quarta-feira, outubro 29, 2014

India and Israel to supply meat and dairy to Russia

AFP Photo / Sajjad Hussain
AFP Photo / Sajjad Hussain

Os portugueses têm que brincar às sanções contra a Rússia, a mando dos idiotas de Washington, mas Israel não!

Four Indian food suppliers have been given access to Russian markets, and Israeli meat and dairy products are expected on Russian shelves as early as in the end of 2014.

India and Israel to supply meat and dairy to Russia — RT Business

segunda-feira, outubro 27, 2014

Plutocracia demo-populista e Rendimento Básico

Orçamento 2015 - obrigatório ler esta publicação! (PDF)
90% dos pensionistas recebem menos de 1200 euros mensais

A nomenclatura parlamentar está entre os 2,2% mais ricos do país


Qualquer dos deputados portugueses ao Parlamento Europeu ganha trinta vezes mais que dez milhões de portugueses. Ou seja, os deputados europeus, tal como os deputados à Assembleia da República, pertencem aos 2,2% mais ricos do país.

Em 4.624.902 de famílias portuguesas, 83,8% dos agregados auferem um rendimento coletável anual até 20 mil euros, ou seja, no máximo, 1667 euros por mês (x12 meses), sendo que este valor deverá ser repartido pelo número médio de pessoas por agregado, o que dá (tendo em conta que cada agregado doméstico privado tinha, em 2013, 2,6 pessoas) um rendimento médio individual na ordem dos 641 euros por mês.

Os nossos deputados, entre vencimentos, subsídios, seguros e outras mordomias auferem entre 3,3 e mais de 18 mil euros mensais, consoante sejam deputados em Lisboa, ou em Bruxelas.

Talvez assim se perceba melhor o comportamento pavloviano dos batráquios parlamentares, para quem tudo não passa de retórica inconsequente destinada a um povo aturdido pelo ruído demagógico e populista que diariamente o invade, como se o Triunfo dos Porcos e o Admirável Mundo Novo fossem profecias simultaneamente consumadas.

A partidocracia que nos tolhe e esconde do olhar público os seus reais privilégios e compadrios com o resto dos 2,2%, está a mais. Tem que ser exposta, denunciada e forçada a mudar, nomeadamente através da entrada de sangue novo nas instituições democráticas capturadas.

A gravidade da situação económica e financeira do país, com origens externas e internas, já não é um problema de redistribuição suave de rendimentos. Sem uma revisão racional completa do sistema fiscal e orçamental do país, não iremos a lado nenhum, e tudo tenderá a piorar com o passar do tempo e a inação oportunista.

Para começar, talvez fosse útil analisar a ideia de um rendimento básico incondicional.

PROPOSTA ALTERNATIVA AO LABIRINTO ASSISTENCIALISTA
  • MEDIDA 1: rendimento básico incondicional, mensal, atribuído a todos os residentes (livre de impostos): 150,00 €
    —Custo anual aproximado: 18.828 M€ [10.460.000 x 150 x 12]
  • MEDIDA 2: isenção de IRS para todos os rendimentos coletáveis até 10.000,00 €

Despesas a eliminar do Orçamento de Estado

  1. Rendimento social de inserção
  2. Abono de família para crianças e jovens
  3. Complemento solidário para idosos
  4. Subsídios públicos às Instituições particulares de solidariedade social (IPSS)
  5. Subsídios públicos ao setor de transportes (gratuitidade, passes sociais e outros tarifários especiais)
  6. Isenções de taxas moderadoras nos hospitais
  7. Subsídios às empresas públicas e privadas
  8. Rendas excessivas nas Parcerias Público Privadas
  9. Outros subsídios contraproducentes (externalidades negativas)
  10. Custos de burocracia e corrupção associados ao atual esquema assistencialista
  11. Outros sobre-custos indiretos nas áreas sociais, de saúde, educação/formação e segurança pública
  12. Outros custos por identificar

Esta proposta tem um valor sobretudo heurístico. Na realidade, o que se propõe é um estudo comparativo de custo/benefício, orçamental e social, entre um modelo radical, como o proposto e que vem na sequência dos movimentos em prol da consagração do direito ao rendimento básico incondicional (Initiative for Unconditional Basic Income in Europe, Basic Income Earth Network, e Rendimento Básico—iniciativa de cidadãos independentes).


PS: pela primeira vez, que eu saiba, o governo produziu uma síntese clara e pedagógica sobre o Orçamento de Estado, um exercício caracterizado, até este saudável e recomendável exemplo, pela confusão, obscuridade e manha contabilística. Nem tudo está perdido.

Atualização:  4-11-2015, 16:41 WET

China’s Navy Is Already Challenging the US in Asia | The Diplomat

China: um osso cada vez mais duro de roer

À medida que os Estados Unidos caminham para a falência financeira, e sobretudo moral, a sua capacidade de exercer as prerrogativas imperiais diminui dia a dia. O seu poder de tiro é avassalador, mas numa guerra balística nuclear, já sabemos, não há vencedores. Pode destruir países indefesos com sucessivos bombardeamentos aéreos e guerras vicariantes (proxy wars), e gerar com estas chachinas assimétricas por si engendradas (o célebre 'terrorismo'), mas não tem conseguido ocupar nenhum novo metro quadrado de terra ou mar em parte alguma do planeta. Estranho, não é?

Quando é que os americanos estudam o Tratado de Tordesilhas, e percebem de uma vez por todas que, às vezes, é melhor dividir para partilhar, do que dividir para reinar?

China’s Navy Is Already Challenging the US in Asia | The Diplomat

Al-Qaeda Declares War on China, Too | The Diplomat

Percebe-se cada vez melhor quem é, afinal, o mau da fita

Digam-me lá se isto não cheira a diplomacia americana. O objetivo é evidente: pressionar a China na região nevrálgica de Xinjiang (Turquestão Oriental), por onde passa a Rota da Seda (terrestre), ao mesmo tempo que pressiona a a China a sul (Rota da Seda marítima), montando armadilhas nos mares do Japão e da China.

A par desta estratégia, o decadente, autoritário (cada vez mais um estado policial) e falido império americano promove o belicismo e o terrorismo no Médio Oriente, ao longo da passagem da Europa oicdental para a Europa oriental. Os objetivos são óbvios: não perder o controlo da principal região petrolífera do planeta, e impedir a emergência de um Eurásia poderosa e pacífica.

É a esta luz que devemos também interpretar a maneira como têm usado o poodle inglês para minar a União Europeia e a sua moeda — que felizmente tem sabido resistir a todas as provocações e especulações.

Al-Qaeda Declares War on China, Too | The Diplomat

sábado, outubro 25, 2014

Putin fez hoje um sério aviso à navegação mundial

Tordesilhas 2.0


Rússia e China preparam-se para guerra paulatinamente arquitetada pelos EUA em nome da hegemonia perdida

Financial Times, 24-10-2014
Putin unleashes fury at US ‘follies’

Russian president Vladimir Putin on Friday accused the US of undermining the post-Cold War world order, warning that without efforts to establish a new system of global governance the world could collapse into anarchy and chaos.

In one of his most anti-US speeches in 15 years as Russia’s most powerful politician, Mr Putin insisted allegations that its annexation of Crimea showed that it was trying to rebuild the Soviet empire were “groundless”. Russia had no intention of encroaching on the sovereignty of its neighbours, he insisted.

The Daily Beast, 28-04-2014
New U.S. Stealth Jet Can’t Hide From Russian Radar
America’s gazillion-dollar Joint Strike Fighter is supposed to go virtually unseen when flying over enemy turf. But that’s not how things are working out.

The F-35 Joint Strike Fighter—the jet that the Pentagon is counting on to be the stealthy future of its tactical aircraft—is having all sorts of shortcomings. But the most serious may be that the JSF is not, in fact, stealthy in the eyes of a growing number of Russian and Chinese radars. Nor is it particularly good at jamming enemy radar. Which means the Defense Department is committing hundreds of billions of dollars to a fighter that will need the help of specialized jamming aircraft that protect non-stealthy—“radar-shiny,” as some insiders call them—aircraft today.

A Rússia está de volta, recomenda-se e afirma que o Big Brother americano é um fator de risco para a paz mundial... e que o dólar americano já era. O sistema de segurança global está minado assegura Putin (TASS). Será que os alemães ouviram a mensagem, ou querem levar mais uma tareia, desta vez por andarem de cócoras e ao serviço dos falcões e piratas financeiros de Washington e Londres?

Bem fez Passos Coelho em exigir hoje em Bruxelas maior autonomia energética na Europa e o fim do bloqueio energético dos 'socialistas' franceses à ferrovia e capacidade de exportação energética da Ibéria.

A propósito, que diz o pascácio 'socialista' sobre isto? Vai convocar mais uma comissão de sábios indígenas para entreter o seu vazio de ideias e esconder o desempenho de uma agenda que não controla, mal conhece e lhe é servida a conta gotas por quem o colocou na posição em que está?

Portugal vai ser palco de uma disputa entre os Estados Unidos e a China, por causa do Atlântico e por causa da sua posição estratégica, nomeadamente em matéria de energia e transportes, face à Europa transibérica. Curiosamente os ditos 'socialstas' já estão no bolso de Washington.

Madrid também não augura nada de fiável em matéria de lucidez estratégica.

Quer queiramos quer não a atual aliança governativa é a que mais convém à nova neutralidade de que Portugal precisa para poder ter um papel diplomático na nova bipolariação geoestratégica que já está a caminho. Vai haver inevitavelmente um Tordesilhas 2.0. Resta saber se sem, ou com uma proliferação bélica estremamente perigosa provocada pela estratégia americana no mundo.

E os patriotas do PCP que pensam sobre isto?




POST SCRIPTUM

EUA ou China-Rússia?

Equidistância e neutralidade ativa (apesar de sermos membro fundador da NATO e de fazermos naturalmente parte desta aliança atlântica) é a posição que melhor serve os nossos interesses. Portugal deve posicionar-se como uma pequena mas importante Suíça diplomática, invocando as suas longas e pacíficas relações com o mundo. Devemos defender a paz entre as religiões do Livro.

Por outro lado, garantir os direitos territoriais na Plataforma Continental de Portugal, também conhecida por Mar Português, é a prioridade estratégica mais relevante que temos pela frente. Nisto a Rússia, a Dinamarca, o Canadá e os EUA são naturalmente nossos aliados. Nenhuma cedência a Madrid nesta matéria! Apesar do anedotário em volta do negócio dos submarinos, a verdade é que a sua compra foi uma decisão estratégica absolutamente certeira. A vigilância-defesa do Mar Português (radares, submarinos, corvetas, lanchas rápidas, forças especiais de intervenção e aviação dedicada) é uma prioridade absoluta, que tem que ser garantida sem hesitações nem carnavais partidários pelo meio, nem que tenhamos que reduzir a Assembleia da República a oitenta deputados, o número de municípios para menos de metade, retirar o estado das áreas educativas superiores não prioritárias (e são muitas), e colocar os deputados, mais 2/3 da população a usarem regularmente os transportes coletivos urbanos, suburbanos e interurbanos.

Devemos apostar na Diplomacia, mas sendo tão firmes quanto Salazar foi.

Temos que manter e fortalecer a aliança com a Inglaterra, estabelecida em 1386 pelo Tratado de Windsor. O centro do mundo continua a ser a Europa, ou melhor, a Eurásia, o resto são ex-colónias destinadas a implodir, mais século, menos século. Não aprenderam nada. Nunca morreram. Nunca ressuscitaram!

quarta-feira, outubro 22, 2014

2005: game over

Os preços sobem, mas a produção só marginalmente

O ano em que o mundo mudou: 2005

Só há um caminho: livrarmo-nos das dívidas e mudar de vida


Uma década depois, é agora completamente visível o Pico do Petróleo como causa do colapso financeiro, económico e social global que atingiu em primeiro lugar e de forma irreversível o chamado primeiro mundo: América do norte e Europa ocidental.

Não há nada fazer: a energia barata, abundante e transportável morreu em 2005.

Por causa deste facto, que é na realidade a origem do crescimento demográfico, económico, tecnológico e cultural que a humanidade conheceu desde meados do século 19, e numa escala explosiva, sobretudo na America do norte e na Europa ocidental, ao longo das décadas de 1950 e 1960 do século passado, haverá menos economia, menos trabalho, menos rendimento, mais conflitualidade entre as pessoas, os grupos de interesses e as nações, e a prazo, senão tivermos juízo... menos democracia.

O post de Chris Hamilton publicado a 15 deste mês no blogue de Charles Biderman, “Daze of Peak Oil…or at least Peak Oil Production”, resume com uma série de excelentes gráficos atuais a situação prevista por M. King Hubbert em 1956, a que o relatório The Limits to Growth, de 1972, desenvolvido por  Donella H. Meadows, Dennis L. Meadows, Jørgen Randers, e William W. Behrens III, deu seguimento adequado.

O petróleo e o gás de xisto são uma mistificação que permitu aos Estados Unidos ganhar algum tempo, ainda que à custa de uma operação ruinosa sob todos os pontos de vista menos um: ter conseguido aumentar de forma excessivamente precária e cara a produção interna de um crude altamente volátil. A verdade, que os sucessivos gráficos que acompanham o post de Chris Hamilton demonstram, é que a produção de crude estagnou, apesar de ser cada vez mais cara, e de a pressão da procura continuar a aumentar na Ásia, Oceania, América do Sul e África.

Vamos ter que mudar quase tudo:
  • energia mais cara, novas energias e uma mudança radical nas exigências relativas à eficiência energética; 
  • desmaterialização acelerada dos processos produtivos e um peso crescente do consumo imaterial sobre o consumo material;
  • diminuição do tempo de trabalho remunerado, acompanhada de um regresso aos regimes de partilha e troca direta entre pessoas, famílias alargadas, comunidades, povos, países e regiões
  • eliminação de mais de 50% da burocracia pública e privada
  • desenvolvimento equilibrado e justo de uma economia de rendimentos e preços ponderados garantidos (em inglês chamar-lhe-ia flat rate economy)
  • descentralização radical dos regimes democráticos com implementação de sociedades baseadas em plataformas e redes de democracia semi-direta glocal.
  • fim dos sistemas partidários tais como os conhecemos hoje, e faliram.
  • reforço dos direitos de propriedade individual, familiar, comunitária, privada e pública, e das liberdades de iniciativa e expressão de ideias — embora as pressões autoritárias tendam no imediato a crescer, em parte como consequência das tensões geradas pela escandalosa expropriação capitalista especulativa dos rendimentos, bens e poupanças de milhares de milhões de pessoas, em benefício de uma elite que tende a ser menos de 1% da população mundial: 70 milhões depessoas.
Infelizmente, assim como a maioria dos governos, bancos, empresas e pessoas tentam retomar a todo o custo e defender as virtudes do BAU (business as usual), também a gritaria política permanece prisioneira das suas aporias ideológicas, do seu oportunismo burocrático e da sua ganância devorista. Esta deriva entrópica poderá implicar uma degradação ainda mais dramática da situação atual... até que as pessoas, desejavelmente, acordem!

O impacto do Pico do Petróleo no emprego nos EUA (não difere do resto do mundo)

“Daze of Peak Oil…or at least Peak Oil Production”
By Chris Hamilton
in Biderman’s Money Blog

The 750% increase in energy prices since ’98 have been financed by a simultaneous 98% decrease in the Federal Funds Rate (cost of debt). 


A bolha petrolífera é evidente a partir do momento em que o preço do crude e os juros do dinheiro divergem


[...]

2000 through 2013 oil production and consumption trends…

N. America – Production rising, consumption falling
Eurasia and Middle East – Production rising, consumption rising
Asia – Production flat, consumption rising
S. America – Production rise, consumption rise
Europe – Production collapsing, consumption falling
Africa – Production flat, consumption rising


A geoestratégia do petróleo é evidente...



[...]

In one year the top 127 oil and gas companies spent $110 billion more on capital expenditures than they received from operations.  So, they acquired $106 billion in additional debt (a large percentage through the Junk Bond Market) and sold assets to make up the difference.

This is not a sustainable business model, just like the same nonsense taking place in the broader stock markets as corporations buy back massive amounts of their stock to give the ILLUSION that everything is fine and BAU- Business As Usual will continue.

Not only are many of these oil and gas companies hiding the fact that their balance sheets are hemorrhaging debt, they also have a cozy situation with the Federal Government.  Basically, the Fed’s allowed them to defer more than half of their tax bill… and it’s a lot of money. In a nutshell, the top 20 oil and gas companies still owe $16.5 billion (more than 50%) to Uncle Sam in tax revenue. 

O aumento da produção de petróleo nos EUA é uma grande bolha especulativa


[...]

Conclusion –

It appears the world hit peak cheap, high quality oil sometime in ’05 and the fallout since has been spectacular financial chaos. Declining GDP “growth”, money printing gone wild, ZIRP and NIRP activated, all since adequate supplies of newly available cheap energy failed to offset the declining conventional production. And the US / Canada low quality, high cost, unsustainable shale “miracle” signals the death throes of a global economy entirely dependent on cheap energy for growth and service of peak debt.

And the current path of deceit, QE, and command economies will only further what ails us enriching ever fewer at the expense of ever more. Shale oil and oil in general is finite and should be priced accordingly…and we should adjust.

There are solutions to the problems which ail us…not easy solutions, but genuine solutions none-the-less. But prior to talk of solutions, a consensus that there is a problem is necessary. I don’t write any of this to prove we are doomed…to the contrary I write with the hope that an informed, aware citizenry reacquainted with reality can do what’s it’s done throughout history when faced with adversity; come together for a brighter future.

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POST SCRIPTUM

24 out 2014, 21:32 
Portugal, i.e. Jorge Moreira da Silva e Pedro Passos Coelho, parece ter saído da casca. Ainda bem!

A atual queda dos preços do petróleo e do gás é temporária. A Europa paga uma fatura gigantesca pelo petróleo e gás que compra. Deve aproveitar este alívio temporário dos preços, permitido pelo bluff do fracking do petróleo/gás de xisto (altamente deficitário e subsidiado pelo governo americano), e pelos jogos de poder da Arábia Saudita, para continuar o seu trabalho em prol das energias renováveis e sobretudo da eficiência energética que, por exemplo, deve apostar decididamente em novas redes ferroviárias, portos eficientes e sobretudo na interoperabilidade marítimo-ferroviária, a par da discriminação positiva dos transportes coletivos face ao transporte automóvel individual. A energia barata acabou, mas a transição tem que ser ferreamente supervisionada pelos governos, por forma a contrariar sem hesitações os aproveitamentos especulativos que espreitam em cada esquina do rentismo e do devorismo.

Financial Times: The emergence of Portugal as a major stumbling block took many by surprise. Going into the summit, Spain complained bitterly about France’s reticence to building new power lines over the Pyrenees to allow export of its surplus wind power. But Mariano Rajoy, Spanish prime minister, dropped out of the talks, leaving Portugal’s Pedro Passos Coelho to battle for the Iberians.

Ultimately, Portugal and Spain won their battle to ensure that Europe’s electrical grids should be better connected. The EU said that countries should be able to export 15 per cent of their generational capacity by 2030. This process would be closely monitored to ensure that France would open its border to transmission lines from Iberia.

PS: são lamentáveis as barbaridades que o Prof. António Costa e Silva (da Partex) difundiu sobre a suposta abundância de petróleo e gás natural no mundo, durante o programa Negócios da Semana de 23/10. As pessoas têm que declarar os seus interesses sempre que falam ao grande público!!!

Mais leituras para o Prof. António Costa e Silva e os restantes amantes do 'fracking':

Kjell Aleklett

domingo, outubro 19, 2014

Orçamento Cidadão

O principal aborto do populismo 'socialista' chama-se Dìvida Pública

2015 —se a Grécia não cair em novo resgate— será parecido com 2014, mas menos agressivo


O Governo publicou um pequeno manual destinado aos cidadãos cujo objetivo é ajudar-nos a perceber num ápice o que está em causa num Orçamento de Estado, nomeadamente no proposto para 2015. Chama-se Orçamento Cidadão e poupa-nos seguramente horas de ruído e tédio a ouvir as cagarras do parlamento e a turma de economistas que desfilam sem dizer nada de relevante nas passerelles televisivas. Os gráficos e quadros aqui publicados, e comentados in situ, resumem sem retórica a situação em que nos encontramos, e revelam claramente quem nos trouxe até à fossa da pré-bancarrota, da estagnação, do empobrecimento e do descaramento inimputável da partidocracia que deixámos proliferar como uma praga insaciável.

Os 'socialistas' não sabem sequer gastar, mas gastam (e alguns roubam) que se fartam!

Enquanto o investimento caía desde 2001, o consumo cresceu alegremente entre 2005 e 2010

A elasticidade fiscal morreu e a classe média está a ser sacrificada pela irresponsabilidade criminosa da partidocracia instalada

Não há nenhum motivo válido para adiantar a data das próximas eleições legislativas.

A corja rendeira e devorista que aruinou o país, representada pelos senhores Costa, Sócrates, Soares e Companhia, e pelos senhores Marcelo, Rio, Mendes e Companhia, quer desesperadamente regressar ao poder. E quer tal regresso por duas razões vitais: controlar os estragos e evitar a defenestração do seus principais protagonistas (Ricardo Salgado não os deixa dormir em paz) e, se possível, regressar à faina da delapidação fiscal do país e à engorda da nomenclatura incompetente e corrupta que continua protegida pelos indigentes da nossa imprensa e da nossa Justiça.

Esperemos, em nome do que resta da inteligência coletiva indígena, que os eleitores que ainda votam pensem um pouco melhor no amor súbito pela criatura que nada fez para evitar as cheias em Lisboa, que reitera que é mesmo assim e que os lisboetas devem tropeçar nos buracos e afogar-se nas avenidas votando alegremente no seu anunciado coveiro.

O caminho, com ou sem Costa, é outro, e esperemos que não seja liderado pela Brigada do Reumático arrogane e cega que nos insulta diariamente nas págnas dos pasquins impressos e audiovisuais.

O serviço da nossa dívida pública equivale já a um ministério da grandeza do da educação: 10%!

Não é preciso dizer mais nada para percebermos que continua a ser urgente e inevitável trilhar o caminho da extinção progressiva e consistente da nossa dívida. E porque o pagamento da mesma não é possível se não atacarmos as causas do excesso de despesa pública, aqui vão algumas ideias estratégicas para resolvermos os nossos gravíssimos problemas antes de 2020:
  1. racionalizar o Estado central e acabar com as burocracias inúteis;
  2. reduzir para metade o número de municípios, sem extinguir um só concelho que seja!
  3. diminuir o número de deputados da AR para o limite inferior previsto na lei, ou seja, dos atuais 230, para 180;
  4. impor a redução de mandatos (1, 2 ou 3) em todos os cargos eletivos de instituições e órgãos de administração que dependam do orçamento de estado;
  5. atrair investimentos e residentes estrangeiros;
  6. aumentar as exportações;
  7. avançar criteriosamente no investimento público estratégico: portos de águas profundas para transhipment (Sines e Trafaria), ferrovia de bitola europeia (eixos prioritários já definidos pela UE), plataforma continental e novas atividades industriais, científicas e tecnológicas associadas ao mar, aproveitamento inteligente da floresta nacional, desenvolvimento de um setor de agricultura biológica e dinâmica de ponta, expansão da produção autónoma de energia (off-grid), aposta no turismo associado à saúde, ao desporto e à cultura, aposta no enriquecimento científico e tecnológico das indústrias tradicionais: calçado e vestuário, máquinas, turismo, pesca e aquicultura, azeite, vinho, cortiça, frutas, etc.;
  8. privatizar o que não tem que ser público e, ao mesmo tempo, assegurar o completo controlo dos bens estratégicos do país —ar, espectro radiolétrico, água, mar, rios, florestas e vias de comunicação—, subordinando a sua exploração privada a critérios inalienáveis de defesa do interesse público, imediato e futuro.
  9. alargar a governança democrática do país à sociedade civil, através da criação e expansão de modelos inovadores de formação democrática das decisões, a nível local, regional e nacional.
  10. aumentar os níveis de transparência, liberdade e igualdade democráticas.

PS — Em vez de de nos perdermos na litania noticiosa sobre o OE2015 é preferível ler este curto mas esclarecedor texto sobre a miséria patente e crescente do Keynesianismo sem Keynes, sem energia barata, com excesso de ‘socialismo’ social-democrata ou neo-liberal e uma descarada e cada vez mais perigosa hipertrofia burocrática das sociedades capitalistas, com ou sem democracia. Aliás, liberdade e democracia são bens cada vez mais escassos. O clima de implosão autoritária e belicista do capitalismo está à vista de todos. Só quem for muito cego é que não vê.
The IMF and Austrian Theory
Friday, October 17th, 2014 by James E. Miller
Mises Canada

Half a century later, the IMF has overseen a tumultuous business cycle that came to a screeching halt in 2008. Big, overleveraged banks were on the verge of collapsing; millions of people lost their jobs and their homes; governments spent billions of dollars to maintain their welfare safety nets. The end result, which is still ongoing, is stagnant economic growth with dim prospects for recovery.

The IMF not only failed to stop the financial crisis from occurring, it encouraged the coordinated credit expansion that allowed housing bubbles in various industrialized countries. But now, the global financing giant appears to be having a “repent thy sinner” moment. In the Fund’s recent bi-annual report, the organization warns that the ultra-low interest policies of central banks is setting the stage for a new bust. According to the Guardian, the IMF says that “more than half a decade in which official borrowing costs have been close to zero had encouraged speculation rather than the hoped-for pick up in investment.”