quarta-feira, maio 20, 2015

Vai votar em Alexis Costa?

Este não é o meu Benfica, mas será o da dupla Costa e Salgado.

Uma mão cheia de nadas. Pesca de votos à linha


Tocar nas rendas excessivas (energia, auto-estradas, hospitais, águas e saneamentos) dos piratas da EDP, do Grupo Mello, ou da Mota-Engil, e quejandos? Nem pensar? Diminuir a burocracia inútil e devorista? Nem pensar? Libertar a sociedade civil e a iniciativa privada do big brother 'socialista' e, em geral, do Leviathan Estado? Nem pensar! Diminuir a diarreia legislativa que permite à cleptocracia e à partidocracia instaladas fazerem e desfazerem leis, normas e regulamentos, à medida das suas necessidades endogâmicas? Nem pensar! Escrever uma nova Constituição compatível com uma sociedade livre e adulta, integrada na União Europeia—cujo espírito e normativas constitucionais são incompatíveis com o socialismo burocrático, neocorporativista e falso que faz da Constituição que temos um trapo velho e imprestável? Nem pensar! Então para que serviria o regresso deste vigário de Sócrates, cheio de novos simplexes populistas, à terra lusitana? Para nada. Só mesmo para fazer marcha atrás!

As nove ideias, 21 causas e 164 medidas do projecto de Programa do PS
20 Maio 2015, 16:28 por Jornal de Negócios


Telegraph compara discurso do PS de Costa ao do Syriza
20/5/2015, 9:16 por Observador

Na linguagem pré-eleitoral e nas propostas anti-austeridade, António Costa é semelhante ao grego Alexis Tsipras, defende no Telegraph um dos analistas mais influentes no Reino Unido.

(...) “O endividamento combinado do sectores público e privado está nos 370% do PIB, o mais elevado da Europa. Isso deixa o pais perigosamente exposto aos efeitos da deflação e da estagnação do crescimento nominal do PIB”, escreve Pritchard. Já sobre o sector público, e citando o economista-chefe do Citigroup, o analista lembra que os rácios da dívida estão além do desejável e que por isso o país “precisa de algum tipo de reestruturação” e é esse “medo constante” nos mercados que configura a principal vulnerabilidade do país a uma nova crise da dívida.

Duas certezas, para já: o António Maria não vai votar, nem no PS, nem na coligação PSD-CDS/PP.


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Depois do falso Sócrates

José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa

Nem sequer o apelido era verdadeiro


É tão grave termos aturado um Pinóquio mitómano de apelido oculto chamado José Sócrates, como aqueles que com ele colaboraram no saque e quase destruição económica, financeira e institucional do país. Sócrates está preso e deve ser julgado. Mas falta neutralizar ainda, judicialmente, uma ou duas centenas de piratas especialmente perigosos que ainda operam na sombra, ou às claras, para prolongar a mediocridade e corrupção pandémica que nos estiola a todos.

Depois, depois de engavetar os maiores crápulas do país, sem olhar às cores que exibem na testa, haverá que corrigir a Constituição e as instituições, retirando-lhes todas as cavilhas que permitem a formação das castas e máfias que impedem o país de levantar voo.

Basta observar o impacto das companhias de aviação Low Cost no turismo e na economia do país, para se perceber o grau de destruição, bloqueio e corrupção em rede que a manutenção do populismo democrático e do neo-corporativismo constitucional transporta contra o nosso futuro coletivo.

Este Sócrates mitómano, autoritário e —ao que parece— ladrão, foi um epifenómeno de algo mais grave ainda, que há que neutralizar em Portugal: a corrupção das instituições, que por si mesma induz o deprimente comportamento moral de uma larga franja da nossa cidadania deformada.

Sobre este tartufo laico, dois livros:
  • Cercado—Os Dias Fatais de José Sócrates, de Fernando Esteves
  • O Dossiê Sócrates—A investigação do percurso académico de José Sócrates. Com factos novos. 2ª edição, de António Balbino Caldeira
E um link para  "Do Portugal Profundo"

Última atualização: 21/5/2015 15:12 WET

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Costa quer avós a trabalhar


As perigosas luminárias do vigário de Sócrates


PS quer avós a trabalhar a tempo parcial
Jornal de Negócios, 19 Maio 2015, 21:30

"Está na altura de se alargar aos avós a possibilidade de trabalhar a tempo parcial" para poderem apoiar os filhos empregados, afirmou esta terça-feira o líder socialista António Costa. "Numa sociedade em que a passagem à idade de reforma é cada vez mais tardia, temos de encontrar soluções", sendo que "a possibilidade de mobilizar os avós para o apoio à família é uma forma de ajudar a criar condições para aumentar a natalidade".

Avós regressam ao trabalho, ou a previsibilidade vergonhosa da corja partidária do Bloco Central. Dar emprego aos avós significa tirar-lhes primeiro o dinheiro das reformas, assediá-los fiscalmente, e depois forçá-los a trabalhar em regimes informais a baixo custo, atacando por esta via o nível salarial geral, mantendo, por fim, a juventude longe do emprego. Depois admiram-se que esta emigre, ou que alguns jovens acabem no Estado Islâmico!

Mas que defende afinal António Costa? Que os avós fiquem a cuidar dos netos, ou que tirem o trabalho aos netos?

Sobre a falta de originalidade das luminárias de António Costa, vale a pena ler este artigo sobre a evolução recente do fator trabalho nos Estados Unidos.


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terça-feira, maio 19, 2015

O vigário de Sócrates


O candidato marcha-atrás


A imaginação da criatura é básica, já sabemos. Mas julgo perceber o que quer nesta sua pesca à linha de votos: obter cruzinhas dos inquilinos oportunistas, pois dos verdadeiramente pobres têm cuidado os próprios proprietários urbanos, e forçar a reabilitação urbana sem dinheiro público, porque não há, e todos sabem qual é a posição da UE sobre o betão, recorrendo a legislação que na prática redundará na VENDA FORÇADA DE IMÓVEIS URBANOS DOS PEQUENOS PROPRIETÁRIOS, ou na sua execução a favor do FISCO, a favor da cleptocracia estatal e sobretudo a favor dos FUNDOS IMOBILIÁRIOS, praticamente isentos de impostos e que cairão sobre centenas de milhar de pequenos proprietários urbanos ameaçados pela REQUALIFICAÇÃO COMPULSIVA.

E para o quadro ficar completo, os sábios que consultou aconselharam-nos ainda a tomar de assalto a transmissão das heranças. Ou seja, emagrecer o estado, nem pensar, por os burros contribuintes a pão e água, isso sim, é uma revolução!

Votem neste vigário de Sócrates, mas depois não se queixem!


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Fraude tarifária

Xi Jinping, presidente da RPChina

É preciso travar o garrote energético, já!


A fraude e o esbulho no setor energético prosseguem, perante a subserviência de Passos Coelho e do seu caricato ministro do ambiente. Convém, no entanto, esclarecer que com António Costa a coisa ainda seria pior. Basta perguntar-lhe agora o que pensa disto...

A venda dos défices tarifários fraudulentos é uma maneira da EDP ir mitigando a sua extraordinária dívida conhecida (mais de dezasseis mil milhões de euros!), mas também de escapar a uma mão negocial mais firme de um governo futuro mais honesto (que nunca será do PS, e muito menos do socratino Costa), ou simplesmente de um mais que previsível dictat da Troika. Qualquer renegociação das condições da produção e comercialização da energia no nosso país, nomeadamente no que toca ao fim das rendas piratas, terá pela frente, não apenas a EDP, Endesa, Iberdrola, Galp, etc., mas ainda uma miríade de fundos abutres sem rosto que vão especulando com o tal 'défice tarifário', passando-o de carteira em carteira, ao sabor das bolhas.

Seria bom que as Três Gargantas (Three Gorges Corporation), ou antes, que o governo chinês, desse prova, neste momento, de que veio para Portugal investir no desenvolvimento do país, ganhando lucros razoáveis, e não para alavancar a cleptocracia indígena.

Até porque, no caso da EDP, já tem os americanos à perna. E em breve terá a Comissão Europeia, e as empresas francesas, alemãs e italianas da energia.


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Porca miseria

Anika Ekberg, 'La Dolce Vita', de Fedeico Fellini

Dolce Vita falida


Este Amorim sempre foi um alho!

Quando anunciaram a construção destes 'malls' lembro-me de ter pensado e dito que vinham tarde e em breve teriam a mesma sorte dos centros comerciais suburbanos da América: falência e abandono. Era evidente e estava escrito em todos os livros que versavam o Pico do Petróleo.

Ao contrário dum pinhal, ou dum olival, nogueiral, etc, estes monos não servem para nada, salvo para acolher refugiados se houver uma catástrofe, e mesmo assim, sairiam caros de manter e gerir. Uma vez falidos, valem literalmente zero!

Os centros comerciais Dolce Vita fazem parte do delírio especulativo a que presidiram José Sócrates e Cavaco Silva. Centenas de milhões de euros para o lixo. Como foi, ou é ainda possível? Bem, foi e é ainda possível, porque boa parte destes pseudo investimentos serviram e servem apenas para movimentar a liquidez especulativa virtual entre os grandes vigaristas deste mundo. É por isto que, quando as bolhas rebentam, no seu lugar fica apenas um grande vazio e muita destruição social, na medida em que as cleptocracias reinantes passam parte dos custos destas implosões à sociedade — sob a forma de destruição das taxas de juro, falências no setor produtivo, desemprego, destruição de salários e pensões, desorganização dos aparelhos de estado e czarismo fiscal.

Os incautos, perante tamanha destruição económica, tentaram especular com produtos financeiros apresentados como de rendimento garantido, em vez de adquirir ouro, prata, imobiliário para requalificação bem situado nas cidades, terras férteis, ou simplesmente comprar um bom cofre onde proteger o dinheiro da perseguição fiscal. Má ideia, como se começou a perceber desde o colapso da Afinsa, mas que só a implosão do BES e a fraude do chamado papel comercial, ou seja, já depois do crime BPN, ficou dramaticamente escancarada.

Afastem-se dos bancos!

Estive hoje a simular o rendimento dum depósito a prazo de 65 mil euros durante 10 anos. Sabem quanto é que renderia este depósito, mantendo-se as atuais taxas de juro, de inflação e impostos aplicáveis? Pois bem, segurem-se: 571,75 euros. Ao fim de uma década!!! A produção de pinhão de um só hectare de pinheiro manso rende mais num ano do que o depósito bancário em dez. Um hectare de pinheiro manso micorrizado, entre lenha, madeira, resina, pinhas, pinhões e cogumelos silvestres, poderá render mais de 1000 euros por ano, enquanto no mesmo período um depósito bancário de 65 mil euros não renderá mais de 58 euros.

É, pois, preferível investir em terrenos rústicos de boa qualidade (com água), em pinheiros mansos (com direito a subvenção comunitária) e bravos, carvalhos, sobreiros (com direito a subvenção comunitária), faias, mas evitando o boom do eucalipto (1) que, como todos os booms, vai acabar por estourar, e árvores de fruto (laranjas, nozes, cerejas, castanhas, amêndoas, avelãs, figos, azeitonas), em vinho biológico, em mirtilos, em variedades bio com especial valor acrescentado de tomate, batata, cenoura, pimento, etc., do que ter o dinheiro no banco onde perde valor a cada dia que passa e é presa fácil do czarismo fiscal dos governos cada vez mais falidos que temos.

NOTAS
  1. A senhora Cristas parece que trabalha para o lóbi da pasta de papel. Que tem a dizer sobre esta suspeita?

    PÚBLICO: Oitenta por cento das novas plantações e 94% das replantações produzidas na floresta portuguesa ao longo dos últimos 15 meses sem recurso a ajudas públicas tiveram os eucaliptos como a árvore de eleição.

    A espécie florestal que no espaço de meio século cresceu de uma área reduzida de 50 mil hectares para se tornar na árvore dominante no país (ocupa 812 mil hectares) continua a sua expansão imparável. E ao simplificar o processo de aprovação de novas plantações e ao permitir a mudança de espécie nas rearborizações de espaços florestais, o novo regime jurídico que entrou em vigor em Outubro de 2013 parece favorecer essa expansão: dos 11.019 hectares arborizados ou rearborizados com capitais privados nos 15 meses de vigência da nova legislação, 10.046 receberam eucaliptos.

    Só o facto de os apoios à florestação da Política Agrícola Comum se dirigirem prioritariamente a espécies como o pinheiro manso ou o sobreiro evitam que a floresta nacional caminhe irreversivelmente para a monocultura.


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segunda-feira, maio 18, 2015

Dinheiro parado



Depois do Capital, o quê?


O capital e a poupança tornaram-se ao longo dos últimos vinte anos verdadeiras raridades cobiçadas pelos viciados em dívida e por toda a casta de especuladores e cleptocratas. Na verdade, o Grande Buraco Negro dos Derivados Financeiros Especulativos, com um potencial de destruição nocional da ordem de 10x o PIB mundial (BIS), continua a exercer uma enorme atração fatal sobre o que resta da riqueza não prostituída pelos famosos veículos da confiança perdida.

O estalinismo ultraliberal da Fed, do Bank of Japan, ou do BCE, é mais radical do que o mais selvagem dos sonhos do PCP, do Bloco de Esquerda, ou do PS, em matéria de controlo da atividade financeira e bancária privada. O Capitalismo Financeiro Totalitário que aí vem, ou pretende vir, prevê a possibilidade de forçar a entrada de toda a economia num sistema financeiro puramente digital e virtual, sob a hégide sombria de quem manda nos bancos centrais: o BIS e a oligarquia financeira mundial.

The Coming Crash of All Crashes – but in Debt
Posted on May 16, 2015 by Martin Armstrong   

We face a frightening collapse in the VELOCITY of money and all this talk of eliminating cash is in part due to the rising hoarding of cash by households both in the USA and Europe. This is a major problem for the central banks have also lost control to be able to stimulate anything.The loss of traditional stimulus ability by the central banks is now threatening the nationalization of banks be it directly, or indirectly. We face a cliff that government refuses to acknowledge and their solution will be to grab more power – never reform.

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