segunda-feira, março 30, 2015

Os aviários de António Costa

António Costa exibe tiques agressivos mal disfarçados

Um demagogo sem imaginação e uma agenda mal escondida 


Mesmo sabendo que não gostavas,
empenhei o meu Anel de Rubi,
pra' te levar ao concerto que havia no Rivoli.

—in Anel de Rubi, Rui Veloso

Casa cheia? Qualquer grupo e teatro amador enche o Rivoli. Maioria para satisfazer a vontade dos portugueses? Quais portugueses? Não sabe António Costa que as maiorias parlamentares são, na verdade, minorias, se tivermos em atenção que pouco mais de 50% dos votantes inscritos votam? Por exemplo, a atual maioria, PSD+CDS, foi eleita com apenas 29,2% dos votos do eleitorado. Em suma, não sabe o fiel de Sócrates, que todos nós sabemos que as turmas de deputados não passam de claques sem autonomia mental, atentas e obrigadas à lógica concentracionária dos partidos arregimentados? Os partidos desta partidocracia insolvente pouco mais são do que agências de emprego e defensores sindicais e neo-corporativos dos rendeiros, devoristas e burocratas que entopem o país. Se não mudarmos este estado de coisas, se não libertarmos a democracia deste espartilho populista, a descida aos infernos da irracionalidade, do oportunismo e da corrupção continuará à nossa frente como a via direta para a decadência e o colapso.

Quem são os aviários de que António Costa fala? O Livre? O PDR? Os únicos aviários partidários que conheço são os partidos que tomaram de assalto o regime há 40 anos, e produzem desde então o mesmo tipo de galináceos.

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Henrique Neto pode chegar a Belém

Henrique Neto
FOTO MANUEL DE ALMEIDA/ LUSA in Expresso

O Ron Paul português?


Antes de comentarmos a entrevista ao candidato presidencial Henrique Neto, por José Gomes Ferreira, no Negócios da Semana (SIC-N), convém anotar e refletir, a talhe de foice, os resultados das eleições legislativas intercalares regionais da Madeira (RTP-N): 50,28% dos eleitores abstiveram-se, votaram em branco (0,87%), e votaram nulo (3,40%), parte dos quais, presume-se, no PDR.

O PSD renovou a maioria absoluta e afastou o espetro de Jardim, a banhos no Porto Santo. O CDS continua a ser a segunda força partidária, mas em queda. No setor cor-de-rosa e vermelho, PCP e Bloco deram corpo a um desastre bem eloquente da falência política e sobretudo cultural desta esquerda oportunista, agarrada ao mel do regime. Nem com todos os dirigentes nacionais em campanha pelo arquipélago conseguiram o mais ténue sinal de que as coisas serão muito diferentes nas Legislativas de outono.

Nota final: um partido espontâneo de cidadãos, Juntos Pelo Povo, arrancou 10,34%. Por pouco não ultrapassou o Partido Socialista, que concorreu coligado com mais três siglas inócuas (11,41%). JPP ficou a um deputado do PS e a dois do CDS-PP.

Esta excursão ao arquipélago cor-de-laranja serve sobretudo para colocar algumas hipóteses relativamente às próximas duas eleições nacionais: as Legislativas de 2015 e as Presidenciais de 2016:
  1. os níveis de abstenção serão elevados (30-40%);
  2. a atual maioria poderá renovar a maioria se, até ao verão, conseguir mostrar ao país que estamos melhor do que quando Sócrates entregou o país aos credores;
  3. o PS dificilmente ganhará as Legislativas com maioria absoluta, e sem esta, António Costa dificilmente formará um governo, pois o Livre não existe, o Bloco, apesar de Mariana Mortágua, vai de mal a pior, o PCP não sai donde está, Marinho Pinto não arrancará votos suficientes para dar maioria ao PS, e acabará por coligar-se com o PSD e o CDS, negociando o imprescindível passaporte para crescer;
  4. não creio que António Guterres se candidate às presidenciais, António Vitorino é um facilitador maçónico sem condições para exercer qualquer cargo político-partidário relevante (ainda recentemente foi cooptado para administrador dos CTT), Sampaio da Nóvoa é uma enteléquia universitária desconhecida dos eleitores, o PCP apresentará, como sempre, o seu candidato, idem para o Bloco. Imagino que Santana Lopes avance com a sua candidatura dentro de algumas semanas, entalando de vez o comentador Marcelo, abrindo, por outro lado, as portas a Passos Coelho para este impor então o seu candidato, ultrapassando as manobras do aracnídeo de Belém.
  5. Tudo pesado, não vejo porque razão Henrique Neto não pode aspirar ao cargo de próximo presidente da república. Está na altura de os empresários, intelectuais, autarcas e cidadãos que jamais votarão na nomenclatura voraz e sem emenda que nos trouxe até aqui, de começarem a viabilizar e dar a força à candidatura verdadeiramente independente deste empresário socialista que não hesitou em criticar o então todo poderoso primeiro ministro José Sócrates.
  6. Sobre as objeções à idade avançada do candidato, diria apenas que é um ano mais novo que o célebre senador Ron Paul, candidato estrela das últimas eleições presidenciais americanas.
Henrique Neto é razoavelmente conhecido dos portugueses, em virtude das suas numerosas aparições na televisão, de que a entrevista dada ao Negócios da Semana (27.03.2015) foi um eloquente exemplo, onde sempre fala com franqueza, desassombro e contenção sobre os problemas do país e sobre as fraquezas e insuficiências da nossa classe político-partidária. É direto, claro e vai quase sempre ao essencial. A sua experiência de vida, e o conhecimento que tem dos partidos, mas sobretudo a sua ambição de melhorar a eficiência do país, fazem dele um candidato ideal para o tempo que atravessamos, um tempo de desilusões sucessivas, de descrédito completo da classe política, e de premonição de mudança. Disse, e bem, a José Gomes Ferreira, que o que é preciso fazer cabe em duas folhas de papel: em vez de opacidade, navegação à vista, improviso e naufrágio, precisamos de nos aviar em terra sobre três temas essenciais: recursos humanos, logística e informação. E precisamos ainda de trazer os cidadãos para o exercício concreto da democracia, pois a democracia, boa ou má, é coisa sua e não do caciquismo partidário vigente que nada de bom trouxe ao país.

As coisas não podem ficar como dantes — pensa Henrique Neto. Mas para que à esperança suceda a mudança é preciso, por exemplo, colocar em Belém um presidente que não seja mais um fantasma partidário do regime esgotado que hoje temos.

A encruzilhada em que se encontram os partidos do sistema —todos os partidos do sistema— é tal que este empresário socialista, filho de uma família operária da Marinha Grande que se fez a pulso, poderá bem protagonizar o paradigma de decência e frontalidade em que os portugueses quererão porventura reconhecer-se nos próximos cinco anos. Há uma metamorfose em curso, mas para que esta corra bem teremos que saber olhar em direção a novos horizontes.

O PS socratino, de que António Costa é o sargento-ajudante e putativo testa de ferro, lançou meia dúzia de canídeos às canelas de Henrique Neto. Desajeitados como são, não fizeram mais do que exibir as fraquezas crescentes dessa coisa informe em que se tornou o Partido Socialista depois do golpe de estado que afastou António José Seguro.

Para já, Henrique Neto é o meu candidato.


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sexta-feira, março 27, 2015

Foi o betão, Piketty!

in The Economist

Um puto de 26 anos, Matthew Rognlie, confirma ideia de Marx sobre a queda tendencial da taxa de lucro, desmontando assim a mais recente "narrativa" sobre a rentismo capitalista.


A luta de classes entre o capital e o trabalho talvez explique parte do empobrecimento da classe média, mas não porque o capital tenha ganho vantagem escandalosa sobre quem produz, mas antes e surpreendentemente, segundo demonstra o artigo que promete desbancar o volumoso Capital in the Twenty-First Century, porque houve transferências multi-milionárias e efetivamente escandalosas de rendimentos da classe média para uma elite de especialistas, gestores empresariais e financeiros, advogados de topo e políticos que, em benefício próprio, aproveitando vantagens de conhecimento, e de poder, interferiram de forma pesada na redistribuição dos rendimentos do trabalho.

Por outro lado, grande parte das vantagens obtidas pelo capital, desde meados da década de 1970 para cá, deveu-se ao crescimento imparável do setor da construção, ou seja, do mercado imobiliário, e não propriamente da engorda de um qualquer setor rentista do capital. Assim, quando o setor imobiliário se transformou numa bolha, rebentou (colapso do Lehman Brothers, Fannie Mae e Freddie Mac, etc.), e os cacos ficaram suspensos no interior de uma nova bolha de juros negativos e liquidez contabilística, o desemprego disparou forçosamente como a principal consequência social de uma implosão económica de proporções gigantescas, provocando um efeito de dominó no resto da economia.

Uma economia global baseada em capital intensivo —necessário ao financiamento, cada vez mais caro, da produção de energia, do capital fixo e do próprio trabalho, produtivo e não produtivo— tende a erodir as suas próprias qualidades. A oferta agregada mundial já não é capaz de satisfazer a procura agregada global a preços compatíveis com os rendimentos do trabalho. Ao excesso de procura, numa primeira fase, responde-se com inflação. Mas a inflação faz subir todos os preços, e o efeito, assim que a monetização das dívidas acumuladas para suportar a corrida inflacionista começa a comer todas as poupanças e o capital pela via da morte deflacionista, a procura cai estruturalmente, e todos os efeitos parecem então confluir para a destruição do próprio modelo de sustentação do capitalismo financeiro tal como o conhecemos até hoje.

O paper de Matthew Rognlie é um estudo preciso e precioso. Não se alarga em considerações, como as que acabo de expender. O Economist deu fé do mesmo, et pour cause! Não deixa de ser mais um dardo fatal dirigido ao peito dos maniqueístas de esquerda.

NIMBYs in the twenty-first century
The Economist, Mar 25th 2015, 12:08 by C.R. | LONDON

SINCE the publication of "Capital in the Twenty-First Century", Thomas Piketty has won many plaudits for his work on inequality. The book has so far sold more than 1.5m copies. Its arguments have been praised by Nobel-prize winners and politicians alike. Last year it won the Financial Times's business book of the year award, despite the newspaper's attempts to poke holes in the book's data and arguments. On March 25th Prospect magazine put Mr Piketty atop its World Thinkers list for 2015 (alongside Yanis Varoufakis, Greece's leather-jacket wearing finance minister, Naomi Klein and Russell Brand, it should be noted). But a new challenge to Mr Piketty's book has just appeared, and from an unexpected direction.

On March 20th Matthew Rognlie (pictured), a 26-year-old graduate student at the Massachusetts Institute of Technology, presented a new paper at the Brookings Papers on Economic Activity. Although the paper began its life as a 459-word online blog post comment, several reputable economists regard it as the most serious and substantive critique that Mr Piketty's work has yet faced.

Matthew Rognlie, MIT Department of Economics

Deciphering the fall and rise in the net capital share
BPEA Conference Draft, March 19–20, 2015
Matthew Rognlie, MIT Department of Economics [pdf]

The story of the postwar net capital share is not a simple one. It has fallen and then recovered—with a large long-term increase in net capital income from housing, and a more volatile contribution from the rest of the economy. Outside of housing, it is difficult to explain the observed path of the net capital share via returns on the underlying assets.

[...]

Beyond housing, the results in this paper (if anything) tentatively suggest that concern about inequality should be shifted away from the split between capital and labor, and toward other aspects of distribution, such as the within-labor distribution of income. [Conclusion]

[e...]

There is greater support in the data for narratives that emphasize cyclical and trend variation in market power. [Abstract]


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quinta-feira, março 26, 2015

As Low Cost fazem. Os políticos empatam

Foto © OAC

Porto é cada vez mais a capital do noroeste peninsular


O que uma ligação ferroviária AV Corunha-Santiago-Vigo-Porto não faria por toda aquela região com mais de 6,5 milhões de almas. A região Norte tem 3.818.722 habitantes, e a Galiza, 2.747.559. A Catalunha tem tão só mais um milhão de habitantes que o noroeste peninsular, mas, ao contrário deste, não se deixa comprar pelos centralistas de Madrid e Lisboa

A única forma de avançar na direção certa da autonomia democrática é forçar a criação de duas novas regiões autónomas no país, aliás as únicas que, na realidade, são necessárias e inadiáveis: a Regão de Lisboa e a Região Norte.

Enquanto os partidos, os rendeiros, devoristas e burocratas do regime arrastam os pés, metem dinheiro que não é deles aos bolsos, e enchem a paisagem mediática de propaganda e ilusões que se transformam em pesadelos, as Low Cost vão fazendo o trabalho necessário, por todos nós!

Obrigado easyJet e Ryanair!

EasyJet inaugura segunda base no Porto
Jornal de Notícias, 26/3/2015 09:21

"A inauguração da segunda base da easyJet - com dois aviões A320 estacionados - visa celebrar o reforço do estabelecimento da companhia aérea em Portugal e assinala o contributo desta nova base para o incremento da conectividade do país e da região Norte", refere a companhia em comunicado.

Na sequência da abertura da base operacional do Porto, a easyJet começa a operar quatro novas rotas entre o Porto e Manchester, Bristol, Nantes e Londres (Luton), passando a disponibilizar no mercado mais 200 mil lugares no ano fiscal que vai de outubro a setembro, mais 23% do que no exercício anterior, segundo o diretor comercial da easyJet Portugal.

Numa conferência de imprensa em novembro passado, José Lopes revelou que, como resultado, em 2015 a companhia propõe-se ultrapassar um milhão de passageiros transportados de e para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, pretendendo para isso "melhorar os horários de todas [as rotas] já existentes a partir do Porto" e abrir, "em breve", outras novas ligações.

Com a entrada em operação das quatro novas rotas, a easyJet passa a ligar 10 destinos ao Porto.

Entretanto, a rede espanhola de Alta Velocidade (bitola europeia) avança a bom ritmo, ao contrário do que a propaganda indígena fez crer. Em breve Portugal será uma ilha ferroviária, se não corrermos rapidamente com o sapo aldrabão das PPP que este governo engoliu, empurrado por alguém. Quem foi? Diga lá, Passos de Coelho.

Pastor anuncia la puesta en servicio de la línea Valladolid-Venta de Baños-Palencia-León antes de verano (pdf)
La ministra de Fomento, Ana Pastor, ha anunciado hoy la puesta en servicio de la línea Valladolid - Venta de Baños - Palencia - León antes de verano. Pastor ha efectuado hoy un recorrido por la Línea de Alta Velocidad (LAV) Valladolid - Venta de Baños - Palencia - León, a bordo de un tren de pruebas de Adif, en el que ha podido comprobar el grado de avance de las obras de la LAV.

Nota final: não nos esqueçamos que a Espanha será o país com maior taxa de crescimento em toda a União Europeia em 2015-2016. Segundo Bruxelas esse cresciento será de 2,3% em 2015, e 2,5% em 2016. O Banco de Portugal, na previsão mais otimista até agora divulgada, avançou uma previsão para o crescimento português de 1,7% em 2015, e de 1,9% em 2016. Em % do PIB e em valor absoluto, as diferenças são relevantes.

Quanto mais densa for a rede de vasos comunicantes entre Portugal e Espanha, nomeadamente no que toca à mobilidade de pessoas e mercadorias, melhor será a perfomance ibérica na comparação com o resto da Europa. Só os rentistas, devoristas, sindicalisas e partidocratas indigentes do nosso país resistem a compreender o óbvio.

Atualização: 27/3/2015 10:51 WET


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quarta-feira, março 25, 2015

Herberto Helder: poesia completa (1930-2015)

Antonio Cerveira Pinto. Herberto Helder, corpo e alma (2015)
Foto original—autor desconhecido


Palavra, a alma das coisas


“No sorriso louco das mães batem as leves/ gotas de chuva (…)”

45 carateres chegam para sintetizar uma flor no meio da fatalidade. Esta é a grandeza da poesia que por vezes me assusta. O poder que dela emana quando mergulhamos nas suas palavras e espaços brancos tem muito do que as religiões têm: a força de religar o espaço e o tempo, a matéria e o nada, a vida e a morte. A palavra pensada para sentir, proferida para seduzir, escrita para guardar, é o que por vezes sobra de toda uma vida de ilusão, pessoal, familiar e ética.

Jorge de Sena, creio, diferenciava o poeta erótico que é Camões, do poeta álgico que Pessoa foi. Com Herberto Helder, o pêndulo da poesia regressa ao fulgor da carne, fenómeno cru do pensamento, de que só por cobardia, devaneio ou servidão desviamos o olhar, a atenção devida, ou a sabedoria.

Herberto foi reescrevendo uma e outra vez a sua Poesia Toda, amarrada num tijolo único de vida literária, ao longo da sua escrita. Poesia Completa foi o bater da porta, definitivo.

Herberto Helder é um poeta da carne e da terra, mas não da história, nem das ideias, e neste ponto talvez possamos ver em Fernando Pessoa a metade que lhe falta, ou faltava a Pessoa, para serem uma herança acumulada e narcisista—entendida a modernidade e a contemporaneidade exacerbadas dos últimos duzentos e tantos anos, como foram—de Luís de Camões.

“(…) a morte faz do teu corpo um nó que bruxuleia e se apaga,/ e tu olhas para as coisas pequenas/ e para onde olhas é essa parte alumiada toda”.


DA IMPRENSA


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terça-feira, março 24, 2015

Henrique Neto, presidente? É possível

Henrique Neto (in Expresso)

Um candidato sem medo e de confiança


Henrique Neto dá tiro de partida para as Presidenciais. No tempo certo.
Com os partidos que temos é melhor apostar na sociedade civil e nas pessoas.
Um candidato que vai incomodar muita gente, na banda socratina, como na banda cavaquista.
Para já é o meu candidato :)


O que diz a imprensa sobre este anúncio
  • O primeiro candidato a Belém. Henrique Neto deve avançar — Expresso 
  • Socialistas preocupados com candidatura de Henrique Neto — Observador 
  • Perfil Henrique Neto, o socialista sem medo de criticar Sócrates — Notícias ao Minuto 
  • Henrique Neto avança com candidatura às presidenciais — DN 
  • Henrique Neto deve apresentar candidatura a Belém na quarta-feira — i online


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sexta-feira, março 20, 2015

TTIP sujeito a tribunal público


Que pensam os partidos indígenas sobre o TTIP?


Bruxelles envisage l'option d'un tribunal public pour le TTIP

EurActiv, Published: 20/03/2015 - 10:18

La commissaire en charge du commerce a soutenu l’idée d’un tribunal permanent pour remplacer le mécanisme de RDIE. « J'ai déjà demandé à mon équipe de travailler là-dessus », a-t-elle annoncé lors d'une réunion avec les eurodéputés au Parlement européen, le 18 mars. « Je crois néanmoins que nous devrions pencher pour un tribunal qui va au-delà du TTIP », a-t-elle continué.

Parece que há uma comissária europeia (Cecilia Malmström) com juízo. A ideia peregrina de substituir os tribunais por arbitragens 'ad hoc' financiadas por baixo da mesa pelos interessados e envolvidos nos assaltos de soberania é uma perversão jurídica e sobretudo democrática intolerável, que os piratas de ambos os lados do Atlântico desejam (Monsanto e outra corja da mesma laia), mas que as pessoas sensatas devem rejeitar liminarmente.

O TTIP (Transatlantic Trade and Investment Partnership) é um tratado comercial que tem vindo a ser negociado entre os Estados Unidos e a União Europeia de forma nada transparente e sobre o qual há fortíssimas suspeitas de o mesmo ser um Cavalo de Tróia destinado a infetar a economia, a segurança alimentar e as democracias de ambos os lados do Atlântico. Curiosamente, um dos grandes defensores desta parceria, e que nela trabalhou enquanto foi deputado 'socialista' europeu, é o ex-comunista Vital Moreira. Muito gostaríamos de o ler sobre as matérias polémicas desta negociação.

Também gostaríamos de saber o que pensa o governo destas negociações.


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