O embuste da saturação da Portela. Abril 2015—Online Coordination Clique para ampliar |
TAP: milhares de milhões de euros derretidos em nome de uma fraude
Sindicato dos pilotos admite processar TAP por gestão ruinosa
Manuel dos Santos Cardoso, presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) desde novembro, defende que o que tem prejudicado gravemente a TAP “é a gestão ruinosa desta administração, com a conivência e o beneplácito dos sucessivos governos”. DN, 22/04/2015
A Procuradora-Geral da República confirma existirem investigações em curso à TAP, alegando segredo de justiça para não dar mais informações.
A informação foi avançada à Renascença, na sequência da entrevista do presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil ao “Diário Económico”. RR
(Histórico para os que entraram agora: o recorte é do Diário Económico, sendo a “boa nova” do DN baseada na entrevista dada ao DE)
Nova abordagem quanto ao conceito aeroportuário tuga.
No essencial, os pilotos não estão contra a reprivatização da TAP, aliás, eles subscreveram o acordo sobre a alienação de 66% da companhia. O que eles querem é uma parte dos outros 34% que ficarão na mão do estado, ou seja:
- Privado 66%
- Pilotos 20%
- Governo 14%.
O anarco-sindicalista porta-voz da TAP, António Monteiro, deveria ter explicado simplesmente isto:
— Os pilotos não estão contra a privatização, e apenas querem garantir aquilo que foi anteriormente negociado com um governo do PS. Não é por acaso que o PS está tão calado sobre a borregada da reprivatização. É que num cenário de reprivatização adiada e colapso iminente da TAP, se houver um governo PS, António Costa terá que dar continuidade ao compromisso do Cravinho, Sócrates e companhia.
Os pilotos nunca poderiam deixar de fazer valer os seus interesses neste momento, pois se não interviessem agora, o próximo governo (que os indígenas desesperados até podem querer que volte a ser do PS) poderia argumentar que, “como os pilotos aceitaram as bases do anterior governo” (ou seja, deste), António Costa não se veria obrigado a honrar o que o seu camarada João Cravinho e o governo do seu ex-chefe José Sócrates se comprometeram com os pilotos.
Daí que um governo (Passos de Coelho) sem imaginação para criar cenários se veja, pela sua própria inépcia (rapaz dos finos e Sérgio), completamente atado, apostando, como seu melhor aliado, no Gaúcho, o qual foi prontamente abatido ao primeiro tiro certeiro do SPAC. Tiro! Gaúcho ao fundo. Ou seja, os encontros entre o gaúcho Pinto e os pilotos finaram. Claro que isto, as agências de comunicação não difundem. Por cortesia, claro.
O atual patrão da TAP é o governo em funções, tendo como representante delegado, o Gaúcho.
Como é hábito, estes tipos são uns “cassos de primeira”, e agora estão a deixar muita gente nervosa, para não dizer em “pânico”.
Como já se antevia, com a passagem das Low Cost para o Terminal 2, deixando o Terminal 1 para a TAP (era isto que o Gaúcho tanto queria para fazer CRESCER a TAP, além dum NAL na Ota, claro, ou em Alcochete, claro), o Terminal 1 começa a ficar às moscas. E as lojas, naturalmente, vão fechando.
Toda a gente quer agora abrir a sua lojeca no Terminal 2, pois o movimento migrou para lá. E atenção: as lojas que começam a ficar às moscas, imaginadas pelo Guilhermino, originaram pesados investimentos, de muitas dezenas de milhões de euros, no Aeroporto da Portela.
A ANA Vinci, vendo as receitas das lojas (“não aviação”) a caírem, já deve estar a deitar contas à vida.
Com a situação que o governo criou na TAP, a cartografia dos Slots da Portela deve estar a transformar-se num enorme campo verde (ver mapa acima), onde até vai ser possível semear alfaces. Nem todos os países do mundo se podem gabar de ter um aeroporto onde até é possível semear alfaces, e onde as mesmas convivem irmãmente com aviões, gaviões, spotters e passageiros.
Mas existem também outros aspetos muito curiosos, para além das alfaces.
É que alguns entendidos na matéria queriam construir um NAL (Novo Aeroporto de Lisboa) em Alcochete, o que viria a dar ALFACES NA PORTELA E TOMATES EM ALCOCHETE.
Mas afinal quem é que tutela os aeroportos, o Ministério da Economia do rapaz dos finos, ou o Ministério da Agricultura, da rapariga das cristas?
Et voilà, temos a rapaziada da Vinci a ter que explicar aos fundos árabes que afinal compraram um aeroporto para semear alfaces, outro para a criação de moscas (Beja), e que ainda pretendiam financiamento em petrodólares para uma cidade aeroportuária em Alcochete, neste caso para garantir o abastecimento de tomates à China. Não nos esqueçamos que o aeromoscas de Beja, segundo o adiantado mental Mateus, é para transportar peixe fresco para a CEE.
Os árabes devem estar doidos com os franceses da Vinci, qual povo “eleito”, e vai tudo para tribunal.
Já estou a imaginar o rapaz dos finos a explicar ao primeiro ministro DE COELHO que “estava tudo acordado, acordos assinados, e era só mesmo vender a TAP”, mas que por razões que ele desconhece (não deve ser só isso que ele desconhece) a coisa deu para o torto. Mas se quiserem, diria o rapaz dos finos desta história, chega-se a um acordo e pode-se construir um NAL mais baratucho, só com uma pista, só para as Low Cost, onde se poderão colher tâmaras. Imagina a felicidade do povo árabe (sunitas e xiitas) quando souberem que em Portugal existe um NAL para a produção de tâmaras.
Para resolver o problema que o rapaz dos finos criou à Vinci, talvez seja de mandar o Gaúcho à Emirates e à Qatar Airlines falar diretamente com os pilotos dessas companhias (sim, pois como o próprio demonstrou, é mais eficaz falar logo com os pilotos, passando por cima do sindicato, ou do patrão lá do sítio) para que eles voem em bando até à Portela, nos seus B777, de preferência até, nos famosos A380, dando inclusivamente razão ao Sapo do BES quando este defendia um NAL novinho em folha, a dois passos da Comporta, para os A380!
Percebe-se agora melhor porque motivo a TAP foi mantida artificialmente pelo BES: justificar o NAL da Ota em Alcochete.
Oops! Mas o BES já não existe, pois não? Então onde é que enfiaram as dívidas da TAP?
Com os melhores cumprimentos,
O Observador de Aeromoscas
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