-Unis, chargée de la recherche et développement des nouvelles technologies, qui dans les années 1970 a été à l’origine de la création d’internet.
Emmanuel Macron a aussi rappelé sa volonté de taxer les entreprises numériques en taxant la valeur « là où elle se crée », et de réguler les grandes plateformes.
Economie et social
Le président français veut faire de la zone euro, le cœur de la puissance économique de l’Europe dans le monde. Il veut créer un budget qui permette de financer des investissements communs, avec des impôts liés à ce budget. Et assurer la convergence sociale et fiscale des pays de l’UE en fixant des critères qui rapprochent progressivement les modèles sociaux et fiscaux.
Le respect de ces critères conditionnerait l’accès aux fonds de solidarité européens.
Il faudrait définir une fourchette de taux d’impôt sur les sociétés pour 2020 ainsi qu’un salaire minimum, adapté à la réalité économique de chaque pays, encadrer la concurrence par les niveaux de cotisations sociales et créer une taxe sur les transactions financières affectées à l’aide au développement.
Culture et savoir
Que chaque jeune Européen ait passé au moins six mois dans un autre pays européen (50 % d’une classe d’âge en 2024) et que chaque étudiant parle deux langues européennes d’ici 2024.
Créer des universités européennes, réseaux d’universités qui permettent d’étudier à l’étranger et de suivre des cours dans deux langues au moins.
Démocratie
Pendant six mois, des « conventions démocratiques », soit des débats nationaux et locaux sur la base de questions communes dans toute l’UE, seront organisées en 2018 dans tous les pays de l’UE volontaires pour définir la feuille de route de demain.
Le chef de l’Etat espère ainsi renforcer le Parlement européen par des listes transnationales, dès 2019, en utilisant le quota des députés britanniques partants. Par ailleurs, il souhaite qu’en 2024, la moitié du Parlement européen soit élue sur ces listes transnationales.
“O Estado e o setor privado continuam muito endividados. Só graças às taxas de juro baixas aplicadas pelo BCE é que estes custos são suportáveis”.
“Os problemas de Portugal não acabaram. Estão piores”, avisa Commerzbank Observador, 21/9/2017
A euforia da Geringonça não passa de uma armadilha em que iremos cair outra vez, ou não fossemos governados, e eleitoralmente dominados, por uma minoria agarrada aos impostos e à dívida.
Não há nenhum mérito indígena nas estatísticas económico-financeiras mais recentes.
São só ventos favoráveis, mas efémeros, que sopram de leste: juros historicamente baixos, petróleo a menos de metade do seu preço mais alto de sempre (2012), turismo em fuga da Europa oriental, do Médio Oriente e norte de África, bolha da aviação LowCost, e deslocações de capitais do Brasil, Angola, França, Estados Unidos e China, para um país ameno e ainda barato chamado Portugal.
Bastará que os juros do BCE comecem a subir (1), ou que o preço do barril regresse aos 90-100 USD pb (2), ou ainda que o despesismo recomendado pelos nossos funcionários-economistas tome o lugar de Mário Centeno (mortinho por zarpar de Lisboa em direção à Europa!), para que entremos em águas agitadas.
A tendência da nomenclatura oportunista de esquerda no poder será a de compensar a subida do preço da dívida que então crescerá mais rapidamente, com novos agravamentos de impostos e expropriações de riqueza alheia, e uma ainda maior degradação das infraestruturas e do funcionamento dos serviços públicos.
O empobrecimento mais acelerado das classes médias fará depois o resto: ou teremos um novo partido de esquerda radical populista a caminho do poder, ou uma radicalização ainda mais populista do PS (venezuelização bolivariana!), ou então, acabará por aparecer um partido de direita populista a sério, capaz de ir buscar votos a todo o espetro partidário vigente.
Em vez de despejar dinheiro nos bancos, governos e burocracia, porque não despejá-lo nos nossos bolsos, diretamente?
Hoje vou falar de Rendimento Básico Incondicional no ISCTE. Comigo estarão, online, Bruna Augusto e Marcus Brancaglione, dois ativistas brasileiros do RBI.
Creio que chegou o momento de promover e realizar meia dúzia de experiências em Portugal. Por exemplo, na Cova da Moura, na freguesia de Campanhã, no Porto, nas freguesias atingidas pelos trágicos incêndios deste verão, e onde os donativos chegam a conta-gotas e sob controlos institucionais e burocráticos paternalistas que nenhum doador exigiu (Pedrógão Grande, etc.), ou mesmo numa pequena cidade de 17 mil habitantes, como Montemor-o-Novo.
Numa base de 4000 euros/ano por pessoa, se o RBI fosse aplicado a toda a população residente, financiando-se numa parte do IRS, IRC e IVA do país, o esforço direto no Orçamento de Estado andaria pelos 41,3 mil milhões de euros, ou seja, pouco mais do que 29% da despesa pública. Esta reforma do orçamento implicaria naturalmente um grande corte nos custos burocráticos e rendas do chamado 'terceiro setor'. Haveria menos peso burocrático do estado neste setor, haveria menos IPSS (e mais poder institucional e capacidade financeira descentralizada nas Juntas de Freguesia e municípios eleitos), haveria menos rendas abusivas, acabariam as isenções fiscais inexplicáveis, e existiria mais transparência nesta espécie de economia paralela em que os intermediários da fome e da desgraça alheia se transformaram paulatinamente ao longo de décadas.
A despesa pública de 2017, inscrita no OE2017, foi de 141 mil milhões de euros.
Outros dois números a ter em conta são, a dívida pública portuguesa, que neste momento supera os 243 mil milhões de euros, e o PIB, que em 2016, rondou os 185 mil milhões de euros.
Será impossível pensar numa medida como o RBI que, se fosse aplicada em 2018, andaria pelos 42 mil milhões de euros, num país onde o PIB vai a caminho dos 190 mil milhões? Não creio. Ainda que uma tal reforma constituísse, na verdade, um verdadeiro ataque ao estado burocrático e corrupto que temos.
Eis, pois, uma discussão que o empobrecimento das classes médias exige desde já.
ISCTE A esperança no Rendimento Básico Incondicional
A economia e a política do RBI
António Cerveira Pinto
Bruna Augusto
Marcus Brancaglione
Hoje 25-9-2017, 18:30-20:00
ISCTE-IUL
Auditório ONE02 - Caiano
Av das Forças Armadas, Lisboa
Organiza: movimento RBI-TTcc
A insuportável distração da imprensa portuguesa que ideologia tem?
O maior banco do mundo, o chinês ICBC—Industrial and Comercial Bank of China, tinha montado em Espanha um esquema monumental de lavagem de dinheiro proveniente de tríades de piratas chineses, em colaboração com o paraíso fiscal luxemburgês—what else?!
O esquema foi descoberto e noticiado na imprensa internacional em 2016.
A acusação formal chegou agora dos tribunais espanhóis. Leram alguma coisa na imprensa portuguesa nos últimos seis meses sobre este escândalo? Eu não.
Para que conste.
La Audiencia Nacional imputa al mayor banco del mundo por blanquear fondos de mafias chinas
El Mundo. 11 SEP. 2017 14:24
La Audiencia Nacional ha imputado a la filial europea del ICBC (Industrial and Comercial Bank of China) por blanqueo continuado de fondos de grupos criminales chinos activos en España. Se trata del mayor banco del mundo por activos y el tercero por capitalización bursátil. El auto dictado por el juez Ismael Moreno explica que, según la investigación, el personal de la entidad ICBC España, bajo las órdenes del Consejo de Administración de la entidad ICBC Luxemburgo, puso en marcha a finales de 2010 un establecimiento bancario en España, con una única sede en aquellos días en Madrid, cuya línea de negocio casi exclusiva fue ser un instrumento de blanqueo de las ganancias ilícitas obtenidas por grupos criminales, mayoritariamente de nacionalidad china, que obtenían pingües beneficios sobre todo en exportaciones e importaciones fraudulentas con China y en la economía sumergida dentro del mercado nacional”.
Banco da China acusado de lavagem de dinheiro em filial da Espanha
O Globo. Por AP, 11/09/2017 15:56 / Atualizado 11/09/2017 15:57
MADRI — O juíz da Corte Nacional da Espanha, Ismael Moreno, acusou o braço europeu do banco estatal chinês - Commercial Bank of China Europe (ICBC) - de ajudar a lavar mais de 214 milhões de euros naquele país entre 2011 e 2014. Sete altos executivos ligados à instituição já estavam sendo investigados desde fevereiro de 2016.
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, Moreno afirma que a filial do banco em Madri ocultou os depósitos por meio de empréstimos a clientes no exterior, em sua maioria transferências para a China.
Reportaje Especial: Cómo el mayor banco de China se vio atrapado en una gran causa contra el lavado de dinero
Por Angus Berwick y David Lague
31/7/ 2017 13:24
MADRID (Reuters) - Pocos minutos antes de las 8 de la tarde del 8 de agosto de 2012, dos ciudadanas chinas que vivían en España - una banquera y su cliente - mantuvieron una abrupta conversación telefónica.
Wang Jing era directiva de la sucursal madrileña del Industrial and Commercial Bank of China, controlado por el Estado. La cliente, Xu Kai, era uno de los supuestos líderes de un grupo internacional de lavado de dinero que supuestamente usó a la entidad para transferir fondos ilegales a China. La red utilizaba supuestamente varias cuentas a nombre de residentes chinos de España, en algunos casos sin su permiso, para realizar las transferencias. Pero había una pega.
Poco antes, el mismo día, según la banquera Wang, había llegado a la sucursal una mujer para quejarse de que se estaban haciendo transferencias desde su cuenta sin su conocimiento. Wang reprendió a Xu y le dijo que se asegurara de que los titulares de la cuenta utilizados en el plan estaban al tanto.
“Tienes que mirar por ti y asegurarte de que esas personas sean obedientes”, advirtió Wang para añadir que si había más quejas, el banco tendría “problemas”.
De hecho, el banco ya tenía problemas. Grandes problemas. La policía española estaba escuchando.
Maior banco do mundo, chinês ICBC, tem resultado mais fraco em uma década
Reuters, 31/3/2017
Os principais bancos da China estão se preparando para lançar medidas neste ano para reduzir o peso sobre correntistas endividados e a inadimplência [incumprimento], que atingiu o maior nível em uma década no ano passado diante de um crescimento do PIB mais lento em 25 anos.
Commercial and Industrial Bank of China to open branch in Portugal
27 January 2012
Lisbon, Portugal, 27 Jan – The Industrial and Commercial Bank of China (ICBC) has made a request to the Bank of Portugal (BdP) to open up a subsidiary in the Portuguese market and is already setting up its management team, Portuguese weekly newspaper Sol reported.
The aim of the Chinese bank, which will be the first from China to establish itself directly in Portugal, is to open in Lisbon in the second half of the year, although the final schedule depends on when it receives approval from the Bank of Portugal.
Via its subsidiary in Macau, the ICBC has already been present in the Portuguese capital for a few years, but only via a representative office and with a reduced amount of business compared with what it now plans on receiving authorisation to open up a subsidiary.
The arrival of the ICBC in Portugal is a result of the acquisition of the Seng Heng Bank, as when the deal was made the Macau-based bank had already been authorised (in 2006) to open up a representative office in Portugal, and thus the move is “simply a legacy” of that.
In 2009, the Chinese bank boosted its ties with Portugal by setting up cooperation protocols with Portuguese banks Banco Espírito Santo and Millennium bcp to make investment between China and Portuguese-speaking countries easier.