Se a moda pega...
Xu Zongheng, antigo presidente da câmara de Shenzhen, condenado à morte por corrupção. |
Former Shenzhen Mayor Sentenced to Death
Xu Zongheng (许宗衡), the former deputy party secretary and mayor of Shenzhen, was sentenced to death, with a two-year reprieve by Zhengzhou Municipal Intermediate People's Court on May 9 on charges of accepting bribes.
The former mayor was also stripped of his political rights for life and had all his personal property confiscated — Economic Observer.
Former Head of Galaxy Securities Sentenced to Death for Accepting Bribes
Xiao Shiqing (肖时庆), the former Chairman of Galaxy Securities, one of China's largest and oldest securities firms, was handed a death sentence with a two-year reprieve after the Henan Province Higher People's Court found him guilty of accepting approximately 15.46 million yuan in bribes and making about 100 million yuan from insider trading — Economic Observer.
Nunca iríamos tão longe. Mas nem sequer investigar quem desfalcou o país, também é inaceitável. Para além dos efeitos da crise, houve claramente um assalto premeditado e organizado ao país, de que o roubo do BPN é um dos episódios mais graves, seguido do polvo mafioso das PPP (SCUTs, fornecimento e tratamento de águas e resíduos, barragens e hospitais), tão ao mais pesado de consequências para a pobreza que vai recair sobre mais de 90% da população portuguesa.
Anda por aí uma petição a favor da investigação dos putativos criminosos que assaltaram o país. O memorando da Troika exige a independência e celeridade dos tribunais e dos órgãos reguladores e fiscalizadores assim que o próximo governo entre em funções. Quando 1500 a 3000 trabalhadores da TAP ficarem na rua, após declarada a falência da empresa que, tanto quanto julgo saber, já deixou de pagar a Segurança Social dos seus empregados, a dita petição poderá chegar rapidamente aos 100 mil subscritores!
A China tem hoje um regime e dois sistemas. Compete no mercado mundial usando esta duplicidade: por um lado, é liberal e pela iniciativa privada e contra as barreiras alfandegárias à circulação de mercadorias e capitais (da China para fora, mas não de fora para dentro da China!), e por outro, os seus principais bancos, seguradoras e empresas são estatais, e continua a não haver liberdades burguesas de expressão e criação, ao mesmo tempo que a corrupção endémica do regime é episodicamente castigada com condenações à morte exemplares — usualmente por injecção letal, seguindo a receita americana, embora fazendo uso dum meio expedito de aplicação da pena, as chamadas carrinhas da morte (Death Vans). São executados, em média, 10 mil chineses por ano, entre eles vários empresários e políticos corruptos.
Sou contra a pena de morte, como boa parte dos portugueses, mas não defendo nem a condescendência, nem a impunidade que parece imperar actualmente entre nós.