quarta-feira, abril 30, 2014

F-16 portugueses na resposta NATO à crise ucraniana

Quatro F-16 portugueses integrados na força de contenção NATO (Zero Hedge)

Já alguém informou os portugueses, ou será só depois das eleições?


Quatro F16 da FAP integrarão força NATO de “contenção” anti-russa no próximo mês de setembro, e até ao fim do ano. Os portugueses sabiam?

Presumivelmente este lote de quatro aviões de combate sairá da esquadrilha de seis F-16 mobilizados, desde 2011-2012, para a base NATO da Islândia. O senhor Passos de Coelho, o senhor Machete e o senhor Aguiar Branco talvez nos pudessem esclarecer.

Em nossa opinião a crise ucraniana é uma provocação americana, e é uma provocação muito perigosa. A União Soviética ruíu, e desde então os Estados Unidos procuraram, quer através de ofensivas financeiras, quer através das chamadas revoluções coloridas em vários dos países da antiga “cortina de ferro”, cercar a Rússia e reduzi-la a uma espécie de vegetal.

Como seria de esperar a Rússia acabaria por reagir, usando a sua principal arma tática: o petróleo (maior exportador mundial, à frente da Arábia Saudita) e o gás natural.

A Alemanha, demasiado ocupada em gerir a pocilga europeia, descurou a questão russa até ao dia em que esta interrompeu pela primeira vez, e por razões políticas, o fornecimento de gás ao centro da Europa.

A União Europeia, em vez de apoiar economicamente a Ucrânia, nomeadamente na questão energética, deixou que esta continuasse dependente dos favores de Moscovo.

A crise estalou e, enquanto os Estados Unidos prosseguiram o seu plano de desestabilização da zona, a Alemanha e o resto da União Europeia exibiram uma vez mais a sua fragilidade política e militar.

A Europa só pode ter a Rússia como aliada, não como inimiga. Ter a Rússia como inimiga é empurrar a Rússia para os braços da China, cumprindo-se assim a grande manobra americana cujo objetivo é encontrar o pretexto adequado para um confronto nuclear contra a China antes de esta se tornar imbatível militarmente.

Os EUA querem desesperadamente recuperar a supremacia ameaçada do dólar. Para isso precisam de fazer rapidamente uma demonstração de força global, e depois reforçar o seu controlo militar e diplomático sobre as principais regiões ricas em petróleo e gás natural: Irão, Iraque, Cáspio e o grosso do continente africano (este também por outras motivações esttratégicas...)

Bruxelas (quer dizer, Berlim, Paris e Londres) e Moscovo devem negociar diretamente esta crise, em vez de serem o eterno pau de cabeleira da NATO, quer dizer, dos Estados Unidos.

Chegou o momento de a Europa perceber que ou ganha juízo ou desaparece do mapa!


Quem ameaça quem?

ÚLTIMA HORA
CIA, FBI agents 'advising Ukraine government': report (AFP, 4/5/2014)

Berlin (AFP) - Dozens of specialists from the US Central Intelligence Agency and Federal Bureau of Investigation are advising the Ukrainian government, a German newspaper reported Sunday.
[...] Last month the White House confirmed that CIA director John Brennan had visited Kiev as part of a routine trip to Europe, in a move condemned by Moscow.
É oficial: a CIA e o governo americano estão envolvidos até ao pescoço na desestabilização da Ucrânia e na guerra civil em curso. Não é a NATO, é a CIA e o FBI. Capiche?!
O governo português deverá deixar bem claro que os F16 estacionados na Islândia estão onde estão para defender a Islândia de qualquer violação do seu espaço aéreo, ou de qualquer ataque a este país. Não para engordar as tropas informais que o senhor Obama colocou na Ucrânia sem pedir licença à NATO ou a qualquer aliado! Que diz a isto o pascácio da Defesa, e o zombie dos negócios estrangeiros?

...

E mais:

Warning: Ukraine Is At A Flashpoint (in ZeroHedge)
O envolvimento americano na guerra civil em curso na Ucrânia é tão evidente quanto ilegal.
O vídeo supostamente espontâneo de uma inocente rapariga ucraniana que se manifestava em Kiev, que correu mundo (Youtube), não é mais do que um sofisticado produto de propaganda viral das Operações Especiais das FFAA americanas. Washington não olha a meios e anda de mãos dadas com extremistas de todo o mundo: dos fundamentalistas islâmicos aos neo-nazis ucranianos. É incrível, mas é verdade :(


REFERÊNCIAS

Última atualização: 5/5/2014 01:23 WET

domingo, abril 27, 2014

O grande coice da Copa do Brasil


Atrasos, corrupção imparável e desconfiança popular comprometem Mundial antes mesmo de começar


Dilma enfrenta protesto contra a Copa em evento no Pará
sexta-feira, 25 de abril de 2014 19:12 BRT - REUTERS BRASIL

25 Abr (Reuters) - Um grupo de manifestantes fez um protesto nesta sexta-feira contra a realização da Copa do Mundo no Brasil e interrompeu o discurso da presidente Dilma Rousseff, que demonstrou irritação com o incidente ocorrido durante cerimônia de entrega de máquinas no Pará.

Gritando "não vai ter Copa" e "da Copa eu abro mão, eu quero mais dinheiro para saúde e educação", os manifestantes chegaram a "duelar" com outra parte da plateia que gritou o nome da presidente.

"É da democracia, gente", disse a presidente, antes de demonstrar irritação com os protestos realizados durante cerimônia de entrega de máquinas para cidades do Pará.

Tivemos o exemplo da Grécia e das suas ruinosas olimpíadas. Esperemos que a Copa do Brasil não gere, em formato ampliado, outra tragédia grega.

Os países emergentes submergem quando os Estados Unidos, o Canadá e a Europa ocidental deixam de crescer e sobretudo de consumir acima dos 2%. O ajustamento mundial exige uma outra lógica de globalização e o fim da monetarização especulativa e burocrática do planeta. O ataque em curso contra as classes médias é o caminho mais curto para destruir as democracias ocidentais, que servem de referência às demais. Destruindo estas, adeus globalização, adeus crescimento, adeus civilização.

No fim do túnel da insolvência global, para onde nos quer empurrar o colete de forças montado pelos piratas banqueiros e pelos paquidermes burocráticos e populistas em que os estados democráticos se transformaram, só encontraremos caos e uma nova Idade das Trevas.

Aviso: só as classes médias estão em condições de estudar e compreender as causas e as dinâmicas deste transe do Capitalismo. Só as classes médias detêm os conhecimentos e a energia democrática suficientes para reformar as decadentes democracias atuais e lançar um movimento articulado de Democracia Mundial, socialmente equilibrada e baseada na cooperação competittiva sustentável.

Temos que começar a pensar na ideia de uma DEMOCRACIA SEM PARTIDOS E AUTOREGULADA.

sábado, abril 26, 2014

A armadilha ucraniana

Vladimir Putin. AP

Uma nova tragédia em nome de Halford Mackinder?


Há uma teoria do mundo que tem conduzido a enormes desastres humanos. É a chamada Heartland Theory de Halford Mackinder, dogma adotado por Hitler, e mais tarde pelos Estados Unidos.

A mente cinzenta desta visão que há décadas influencia a diplomacia norte-americana é Zbigniew Brzezinski, para quem o império americano morrerá no dia em que Lisboa se ligar económica, diplomática e culturalmente a Vladivostok. Para Brzezinski um tal cenário correria o risco de colocar os caucasianos alemães e russos ao leme do mundo, sobretudo se estes conseguirem estabelecer uma aliança forte com a China, que absorveria entretanto o Japão na sua esfera de influência, e forem capazes de acomodar o Médio Oriente e o norte de África, atrair Israel, e travar os radicais islâmicos onde estejam.

A ladainha de Brzezinski retomada de Mackinder é esta:
“Who rules East Europe commands the Heartland;
who rules the Heartland commands the World-Island;
who rules the World-Island controls the world.”
(Mackinder, Democratic Ideals and Reality, p. 194)/ Wikipedia

O mapa estratégico do mundo segundo Halford Mackinder

Um Zona de Comércio Livre de Vladivostok a Lisboa?

É pelo menos isto que ingleses e americanos, ou pelo os americanos, há muito querem impedir. Mário Soares está do lado desta visão, apesar de ter sido ajudado consistentemente pela França e pela Alemanha desde que a ditadura de Salazar começou a ruir. Talvez seja esta a explicação para as manobras insistentes que tem vindo a desenvolver no sentido de reclamar o derrube violento da atual ordem constitucional. Convém a este propósito lembrar que a direita latifundiária e rendeira que suportou o Salazarismo está intacta e reclama entre dentes a saída do euro. Esta, porém, seria a via direta para a expropriação fiscal violenta e em massa dos portugueses. Mas a Mário Soares tal cenário é-lhe indiferente. Ao personagem interessa-lhe sobretudo o poder da tribo que julga todavia comandar, ainda que em nome do prolongamento, cada vez mais problemático, da Pax Americana.

As manobras de Mário Soares, nomeadamente ao envolver alguns restos indigentes do MFA, são mais finas do que parecem, na medida em que o que está em formação sob as suas declarações aparentemente desmioladas é um verdadeiro bloco de interesses de natureza nacionalista e autoritária, pronto a aproveitar qualquer deslize grave na situação financeira, económica e social do país e, ou, o colapso do euro, para desencadear uma Revolução Cor-de-Rosa amplamente financiada pelo Tesouro americano. Até agora o PCP demarcou-se desta armadilha. Vamos observar com minúcia os próximos passos do “animal político” Mário Soares.

Importante: esta dinâmica, já em curso, levará inevitavelmente a uma cisão no PSD, cuja precária unidade interna será intensamente desafiada pelo CDS de Paulo Portas, e pelo PS de Mário Soares, intelectualmente secundados por Adriano Moreira e pela filha deste, Isabel Moreira.

Russian Prime Minister Vladimir Putin would like to see a free trade agreement between the European Union and Russia. In a Thursday editorial for a German newspaper, he describes his vision of "a unified continental market with a capacity worth trillions of euros."

No more tariffs. No more visas. Vastly more economic cooperation between Russia and the European Union. That's the vision presented by Russian Prime Minister Vladimir Putin in an editorial contribution to the German daily Süddeutsche Zeitung on Thursday.

"We propose the creation of a harmonious economic community stretching from Lisbon to Vladivostok," Putin writes. "In the future, we could even consider a free trade zone or even more advanced forms of economic integration. The result would be a unified continental market with a capacity worth trillions of euros."

Spiegel online, November 25, 2010 – 11:44 AM

O corropio do Carmo

Ramalho, Mário Soares e Otelo cantam no Largo do Carmo no dia 25 de abril de 2014
Tiago Miranda/ Expresso, 25/04/2014

Andam todos muito agitados, mas não trazem nada de novo...


Aníbal Cavaco Silva disse no seu discurso de 25 de abril, pela primeira vez, que o regime partidocrata está em causa, pedindo uma reflexão urgente aos partidos.

Como é evidente os partidos do sistema não ouviram.

Mas a discussão sobre a necessidade de uma reforma profunda do regime tem agora uma nova arena de debate e movimentos brownianos mais ou menos estridentes. Uma mão cheia de almas inocentes parecem ter acordado ao mesmo tempo, afiando facas. No CDS-PP, Paulo Portas; no PSD, Rui Rio; e no PS, a reincarnação cubana de Mário Soares.

Para derrubar o atual governo, temos os bonzos da 'esquerda'. Para uma revolução democrática institucional, vimos esta semana Rui Rio substituir Durão Barroso na linha de partida para as presidenciais.

A balbúrdia é, como se vê, enorme e vem desaguar no que há muito vimos descrevendo como o fim de um regime partidocrata populista e corrupto que conduziu Portugal a uma vergonhosa bancarrota.

Os partidos estão a desfazer-se por dentro. PSD, PS e Bloco de Esquerda vão ser duramente abanados pela abstenção crescente do eleitorado e pela politização cada vez mais articulada desta abstenção. A carnagem começou. Os latifundiários de Abril pensam que têm a História no papo. Mas não têm!

Há em Portugal um limite objetivo aos devaneios oportunistas da 'esquerda', que esta nunca entendeu, por ser em regra dirigida por cabeçudos anestesiados com ideologias requentadas, quando não completamente obsoletas.

Em Portugal há, sensivelmente:
  • 10,6 milhões de portugueses
  • 11,7 milhões de prédios rústicos (1)
  • 305 mil explorações agrícolas (36.681,45 Km2; 40% da superfície agrícola útil)
  • 7,9 milhões de prédios urbanos
  • 4,4 milhões de alojamentos (num total de mais de 5,8 milhões) ocupados pelos seus proprietários

Não é preciso saber mais nada sobre a sociologia do país.

Uma parte dos mais de 120 mil portugueses que emigraram desde 2000 para cá fizeram-no para poder honrar os compromissos que assumiram junto da banca na compra das suas casas. Ou seja, nada há de mais importante para a esmagadora maioria dos portugueses do que as suas famílias e as suas propriedades, grandes ou pequenas, urbanas ou rústicas, tanto faz. Quem não entender estas cifras simples não entenderá nunca porque está eleitoralmente acantonado, ou porque o rotativismo no interior do Bloco Central depende exclusivamente do número de lugares que o PS e o PSD são capazes de distribuir e sobretudo manter na administração pública e em geral na órbita do estado.

Como a insolvência do país vai obrigar, esteja quem estiver no governo, a encolher o estado e os partidos, a sorte da presente nomenclatura partidária está mais ou menos traçada.

Podemos imaginar, com muito esforço, que surgiam luminárias novas dos partidos sentados em São Bento, e que da sua luz surgiria, por exemplo, uma frente alargada e pragmática de esquerda integrada pelo PCP, Verdes, BE e uma cisão do PS (2), disponível para formar governos futuros; e que uma parte do PSD se juntaria ao PS depois de este ver partir os fraturantes; nascendo desta recomposição um novo espetro partidário capaz de se apresentar ao eleitorado com algumas ideias arejadas e ajustados à sociologia do país.

Podemos imaginar até que haveria uma revisão constitucional constituinte, através da qual se reduziria o número de deputados centrais, regionais e municipais e se mudariam as respetivas regras de representação; e uma regionalização decente, com a criação das cidades-região de Lisboa e Porto, e o fortalecimento político das juntas de freguesia, enquanto pilares micrológicos reforçados da democracia; e que haveria até uma nova câmara dedicada à representação dos principais interesses corporativos do país, aumentando desta forma a transparência do sistema.

Os receios de que esta utopia não passe disto mesmo, ou seja, de um não lugar, leva-me diretamente ao próximo cenário: preparar Portugal para uma democracia sem partidos!

Nesta democracia por vir predominariam as instâncias de democracia direta, predominariam de forma transparente as instituições cognitivas, profissionais e espirituais do país. Os partidos, talvez muito diferentes dos atuais, continuariam a existir e a contribuir para a definição política da comunidade, mas já sem o poder de dominar (e arruinar) as sociedades.


NOTAS
  1. Census 2011 (web), RCM n.º 56/2012 (DRE), Pordata e O Cadastro e a Propriedade Rústica em Portugal (pdf)
    © Fundação Francisco Manuel dos Santos e Rodrigo Sarmento de Beires, 2013. 
  2. Esta frente é improvável, para não dizer impossível, dada o perfil genético jacobino e sectário comum a todas as formações da dita 'esquerda'. Já ontem vimos, como voltaremos a ver no dia 1 de maio, o PCP, a Intersindical e os pseudo Verdes, numa rua, e o PS, arrastando pela mão alguns testamenteiros oportunistas do MFA, num largo aconchegado qualquer. Convém a este propósito reter um dado importante: na minha opinião, Mário Soares comprou (ou melhor dito, vendeu) a saída do euro aos grandes rendeiros do país, do latifúndio à banca, passando pelos monopólios naturais. Doutro modo seria inimaginável ver um ex-presidente da república apelar à subversão violenta do regime. O que ele está a dizer, uma vez mais, é que, com os 'socialistas' dele, a cleptocracia, os devoristas e as corporações do regime serão, uma vez mais, defendidos. Adivinho ainda, nesta manobra em preparação, a mão da diplomacia americana, a quem interessa ver Portugal regressar ao redil atlantista, e a quem não interessa nada permitir uma extensão e reforço súbito da presença militar da União Europeia (i.e. da Alemanha), do Dniepre até ao Corvo.

sexta-feira, abril 25, 2014

40 anos depois

  

Quarenta anos depois, para os que podem lembrar-se, foi ontem. 


Estamos melhor e estamos pior.

Pela frente teremos, no mínimo, mais sete anos de sofrimento e de crise política, institucional e cultural.

Não importa quem governe.

Até 2026, pelo menos, dependeremos inteiramente dos credores.

Em 2020 perderemos a última rede de proteção especial conferida pela afluência ao nosso país de gigantescos fundos financeiros da União Europeia.

Estaremos em breve fora da casca imperial que nos protegeu durante seiscentos anos (1415-2015).

Como será a casca europeia depois de 2020 é uma incógnita.

Se a Europa vingar, bastará educar os indígenas. Se a Europa voltar a colapsar, faltará saber se seremos ou não capazes de evitar o regresso a um regime autoritário e de pobreza sem solidariedade.

No dia 25 de abril de 1974 fui acordado de madrugada por um comandante da TAP que deu ao meu pai a notícia de que um golpe militar estava em marcha. Era um desfecho esperado há meses.

Levantei-me e fui dar a notícia a um amigo, notável intelectual e comunista. Disse-me que se a coisa era entre militares talvez não desse em tragédia, pois os militares sabem o que é uma guerra e não gostam de morrer estupidamente.

Segui no comboio até ao Cais Sodré. Estava fresco. Chuviscava de vez em quando, mas o Sol acabou por ganhar o dia. Horas depois fugia de uma saraivada de balas da PIDE. Não morri.

Parece que foi ontem.

Claro que valeu a pena!


quarta-feira, abril 23, 2014

Galiza e Guiné Equatorial mais próximos da língua portuguesa



A crise é também uma oportunidade

“A adesão da Guiné Equatorial à CPLP deverá ser realidade já em Julho, na cimeira da organização em Dili, depois de o país ter preenchido os requisitos exigidos” — Macau Hub.

O edifício que vemos em cima foi fotografado em 2006 e situa-se na capital da República Democrática de Timor-Leste, Dili. Este país de pouco mais de um milhão de habitantes e quase quinze mil quilómetros quadrados adquiriu a sua independência total e definitiva de Portugal em 2002, depois de libertar-se de uma ocupação ilegal extremamente violenta por parte da Indonésia na sequência da guerra civil que se seguiu à primeira intervenção militar daquele gigante muçulmano no território — com o objetivo de intersetar e conduzir o processo de independência da então colónia portuguesa, que estava a ser preparada desde 1975 pelo governo de Lisboa.

Trinta e nove anos depois do início do processo de independência partilhado entre portugueses e timorenses, e doze anos depois da consagração e reconhecimento internacionais do novo estado independente, será em Timor que a comunidade de países de língua portuguesa (CPLP) acolherá o seu novo membro, a Guiné Equatorial, e dará as boas-vindas à decisão histórica tornada lei em 24 de março de 2014, e publicada no Diario Oficial de Galicia em 9  de abril (1), de a Galiza se aproximar mais claramente do espaço estratégico, económico, político e cultural da lusofonia.

A importância destes dois eventos e o simbolismo de ocorrerem naquele que foi o último territótio do império colonial português a tornar-se estado independente não foram ainda percebidos no seu profundo significado e desejáveis consequências. Mas a História é isto mesmo: precisa de tempo.

Guiné Equatorial e Galiza reforçam em 76 mil milhões de euros o peso económico dos países de língua portuguesa

Macau Hub, 2014/04/14

“A Guiné Equatorial e Galiza perfilam-se como as duas economias mais avançadas na integração no espaço dos países d língua portuguesa, e poderão dar um impulso de perto de 76 mil milhões de euros ao peso económico do bloco.

Enquanto em Julho a Guiné Equatorial, cuja economia vale 19,7 mil milhões de dólares (14,2 mil milhões de euros), deverá aderir como membro de pleno direito à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a região autónoma espanhola da Galiza, que detém importantes laços históricos e culturais com Portugal, adoptou esta semana uma lei visando reforçar os laços com os “8”.

[...]

Com 2,8 milhões de habitantes, a Galiza tem uma economia de perto de 55,8 mil milhões de euros, com importante indústria automóvel, têxtil, florestal, entre outras.

A adesão da Guiné Equatorial à CPLP deverá ser realidade já em Julho, na cimeira da organização em Dili, depois de o país ter preenchido os requisitos exigidos.

O peso económico da Guiné Equatorial, que resulta de uma importante indústria petrolífera, já se faz sentir em Portugal, onde recentemente um fundo de investimento público chegou a acordo para comprar uma participação no banco Banif.

Segundo o presidente da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP), Salimo Abdula, o PIB conjunto dos países de língua portuguesa representa hoje perto de 4 por cento do total mundial, com tendência de crescimento.

Em recentes declarações, Abdula previa que os países língua portuguesa poderão representar 10% do PIB mundial, dentro de dez ou quinze anos, se os governos se juntarem e apostarem numa verdadeira comunidade económica.”

NOTAS

Da “LEI 1/2014, do 24 de marzo, para o aproveitamento da lingua portuguesa e vínculos coa lusofonía.”

“Artigo 1

Os poderes públicos galegos promoverán o coñecemento da lingua portuguesa e das culturas lusófonas para afondar nos vencellos históricos que unen Galicia cos países e comunidades de lingua portuguesa e polo carácter estratéxico que para Galicia teñen as relacións económicas e sociais no marco da Eurorrexión Galicia-Norte de Portugal.

Artigo 2

O Goberno galego incorporará progresivamente a aprendizaxe da lingua portuguesa no ámbito das competencias en linguas estranxeiras nos centros de ensino da Comunidade Autónoma de Galicia.

Artigo 3

Deberán ser promovidas, así mesmo, as relacións a todos os niveis cos países de lingua oficial portuguesa, constituíndo este un obxectivo estratéxico do Goberno galego. De maneira especial, fomentarase o coñecemento desta lingua por parte dos empregados públicos, a participación das institucións en foros lusófonos de todo tipo –económico, cultural, ambiental, deportivo, etc.–, así como a organización na Comunidade Autónoma galega de eventos con presenza de entidades e persoas de territorios que teñan o portugués como lingua oficial.”

Ler lei completa aqui.

Ségolène Royal penaliza camionistas

A linda e polémica ministra Ségolène Royal bloqueia camionistas

Que diz o pascácio do PS? 

Já investigou internamente se há ou não um fundo de investimento do PS que apostou, e perdeu, em Alcochete?

Por utilização da rede rodoviária
França quer cobrar a transportadores estrangeiros

Transportes, 17-04-2014

O Governo francês está a preparar uma taxa que incide sobre os camiões estrangeiros que utilizem a rede rodoviária do país. Esta medida está a ser equacionada pelo gabinete da ministra da Ecologia, Ségòlene Royal, que, segundo o jornal Oje, terá explicado à comunicação social francesa que existem duas possibilidades em aberto: a aplicação de uma taxa à entrada da fronteira de França, ou a obrigatoriedade do uso das autoestradas (para pagarem portagem). Desta forma, a França adotaria o mesmo sistema já praticado no Reino Unido, que aplica uma taxa similar desde o passado dia 1 de abril.

Enquanto a nomenclatura corrupta do Bloco Central continua a fazer barragens inúteis, sobrecarregando as faturas da energia, e boicota a ligação de Portugal à rede ferroviária europeia para mercadorias e passageiros (alta velocidade), com a complacência bovina de deputados e jornalistas, Espanha segue o seu caminho. Em breve Portugal será uma ilha ferroviária, que nem de comboio, nem de TIR, chegará a Madrid, quanto mais a França e ao resto da Europa!

Portugal está a transformar-se numa ilha ferroviária, cortesia da corja do Bloco Central da Corrupção. Se julga que vai continuar a transportar alegremente as suas exportações em frotas TIR é porque não leu nada, ou é criminosamente irresponsável.

Concluye la construcción del viaducto de alta velocidad de Valdetravieso, en Cáceres
vía líbre—la revista del ferrocarril (23/04/2014)

Adif Alta Velocidad ha concluido la construcción del viaducto de Valdetravieso, perteneciente al tramo Casas de Millán-Cañaveral de la línea de alta velocidad Madrid-Extremadura. Asimismo, se han realizado con éxito las correspondientes pruebas de carga.