It is easy to get the impression that the proposed new modular nuclear generating units will solve the problems of nuclear generation. They may allow more nuclear electricity to be generated at a low cost and with much less of a problem with spent fuel.
As I analyse the situation, however, I see that the problems associated with nuclear electricity generation are more complex and immediate than most people perceive. My analysis shows that the world is already dealing with “insufficient uranium from mines to go around.”
Nuclear electricity generation has hidden problems; don’t expect advanced modular units to solve them.
Posted on November 11, 2024, by Gail Tverberg on Our Finite World
Falta combustível para os reatores nucleares. Tal como ocorreu com o petróleo, atingiu-se o pico do que poderíamos chamar a produção rentável de urânio. Isto é, pode haver petróleo e ouro no centro da Terra, ou em Marte (!), e urânio nos desertos australianos, mas se não for possível extrair e produzir estes recursos energéticos a baixo custo, não haverá rentabilidade em futuras explorações, e o uso destes entra em colapso.
Um colapso perigoso, de que a invasão russa da Ucrânia é claro testemunho.
No norte e nordeste da Ucrânia (Chernihiv, Sumy, Kharkiv, Dnipro, Donbas, Luhansk, Donetsk) encontra-se a maior parte dos recursos mineralógicos relevantes para o modelo económico e social que temos. Por outro lado, em toda esta enorme bacia geológica a percentagem de russos na população é 40%, e 75% deles falam regularmente russo.
Por outro lado, os Estados Unidos deixaram praticamente de produzir urânio, recorrendo nomeadamente à importação de urânio proveniente de ogivas nucleares russas desmanteladas!
Percebe-se agora melhor o que tem motivado as cautelas europeias e norte-americanas na ajuda prestada à Ucrânia. Trump terá pela frente o mesmo problema. Os recursos fósseis — carvão, petróleo, gás natural, urânio e metais raros — continuam a ser essenciais à vida económica mundial, mas a sua disponibilidade a custos comportáveis está ameaçada, e ameaça a paz mundial para lá nossa imaginação.
As pandemias podem atrasar o desfecho induzido pelo esgotamento anunciado do nosso modelo energético, dominante desde o terceiro quartel do século 19, mas por pouco tempo e correndo o risco de fazer colapsar as sociedades humanas, nomeadamente através de uma multiplicação de conflitos bélicos particularmente mortíferos.
As ambições da Rússia são, assim, inaceitáveis. Desde logo, pelos Estados Unidos, Europa, Índia, Médio Oriente e China...
O pico americano do urânio já foi...
Estagnação mundial da geração de energia nuclear
NOTA 1 — "The recent Russian invasion of Ukraine has been claimed to be due to a multitude of cultural and political reasons. New maps may hold additional clues and show interesting connections in the conflict."; Sergio Volkmer.
É duvidoso um cenário europeu em que as energias renováveis + biofuels tripliquem o seu peso no mix energético até 2050.
Panorama UE ao fim de trinta anos de investimentos e subsídios massivos em 'energias verdes' e repressão dos combustíveis fósseis (segundo dados oficiais, 1990-2020):
Fósseis* = 35+24+17+12 = 84%
Renováveis** = 16%
Se a entrada das renováveis crescer ao mesmo ritmo dos últimos trinta anos (altamente improvável), só em 2050 a sua participação no mix energético seria de 48%.
“...planning the use of intermittent electricity from wind or solar should not assume that reasonably priced natural gas will always be available for balancing. One likely area for shortfall will be winter, as well as storing up reserves for winter (the problem affecting Europe now), since winter is when heating needs are the highest and solar resources are the lowest.”
A energia elétrica produzida pelos geradores eólicos e pelos painéis fotovoltaicos é mais cara (muito mais cara) do que a energia produzida a partir do carvão, petróleo e gás natural. Está por demonstrar que seja mais sustentável. Por fim, a sua inevitável intermitência só pode ser atalhada através do recurso às energias fósseis e, em grau praticamente desprezível, aos acumuladores. Ou seja, o pico das energias fósseis resolverá naturalmente as preocupações ambientais de António Guterres e da menina Thunberg, mas não resolverá os problemas da humanidade. Esta terá, em breve, que se preparar para uma muito provável e abrupta redução da espécie. Não por poluir muito, mas por falta de energia barata!
O regresso do nuclear
É possível que os alemães que pensam e decidem... já estejam a trabalhar (há alguns anos) em centrais nucleares mais seguras, robustas e com produção de energia mais barata. A subida dos feijões verdes à área do poder servirá, como no caso do Bloco de Esquerda em Portugal, para queimar ilusões e propaganda desconexa. Quando a fome apertar, o rebanho berrará em uníssono por soluções, em vez de propaganda, orações, hipocrisia e corrupção desenfreada. O Bill Gates já veio anunciar que o regresso ao nuclear é inevitável... Eu também acho... Veremos quem aparece com o coelho tirado da cartola.
Novo leilão em Portugal bate novo recorde mundial com o mais baixo preço de energia solar
97% menos do que o atual preço grossista da eletricidade na Península Ibérica (!)
Portugal está definitivamente na história do desenvolvimento de projetos de energia solar. Ao que o Expresso apurou, o leilão que decorre entre esta segunda e terça-feira já alcançou um preço de 1,20 euros por megawatt hora (MWh) * em pelo menos dois lotes já fechados, batendo por larga margem a marca histórica de 14,76 euros por MWh de julho de 2019 e o recorde mundial registado em abril último em Abu Dhabi.
Vamos tentar pensar o tema da energia no nosso país sem a canga de maniqueísmo habitual, mesmo conhecendo os figurões em causa.
Eu sei que é difícil. Mas vamos fazer este exercício teórico:
—num país onde desaguam 3 rios internacionais, que tem uma das maiores exposições solares anuais da Europa, mais de 2100 Km de costa, e uma ZEE marítima que corresponderá em breve a 97% do seu território (a 7ª maior do mundo, equivalente à superfície da Índia), numa conjuntura económica ímpar, nomeadamente por efeito de um financiamento europeu à convergência económica portuguesa com os países mais desenvolvidos da União Europeia, na ordem dos 130 mil milhões de euros, entre 1986 e 2019 (1), será realmente um erro apostar nas energias renováveis, nomeadamente hídrica, eólica e solar?
Por outro lado, por causa da pressão climática, da poluição e do pico petrolífero, mas também por efeito da queda da procura agregada mundial, que torna inviável continuar a consumir grandes quantidades de petróleo e carvão cuja prospeção e produção são cada vez mais caras, dificilmente poderemos negar que as energias renováveis vieram para ficar (2).
Substituirão boa parte da energia oriunda do carvão, petróleo e gás natural, e serão tendencialmente gratuitas, assim que nos livrarmos dos monopólios das infraestruturas físicas e financeiras pesadas que ainda regem o paradigma de produção e distribuição de energia à escala global.
Os custos da produção fotovoltaica têm vindo a cair à razão de 75% em cada década (a chamada Lei de Swanson). Assim que as pessoas e empresas puderem produzir livremente energia sem obrigatoriedade de venda aos atuais monopólios a preços regulados, estes mudarão de natureza, e os preços da energia começarão a cair ainda mais depressa.
Em Portugal, porém, para que esta mudança ocorra teremos que acabar de uma vez por todas com as rendas excessivas da EDP, renegociando os contratos existentes.
As redes tradicionais de distribuição de energia elétrica terão a mesma sorte que as redes telefónicas anteriores ao VoIP. Ou seja, teremos, em menos de uma ou duas décadas, plataformas de energia renovável (biomassa, eólica, solar, etc.) onde todos podem ser, ao mesmo tempo, produtores, armazenistas e consumidores, pagando um 'small fee' pela gestão das redes de distribuição e partilha. Será, porém, necessária uma super-concentração dos atuais monopólios de energia, nomeadamente através de fusões entre grandes empresas petrolíferas em transição (BP, Total, etc.) e os grandes grupos de produção e distribuição de energia elétrica. Por fim, para que os preços de consumo se aproximem dos custos reais de produção das energias renováveis (sobretudo da energia solar fotovoltaica) será também preciso eliminar a ineficiência física e financeira atual, ou seja, o excesso de grandes empresas como a EDP, e criar verdadeiros monopólios globais à semelhança do que hoje são no mundo das telecomunicações, da informação e da computação, a Apple, a Microsoft, a Amazon, a Google, a Alibaba e a Tencent.
A EDP talvez já saiba que a energia cara chegou ao fim, ou vai chegar em breve...
*— Segundo me foi explicado por especialistas, a informação do Expresso é imprecisa.
Assim o “preço de 1,20 euros por megawatt hora (MWh)” é, em primeiro lugar 1,20 euros por MW (e não MW/h) e, por outro lado, trata-se de uma oferta de um “preço de compensação”...
Transcrevo:
Há três modalidades:
1. CfD é um contrato as diferenças em que há uma conta corrente entre o promotor e o sistema. Saldada a conta corrente o promotor recebe exactamente o preço fixado no leilão.
2. Compensação Fixa
O fornecedor vende no mercado a energia que produz e paga ao sistema um preço de compensação por conseguir ter um ponto de ligação à rede (recurso escasso). Então o preço de venda que se pode comparar com o preço do ponto 1 é o preço médio da venda da energia em mercado descontado do preço de compensação pela ligação à rede.
É evidente que os promotores vão oferecer preços de compensação baixos, e a confusão gerada foi terem comparado esse preço de compensação muito baixo com o preço de venda a rede! São coisas distintas
3. Prémio Fixo por flexibilidade
É para centrais que tenham acoplado um esquema de armazenamento de energia (...). Neste caso, o produtor vende à rede a preços de mercado e vai receber do Sistema um prémio de capacidade que remunera essa potência de armazenamento que ele oferece, e esse prémio é idêntico às Garantias de Potência que as centrais clássicas recebiam pelo facto de fazerem backup as intermitentes.
Assim sendo a remuneração é em euros por MW (potência) e não em euros por MWH (energia) como alguns disseram. A dúvida que tenho (...) é esta: quem gere essa capacidade de armazenamento. Se for o promotor, ele ganha por dois carrinhos: recebe o prémio pela potência instalada, e vai vender a energia armazenada quando lhe convier ao preço de mercado elevadíssimo duma hora de maior valia da energia! Assim sendo, se ele recebe esse prémio, quem deveria comandar a entrada em funcionamento dessa potência disponível seria o Despacho, quando precisar desse backup, e não quando convier ao promotor...
NOTAS
Apesar de gigantesco, este rio de dinheiro é metade da dívida pública atual, a qual teremos que pagar, em horas de trabalho, ou em espécie...
"As Mark Lewis of BNP Paribas Asset Management wrote, 'We conclude that the economics of oil for gasoline and diesel vehicles versus wind-and-solar-powered EVs are now in relentless and irreversible decline, with far-reaching implications for both policymakers and the oil majors.' —in Jeff Booth, The Price of Tomorrow, Why Deflation Is the Key to an Abundant Future (2020). See also www.thepriceoftomorrow.com
a energia nuclear é a única alternativa economicamente rentável ao declínio da energia elétrica oriunda do carvão, do petróleo (diesel) e do gás natural;
a linha do crescimento económico é paralela à do consumo de energia, i.e.: sem energia, não há crescimento. E sem crescimento o mundo tal qual o conhecemos entrará num longo e prolongado declínio, povoado de enormes colapsos financeiros, convulsões sociais e guerras.
No nosso país, a aposta nas chamadas energias limpas e renováveis —hidroelétrica, eólica e solar— tornou a eletricidade mais cara. Este acréscimo de preço levou a grandes esforços de eficiência nalguns setores da nossa economia, mas não no principal: o setor dos transportes, onde, por exemplo, a descarbonização do transporte rodoviário, através de modernização e interligação da nossa rede ferroviária às redes europeias, foi criminosamente adiada, por motivos que ninguém entende, salvo se os interesses das tríades e a corrupção entrarem na análise. Por outro lado, o endividamento público exigido pela implementação das chamadas energias verdes pesará sobre todos nós durante, pelo menos, setenta e cinco anos. Como se isto não fosse já um desastre, o consumo de eletricidade caiu, e caiu ainda mais o consumo energético per capita. Porquê? Porque as pessoas tiveram que emigrar e/ou poupar na conta da EDP, e porque muitas empresas dependentes do consumo intensivo de energia fecharam, umas deslocalizando-se, outras não. Ora menos consumo de eletricidade significa menos faturação para o oligopólio formado pela EDP, REN, Endesa, Iberdrola e GALP, e menos receita fiscal, mesmo se ao consumo de eletricidade se veio a impor a tarifa máxima do IVA (“A subida da taxa de IVA de 6% para 23% entrou em vigor a 1 de outubro de 2011.” — Dinheiro Vivo, 26/7/2017). Mas mais importante ainda: significa menos produtividade e menos criação de riqueza!
É neste quadro que a guerra em volta do equilíbrios contratuais montou as suas barricadas. De um lado, os rendeiros cotados em bolsa, cujos escrúpulos deixam naturalmente muito a desejar. Ao lado destes, ainda que mascarados, está o regime devorista partidocrata instalado, e bem instalado, como se percebeu pela forma intempestiva como António Costa retirou o tapete a uma lei do parlamento que visava diminuir as rendas excessivas da EDP e quejandos. Do outro lado da barricada estão os consumidores, ricos e pobres, assediados simultaneamente pelo preço leonino da energia, e pelo saque fiscal dum insaciável estado partidário e burocrático, que, tal como o oligopólio da energia, se habituou a viver alegremente da extração de riqueza aos seus concidadãos.
A situação é tanto mais grave quanto se avizinham novas e mais graves crises financeiras e recessões. Meter a cabeça na areia, e persistir na propaganda e no circo mediático não vai resolver nenhum problema, mas poderá seguramente agravar irremediavelmente os que já existem. Será que alguém explicou isto mesmo ao presidente da república? É bem possível que sim. Doutro modo a sua mensagem enigmática sobre as cinzas do país permaneceria encriptada para sempre.
Junto a esta reflexão dois artigos, de leitura obrigatória, sobre o tema da energia. Sem percebermos bem este tema tudo o resto parecerá caótico e sem solução.
100% renewable electricity at no extra cost, a piece of cake?
Jean-Marc Jancovici
Going to a low carbon economy is urgent. If we are serious about it, the good idea is not to waive nuclear for renewables, but to replace everywhere on the planet coal and gas-fired power plants by what has the lowest overall system cost: nuclear. Not doing it is, explicitly, suggesting that we take 10 times more time to phase out coal and gas from electricity generation (that represent together 28% of the overall greenhouse gases emissions in the world), which is equivalent to considering that climate change is a minor risk compared to the nuclear one. It is not because it is trendy that it is true.
Our Energy Problem Is a Quantity Problem
Posted on May 30, 2018, by Gail Tverberg
Once energy consumption growth flattens, as it did in the 1920-1940 period, the world economy is negatively affected. The Great Depression of the 1930s occurred during the 1920-1940 period. Problems, in fact, started even earlier. Coal production in the United Kingdom started to drop in 1914, the same year that World War I began. The Great Depression didn’t end until World War II, which was immediately after the 1920-1940 period.
[...]
Recently (2013-2017), the world economy seems to have again reached a period of flat energy consumption, on a per capita basis.
In fact, in many ways, the flattening looks like that of the 1920 to 1940 period. Increased wage disparity is again becoming a problem. Oil gluts are again becoming a problem, because those at the bottom of the wage hierarchy cannot afford goods using oil, such as motorcycles. Young people are finding their standards of living falling relative to the living standards of their parents. They cannot afford to buy a home and have a family. Governments are becoming less interested in cooperating with other governments.
[...]
A major reason for the flat world per capita energy consumption starting in 2013 is the fall in China’s coal production after 2013. Coal production is falling in quite a number of other countries as well, as the cost of production rises, and as users become aware of coal’s environmental issues. Other sources of energy have not been rising sufficiently to keep total per capita energy consumption rising. A person can see in the China chart that wind and solar production are not rising sufficiently to offset its loss of coal production. (Wind and solar are part of Other Renewables.) This situation occurs elsewhere, as well.
What role do wind and solar play in maintaining world energy supply? The truth is, very little. While a great deal of money has been spent building them, wind and solar together amounted to only about 1% of total world primary energy supply in 2015, according to the International Energy Association.
[...]
Globalization requires ever-expanding energy supplies to meet the needs of a rising world population. To maintain globalization, we need a growing supply of energy products that are very cheap and scalable. Unfortunately, wind and solar don’t seem to meet our needs. Fossil fuels are no longer cheap to extract because we extracted the resources that were least expensive to extract first. Our problem today is that we have not been able to find substitutes that are sufficiently cheap, non-polluting, and scalable.
Em todas as áreas azuis a população deixou de crescer e envelhece.
Estagnação demográfica, envelhecimento e o fim da energia barata.
Olhando para o gráfico da demografia mundial entre 1961 e 2015, verificamos que a taxa de crescimento começou a cair em 1969 (2,1%), estando em 2015 nos 1,18%. No entanto, a população continua a crescer, sobretudo no continente africano.
As regiões com maior rendimento per capita do planeta—Estados Unidos, Canadá, Europa ocidental, Austrália, Japão—estão em processo de envelhecimento acelerado e estagnação demográfica. Mas não só: China, Brasil e Rússia, por exemplo, encontram-se em situação semelhante. O crescimento demográfico em países como o México, ou na América do Sul à exceção do Chile e Brasil, em França, na Arábia Saudita e Turquia, no Casaquistão e na Mongólia, Índia, Paquistão, Malásia, Indonésia e Nova Zelândia, situa-se entre os 2 e os 3 filhos por mulher, havendo assim nalguns destes países renovação geracional efetiva. Só em África se verifica ainda aquilo a que poderíamos chamar uma explosão demográfica, sobretudo nas regiões subsarianas e no centro do continente.
África já é o segundo continente mais populoso do planeta, depois da Ásia central e do sul. Até 2030 terá mais 493 milhões de pessoas (passando dos atuais 1.186 milhões para 1.679 milhões), e em 2050 haverá mais 1.292 milhões do que hoje, ou seja, o continente africano terá então uns 2.478 milhões de almas. Se pensarmos apenas nos grandes países de língua portuguesa, em 2030 Brasil terá +20 milhões de pessoas (207.848 > 228.663), Angola, +14 milhões (25.022 > 39.351), e Moçambique, +13 milhões (27.978 > 41.437).
Olhando para o mapa acima percebe-se até que ponto os países que deixaram de crescer demograficamente (a Península Ibérica, se nada fizer, perderá 700 mil pessoas até 2030), ou acolhem população jovem de outros continentes, ou morrem de velhos, provavelmente no meio de grandes convulsões sociais. Falta, porém, saber como programar o inadiável rejuvenescimento destas sociedades demograficamente estagnadas, sem causar dramas como os que hoje afligem a Europa, lançando os países numa corrida populista em direção ao abismo. Precisamos de discutir sem complexos estes temas.
Uma das origens da estagnação demográfica e económica é o fim da energia barata, bem como de outras matérias primas que, tal como o petróleo e o gás natural, só são baratas se forem abundantes e de fácil acesso. Durante algumas décadas o endividamento público e privado escondeu a realidade dos preços, ou seja, que os recursos necessários à economia e à vida das pessoas se tornaram demasiado caros quando comparados com os rendimentos declinantes do trabalho. Hoje, com as bolhas financeiras a rebentarem por toda a parte, o crescimento real praticamente estagnado, desemprego e falta de novos empregos, percebe-se que a queda da procura agregada mundial veio para ficar (ainda que possa aumentar até 2030-40, moderadamente, pelo efeito induzido pelo crescimento da população mundial) e vai impor alterações radicais nas sociedades. Poderá mesmo interromper a globalização competitiva baseada no desenvolvimento assimétrico, provocando o regresso das soberanias nacionais. Também neste ponto há necessidade de abordar os temas com imaginação, nomeadamente no que toca à sempre possível fragmentação da União Europeia e do euro. A este propósito, o Brexit, por um lado, e a experiência alemã, por outro, serão provavelmente os melhores observatórios para acompanhar este problema e esta discussão.
Algumas ilusões tecnológicas devem, entretanto, ser afastadas da nossa imaginação e sobretudo da nossa agenda política. Uma destas ilusões é a das energias renováveis. A outra é a de que o nosso maior problema são as alterações climáticas, as quais, por sua vez, legitimam a corrida ruinosa pelas energias eólica e fotovoltaica, ou a criação de novas bolhas especulativas, como o chamado mercado das emissões de carbono. Finalmente, a ideia de substituir tabalho humano por máquinas inteligentes não é nova e acelera há alguns anos na vertente informática, da inteligência computacional e da robótica. Esta aceleração poderá resolver alguns problemas associados ao envelhecimento e à estagnação demográfica, mas padece do mesmo mal que as indústrias tradicionais: precisa de muita energia, e se esta for cara, os produtos finais, sejam estes de natueza material ou imaterial, serão igualmente caros, mantendo-se assim a tendência já instalada e de longo prazo (60 a 100 anos) para a quebra acentuada da procura agregada mundial. No entanto, a combinação entre conhecimento e crise poderá ser a mistura necessária para uma transição pacífica das sociedades perdulárias, agonísticas e desiguais contemporâneas em direção a uma ordem social mais equilibrada. Veremos...
1. The Global Population of Young (Future Consumer Base) Ceased Growing...30 Years Ago.
2. The Worlds Population is Still Growing Due to a Surge in the Elderly Living Longer and High African Birthrates Offsetting Global Depopulation of Young.
The “Wind and Solar Will Save Us” story is based on a long list of misunderstandings and apples to oranges comparisons. Somehow, people seem to believe that our economy of 7.5 billion people can get along with a very short list of energy supplies. This short list will not include fossil fuels. Some would exclude nuclear, as well. Without these energy types, we find ourselves with a short list of types of energy — what BP calls Hydroelectric, Geobiomass (geothermal, wood, wood waste, and other miscellaneous types; also liquid fuels from plants), Wind, and Solar.
Unfortunately, a transition to such a short list of fuels can’t really work. These are a few of the problems we encounter:
[1] Wind and solar are making extremely slow progress in helping the world move away from fossil fuel dependence.
[2] Grid electricity is probably the least sustainable form of energy we have.
[3] Our big need for energy is in the winter, when the sun doesn’t shine as much, and we can’t count on the wind blowing.
[4] If a family burns coal or natural gas directly for winter heat, but then switches to electric heat that is produced using the same fuel, the cost is likely to be higher. If there is a second change to a higher-cost type of electricity, the cost of heat will be even greater.
[5] Low energy prices for the consumer are very important. Unfortunately, many analyses of the benefit of wind or of solar give a misleading impression of their true cost, when added to the electric grid.
[6] If we want heat in the winter, and we are trying to use solar and wind, we need to somehow figure out a way to store electricity from summer to winter. Otherwise, we need to operate a double system at high cost.
[7] There are a few countries that use an unusually large share of electricity in their energy mixes today. These countries seem to be special cases that would be hard for other countries to emulate.
[8] Hydroelectric power is great for balancing wind and solar, but it is available in limited quantities. It too has intermittency problems, limiting how much it can be counted on.
[9] If we need to get along without fossil fuels for electricity generation, we would have to depend greatly on hydroelectric power. Hydro tends to have considerable variability from year to year, making it hard to depend on.
[10] There has been a misunderstanding regarding the nature of our energy problem. Many people believe that we will “run out” of fossil fuels, or that the price of oil and other fuels will rise very high. In fact, our problem seems to be one of affordability: energy prices don’t rise high enough to cover the rising cost of producing electricity and other energy products. Adding wind and solar tends to make the problem of low commodity prices worse.
[...]
If we want to operate a double system, using wind and solar when it is available, and using fossil fuels at other times, the cost will be very high. The problem arises because the fossil fuel system has many fixed costs. For example, coal mines and natural gas companies need to continue to pay interest on their loans, or they will default. Pipelines need to operate 365 days per year, regardless of whether they are actually full. The question is how to get enough funding for this double system.
[...]
A different pricing system that works much better in our current situation is the utility pricing system, or “cost plus” pricing. In this system, prices are determined by regulators, based on a review of all necessary costs, including appropriate profit margins for producers. In the case of a double system, it allows prices to be high enough to cover all the needed costs, including the extra long distance transmission lines, plus all of the high fixed costs of fossil fuel and nuclear power plants, operating for fewer hours per year.
Of course, these much higher electricity rates eventually will become unaffordable for the consumer, leading to a cutback in purchases. If enough of these cutbacks in purchases occur, the result will be recession. But at least the electricity system doesn’t fail at an early date because of inadequate profits for its producers.
Conclusion
The possibility of making a transition to an all-renewables system seems virtually impossible, for the reasons I have outlined above.
Exposed: How world leaders were duped into investing billions over manipulated global warming data
PUBLISHED: 22:57 GMT, 4 February 2017 | UPDATED: 15:12 GMT, 5 February 2017
The Mail on Sunday today reveals astonishing evidence that the organisation that is the world’s leading source of climate data rushed to publish a landmark paper that exaggerated global warming and was timed to influence the historic Paris Agreement on climate change.
A high-level whistleblower has told this newspaper that America’s National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) breached its own rules on scientific integrity when it published the sensational but flawed report, aimed at making the maximum possible impact on world leaders including Barack Obama and David Cameron at the UN climate conference in Paris in 2015.
[...]
In an exclusive interview, Dr Bates accused the lead author of the paper, Thomas Karl, who was until last year director of the NOAA section that produces climate data – the National Centers for Environmental Information (NCEI) – of ‘insisting on decisions and scientific choices that maximised warming and minimised documentation… in an effort to discredit the notion of a global warming pause, rushed so that he could time publication to influence national and international deliberations on climate policy’.
[...]
Dr. Bates revealed that the failure to archive and make available fully documented data not only violated NOAA rules, but also those set down by Science. Before he retired last year, he continued to raise the issue internally. Then came the final bombshell. Dr Bates said: ‘I learned that the computer used to process the software had suffered a complete failure.’
The reason for the failure is unknown, but it means the Pausebuster paper can never be replicated or verified by other scientists.
Harnessing automation for a future that works
By James Manyika, Michael Chui, Mehdi Miremadi, Jacques Bughin, Katy George, Paul Willmott, and Martin Dewhurst McKinsey report
The automation of activities can enable businesses to improve performance by reducing errors and improving quality and speed, and in some cases achieving outcomes that go beyond human capabilities. Automation also contributes to productivity, as it has done historically. At a time of lackluster productivity growth, this would give a needed boost to economic growth and prosperity. It would also help offset the impact of a declining share of the working-age population in many countries. Based on our scenario modeling, we estimate automation could raise productivity growth globally by 0.8 to 1.4 percent annually.
A pulverização das sociedades está a acontecer neste preciso momento!
Royal Dutch Shell Profit Falls Less Than Expected
Profit Fell 44% From a Year Earlier, but Investors Feared Worse
By Justin Scheck, Wall Street Journal
Updated April 30, 2014 10:21 a.m. ET
LONDON—Royal Dutch Shell PLC said on Wednesday that its first-quarter profit fell 44% from a year earlier on a $2.86 billion asset-impairment charge largely for refineries in Asia and Europe.
However, revenue and profit declines in its energy production and refining businesses were smaller than some investors expected, sending its shares higher following the earnings announcement. They finished up 3% at £2,347 ($3,949).
...
Nesta longa entrevista da fundadora The Automatic Earth, ao Collapse Cafe, Nicole Foss faz uma avaliação realista e muito preocupante da situação energética e financeira mundial.
Depois de ouvi-la, reitero a algumas das minhas recomendações:
Primeira e principal recomendação: abandonar todas as soluções TOP DOWN financeiramente pesadas, complexas e, no fundamental, ilusórias. Apostar em soluções BOTTOM UP, financeiramente sustentáveis, descentralizadas, locais, comunitárias, com base na implementação de sistemas democráticos simples e sem partidos.
Segunda recomendação: aproveitar as redes sociais para cortar caminho no uso de soluções locais experimentadas assistidas pelo poderoso rizoma de inteligência coletiva em rápida expansão e à margem das lógicas burocráticas e predadoras em evidente colapso.
No caso português: TODO O PODER ÀS FREGUESIAS e formação imediata das cidades-região de Lisboa e do Porto.
Existe algum potencial problema de integridade política do território português? Sim, existe. E poderá tornar-se explosivo se persistir uma lógica centralista e de rapina fiscal e financeira no preciso momento em que os centros deixaram de poder sustentar-se a si próprios, quanto mais as periferias.
Nota preocupante: a desintegração regional da Espanha é praticamente inevitável.
Duas perguntas: 1) porque é que o Reino Unido vai construir uma mega central nuclear, e o Irão não pode fazer o mesmo? 2) como explicar que o colossal investimento previsto nesta nova central apenas tem garantida uma compra de energia durante 35 anos, e em Portugal, a EDP e o senhor José Sócrates amarraram o país a um contrato desnecessário por 75 anos?
Central nuclear britânica evacuada devido a radioatividade - Expresso.pt: O investimento ascende a 19,4 mil milhões de euros e será suportado pelas empresas. Em contrapartida, o Estado inglês garantiu a compra da eletricidade que vier a ser produzida na nova central nuclear por um período de 35 anos, a 110 euros por megawatt hora.
[...]
O investimento ascende a 19,4 mil milhões de euros e será suportado
pelas empresas. Em contrapartida, o Estado inglês garantiu a compra da
eletricidade que vier a ser produzida na nova central nuclear por um
período de 35 anos, a 110 euros por megawatt hora.
Com o petróleo definitivamente acima dos 100 dólares, e a caminho do patamar dos 120, e depois 150, 200..., acabou-se a festa automóvel e rodoviária. Tempo para o transporte público elétrico inteligente, sustentável e de “altas prestações”!
Os combustíveis em Portugal, de 2005 para 2011, tiveram um aumento médio de 35% para a gasolina, e de 46% para o gasóleo.
No mesmo período, o tráfego na Ponte 25 de Abril caiu 8,3% — 156 mil veículos/dia no ano de 2005, 155 mil em 2006, 155 mil em 2007, 153 mil em 2008, 143 mil em 2011. Esta queda deu-se já depois do sucesso verificado na travessia ferroviária proporcionada pela Fertagus, que quase duplicou entre 2000 e 2006.
Estas e outras conclusões resultam de mais um dos incisivos artigos de Rui Rodrigues sobre as alternativas inteligentes ao bordel da despesa pública excessiva e irracional que alimenta a burguesia rendeira do regime — praticamente a mesma que serviu o Salazarismo (1), embora muito mais pesada desde que corrompe o insaciável e tragicamente incompetente sistema partidário montado sobre os destroços da ditadura.
“Segundo um estudo sobre a terceira travessia rodoviária do rio Tejo, encomendado pela própria Lusoponte, no ano de 2005, a situação sobre o tráfego na Ponte 25 de Abril era a seguinte:
- Os utilizadores desperdiçavam 320 milhões de Euros, por ano, em combustíveis, para além do que ocorreria numa situação normalizada de tráfego;
- Cada utilizador gastava diariamente uma a duas horas a atravessar a Ponte, dependendo do número de acidentes, que já se aproximava da média de três por dia, o que correspondia a 160 mil horas/dia, ou a 58,4 milhões de horas/ano para o total dos utilizadores da Ponte.
- Em média e anualmente, eram lançadas na atmosfera 350 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) para além do que ocorreria numa situação normalizada de tráfego.
No mesmo estudo, concluía-se que na hora de ponta da manhã, no sentido Sul-Norte, a relação Volume de tráfego/Capacidade era, no ano de 2000, VT/C = 140% (1 hora de espera diária). Previa-se no referido estudo que, em 2007, VT/C = 159% (1,5 horas de esperas diárias). Em 2017, VT/C = 190% (2,3 horas de esperas diárias).
O estudo concluía que a resolução do problema passaria pela construção de uma terceira travessia rodoviária Algés-Trafaria. Estes dados estimados pela Lusoponte, em 2005, são muito interessantes e permitem avaliar com mais precisão o que mais tarde veio realmente a ocorrer.”
A prova do "erro" dos entusiastas da Terceira Travessia Rodoviária. Crise económica e Fertagus estagnam tráfegos nas duas pontes sobre o Estuário do Tejo
Entretanto…
“Em 1999, entrou em funcionamento o comboio na Ponte 25 de Abril, que permitiu criar uma nova ligação ferroviária entre as duas margens do rio Tejo, efectuando actualmente a conexão desde Setúbal (margem sul de Lisboa) até ao Areeiro (margem Norte), tendo o tráfego quase duplicado de 11,6 milhões de passageiros, no ano 2000, para 21,4 milhões em 2006 (mais 84,4%).”
“O projecto da circulação ferroviária na Ponte 25 de Abril melhorou a mobilidade entre as duas margens do Rio Tejo, criou centenas de postos de trabalho, directos e indirectos e beneficiou o ambiente por ter retirado 20 mil veículos na Ponte tendo permitido, além disso, economizar tempo e dinheiro aos 80 mil passageiros/dia deste novo meio de transporte, com uma pontualidade de 99,2%. Provavelmente, foi um dos melhores investimentos efectuados em Lisboa em termos de acessibilidades.
(…)
Se fossem comprados mais comboios, seria possível aumentar o número de passageiros de 80 mil para 120 mil, por dia. Tendo em conta que, na região de Lisboa, em média, cada viatura transporta 1,2 passageiros, o aumento de pessoas transportadas por via-férrea, na ponte, poderia diminuir o número de carros em muitos milhares. Esta opção seria muito mais barata, simples e eficaz do que construir uma nova travessia rodoviária.”
Não se creia, porém, que o otimismo idiota sobre o futuro radioso do crescimento, alimentado nas duas últimas décadas pela especulação financeira e pelo aumento populista da massa monetária global, os quais conduziram a um endividamento exponencial das nações e, desde 2008, ao colapso do crédito nos EUA, no Japão e na Europa, nada tem que ver com a inépcia e a corrupção no nosso burgo lusitano, ou nos PIIGS. Na realidade, como neste lúcido artigo de Pater Tenebrarum se escreve:
“In the euro area, this method of overnight rate targeting has produced roughly a 130% expansion of the true money supply in the first decade of the euro’s existence – about twice the money supply expansion that occurred in the US during the ‘roaring twenties’ (Murray Rothbard notes in ‘America’s Great Depression’ that the US true money supply expanded by about 65% in the allegedly ‘non-inflationary’ boom of the 1920’s).
This expansion of money and credit is the root cause of the financial and economic crisis the euro area is in now. This point cannot be stressed often enough: the crisis has nothing to do with the ‘different state of economic development’ or the ‘different work ethic’ of the countries concerned. It is solely a result of the preceding credit expansion.”
O pico do petróleo, isto é, o fim do petróleo barato e de boa qualidade, que por sua vez induz o encarecimento inexorável de quase tudo — do petróleo pesado ao gás natural, passando pelo preço da água, das matérias primas e alimentares, até chegar finalmente ao preço do.... dinheiro— está na origem da iminente e catastrófica crise sistémica do Capitalismo!
É também por este motivo que as imparáveis doses de metadona financeira são cada vez menos eficazes, e o motor do crescimento afoga a cada subida do Brent, ou a cada desvalorização do dólar... e agora também do euro, frutos da expansão inflacionista da massa monetária destinada a impedir a cada vez mais provável rotura das redes de segurança social instaladas pelo Welfare State. Se estas ruírem, o colapso puro e duro de todo o sistema financeiro, económico, social e político do Ocidente será inevitável.
Os gráficos não mentem...
Bridgewater: os estímulos monetários produzem cada menos efeito no crescimento
De facto, como se lê no estudo da Bridgewater comentado pela ZeroHedge, os grandes especuladores e sobretudo os bancos têm sido protegidos da crise e até, nalguns casos, beneficiados com a mesma, mas não a economia, que parece ter entrado num lago de estagnação cujos limites estão cada vez mais longe.
The three contractions in global growth that have occurred since the financial crisis were offset by heavy blasts of fiscal and monetary stimulation by global governments and central banks. But each wave of support has also had less impact on global conditions than the previous wave. We remain concerned that the ability of those policy responses to stabilize the situation is diminishing. The third wave stabilized global growth after last summer’s dip and allowed for the bounce in global conditions and markets over the early part of this year – but its impact on global conditions was more modest than that of earlier waves of stimulation. As the third wave has ended, global growth has again rolled over.
Mesmo que a energia baseada na fissão dos núcleos atómicos do Tório fosse uma alternativa à energia nuclear baseada no Urânio, temos dois problemas eventualmente irreparáveis: as primeiras centrais nucleares de Tório integradas nas redes elétricas existentes nunca estariam operacionais antes de 2027-2030, e mesmo que estivessem, até lá, a probabilidade de resolver o problema da preponderância dos combustíveis líquidos no paradigma energético dominante desde 1930 parece muito baixa.
Quanto às ditas energias renováveis, além de caras e de se aproximarem rapidamente do seu pico de sustentabilidade, representam uma percentagem quase ridícula das necessidades diárias de energia à escala mundial.
Só há, assim, um caminho: reduzir os consumos!
A eficiência energética será uma oportunidade de negócio irrecusável. Mas ainda assim, insuficiente. O mundo depois de 2015, 2020, ou no limite 2030, não passará sem racionamento de energia, o quer dizer, sem racionamento alimentar, sem uma dramática destruição do poder de compra das populações e mais do que provável destruição da classe média tal como a conhecemos ao longo do último meio século, o empobrecimento geral das populações e fome em larga escala — com o seu cortejo de pandemias e guerras.
Na pior das hipóteses haverá uma quebra súbita e brutal na curva de crescimento demográfico mundial, como previu Thomas Malthus em 1798, ao publicar An Essay on the Principle of Population. Falta saber qual será a causa eficiente de tal colapso demográfico. Uma III Guerra Mundial? Há que afirme a pés juntos que já está em marcha.
NOTAS
Enquanto o IVA subiu para os 23% em muitos produtos essenciais, nomeadamente alimentares, ou ainda nas portagens das autoestradas, já nas portagens da Ponte 25A e Vasco da Gama, ambas administradas pela Mota-Engil/Lusoponte, permanecem a 6%. O motivo é óbvio: não prejudicar os lucros estimados deste escandaloso e intolerável monopólio. O génio da coisa, Joaquim Ferreira do Amaral, foi várias vezes ministro laranja neste regime, e depois administrador da Lusoponte. A empresa passou entretanto de mãos, para a Mota-Engil, comandado por outro génio deste regime e grande timoneiro do partido hoje chefiado pelo Jota Tó Zé Seguro, Jorge Coelho — "Quem se mete com o PS, leva!"
Esquema de reator nuclear de tório arrefecido com flúor líquido (LFTR)
M. King Hubbert — a linha do tempo da energia fóssil (1956)
Nuclear ou nada?
As energias fósseis tornaram-se demasiado caras, poluentes e escassas. Os painéis solares ocupam demasiado espaço e são pouco eficientes. As ventoinhas eólicas dependem do capricho dos ventos. Mais barragens é o mesmo que assassinar os rios e os essenciais ecossistemas estuarinos e entregar a água à especulação das máfias financeiras. As soluções nucleares conhecidas são demasiado perigosas. Mas haverá alguma maneira de produzir energia nuclear segura, barata e abundante, sem colocar em causa a sustentabilidade ecológica do planeta?
Parece que sim — e desde que a energia nuclear foi descoberta!
Segundo os defensores de uma alternativa nuclear segura ao colapso induzido pelo Pico do Petróleo, as centrais nucleares do futuro, muito antes de chegarmos à fusão nuclear, deverão enveredar pela fissão dos núcleos atómicos do tório. Esta alternativa baseia-se numa interação estável entre tório, urânio-233 e flúor líquido, a qual não serve, ao contrário das reatores nucleares convencionais, para enriquecer urânio com vista à fabricação de armas de destruição maciça. Esta é tristemente, a razão pela qual os reatores baseados na fissão de tório foram preteridos relativamente aos reatores de fissão alimentados com urânio-238.
“As we have for most of human history, we stand at the edge of an energy crisis. The methods by which we have powered our society have come to a limit, and a change is necessary. Seven hundred years ago in England, the energy crisis was caused by massive deforestation and a lack of firewood. It was solved by turning to coal, a filthy, inexpensive, and abundant fuel. But as the skies darkened over the cities of England and the United States, people turned to gas and oil to improve the situation. Now all of these fossil fuels will have to be replaced due to the environmental damage they cause and the social, political, and financial instability they engender.
In one of the great historical tragedies of human history, this marvelous new energy source was discovered during a time of war, and was immediately put to work for destructive means. This colored and affected forever how world leaders and the public would view this incredible discovery, and is a legacy that we find ourselves, even seventy years later, still trying to move past.”
A crise energética que tem vindo a perturbar o crescimento e a estabilidade da economia mundial desde 1973 é uma crise real e um problema de fundo. Confundi-la com um mero efeito da especulação e da ganância dos produtores de petróleo, gás natural e carvão, é uma ilusão perigosa.
A virulência dos movimentos especulativos existem precisamente por causa de dois fenómenos combinados: o aumento da procura, resultante do crescimento demográfico e económico mundiais, e o declínio cada vez mais evidente do petróleo de boa qualidade, fácil acesso e barato.
A nossa civilização não sobreviverá como a conhecemos se não encontrar rapidamente, isto é, no prazo de uma década (2020) ou duas (2030), novas fontes de energia abundante, relativamente segura e barata.
As energias renováveis mais conhecidas e em uso são intrusivas, instáveis, caras e insuficientes. Por outro lado, a necessária eficiência energética que as economias, os governos e as pessoas terão que interiorizar como absolutamente imprescindível à sustentabilidade global da vida neste planeta é parte da solução, mas não resolve o problema do paradigma que está na base da melhoria da qualidade de vida dos seres humanos nos últimos duzentos e cinquenta anos: o acesso, desenvolvimento, e produção de formas condensadas de energia facilmente acessíveis, abundantes, transportáveis e baratas. Se este paradigma se romper, o retrocesso civilizacional, precedido de um rápido período de colapsos económicos, financeiros e sociais, será inevitável.
A ideia de que podemos esperar pela liquefação dos gelos polares para chegarmos a novos depósitos de hidrocarbonetos é simplesmente risível, para não dizer suicida. Por outro lado, à medida que os petróleos pesados, ou que se encontram a profundidades marítimas cada vez mais difíceis de aceder e controlar com segurança, aumentam em percentagem nos barris de crude colocados nos mercados, o preço da energia, de toda a energia, dispara. E se abaixo dos 60 dólares por barril os países que vivem preguiçosamente da mono extração de crude e gás natural colapsam, acima dos 100 dólares é a vez de a economia mundial abrandar, ver crescer as suas dívidas e acabar por entrar em recessão, ou mesmo em depressão — como a que ameaça mergulhar neste momento os EUA, o Japão e a Europa.
Não tenhamos dúvidas, por mais grave e escandalosa que seja a corrupção instalada nas sociedades contemporâneas, a começar pela que beneficia os mais ricos dos mais ricos, e os mais poderosos dos mais poderosos, e os mais oportunistas dos oportunistas, a verdade nua e crua é que sem uma transição do atual paradigma energético para outro mais sustentável mas igualmente abundante e barato, não veremos luz ao fundo do túnel.
Para os mais ricos e poderosos fica também um aviso: se pensam que poderão sobreviver sem classes médias, ou reconduzir a esmagadora maioria das populações à miséria, o vosso engano é redondo e terrível. Nada do que hoje rodeia o vosso conforto poderia existir se não houvesse uma redistribuição aceitável da riqueza produzida. Pensem apenas em termos de economia de escala. O que é rentável para sete mil milhões de almas, não é rentável para setecentos milhões, menos ainda para setenta milhões, e impensável sequer para os sete milhões dos pornograficamente ricos deste mundo.
Talvez seja, pois, o momento de discutir sem preconceitos a possibilidade de desenvolver uma energia nuclear abundante, pacífica, barata e segura. O futuro da EDP está à vista, e não é brilhante!
É preciso pegar no tema energético com uma garra implacavelmente estratégica
Amareleja, maior central solar do mundo ligada à rede (45,8MWp) pode alimentar 30 mil casas.
Solar recession signals end of 'Wild West' gold rush
“A clean-energy recession caused by massive over-capacity in the solar panel market could have unexpected benefits for the nascent renewable industry, industry insiders say.” Euractiv.
A bolha solar rebentou! Tal como a bolha dos créditos de CO2 equivalente não chegou a inchar, por oposição da China, Índia, Brasil, etc. (na Cimeira de Copenhaga, 2009), é agora a vez de uma correcção forçada do mercado especulativo e altamente subsidiado das energias renováveis. Depois da correcção em curso nas eólicas é agora a vez da fotovoltaica. E também já é tempo de acabar com os subsídios às fósseis. Leu bem sr. Sec. da Energia?
A compra em Janeiro de 2007 de 100% da central solar da Amareleja pela espanhola ACCIONA fora já um indicador do que se iria passar (Portugal então já estava de tanga). Em 2009 foi a vez da ACCIONA vender 34% da maior central solar do mundo ligada à rede aos japoneses da Mitsubishi. E agora é a vez de Portugal começar a pensar no vento, no Sol e nas ondas como activos preciosos e capazes de desempenhar um papel decisivo no pagamento das nossas dívidas. Mas para irmos por aqui, o Estado tem que tomar em mãos, sem cerimónias, a estratégia energética e mesmo boa parte do negócio energético nacional.
Brussels discusses Greek solar payback
“EU’s energy commissioner Gunther Oettinger, the director general for energy Philip Lowe, and the head of the EU’s Athens task force Horst Reichenbach have discussed the idea of enabling Greece to repay some of its debts to EU member states, such as Germany, by providing them with solar energy.” Euractiv.
Toca a pagar aos espanhóis, franceses e alemães (os nossos principais credores) com transferências de energia! Por cá, as eólicas sempre poderiam começar a carregar baterias durante a noite, nomeadamente baterias de automóveis eléctricos a produzir futuramente no nosso país, em vez de continuarem a insistir na patranha das novas barragens. As barragens que existem (sobretudo depois dos reforços de potência de algumas delas) chegam perfeitamente para ocuparem durante a noite o parque eólico nacional, e este poderá mesmo, em breve, se houver imaginação, trabalho e menos ladroagem, interagir com a nova indústria de baterias solares que aí vem.
IEA top economist calls for bonfire of the fossil fuel subsidies
“The chief economist of the International Energy Agency (IEA) has urged the world to slash hundreds of billions of dollars of fossil fuel subsidies or face the prospect of a catastrophic 3.5 degrees Centigrade rise in global temperatures.” Euractiv.
E de caminho abandonemos de vez com a idiotia nuclear do senhor Patrick Monteiro de Barros, bem como com os escondidos subsídios às energias fósseis que enchem de dividendos ilegítimos a GALP e a EDP!
NOTA: dois oportunos artigos de Luís Mira Amaral, antigo ministro da energia, sobre o beco energético nacional, e ainda um gráfico em tempo real do preço da energia no mercado ibérico:
Luís Mira Amaral, “A sustentabilidade do défice tarifário” — DN, 22Oct2011 (pdf)
Luís Mira Amaral, “Os CMEC e a sustentabilidade do sistema energético” — DN, 26Set2011 (pdf)
Sempre que há vento, a energia eólica tem prioridade sobre as demais, ou seja, não só obriga a parar, por exemplo, as centrais de ciclo combinado (com os custos inerentes do pára-arranque), como o preço por nós pago pela energia eólica (~93,7€ por MW/h) é sempre superior ao preço mais caro da energia obtida no mercado ibérico (ver QUADRO DINÂMICO da OMIE), raramente acima dos 70€ por MW/h. Resultado: só as eólicas sobrecarregam em 750 milhões de euros a factura que pagaremos à EDP em 2011!
A central nuclear de Fukushima está fora de controle. 3000 pessoas evacuadas
2011 preparava-se para ser o ano de partida para uma nova vaga de centrais nucleares, depois de uma batalha vencida pela liberalização deste negócio. Mas a central japonesa que actualmente derrete, explode e contaminará durante séculos (ou milénios) toda uma região cujo perímetro de radioactividade letal se alarga dia a dia, veio alterar radicalmente estas expectativas. O reactor nº 1 da central de Fukushima começou a derreter, sabe-se agora, não por causa do tsunami, mas tão só por causa da violência dos sismos que abalaram a principal ilha japonesa no passado dia 11 de março. Se pensarmos no número de centrais existentes no Japão, na Europa, na Rússia, na Índia, na China e nos Estados Unidos, e nas probabilidades de grandes terramotos causarem tragédias desta magnitude, percebe-se com facilidade que o renascimento do optimismo nuclear acaba de sofrer um duro golpe.
A central nuclear de Fukushima é privada, e também por esta circunstância se porá em causa, por causa desta tragédia que ainda não acabou nem tem fim à vista, o entusiasmo de muitos cientistas, especialistas e especuladores por uma nova geração de centrais nucleares mais produtivas, mas cuja segurança ninguém parece poder garantir.
O Japão já estava à beira do colapso financeiro antes da tragédia sísmica e nuclear, nomeadamente por causa da sua astronómica dívida pública. Agora, o inevitável colapso da sua economia em consequência do desastre nuclear que recomeçou, somado às graves crises financeiras americana e britânica, elevarão a crise sistémica que abala a economia mundial desde 2008 para um patamar potencialmente catastrófico.
Recomendações (sobretudo depois de saber que o BES, o BCP e a Caixa estão de cofres vazios): guarde o ouro e as pratas que tiver em sua casa, e compre mais se puder. Use os cartões de débito, e de preferência de crédito, e guarde liquidez (notas de euro) em casa, para dois meses pelo menos. Se tem quintas ou quintinhas, não se desfaça delas — visite-as e pense no seu potencial alimentar. Não compre mais carros, nem casas! Desfaça-se das acções quanto antes, sobretudo de bancos, empresas de construção, cimentos e telecomunicações. O que aí vem não é bom!
China Syndrome “might just have happened at Fukushima” — Molten fuel may have “melted through everything into the earth”.
May 16th, 2011 at 04:22 PM. TIME.com.
Nearly 3,000 evacuees rushed to hospital by ambulance — From shelters in Fukushima, Iwate and Miyagi.
May 17th, 2011 at 03:22 AM. JAPAN TODAY
“There have been nuclear explosions” — “Ongoing nuclear reaction taking place now”.
May 17th, 2011 at 04:53 PM. ENENEWS
... the “nuclear power policy makers”, historical pillars of the development of this energy from the 1950s, just like their fierce rivals the environmentalists who emerged in the 1970s, will quickly see that their monopoly of the debate on this subject is coming to end. Fukushima, the Internet and the crisis are in the course of shattering the nuclear debate’s traditional expertise, limited to mode "pro" or "anti". The implications of such an upheaval for the various industry players and policy makers faced with choices for national energy are on an unprecedented scale since they involve a whole segment of global energy production. — Confidential letter - GlobalEurope Anticipation Bulletin Nr 55 - May 16, 2011.
Tokyo Electric Power Company shares dropped over 9 percent on the Tokyo Stock Exchange on Tuesday after its credit rating was cut by US rating firm Moody's.
May 17, 2011 17:29 +0900 (JST). ENENEWS.
TEPCO shares ended the day at 380 yen, or about 4.7 dollars, falling below 400 yen at closing for the first time in 40 days. Stock prices for other utilities also plunged.
Moody's Investors Service said it downgraded TEPCO's rating by 2 notches because it's unclear how the Japanese government will help the utility pay huge amounts of compensation to people affected by the Fukushima nuclear plant accident.
Market sources say a growing number of investors are concerned about the future of Japan's nuclear power industry.
Tepco Misleading Public Over Nuclear Crisis. By Tsuyoshi Inajima and Yuji Okada - May 18, 2011 6:41 AM GMT+0100 (Bloomberg)
Interview with Akira Tokuhiro, Nuclear Engineer: Fukushima and the Mass Media
Posted: 05/17/11 05:28 PM ET. The Huffington Post.
The most terrifying fact is that the Japanese power plants are using ‘dirty’ fuel, which most countries have rejected and banned. Needless to say that the Americans built them. Since the Earth is moving Counterclockwise most of the fall-out will drop on U.S., unless very strong winds take it somewhere else. [...]
Virtually any nuclear engineer connected with the industry he or she supports cannot be fully trusted right now to give us the full truth about Fukushima because the truth is simply too damaging to the nuclear industry and they know it. The attitude the industry has as well as the ugly reality that this same energy is tied to the economy which supports full on capitalism must be scaled back Tokuhiro advised. He tells me it is difficult to speak of this in the U.S., but adds that we need to go back to a time when shops were closed on Sundays and we spent time with our families, not using up more energy but actually staying home. I added that we still do this on Sunday and it is often very difficult to find shops open here in France on Sunday except for the local outdoor markets.
Key oil figures were distorted by US pressure, says whistleblower
Exclusive: Watchdog's estimates of reserves inflated says top official
A report by the UK Energy Research Council (UKERC) last month said worldwide production of conventionally extracted oil could "peak" and go into terminal decline before 2020 – but that the government was not facing up to the risk. Steve Sorrell, chief author of the report, said forecasts suggesting oil production will not peak before 2030 were "at best optimistic and at worst implausible". — inguardian.co.uk (09 Nov 2009).
Go-ahead for 10 nuclear stations
The government has approved 10 sites in England and Wales for new nuclear power stations, most of them in locations where there are already plants. — inBBC (09 Nov 2009).
Estas notícias vindas do Reino Unido podem estar combinadas e fazer parte de uma manobra para amaciar a nova opção nuclear inglesa numa altura em que Obama telefona a Medvedev e Sarkozy para saber como impedir o Irão de ter centrais nucleares.
Mas eu inclino-me para algo mais soturno: o lento mas irreversível reconhecimento de que a era petrolífera tem os dias contados, que, em consequência, a subida explosiva dos preços da energia, a começar pelo petróleo e gás natural, vai acontecer muito em breve, e finalmente, que o tempo favorável a uma reconversão do actual paradigma energético já passou, pelo que não resta outra alternativa que não seja uma aterragem de emergência à escala global, com todos os imprevistos e dramatismo inevitável de um abalo civilizacional desta magnitude.
Os dados estão lançados.
Se o desgoverno corrupto de José Sócrates e da tríade de Macau insistir na construção das novas autoestradas, bem como do novo aeroporto da Ota em Alcochete, para o que não poderá deixar de ter a benção atávica e igualmente corrupta da Oposição (do Bloco de Esquerda ao CDS), tal significará que pouco ou nada poderemos esperar do actual regime político, e que outro terá que ser urgentemente congeminado — antes que a democracia colapse por efeito, nomeadamente, de outra mais radical e duradoura paragem energética do país.
O governo que temos é uma ilusão pura e dura. O presidente que temos encontra-se paralisado por meditações inúteis. O parlamento não passa de um bando de imbecis. Só resta o tumulto da multidão e... os militares.
Era uma vez um diabo que vivia dentro da vagina de uma bela moça. Por duas vezes a moça tentou casar. Mas de cada uma das tentativas o demónio castrou o noivo durante a ansiada noite de núpcias. Foi então que um ferreiro decidido e com imaginação resolveu enfrentar o diabo da vagina. Fundiu e moldou um grande pénis de aço. A primeira noite enfim chegou. Depois de penetrar com vagar e cuidado a nervosa e húmida concha da sua amada, ouviu-se um medonho grito de dor. Não não foi a noiva! Foi o diabo!!! O pénis de aço surtira efeito. Os dentes do demónio acabavam de ruir, salvando-se assim a vida do valente e arguto ferreiro.
Desde essa longínqua data que em muitos lugares da Terra se celebra a coragem daquele enorme e poderoso falos, a quem devemos o direito ao prazer e à procriação. Hoje, no conhecido Festival do Falos de Aço, que tem lugar na primeira semana de Abril numa pequena localidade japonesa, a celebração e parte das suas receitas são dirigidas para o combate ao flagelo da SIDA. Um bom exemplo de reciclagem cultural.
O velhíssimo mito da vagina castradora é um bom símbolo para os períodos de pânico que ciclicamente afligem os indivíduos e as sociedades. No que agora nos toca, o caso mental português, bem melhor seria que as Caldas da Rainha renovassem a sua indústria fálica, do que ouvirmos as patetices nucleares do bétinho a quem deram a poltrona do impotente Banco de Portugal!
A indústria cerâmica das Caldas, onde o Rafael Bordalo Pinheiro realizou algumas das mais extraordinárias peças da escultura portuguesa em barro cozido e vidrado, está a morrer. Não esperem pelo Constâncio! Renovem a vossa indústria cerâmica com um grande festival artístico de Verão, e dediquem a Primavera ao Amor! Façam da Arte e do Erotismo a vossa especialidade. Não confiem nos políticos. Chamem de volta os vossos artistas, que tanto sucesso vão fazendo em Barcelona e noutras paragens. Libertem a vossa escola de arte dos burocratas e dos gangs partidários. Despachem-se!