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domingo, novembro 24, 2013

Macau no top 5 mundial

Aeroporto de Macau

O aeroporto de Macau prova que a tentativa de destruir o Aeroporto da Portela foi um embuste

Em 2012 Macau recebeu mais de 13 milhões de turistas.

Macau foi assim a 5ª cidade mais procurada por turistas em 2012, à frente de Nova Iorque, Paris, Istambul, Roma ou Dubai. E sabem que mais? Macau só tem um aeroporto, o qual só tem uma pista. A Portela tem duas, mas o lóbi do betão —LNEC incluído—andou mais de uma década a dizer aos portugueses, com o apoio constante das agências de comunicação, que o Aeroporto de Lisboa estava saturado!

Claro que se o gestor do aeroporto de Macau fosse o gaúcho Pinto, e o Almeida Santos também por lá ainda mandasse, há muito que teriam convencido Pequim de que o aeroporto daquela antiga concessão portuguesa estava mais do que saturado, mesmo antes de inaugurar!

Que tal sentar os senhores gaúcho, Sócrates e Lino no banco dos réus?

Estou duplamente satisfeito, por ser macaense, e por ter ajudado a arrumar de vez com o embuste do NOVO AEROPORTO DE LISBOA, com que a corja devorista indígena consumiu centenas de milhões de euros do erário público, enchendo os bolsos a uma parte da nomenclatura corrupta que conduziu Portugal à pré-bancarrota.

in Zero Hedge

sexta-feira, outubro 11, 2013

O embuste do novo aeroporto (epílogo)

Imagem publicada em 2005 ilustrando uma das nossas muitas denúncias do embuste chamado NAL

Quem faliu Portugal foi quem o roubou

A Vinci deu esta semana indiretamente razão a um documento entregue na Associação Comercial do Porto ao então ministro das obras públicas e transportes, Mário Lino. O ministro e muita da imprensa e televisão à época não levaram a sério o documento, nem o que a Blogosfera foi incessantemente escrevendo e avisando sobre este assunto. Foi no entanto possível manter o poder político sob uma chuva de argumentos de tal modo ponderada e ao mesmo tempo cáustica que o resultado acabaria por ser um bloqueio eficaz ao embuste que ameaçou aumentar ainda mais a catastrófica dívida pública portuguesa, e o desastre monumental que teria sido deixar Lisboa sem um aeroporto de proximidade.

A Vinci anunciou, oito anos depois daquela data, que só irá pensar 'na possibilidade' de um Novo Aeroporto em Lisboa lá para 2025, pois a Portela ainda tem capacidade para receber 25 milhões de passageiros.

A pergunta sacramental é esta: quem foi responsável por tamanha incompetência e delapidação de dinheiro público? Foram gastos centenas de milhões de euros em estudos! De que estamos à espera para investigar os responsáveis e levá-los a julgamento?

Segue, para memória futura, o resumo do documento elaborado por Rui Rodrigues para a Associação Comercial do Porto, entregue a Mário Lino em maio de 2006.


ARGUMENTOS EM DESFAVOR DA OTA

  1. O Governo pretende construir um novo aeroporto sem que exista uma política aeronáutica.
  2. Condicionou-se o traçado da nova rede de AV e VE à localização da Ota. Daqui resultou uma má opção, porque a Ota não se concilia com essa rede.
  3. Projecta-se construir um aeroporto sem saber como efectuar as ligações ferroviárias de bitola europeia a Lisboa e ao Porto nem como o TGV vai entrar em Lisboa e atravessar o Porto.
  4. A Ota é uma escolha errada do ponto vista da logística, pois fica longe de Lisboa e dos portos marítimos e não se coordena com a restante rede de infra-estruturas.
  5. Para construir o aeroporto vai ser necessário executar terraplanagens de 50 milhões de metros cúbicos, o que corresponde ao volume de um paralelepípedo com uma base igual à área de um estádio de futebol e altura de 5000 metros.
  6. Por razões de geotecnia e topografia muito desfavoráveis, a construção do aeroporto na Ota será mais onerosa do que numa região plana. Este aumento vai implicar que as taxas aeroportuárias cobradas sejam mais elevadas para recuperar o investimento inicial, o que tornará o aeroporto pouco competitivo.
  7. O argumento invocado, segundo o qual o projecto tem que avançar desde já para aproveitar os fundos comunitários, não tem sentido, pois o aumento dos gastos, devido à localização em causa, é muito superior ao que iria ocorrer comparativamente ao de uma região plana.
  8. O Governo vai ficar só com os aeroportos que serão um encargo para o Orçamento do Estado, agravando ainda mais o défice.
  9. Se for aplicada à Ota a mesma taxa de crescimento que justifica a saturação da Portela, também o aeroporto da Ota estará condicionado à saturação ao fim de apenas 12 anos.
  10. Na escolha da localização do novo aeroporto deu-se prioridade a razões ambientais em detrimento da navegação aérea e fiabilidade. Se os critérios ambientais fossem os prioritários, então a melhor opção seria manter a Portela e nada construir.

ARGUMENTOS A FAVOR DA PORTELA

  1. A Portela funciona desde 1942 e a experiência demonstra que as condições meteorológicas e de navegação aérea são muito favoráveis, pois permitem que seja utilizado durante os 365 dias do ano.
  2. A Portela tem excelente fiabilidade, pois é raro encerrar. Segundo a Association of European Airlines, ocupa o 5º lugar da tabela dos aeroportos europeus em pontualidade.
  3. A Portela tem muito melhores condições meteorológicas e de navegação aérea que um hipotético aeroporto na Ota.
  4. A Portela permite receber todo o tipo de aviões e garante uma capacidade de 40 movimentos/hora (aterragens + descolagens) enquanto que a Ota só terá capacidade para 44 a 72 movimentos, mas em condições mais desfavoráveis que a Portela.
  5. O Turismo de Lisboa depende da fiabilidade da Portela e da sua proximidade do centro da Capital e da maioria dos hotéis ali existentes.
  6. Na região da Grande Lisboa existem poucos locais para construir um novo aeroporto. Fechar a Portela seria o mesmo que encerrar definitivamente o porto de Lisboa.
  7. A Portela é rentável e, actualmente, os seus lucros financiam outros aeroportos nacionais que dão prejuízo.
  8. O elevado custo do petróleo e os baixos crescimentos do PIB em Portugal e na U.E vão implicar um menor crescimento do tráfego na Portela.
  9. Relativamente ao transporte de carga, a Portela regrediu para valores de há 10 anos, devido à crise económica.
  10. A prioridade para Portugal nos próximos 10 anos é a construção de uma nova rede de bitola europeia e não um novo aeroporto. A transferência de passageiros para a rede de bitola europeia, irá retardar a saturação da Portela em vários anos.

quinta-feira, junho 20, 2013

O que diz Matias

Desde 2005 que vimos desmontando as aldrabices...

Será que alguém liga a esta criatura?

“O contexto de crise em que vivemos e a história de um passado recente de decisões de investimento marcadas por forte contestação [lembram-se do NAL da Ota e do que esta criatura tão servilmente então defendeu? lembram-se do NAL da Ota em Alcochete e do que esta criatura agora tão servilmente defende?], colocando-as continuamente em causa, mais justifica a necessidade deste guia e a sua adopção urgente, por forma a reduzir os riscos de permanente discussões sobre a adequabilidade dos pressupostos que se sustentam” — in Público, 19/6/2013)
Será que este Carlos Matias ouviu falar alguma vez de democracia? Saberá, por acaso, que a ditadura corporativa deixou de existir formalmente em 25 de abril de 1974. Não haverá por aí quem dê umas bastonadas de ética democrática neste bastonário distraído?

A culpa, na realidade, é de quem o elege.

As incongruências deste burocrata e do omnipresente Augusto Mateus, em matéria de planeamento, são tão numerosas quanto os estudos que adoram fazer para os governos de turno.

Se não vejamos:

Carlos Matias, depois de abandonar o LNEC e passar a bastonário da Ordem dos Engenheiros, opina uma vez mais sobre o NAL, agora o NAL da Ota em Alcochete.
«Devia avançar-se com o novo aeroporto», disse Carlos Matias Ramos aos jornalistas, à margem de um debate sobre o PET, organizado pela Ordem dos Engenheiros e a decorrer em Lisboa.

Para justificar a sua posição, o bastonário afirmou que o aeroporto da Portela «vai saturar a curto prazo e um novo aeroporto não demora menos de sete anos» a construir” — in Sol, 12/1/2012.
O genial inventor do aeromoscas de Beja, e grande visionário da cidade aeroportuária da Ota, também deu uma perninha à futura cidade aeroportuária de Alcochete, antes, claro, da sua mais recente e magnífica contribuição sobre os exageros cometidos em governos anteriores e que levaram Portugal à bancarrota.
“Augusto Mateus, coordenador do estudo para o desenvolvimento da cidade aeroportuária da Ota, vai participar na análise comparativa entre aquela localização e Alcochete para a construção do futuro aeroporto, anunciou o presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil” — in Público, 11/7/2007.
Carlos Matias e o LNEC fizeram um estudo para o inenarrável 'jamais' das Obras Públicas, Mário Lino, onde concluíam o que este queria, claro, ou seja, que a Ota era a melhor alternativa!
“Em síntese: É possível, em qualquer das duas localizações analisadas, garantir padrões de segurança operacional adequados. No entanto, sob o ponto de vista da eficiência e capacidade das operações do tráfego aéreo, não obstante os estudos já realizados carecerem de maior aprofundamento, os elementos disponíveis indiciam a localização do NAL na zona do CTA como mais favorável” — in Proc. 0701/01/16911 - Estudo para análise técnica comparada das alternativas de localização do novo aeroporto da Lisboa na zona da Ota e na zona do Campo de Tiro de Alcochete. 2ª Fase-Avaliação comparada das duas localizações. Estudo realizado para o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações. Lisboa, janeiro de 2008. (carimbo na capa do documento: “CONFIDENCIAL”). Ler documento completo aqui.

terça-feira, janeiro 15, 2008

Aeroportos 49

Joe Camel ad-Smooth

Um dromedário feliz!
Prós e Contras em terapia de grupo: viv'Alcochete!

Zita Seabra foi exposta, por Mário Lino, como uma incorrigível Estalinista que não perde a mania de rasurar a História. Então o PSD e o Menezes não andaram anos a fio a defender a Ota?! Mário Lino foi exposto, por Zita Seabra, como o antigo responsável do sector empresarial do PCP, que deixou de ser comunista (muito depois da preferida de Álvaro Cunhal) assim que deixaram de chegar rublos da ex-URSS à Soeiro Pereira Gomes. Jorge Gaspar, o eminente geógrafo (de geografia humana, entenda-se) que militara ardentemente a favor da Ota, afinal descobriu durante os trabalhos sábios da comissão do LNEC (dirigida por um indígena que nem falar sabe) que o que tem que ser tem muita força, e portanto, sim, pois, Alcochete é o que está a dar. O delirium tremens do pobre diabo que está à frente da Comissão de Coordenação de Lisboa e Vale do Tejo, não lhe permitiu senão balbuciar umas frases ininteligíveis sobre o ambiente e coisas assim. A malta do Oeste esteve bem, conformada, a pensar nas contrapartidas imediatas que vai sacar ao Bloco Central, sob pena de algum desvio de votos para o PCP e o PP, apesar do autarca que insistiu em dizer que não conhecia estudos que não fossem confeccionados à medida por alfaiates escolhidos a dedo. O grande Augusto Mateus, que andava a vender cidades aeroportuárias na Ota e em Beja, descobriu que um campo de tiro tem horizontes mais largos. Saiam, portanto, três cidades aeroportuárias para mesa do fundo, perdão, do orçamento!

Enfim, no meio de tanto furão e funcionário público sem qualidade, gostei especialmente de ouvir o empresário de moldes e socialista Henrique Neto, pelo seu vigoroso e inteligente ataque ao actual sistema político, ainda que os argumentos aduzidos não colhessem especialmente bem no caso da análise comparativa Ota versus Alcochete, já que a derrota da primeira, mesmo na perspectiva dos grandes interessados na Margem Sul, na Península de Setúbal e no Alentejo, assenta, antes do mais, em avaliações económicas atempadas, como, por exemplo, a produzida pelo Banco Espírito Santos em 2004, sob o título Desenvolvimento integrado das infra-estruturas de transporte em Portugal.

O empresário dos moldes tem uma visão atrofiada do território português, crendo que o modo de contrariar o expansionismo madrileno se deve confinar à consolidação de uma faixa urbana do tipo californiano, entre Lisboa e a Corunha, abandonando o resto do país continental, que é muito (todo o interior, o Alentejo e o Algarve) à sua sorte. Só lhe faltou dizer que por estas perdidas paragens do interior apenas vivem mouros e mestiços de castelhano! Meu caro Henrique Neto, você e o Cravinho andaram a beber na cartilha dum lunático galego chamado Xosé Manuel Beiras, e permanecem ideologicamente atados à visão Salazarista do território, que era idêntica à vossa e teve os resultados conhecidos: migrar para Lisboa ou Porto, ou emigrar para o Brasil, França, Alemanha, e mais recentemente, Luxemburgo, Canadá, Suiça e Reino Unido. Estamos de novo em plena sangria migratória, e a culpa deve-se em grande parte à ausência secular de uma visão e de uma estratégia de desenvolvimento para o chamado interior. O Pi ferroviário que ligará a trave mestra, há muito existente entre o Porto e Lisboa, ao resto da Europa, com um eixo a passar por Madrid e outro por Salamanca, as três zonas aeroportuárias das cidades-região do Porto, Lisboa e Faro-Portimão, somadas às novas autoestradas transversais que aproximam como nunca o litoral do interior, em direcção às Espanhas e à Europa, configuram uma resposta bem mais inteligente e consistente aos desafios reais e imaginários colocados pela nova pertença europeia, a qual não pode sequer ser pensada sem uma cooperação competitiva com as autonomias que vêm configurando de modo cada vez mais marcado e determinante o reino de Espanha. Falar, como falou um obscuro académico de Coimbra, nesta hilariante sessão de terapia de grupo, conduzida pela Fátima Campos Ferreira (a Clara é do outro canal!), de possíveis tensões regionalistas, por causa da diferença de distâncias entre Coimbra, a Ota e Alcochete foi uma das muitas pérolas libertadas por aquelas almas em catarse patriótica.

Quando ao dromedário-mor do regime socratino, foi um prazer vê-lo e escutá-lo. Gosto mesmo do homem. Por favor, Sócrates, mantem este gajo (e o da economia) no teu governo enquanto puderes. Superam de longe o Gato Fedorento!

Post-scriptum: desconhecia, mas a fiquei a saber pelo RMVS, que o inenarrável Lino faz parte da blogosfera desde 2003. Bien Venue! A não perder, nomeadamente, a sua visão sobre as Águas de Portugal. -- in Alforge.

E ainda, com os cumprimentos do mesmo RMVS, um trailer delirante que acompanha bem o tema desta postagem. Chama-se Airplane!

OAM 306 15-01-2008, 06:20