segunda-feira, novembro 19, 2018

Os demagogos, outra vez

Steve Bannon, o populista assumido que colocou Trump à frente de um império

O tempo da democracia morreu


Todos parecem reclamar o tempo dos sabres. Não tardará :(

“The public discussion prompted by the (dis)invitation confirmed to me that only those safe from fascism and its practices are likely to think that there might be a benefit in exchanging ideas with fascists. What for such a privileged group is a matter of a potentially productive difference in opinion is, for many of us, a matter of basic survival. The essential quality of fascism (and its attendant racism) is that it kills people and destroys their lives—and it does so because it openly aims so. 
[...] 
It is frightening to think we could be entering the civil war mode, wherein none of the differences and disagreements can be hashed out in discussion. It is quite possible that there is no resolution to the present situation until one side is thoroughly destroyed as an ideological power and political entity. If that is the case, the inescapable struggle requires that anti-fascist forces clearly identify the enemy and commit to defeating them, whoever they are, whatever it takes.”
—in “Fascism is Not an Idea to Be Debated, It’s a Set of Actions to Fight”, By  Aleksandar Hemon. Literary Hub.

A guerra é a continuação da diferença por outros meios. Mas a democracia não é igual ao fascismo. Logo não deve agir da mesma forma, com a mesma intolerência, sob pena de negar a razão da sua existência. Tudo vai mal quando os demagogos trepam até ao poder pela escada do maniqueísmo, dividindo os povos, e os eleitores, entre bons e maus, exploradores e explorados, civilizados e selvagens, de direita e de esquerda, revolucionários e reacionários, cristãos e muçulmanos, católicos e judeus, crentes e ateus, esmagando, por este caminho de loucura e ódio, os que duvidam, os agnósticos, e quem anseia por compreender, negociar e estabelecer leis razoáveis para todos. A armadilha da barbárie foi outra vez lançada aos ingénuos e distraídos, até que seja tarde demais para emendar a mão, como um dia aconteceu à Jugoslávia. A Espanha, aqui ao lado, nunca esteve tão perto doutra guerra civil. E nós, pequenos idiotas preguiçosos do extremo ocidental da Europa, que vamos querer?

Repete-se um pouco por toda a parte a ideia de que a democracia e a liberdade não são para os fascistas, como a senhora Le Pen, ou o vivaço Steve Bannon, nem para os que gostam de touradas e de caçar pombos, faisões e lebres, nem para os machos incontinentes que marcham como pirilampos cegos em direção às raparigas, nem para os leitores do Observador. Esta lógica, porém, se não for desmontada com argumentos sérios, levar-nos-à rapidamente ao colapso da separação de poderes, à discricionaridade do poder de turno, e à guerra civil assim que o pão faltar à maioria. Sem liberdade democrática e estado de direito para as minorias, mas também para as maiorias, as perseguições tumultuárias, politicamente corretas, que hoje vemos destruir pessoas, coletivos e consensos ideológicos, como se tivessem sido subitamente atacados pelo ébola, voltar-se-ão contra os gays e lésbicas, judeus e muçulmanos, e o que resta dos comunistas e a extrema esquerda urbana pequeno-burguesa que vive e se reproduz nos ambientes académicos. Valerá pois a pena, em mais uma curva perigosa da civilização humana, discutir filosoficamente a natureza do capitalismo e a ideia de democracia.

NOTA

Em outubro passado conheci no Porto um professor de filosofia, inglês, de origem irlandesa, chamado Jonathan Lahey Dronsfield. Deste encontro ficou um artigo que me enviou para ler: “The paradoxes of democracy: postwar american art and U.S foreign policy”. Trata-se dum ensaio, historicamente ancorado e bem argumentado, sobre o envolvimento de Washington na promoção da arte moderna americana, no rescaldo da derrota da Alemanha de Hitler, e da subsequente substituição do império britânico pelo novo e pujante império americano. Esta primeira ação de uma estratégia de propaganda que viria a ser conhecida mais tarde como soft power leva Dronsflied a fazer uma pergunta:

—“in what way can it be said that democracy translates across borders”?

O artigo analisa as contradições que acabaram por aflorar na prossecução das ações psicológicas do novo poderio americano, seja para contrariar o discurso marxista oriundo da então União Soviética comandada por um dos grandes vencedores da guerra, José Estaline, seja para demonstrar culturalmente a superioridade da democracia capitalista americana. A grande questão foi então a de saber se a arte moderna contribuiria ou não para promover os interesses da América no mundo, isto é, saber se a arte moderna era democrática ou, pelo contrário, anti-democrática! Com alguns senadores Republicanos contra a arte moderna, a promoção da supremacia cultural da democracia liberal passaria, afinal, por evitar uma discussão pública no Senado, optando-se por uma verdadeira operação encoberta:  “In order to encourage openness we had to be secret” — Tom Braden (1950).

Escreve Dronsfield:

“... Tom Braden, who headed up the CIA’s first covert operation division in 1950, explained why the U.S. government felt it important to promote U.S. culture as an expression of individual freedom:
We wanted to unite all the people who were artists, who were writers, who were musicians, and all the people who follow those people, to demonstrate that the West and the United States was devoted to freedom of expression and to intellectual achievement, without any rigid barriers as to what you must paint [Braden’s emphasis], which was what was going on in the Soviet Union.”
Mais à frente:

“In a fundamental sense, then, democracy calls for the anti-democratic gesture. If we agree with Derrida, when he says of democracy that it is “the only system, the only constitutional paradigm, in which, in principle, one has or assumes the right to criticize everything publicly”, then democracy itself must be included in that which can be put into question: the idea of democracy, its concept, its history, and its name. Including the idea of the constitutional paradigm and the absolute authority of the law.

It is as if democracy is not democracy until it has opened itself to the possibility of its own negation, in favor of a transformation into another democracy, what Derrida calls a “democracy to come”. This is what Derrida means by “the double bind” of the threat to democracy being the chance for democracy, “its chance and its fragility”.

[...]

Democracy too needs representational space. After all, it is the space of the election of representatives of the people. In de-figuring that space, art can de-figure democracy. To this extent Dondero is right. However, art can also assist democracy in the chance given by the threat that it, democracy, makes possible. Art can both put democracy into question, and provide a glimpse of the democracy possible through the transformative effect of responding to that threat.”

Divirgo neste ponto da generalização de Dronsfield. Na verdade, a representação continua a ser uma das condições constitutivas do poder. E se à arte moderna foi possível desfigurar tal representação, e até caminhar em direção à abstração, tal ficou a dever-se à própria morte da arte tal como a descreveu Hegel, ou à extinção deste dever de obediência iconológica, se preferirmos lembrar a libertação kantiana dos deveres de representação. Na realidade, o capitalismo e o novo poder viriam a encontrar nas montras dos grandes armazéns, na ilustração litográfica e na fotografia, no cinema, na rádio, e na televisão, os meios de propaganda que a pintura e a escultura tradicionais já não podiam preencher, por falta de objetividade, e sobretudo pela sua fraca reprodutibilidade em sociedades cada vez mais laicas e urbanizadas. O paradigma descoberto por Walter Benjamin explica a irrelevância, do ponto de vista do capitalismo democrático americano, do problema da figuração versus abstração na pintura e na escultura modernas. Em suma, o noema (Roland Barthes) dos novos meios tecnológicos de representação substituiu a necessidade da alegoria pictorial. A pintura poderia ser o que quisesse, abstração minimal, ou banda desenhada. O poder do capitalismo industrial, financeiro, comercial e democrático tornou-se imune aos artistas, ao contrário do que continuaria e ainda é o caso em todas as autocracias e despotismos pré-democráticos, onde o capitalismo quando surge assume, por assim dizer, uma deformação indelével, que não atenua, salvo se houver uma revolução democrática.

Como acabaria por escrever no comentário que enviei por email ao Jonathan,

“Representational space” needed by political power as propaganda, or ideological representation, migrated from traditional arts (philosophy, literature, painting, sculpture, and music) to photography, radio, cinema, tv, internet, that is, to information, mass communication and technological media.

sexta-feira, novembro 16, 2018

Tourada socialista



Surgiu a primeira linha vermelha na Geringonça


Já imaginaram uma revolta eleitoral anti-PS, de Santarém à Graciosa, passando por

Alcácer do Sal,
Alcochete,
Almeirim,
Barrancos
Beja,
Cartaxo,
Coruche,
Évora,
Lisboa,
Moita do Ribatejo,
Montijo,
Santarém,
Setúbal,
Vila Franca de Xira,

já para não falar dos aficionados açorianos da Terceira? É só consultar a lista de mais de 80 praças de toiros, e perceber o que levou Carlos César a liderar uma revolta parlamentar cujas consequências estão longe de serem conhecidas. Para já, pode dizer-se que depois de Costa não virá o vazio...



Em causa está uma afronta directa do grupo parlamentar ao Governo, mas em especial à ministra da Cultura, que defendeu a não descida do IVA para as touradas como uma "questão civilizacional", e ao próprio primeiro-ministro, que defendeu Graça Fonseca em toda a linha. Carlos César anunciou nesta quinta-feira que o partido vai propor uma alteração ao OE que baixa o IVA das touradas para os 6%, à semelhança do que propõe o Governo para espectáculos culturais. O líder parlamentar é, aliás, o primeiro subscritor.  
Público 


Há duas maneiras de salvar as faces rosadas de ambos (César e Costa):
  1. equalizar o IVA dos espetáculos culturais, não abrindo portanto uma exceção para as touradas;
  2. ou a demissão da ministra da cultura, pois os argumentos (civilizacionais!!!) que esta invocou para uma medida fiscal discriminatória negativa são inconstitucionais.
Com a Europa de Merkel em desagregação, há que estar bem atento ao que se passa por cá.

PS: foi delicioso observar ontem a atrapalhação de Mariana Mortágua na discussão deste tema com o sempre brilhante Adolfo Mesquita Nunes. A sombra de Salvaterra de Magos, mas sobretudo as nuvens negras que começam a pairar sobre a desejada coligação governamental com António Costa aumentaram sem remédio a gaguez sorridente da dirigente de topo do Bloco. 

terça-feira, novembro 13, 2018

Colombo e os novos talibãs

O que resta das tribos índias nos Estados Unidos é uma mole humana indigente

Quem exterminou e imbecilizou o que resta das tribos índias dos Estados Unidos?


A história politicamente correta é uma história de pernas para o ar, e sobretudo autoritária.

Não foi Cristóvão Colombo quem criou e manteve a escravatura dos negros até ao fim da guerra civil americana, e deu depois largas a um racismo institucional contra os negros—escravizados nos estados do sul, e sobre-explorados nos estados do norte durante a industrialização.

Não foi Cristóvão Colombo que iniciou ou promoveu o genocídio dos índios americanos dos EUA, mantendo os sobreviventes em 'reservas' antropológicas, como se fossem animais em jardins zoológicos.

Lembram-se dos talibãs a rebentarem com explosivos e marretas estátuas milenares? A barbárie regressou, sob o disfarce hipócrita da 'reparação histórica' e das ideologias politicamente corretas que mais não são que atos falhados de um sentimento de culpa coletivo não exorcizado.

Numa análise mais fina deste episódio caricato da remoção de uma estátua medíocre de Cristóvão Colombo na Ciudad de Los Angeles, cidade outrora espanhola, e depois mexicana, que os Yankees conquistaram, num vasto território chamado Califórnia, habitado por tribos índias que os mesmos ianques, e não Cristóvão Colombo, nem os espanhóis, nem sequer os mexicanos, dizimaram, celebrando posteriormente o genocídio de forma canibal na cinematografia de Hollywood, há quem sugira tratar-se de mais uma tentativa de apagar a memória hispânica da região.

Acontece, porém, que as famílias americanas de origem protestante e puritana, as mais ricas, estão em declínio demográfico, ao contrário das populações de origem hispânica, portuguesa e italiana que habitam toda a América, do México para sul, e continuam a crescer nos Estados Unidos. Instrumentalizar os pobres índios que restam para colaborarem em manobras de mistificação  histórica é um sinal mais da decadência de um império que durará, afinal, pouco mais de cem anos.

Nem o primeiro e único presidente negro americano, Barak Obama, conseguiu mudar o racismo empedernido de milhões de americanos brancos. Esta é a verdade nua e crua que importa reter quando observamos e analisamos episódios populistas como este.

A raiva aos judeus, outra vez...


A Jewish family pauses in front of a memorial for victims of the mass shooting that killed 11 people at the Tree of Life synagogue in Pittsburgh, Oct. 29, 2018. (Jeff Swensen/Getty Images) [cropped]

“Os missionários da Cristandade disseram: Vocês não têm o direito de viver entre nós como judeus; Os chefes laicos proclamaram: Vocês não têm o direito de viver entre nós; Os nazis alemães no fim decretaram: Vocês não têm o direito de viver.” 
A solidão crescente da Estátua da Liberdade
Esther Mucznik. Público, 12 de Novembro de 2018, 6:45

“President Trump, your words, your policies, and your party have emboldened a growing white nationalist movement,” the petition says. “The violence against Jews in Pittsburgh is the direct culmination of your influence.” 
How the Pittsburgh massacre is driving American Jews apart
By Ron Kampeas. Jewish Telegraphic Letter, October 30, 2018 5:22pm

A nova ascensão da xenofobia, do radicalismo religioso e do anti-semitismo é uma consequência direta de uma nova guerra global pelos recursos que fazem a diferença no bem-estar das nações.

Os perigos desta escalada são agora, porém, maiores do que nos anos 30 (ascensão do anti-semitismo nazi na Alemanha, Áustria e Polónia) do século passado, ou do que no primeiro quartel do século 20 (sobretudo na Rússia, Ucrânia e Polónia).

As razões deste perigo maior são fáceis de entender:

  1. a luta mundial pela energia e pelos recursos naturais imprescindíveis ao bem-estar criado ao longos dos últimos 200 anos não tem uma horizonte de propsperidade pela frente, mas sim de declínio geral da riqueza, empobrecimento das classes médias que suportam as democracias, envelhecimento das populações e recessão, seguida de depressão e depois declínio demográfico absoluto, a partir de 2100, se não antes;
  2. desta vez, os judeus têm em sua defesa um estado fortemente armado para uma mais do que provável guerra assimétrica global, onde a sofisticação tecnológica ditará as primeiras vitórias e um novo status quo... ou a aniquilação da civilização tal qual a conhecemos hoje. 
A chachina de Pittsburgh, antiga cidade industrial americana reconvertida às novas tecnologias durante a década de 80 do século pasado, é certamente mais um mau presságio do que nos espera. Entre outros motivos, porque ameaça dividir a comunidade judaica americana, a maior do mundo (5,7 milhões) depois do Estado de Israel (6,1 milhões).

:(


segunda-feira, novembro 12, 2018

A vice-primeira ministra Catarina Martins

Catarina Martins. Convenção do Bloco de Esquerda, 2018.
Foto: João Porfírio/Observador (recortada)

Sem direita que se veja, Costa não tem alternativa


Catarina Martins anunciou a próxima entrada do Bloco de Esquerda no governo da Geringonça. Se tiver votos para tal, é o que vai ocorrer, tal como previ no programa Política Sueca em 2015. Não creio que o Rui Rio arraste votos suficientes para o PS. O desvio dos votos do centro-direita irá repartir-se entre o PS, o partido dos santanistas, o CDS e o Chega!

Até lá, Catarina Martins irá ter a gigantesca tarefa de domesticar a retórica populista do Bloco, e apostar num programa social-democrata de esquerda, ambientalista, de causas urbanas, e orientado para o eleitorado com menos de 40 anos. No resto, continuará a ser tão populista e estatista quanto o PS, e o PCP.

Quanto ao fenómeno da corrupção, estamos conversados: há merda que chega em todos os partidos.

Numa palavra, esta geringonça é melhor que a balbúrdia espanhola, e sem dúvida preferível às derivas populistas de direita que percorrem a Europa. Quanto ao futuro governo de coligação, o tempo dirá.

Para já, recomendo um voto em Catarina nas próximas europeias, pois daqui virá, ou não, o tiro de partida para a futura coligação.

quarta-feira, outubro 24, 2018

Hong Kong-Zhuhai-Macau

The 55km crossing links Hong Kong’s Lantau island to Zhuhai and the gambling enclave of Macau, across the waters of the Pearl River Estuary. PHOTO: REUTERS

E nós?!


Depois de umas dezenas de mortos acidentais, a esperada derrapagem orçamental, e muita corrupção, o líder chinês inaugurou uma ligação rodoviária histórica entre Hong-Kong e Macau, a terra onde nasci e da qual guardo uma mítica memória.
A ponte é um marco do projeto de integração regional da Grande Baía, que visa criar uma metrópole mundial a partir dos territórios de Hong Kong, Macau e nove localidades da província chinesa de Guangdong (Cantão, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen e Zhaoqing).
[...]
Vários observadores consideraram que o objetivo desta ponte, assim como uma nova linha ferroviária de alta velocidade para o interior da China inaugurada a 22 de setembro, é aumentar o controlo da China sobre Hong Kong, que tal como Macau, goza de autonomia alargada de liberdade de expressão e poder judicial independente.
A nova linha ferroviária de alta velocidade para o interior da China vai reduzir consideravelmente o tempo de viagem entre os dois territórios, sendo que parte da estação, situada em Hong Kong, fica sob jurisdição chinesa.
[...] O comboio vai de Hong Kong para Shenzhen em apenas 14 minutos, sendo que o anterior demorava quase uma hora a percorrer os 26 quilómetros que separam os dois territórios. Já para a capital de Guangdong, Cantão, os passageiros vão demorar pouco mais de meia hora, cerca de 90 minutos mais rápido que o anterior.
JN 23.10.2018

Já agora, já que o Governo Chinês anda a beneficiar das rendas excessivas que pagamos à EDP, podia ajudar o indigente governo português a ligar o país a Espanha e ao resto da Europa com combóios de Alta Velocidade.

Por odem de prioridade, assim: Lisboa-Caia; Lisboa-Porto-Vigo; Aveiro-Salamanca.

Só as comunidades de Madrid e da Região de Lisboa somam mais de 10 milhões de habitantes, e 18 milhões de turistas. A região do Norte de portugal e galiza somam 5 milhões de almas que sempre gostaram de trabalhar e ganhar dinheiro. Será assim tão difícil de entender a rentabilidade destes investimentos? Só prejudicaria mesmo o PCP e o Bloco!

quarta-feira, outubro 17, 2018

O que o Leslie nos mostrou

Furacão Leslie. Foto-galeira: Nelson Garrido/Público

Leslie. Lei prevê que consumidores paguem prejuízos mas EDP garante que vai tentar não imputar esses custos
 
A principal elétrica nacional está ainda a contabilizar a dimensão dos prejuízos, sendo estimado que cerca de 70 mil habitações não tenham acesso a eletricidade na região Centro do país. 
Observador, 15/10/2018, 22:04

O furacão deu cabo de umas centenas de postos de alta tensão. Resultado? A falha elétrica interrompeu as telecomunicações (rádio, televisão, telefones, internet e telemóveis!)

Mas mais: interrompeu o fornecimento de água!!! E porquê? A razão é simples, mas porventura invisível para a maioria de nós até à chegada do Leslie: a distribuição de água já não funciona por gravidade nos principais aglomerados urbanos do país, mas à força da energia elétrica...

Imaginem, agora, que as viaturas dos bombeiros, da proteção civil, do exército, e os nossos próprios carros eram já, na sua maioria, elétricos!!!

Tempestade Leslie provocou prejuízos superiores a 32 milhões de euros na Figueira da Foz
Observador, 17/10/2018, 0:23